Entre duas margens : a circulação atlântica dos açorianos nos séculos XVII e XVIIII
Item
Título
Entre duas margens : a circulação atlântica dos açorianos nos séculos XVII e XVIIII
ARQUIPÉLAGO - Revista da Universidade dos Açores
Criador
José Damião Rodrigues
Resumo
“A emigração é um fenómeno complexo nas suas causas, condições e resultados”. Acresce que as migrações, sejam elas internas ou
externas, constituem-se como o fenómeno demográfico de mais difícil caracterização e mensuração em todas as épocas e, praticamente, em todo o mundo. As fontes, de um modo geral, são esparsas ou de duvidosa fiabilidade e, mesmo quando existem séries aceitáveis, colocam-se muitas questões sobre a sua representatividade; por outro lado, a mobilidade dos elementos dos estratos mais baixos e das franjas da sociedade, a clandestinidade e o exercício de funções burocráticas e militares surgem também
muitas vezes como obstáculos a uma correcta interpretação do fenómeno. Por estas razões, é difícil, se não de todo impossível, determinar com segurança os valores correspondentes à presença lusitana em terras
africanas, asiáticas e americanas, tanto mais que, como afirmou o historiador
A. J. R. Russell-Wood, o império português caracterizou-se por um permanente fluxo e refluxo de gentes das mais variadas condições sociais e com distintos objectivos.
Aemigração portuguesa tem sido, desde o século XV, um dos fenómenos mais marcantes da história do país. Existiam variadas razões para a emigração. Desde logo, as estratégias particulares ou colectivas para
ultrapassar dificuldades, mais ou menos acentuadas, de índole socioeconómica.
Tratava-se da oportunidade de investir em novas realidades, nem que essas se encontrassem muito distantes, no outro lado do Atlântico, como é o caso do Brasil. Outras razões baseiam-se sobretudo em objectivos políticos e militares dirigidos pela coroa. Nesta comunicação, procuraremos
abordar algumas destas questões, focando a nossa atenção nas migrações e na mobilidade atlântica das gentes dos Açores nos séculos
XVII e XVIII, quer a título individual, quer a título colectivo. [...]
externas, constituem-se como o fenómeno demográfico de mais difícil caracterização e mensuração em todas as épocas e, praticamente, em todo o mundo. As fontes, de um modo geral, são esparsas ou de duvidosa fiabilidade e, mesmo quando existem séries aceitáveis, colocam-se muitas questões sobre a sua representatividade; por outro lado, a mobilidade dos elementos dos estratos mais baixos e das franjas da sociedade, a clandestinidade e o exercício de funções burocráticas e militares surgem também
muitas vezes como obstáculos a uma correcta interpretação do fenómeno. Por estas razões, é difícil, se não de todo impossível, determinar com segurança os valores correspondentes à presença lusitana em terras
africanas, asiáticas e americanas, tanto mais que, como afirmou o historiador
A. J. R. Russell-Wood, o império português caracterizou-se por um permanente fluxo e refluxo de gentes das mais variadas condições sociais e com distintos objectivos.
Aemigração portuguesa tem sido, desde o século XV, um dos fenómenos mais marcantes da história do país. Existiam variadas razões para a emigração. Desde logo, as estratégias particulares ou colectivas para
ultrapassar dificuldades, mais ou menos acentuadas, de índole socioeconómica.
Tratava-se da oportunidade de investir em novas realidades, nem que essas se encontrassem muito distantes, no outro lado do Atlântico, como é o caso do Brasil. Outras razões baseiam-se sobretudo em objectivos políticos e militares dirigidos pela coroa. Nesta comunicação, procuraremos
abordar algumas destas questões, focando a nossa atenção nas migrações e na mobilidade atlântica das gentes dos Açores nos séculos
XVII e XVIII, quer a título individual, quer a título colectivo. [...]
páginas
225-245
Data
2002
Língua
por
issn
0871-7664
título curto
Entre duas margens
Direitos
openAccess