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Parte de N.º 773 de 11/04/1878

conteúdo
8
8

a
s

a
EDITOR

E
PROPRIETÁRIO

JOSÉ

MARIA

DIAS
DA COSTA,

RUA
NOVA

N.°

3 E.
PREÇO
DA

ASSIGNATURA
6.°
ANNO
PUBLICA-SE
ÁS
TERÇÃS, QIIVIIS
E SÀBBADOS.
PREÇO]

DA
ASSIGNATURA
Províncias,
12

mezes.
.... 2&000
»
6

»
..........................
1^030
»

sendo
duas
assignaturas

3&600

Brazil,
12

mezes,

moeda
forte.
.
3&600
Folha avulso
................................

10


Braga,

12

mezes............................
1&600
»
6
»
..........................

830


Correspondências

partic. cada
linha
40
í

Annuncios
cada
linha
.....................

20
i
Repetição
.....................................

10
N.o
773
BB4KA

QtlIWTA-FEIKA. fil BK
ABRIL
BE

IS9S
A» Kedacção do

«Comiaereio <Io
Míssíso».
Londres,

30
de Março,

1878.
SUMMARIO.
[ContinuaçíUí]
I.

Insidioso
artigo

do

Times,
ado­
çando, na primeira
parte
a

boca
aos

Ca

tholicos, com
dizer
verdades,

incontestá­
veis,
a

respeito
do

Cálholicismo
e
do

Pa­
pa;

isto para

fazer,
na

segunda
parte,
sobresahir
mais o
triumpho
Protestante
(triumpho
que

é

mais da Inglaterra
que
do
Piemonte),
evidentemente

applaudindo-
se
de

que
o
Ponliíice

d’ora

em
diante
não
é



Soberano,

mas

súbdito
ou

vas-
sallo.
II.


Conclusão
do

importantíssimo
ar­
tigo
de
relações
aulhenticas
sobre
o Ma
­
çonaria—sobre

que,
provavelmente
com-

meniarei
um

tanto
na

minha

próxima

e

ultima

carta.
Argumento

bem

positivo
é
desta

in­
dependência
religiosa,
o

facto,

de

vermos,

em
Saxonia,

por
exemplo

o
fiovo,
a
na­
ção,

protestante
em

suas

crenças,

aceitar

não


mas affectuosamente amar

o

So
­
berano
e

a

Familia
Real,

que

sam

devo­
tos, exemplares,
e

zelosos

Catholicos
Succedendo

a
mesma

cousa

em Baden,

onde,

ao

contrario, o
Povo

era
Calho-
lico

e a

Familia
Real

Protestante.
Dezembro

12.

Lea-se

agora,
á

luz
das
piecedentes

considerações
o
que

o
Times
ennuncia em

conformidade

delias: —
«Foi
a

Allemanha

o

principal

agente
em

restabelecer

este
sentimento

de

com-

munhão

de
interesse.
O

triumpho

parcial

da

Reformação
n

aquelle

paiz,
e

a

conse
­
quente

existência

de

Catholicos
e Protes
­
tantes
uns ao
lado

de
outros
conduziu
á

mutua

communicação

de

idéias

e

pensa
­
mentos

e

a
uma emulação
rival
de

saber
e

instrucção

entre
as

duas
partes
que as
habilitou a
entenderem-se

melhor
uma

a

outra.
«Ainda
mesmo

pondo

de

parte

as

considerações

políticas,

é
impossível
a
lodo

homem

inlelligeote

a

indifferença quanto

á

eleição

da

Cabeça

de
uma

Communhão

que

inciue

nome
taes
como

o

Doutor
NEWMAN,
o

Cardeal M

INNING entre
nós,

Monseigneur

DUPONLOUP

em

Fran
­
ça,

e para
mencionar um



nome
na
Allemanha,
o
Doutor

HEFELS.
«O
movimento

Velho

Calholico,
que
levou

comsigo

um
homem
tão
conside­
rado

como

DOELLINGEB,
ainda

está

em

sua
infancia,
e
sua

carreira
pode
vir

a

ser
indefmidamente
influenciada

por

um

novo Papa.

De

mais

a
mais,
ainda

pondo

de
parte

grandes

nomes,
nada

pode

al
­
terar
o

facto,
de
ser

a

Igreja

Catholica
Romana
a
mais
poderosa

e

a

mais

vene­
rável

das

communidades

Christãs;
e

o

go­
verno
da
mesma
é
objeclo

de

grande

im­
portância

para

todas ellas,

possue
ainda
forças
acluaes,

e
talvez

dentro

em
si

for­
ças

latentes
ainda

maiores,
que
devem

exercer

potente

influencia

no

pensamento

e
na
civilisação;

e

nem o

estadista

nem

o

philosopho

podem

olhar

com
indifferença
para

a

eleição

do

principal
Bispo no mun
­
do

Christão».
Antes

de

continuar
traduzindo,
per-

mitla-se-me

perguntar

aqui

^com

que

ctra
d'asn...

(perdão,
ia-me
íugindo

a
penna

para
a

verdade
sem
véo),
com que

cara
d'innocenies,

devem
ficar

certos
periódi
­
cos

e

politicões
d

arromba,
que
falam
do
Papa,
de
Roma,

e

da

«Cúria»

(expres-1
são
asnãlica no
sentido

em que
aífectam

usai

a),
como se

em

suas

bicocas d

escri-
ptorios
tivesse

o

mundo

de

vir

aprender
doutrina

e

receber
oráculos!?
No

Bra­
zil, como

em
Portugal,

ha
muito dessa

familia, que

mette

nojo,

por
um
lado,
e

compaixão
por

outro;

manifestando
umi

leviandade
tão superficial e ridícula

que
envergonha
os paiz.es

onde

voga.
Na

primeira

pirte

do

artigo,
que

até
aqui

tenho considerado,

quiz

o

Times

fa
­
zer

a

bóca

dôce

ao

mundo

e

communidade

Catholicos,

para

mais

facilmente

engolir

a
nojenta

e
amarga

beberagem

que na
segunda

parle

vai preparar-lhes

e

offere-

cer-lhes,

em

tom

analogo,
bem
que

um
pou

‘0

adocicido ao da
celebre
«.Tragala,

liagala»

dos
Castelhanos

de
1821

a
1823.
As

verdades

históricas

e

moraes
que

na

mesma

primeira

parte

expendeu,
foram

destinadas

a
fazer

sob esahir
o

contraste

entre

o

que
realmente

era
u

n

verdadeiro

Papa,
e o que

o

Liberalismo,
que

elle

chama
«sociedade
moderna»,
deseja

e
perlende
fazer
do

Ponliíice;
isto é, tirar-
lhe

a

indepenJencia,
fazel-o
vassallo

e

dependente
do

poder

e

auctoridade

polí
­
tica

e

civil.
Deseja

fazer
do

Papa
uma

especie

de
Arcebispo

de

Canterbury,
no
­
minalmente

ás

ordens
de

um

Rei,

ou
Rainha,

ou
Imperador,
também
nominaes,

que,

segundo
a
«moderna
civilisação»
es­
tejam
elles

proprios
ás

ordens

das

cabulas
e
das

íãcções.
Parece-me

conveniente
examinar
e

expôr
esta
segunda

parle
do artigo,
cujas
considerações,

como

diz

o

proprio Times,
«alteam

o momentoso

caracter da

ptesente
eleição»
—o
«presentes ainda é

figurativo,

pois
o
Papa

<stá

vivo

por
ora,

Deos
lou­
vado
!
Logo na

primeira
sentença
entra
o

indefinido
palavriado

de

expressões,

vagas

quanto

allis
nantes;

diz o Times:


«O
Pontificado
de
Pio

IX

trouxe

a

maior
proeminência
do
que
jámais

a

tivera
o

conflicto
que
por
alguns

séculos

ha

ido
em

progresso

entre
as perlenções

da

Igreja

Catholica

Romana,

e

os
factos
e

princí­
pios

estabelecidos
da civilisação

moderna».
Aqui
lemos

o
«conflicto

entre
os

factos

e
princípios
da civilizição
moder
na»,

que tem
ido

em

progresso

«por

al­
guns
séculos»

£

Desde

quando,
pois,

da
­
tam
esses

factos
e
princípios»?

£

Quaes

sam
elles
?
—i
Quando
começou

essa

«civili
­
zação

moderna»
?
Eu,
e

creio
que

a

maior parte
da

gen-
lè,
entendia,

qua

a

«civilização moderna»,
era

a
civ
lização

Christã

(era

contraposição
á
do

antigo

Paganismo), que
a

vinda

do

promettido
Messias,

do

Salvador,

vei
>
inaugurar
e
estabelecer.
^Quer
po
:
s

o
Times dizer nos,

que
a

Igreja

Catholica

Romana

está
em

guerra

com
essa

civili
­
zação,
e

quer

voltar

á
religião

que
Nero,
que
Domiciano,

etc., cultivavam
tão

de­
votamente

?

se

enrende,
que

não

é

tal
o
sen­
tido
ou

pensamento

do

jornal

Inglez

e

Protestante

por

excellencia.

Quer

diz

r

amor,

mas

não

lhe

chega a

língua,

isto

é, quer significar,
que

a
«civisação

mo­
derna»

é

a
imitação

espúria
que
a

in
­
fluencia

Ingleza,

ha

qnasi cem
annos

prin­
cipalmente,

se

tem

empenhado
em
in­
troduzir
e

inocular
n

outras

nações,

para

utilidade,
não

delias,
mas

delia.

E

como,

não



para

li

ongear
o

seu
amor
pro

prio,

de

um
lado,

e

para

mais assegurar
sua
influencia,
do outro,
desejava fazer
lambem quanto

possível,
adoptar,

ao
mesmo

tempo, lá
para

fora,

a

sua

reli
­
gião
Protestante;

natural
e
consequente
­
mente

linha

em
mira
sempre,
iiostilisar
abater

o
Papa
e

o

Ctholicismo.

Conti­
nua
elle

Times:

«Parecia ser o
especial

prazer

e
of-
íicio
do Papa
actual,

o

aggravar

aquelle
conflicto

(das

taes
idéias

e

civilização

mo­
derna);
e
proclamar
dogmas,

e
expedir
solemnes
documentos,
que

constituem um
obstáculo
o mais
formidável

á
manuten­
ção
de re

açõ

s sitisfaclorias

entre

a
au-
cloridade
Papal e

qualquer Estado
mo­
derno».
Isto

é
mentira;
salvo
no
sentido,

que.

nos

«estados

modernos»

(organizados
Pro

leslante,
por
influencias

e
intrigas

Ingle-

zas,

na

maior

parte),
é
claro,

que

as
doutrinas

evidentemente

salutares

e
Chris­
tãs
do

Syllabus,
p

r

exemplo,

não

podem

deixar de ser
um
gran

le

trop

ço
ás

in­
fluencias



Protestantes,



Maçónicas,
da

lai

«civilização
e

sociedade moderna».


Continua
o
artigo:


«Em dois
paizes, o

resultado
tem
sido
um
antagonismo
que
perigosamente
en
­
fraquece
a

organização

da
sociedade».—
Aqui,

na

verdade,

acha

se

a

gente
tentada

a

exclamar:



Quis
luleril
Grachos
de

se-

ditione

querentes

?

Tendo

se

visto ciara-

menle
como

é
a
Inglaterra,

a

influencia
Ingleza e

Protestante,

quem

ha

principal­
mente

fomenta

lo,

introduzido,

subsidiado,

protegido,

prégado,
defendido,
as revolu
ção


inclusive
já,
em
grande parle,
a
Franceza,

antes

de Napoleão,—mas

espe­
cialmente

em

Portugal,

na
Hispanha. na
Italia,
etc.,

é preciso
wmu

certa especie

de

coragem,

para assim accusar

o
Pontí­
fice!

E

principalmente
quando

eu

sei por

cousa

positiva,

como
d
’aqui
também

se

animou
e fomentou

muito
a
revolução
em

Áustria

e
na

Hungria;
mas,
sobre

tudo se
deixarmos
a

Europa, e
passar
­
mos

á America,
onde
as

revoluções
fo­
ram principal
e

confessadamente,

obra da
Inglaterra!

(leste

Canning).
A.

R.
SARAIVA.
Accedendo
ao

convite

do

snr.

D.

An
­
tonio
d

Almeida,

publicamos

o seguinte:
Congressso

dos oradores

e
escriptores

ca
­
tholicos de

Portugal,
debaixo

do
patro
­
cínio
de

Maria Smtissima

Immacula-

da
reunido

em
segunda

sessão,

em Bra
­
ga,

com
a

approvação
do
Excellentis-
simo

e
Reverendíssimo

Snr.

Arcebispo

Primaz,

e

por

mercê
de

Sua

Excellen­
cia

Reverendíssima na

sala

dos
arcebis
pos

do

Paço
Archiepiscopal.
O
Congresso

reunir-se-
ha

na

quinta-
feira
da

semana

de Paschoa,
25
de abril

de

1878.
O Congresso,

segundo

o

programma

seguido

na

sua
primeira
sessão,

se occu-

pará

do

modo

como
melhor possa traba­
lhar

no

serviço
dos

interesses
catholicos,
extranho

a

tudo

que

seja
ou tenha
liga
­
ção

com

partidos

políticos.
Não

lerá

entrada no

Congresso qual
­
quer
discussão
de princípios;
obedece
el
­
le
inteira e
absolutamente

á

doutrina
ca
­
tholica
como

a

ensina

a Santa

Egreja

Ca
­
tholica

Apostólica

Romana.
Embora

o

Congresso

venha

a

occupar-

se

d
’outros

pontos

suscitados

em assem

blea,

mas
dentro
das

regras

estabelecidas,
os

dous

que
são
propostos

no

program­
ma

são:


1.°

Sustentação

da
educação
re­
ligiosa

da mocidade

e

seu
maior

desen­
volvimento;

2.°

Sustentação
e

maior
de
­
senvolvimento

da imprensa
catholica
se
­
gundo

as

differentes

fôrmas
d

ella.
Reunidos

os

membros

do
Congresso

será

este

inaugurado
ou constituído e

dirigido,

segundo
o
regulamento,

que

foi
adoplado

para

a

primeira
sessão.
A

inaug
uração será antecedida

e

o
en­
cerramento
seguido
com
os
actos

de in
­
vocação
celeste
e
de
acção

de

graças
ao Ceo.
A

s

sessões

particulares
do

Congresso

assistem
só os

membros

d

elle;
ás
sessões

publicas
póde

assistir
o

publico;

a

todas
d*uma
e
outra
especie,
a
auctoridade
ci
­
vil

ou
seus
representantes

terão
ís

por­
tas

abertas;
a

mesma
auctoridade

será
devidamente
prevenida.
Os membros

aclivos

da.

primeira
as-
semblea

ou

sessão
são-no
da

segunda;

ou
­
tros

poderão

entrar

de

novo,

conforman
­
do-se

com

as regras

prescriptas.
A

receita

para
fazer
face

ás

necessá­
rias
despesas
relativas

será
constituída

na
joia
dos

membros
do
Congresso

antigos

ou
novos;

e
na
metade
d

esta
que
satis
­
farão
as

pessoas
que

desejirem assistir

ás sessões

publicas;

dá-se
uma
vez

para

lodo

o
tempo do
congresso.
Os
membros ausentes,
e
aquellesqueo

desejarem

ser

e
não

possam

concorrer,

tanto
uns
como

outros

podem mandar as

suas

adhesões

e
aquillo

que

lhes
susci­
tar

ainda
o
seu zelo
e
a

sua

generosi
­
dade.
O

Congresso
estará
reunido
8
dias,

contando-se

o
da

inauguração
e
encerra­
mento,

salvo
qualquer resolução

extraor­
dinária.
Com
o

Divino
Auxilio o

Congresso
irá

reunindo-se

pelo

decorrer

dos

annos
em

dillerentes

terras notáveis

de
Portugal,

se­
guindo

o
exemplo dos
Congressos

catho­
licos na

Península
Italica,

na
confedera­
ção

helvetica,

na
França, na

Allemanha
confederada,

ele.
A

correspondência

relativa poderá

ser
dirigida desde



para
o
Porto ao
presi
­
dente da

commissão
permanente

do
Con­
gresso

o

ex.

nj
Conde

de
Samodães;
ou

ao

secretario

da

mesma
commissão
D.

Anto­
nio

de Almeida.
Oilo
dias

antes
da
inauguração

do
Con­
gresso

deve

ser
enviada
toda

a

corres-
p

ndencia

alludida
ou

presumida

para
Bra
­
ga
aos mesmos

destinatários.
O
intento
é

calholico,

sid

Deo
placeal

!
Em
3
d
’abril

de

1878.
D.
Antonio de Almeida.
(ORIlISfOXillXtlA
Terras de
Honro, 8 d’abril.
O

que
por
aqui

chamou

grandemente
a

altecção

de
lodos,
no

mez
passado,
e

allrahiu
numerosíssima

concorrência, foi
o

acto

das

solemnes

exequias
por alma

do

chorado
Pontífice
Pio

IX,
no

dia

27.
A
espaçosa
egreja parochial

de
S.

João

da
Balança,
a
maior

e
mais

elegante
d’
esta

ribeira,

se
exceptuarmos

a

do
mosteiro

de
Rendule.

não

pôde
recolher

um
terço
do

povo, vindo em

grande,

parte

de
tão

longe

e

com

tamanho
empenho d
’assistir

aos

obséquios
fúnebres

do

seu

amado

Pon­
tífice.
E

que,

em

amor

e dedicação
ás
instituições
calholicas

e
á

Cadeira
de
Pe­
dro,

este
povo
não

cede
a

palavra a

nin
­
guém.

Ainda

na peregrinação

do anno

passado,

d

esle
pequeno
concelho

par
­
tiram

ires
sacerdotes

a
expensas

procrias,
e

um
quarto
subsidiado
pelo
clero

do

arcipreslado.
Voltando ás

exequias direi
que
nunca

em
nossa terra se

presenciou

um
acto
religioso,
tão
solemne e
apparatoso.
A egreja
litieralmenie

forrada
de
pre­
to,

apenas
alumiada

por

brandões
laçados

de
fumo e grande

copia

de castiça
s

e

serpentinas,

infundia
n
’alma

um

religioso





recolhimento

que
predispunha

felizmente
para

a grata

memória

e
saudade d

esse
velho
venerando
que

fôra

o

amor

de
seus
filhos;

sobretudo

quando se

deparava
com

aquelle
sympathico

rosto, vellado
d
’escura

gaze, que
nos contemplava

de

junto

da
urna
funeraria

e

sob

lutuoso

e alevantado

docél,

com
o

sorriso

nos

lábios

e

um

ai

de

suavíssima
melancolia.
Porisso

o
povo

murmurava
sentidas
orações e

aspergia
o
calafalco,

com

os

olhos
razos

de

lagrimas
como

se

alli
chorara

um

pae
!
O snr.

Bizarro,

acreditado
artista
d

es-
sa

cidade, foi

o
intelligente
executor

d

esta
fúnebre

decoração.
A

musica

fôra

coníiaMa
á
capella
dos
snrs.
padres
Argainhas?
;de
S.
João

de
Rey,

e

lamo
basta

para

o
seu

elogio.
Para
cantar

a

missa,

presidir
ao oflicio
e
dar

a
absolvição

final
veio

de proposito

o
snr.
arcipreste d’
este
districto,

que
muito realçou com
a
sua
presença

a
commovente
e

augusta

ceremonia,

e

a

todos
lisongeou por
este
acto

de

nobre

delerencia.
Também

assistiu

incorporada

a

ill.
ma

camara
d’
este concelho,
e
mais
alguns

empregados,

damas

e cavalheiros.
E

que
direi
da

oração fúnebre

pro­
nunciada

por um
dos

mais

talentosos

e

sympathicos

prégadores
do
nosso
tempo,
o

snr.
padre
Senna
Freitas?—
Que

está

sempre

acima
de

todo
o
elogio

que

eu

lhe
possa

fazer.
Que

altura
de
vista

aquella,
que
no­
breza

de
sentimentos,
que
delicadeza

de
traços,

que
profundeza

de

conceitos,

que
riqueza

de
fundamentos,

que

pureza
de

dicção!

que
vida,
que animação
no
gesto,
■e por
veses

que gravidade

e

que

ma

gestade!
que
amenidade

de

narrativa,
que

uncção

e

que
affeclos

os

d
’aquella

alma

de
poeta,

enamorada

do

mais
puro

bello

ideal
!
Venha
á
luz
da
publicidade esta pri
­
morosa

composição

e

o

leitor
dirá

se

exagero,
e

se
não

lhe

compete

um
dos
primeiros

logares.

o

primeiro
talvez,

na

rica

galeria d

orações
fúnebres que,
por
semelhante

motivo, tem
sido

pronuncia
­
das

no

púlpito

portuguez.

Falleceu

com

85

annos
d

edade

e

supultou-se

no
dia
26

do
p.
p.
o
snr.

Domingos Antonio
da Silva,
pae

do

muito

revd.
0

e

sympathico
abbade
de

Chorense,

Manoel

José
da

Silva

Vessada
O

fallecido
era
nm
homem
honrado,

um
d

estes

caracteres

accenltiada

mente

portuguezes

que

hoje

tão
raros

são.

Serviu
vários
cargos

públicos
neste
con
­
celho

com tanta

hombridade

e

honradez
que

era
estimado

e

respeitado
pelos
pro­
prios

adversários
políticos.
Foi

por

vezes

secretario
da

administração,
administrador
substituto,

juiz

ordinário

e

presidente
da
camara.
O

seu
funeral

foi

um
d

s

mais con
­
corridos
de

clérigos

e

leigos a

que
lenho

assistido,
e

certamente

o maior

que se
tem

feito

neste

concelho.

Corre

por

aqui

com bastante
insis­
tência

que

pedira

a
sua

demissão

de

administrador do
concelho,
o snr. dr.

Aarão

G.
da

Silva.

S.
exc.a era

o

decano

dos administradores
do

districto,
pois
ha

mais

de
25

annos

que
exerce

o
cargo.
Foi
modelo
no
genero
pela

conscienciosa
fidelidade
e

sincera dedicação,

com
que
serviu
todos
os

governos
que

ahi

tem

estado

no poder,
durante
este
longo

pe
­
ríodo.
Parece
que o

levaram

a
dar

este

passo
desejos d’
entrar
no

remanso
da

vida

pri
­
vada.
S. cxc.
a
foi

advogado

e

procurador
no
auditorio
d
’este
julgado,

assessor

da
ill.
ma

camara


cavalleiro
da ordem

de

N. S.

da

Conceição

de

Villa

Viçosa.


Ouvi
que

fôra

demittido o
tabelliào

interino,
de Bouro,

e
nomeado
para este

logar
o
sur.

José Firmino

da

Silva
Boa-

xisla.

moço intelligente,

honesto

e

habi
­
litado

com
o

respeclivo

concurso.
O

demittido.
er?
também
dotado

de

boas

qualidades

e

bemquisto

de

todos.
Ignora-se
o

que
occasionou

a
sua

demissão
E

por

hoje,
nada

mais.
* ¥ *
GAZITILHA
Lausperenne.



Expõe-se
Sabbado

na

igreja
de

S.
Vicente.
Procissão
«Ie
Enterro.—
Falla-se

ha

dias
que
a

Irmandade

de Santa

Cruz

resolvêra

fazer

este
anno
a

procissão
do
Enterro.
E’
de

crer

que
ella se leve a

eífeito,
especialmente
pelo
facto
de não

ter saido

a

de
Passos,
porisso
que

muitas

das
despe-
zas

com

esta



feitas
podem
ser
utilisa-
das
n
’aquella.
Porora
ainda

não
está

resolvido
o

iti­
nerário que

precorrerá.
Sentínioa.

Noticia
o

«Progresso»

que
o
snr.
Joaquim

Martins

de

Carvalho,
redactor
do

«Conimbricense»,

está

gra­
vemente
enfermo
Desejamos
que
o nosso

presado
colle-
ga
se

restabeleça

de
prompto
e

comple-
lamente.
Knaerípçõea.—
Os

possuidores

d

ins-

cripções d

assentamento
e coupons

devem

apresentar

na

repartição
de

fazenda

até
ao

dia

25

do

corrente
as relações
respec-
tivas,

afim

de

receberemos
juros

doí.0
semestre
corrente.
<> briy«çõe«
«los
euminlios de
ferro «lo .flinlto e Douro,—
No

dia

15
d’
este mez
vence-se
a
6.
a

prestação

de
12^000
réis
por

cada

titulo,

que

deve
­
rão

ser
entregues
no

cofre

central

d
’este

districto,
n
’aquelle

dia

desde
as

10

horas

da manhã

até

ás 3
da
tarde.

Os
possuidores

de

lilulos
provisorios,

liberados,
da
5.
a

emissão

de

empréstimo,

que

quizerem

proceder
á

troca

dos

mes­
mos

por

obrigações

de
coupons,
podem
en
­
tregar

desde



na

repartição de

fazenda

os
referidos
titulos,

mediante

cautella res­
gatada

no
acto da entrega

das
obrigações.
Jiort®
«leanstrosa.—
Todos

os

jor-
naes

publicam
a
noticia da
morte

desas
­
trosa
do snr.
dr.
Veiga

Barreira,

que na
segunda-feira, depois
de

ter

jantado,

se

recolheu

a

um

quarto,
e

depois

de

ahi

estar

alguns

minutos

foi

encontrado

morto.
O

fallecido
era
casado com
a

snr.
a
condessa

de
Geraz

do Lima,
nora

do

es
­
tadista

Rodrigo

da

Fonseca
Magalhães

e

neta

do

general

Rego

que
tão notável

papel
representou
ncs
acon

ecimenlos

de

1820.
Narrando
o

facto
da
morte
do

snr.
Barreira,
o

illustrado
e
circumspecto
cor­
respondente
de

Lisboa
para

o
«Commercio
Portuguez»,

pergunta, alludindo á
publi

cidade

dada
pela

imprensa a
taes

crimes,

se

um outro

idêntico

succedido
na capi­
tal

tres

dias
antes não

influiria

no

ani­
mo

do

finado,
e

accrescenta:
«Seria
conveniente
que
a

imprensa
porlugueza

combinasse

unanimemente

em

não dar d

estas
noticias,
se

se
averiguar»

como

está

mais que averiguado, e as

estatísticas

o

comprovam)

«que
ellas effe-

ctivamente

podem
exercer

influencia
ne
­
fasta
«Um

congresso

da imprensa
portu-
gueza,
onde se

tractassem

d’estas

e
d

ou-

iras

questões

idênticas

devia

pro

Itisir
gran­
des vantagens».
Varias

vezes

nos

temos
occupado

d

este
assumpto,

e pela

nossa

parte

estamos
dispostos

a

continuar

a

guardar
abstenção
rigorosa

em
noticiar
taes

factos.
E se agora dissemos

vagamente

estas
poucas

palavras,

foi

principalmente

para

registrar

as
auihorisadas

. opiniões
d'um
nosso

adversário,

as
quaes

submettemos
á

reflexão

das
folhas
revolucionarias

e

baratinhas.
£aerivíe« «I®
direito.—
Na

lista

que

publicamos

dos indivíduos
drsta

ci­
dade

que
ullimamente

fizeram

exames,

na

Relação

do Porto, para

escrivães

de

di
­
reito,

não
mencionámos,
por
esquecimen
­
to,
osnr

Sebastião Maria
Antunes Mon
­
teiro,

que
também

ticou

approvado.
Estimnnios.

O

snr.

Pinho

Leal,

auctor

do

diccionario

Portugal

antigo e
moderno

continua
em

convalescência
da

pernitaz

enfermidade

que

o
reteve

no
leito
desde

setembro ultimo,
e
em

breve

pro-

seguirá
com

a

publicação

do

seu
diccio-
nario.
Fasemos

votos ao ceo

pelo

prompto

restabelecimento

do

iliuslre
escriptor, e
nosso

presado

amigo.
Feme na
China.—O

«North

China

Herald»


da fome
da
China

os

se
­
guintes

pormenores,

datados
de

11

de

janeiro:
A

fome é principalmente nos
dislrictos
de

Clrausi,

de

Cheusi,
de
Nouan
septen-

trional

e
Chili

meridional.
Avaliam-se
em

9
ou

10 milhões
as
pessoas

que

soffrem d

este

flagello
nas

4
províncias.
As
descripções

feitas

polos

correspon
­
dentes

são

horríveis:

os

cadaveres
jazem

ao

longo

dos

caminhos,

fornecendo

pasto

aos

corvos

e

beslas-feras

e
as
creanças

são
cosidas e
devoradas. Ha talhos
de
carne

humana!
A

carta d’
um

missionário,

datada

de

3!

de

janeiro,

diz

lambem
que
na
pro­
víncia
de
Chausia

é
tal

a

miséria,

que
co
­
sem

e

comem
os

meninos. Viu
homens

levando

dentro
de

cestos

meninas

de*

8

e

9

annos

para
as
vender.
Viu
um

chim
vender
duas

irmãs

e
um

irmão

de 9

an­
nos
por

3

schellings,

e uma

pequenina

por

8

pences
!
Horror
!
Incidente |»nr9n«nentnr.—
Da

cor-
respondencia

de
Lisboa

para o
«Commer
­
cio
do

Porto»,
datada

de 9,

copiamos
o
seguinte:
Antes da

ordem do

dia

houve
acilo-

rada discussão,
em
que tomaram

parte
os

snrs. conde
de
BertianJos,

Jeronymo
Pimentel, Cunha Monteiro,

Antunes

Guer
­
reiro
e
Francisco de
Albuquerque,

a

propo
­
sito
de

uma carta do

snr.
Jeronymo
Pi­
mentel,

publicada
em

folha

de
Braga

e

transcripta
depois

em um

pamphlelo,

se­
gundo

uns,

em

um

pasquim,
segundo
outros,
com
respeito ao
caminho
de ferro do Porto
a

Chaves.
O
debate,

que

interessava
mediocre-

mente

a
camara.
ia
tomando
grandes

pro
­
porções,

em
consequência

das
phrases

um

tanto

asperas, empregadas
por

alguns
dos
oradores.
E

horripilante.—
No
dia
5

de
mar­
ço

o

vapor

«Esphynge»,
len
lo a bordo

3:000
tcherkesses,

e

entre

elles
2:000
mu
­
lheres
e

crianças,

violentamente açoutado

pelo
oeste,

deu á

costa

'ás
9

horas

da

noite,

perto

do

cabosEioea»,
ao

Este da
ilha

de Chypre.
>ão

obstante
o pânico

terror

e
a de­
sordem

que
este

naufragio,

no

meio

das
trevas

da

noite,

lançou

entre
a

multidão

de
tripulantes,

a
situação não
era

deses
­
perada
O
navio

estava
bastante

perto

da
costa,
podia
esperar-se,

desembarcar

lodos
a
são

e

salvo,

e

o

capitão
tomava
as

disposições
para
isso,
quando
de

repente

começaram
a

sair
columnas

de

fumo
do

interior

do

na
­
vio,

pelas

escotilhas

de
prôa.
Com

uma
dedicação acima
de

todo o
elogio,

o
commandante,
seguido
pelos
seus

oííiciaes,

precipitou
se

no interior
do
m-

vio

p

ra

conhecer

as
causas do
incêndio,

e

fazer

subir todos
os passageiros

para

o

convez.

Apezar

dos seus

esforços,

porem,
cerca de

56')
pessoas,

desvairadas pelo me
­
do
e

cegas

pelo
fumo,

não

poderam
en
­
contrar
as

escadas

e

ficaram

no
interior
do

navio.
Entretanto

o incêndio augmentava

de

intensidade,

o

mastro

grande
cahia, esma­
gando
na

soa

queda
mais

de

trinta

pes­
soas,

e

aproximava-se o

momento

em

que o

fogo,
devorando
as

lanchas,
ia

ti
­
rar

aos

desgraçados

naufragos
a
ultima

es­
perança
de

t-alvação.

Restava

um
único

meio

de

obstar

aos

progressos

do

incen
­
dia:

um

meio terrível,

era
fechar
herme­
ticamente
as

escotilhas,

de

modo

que

não
peneirasse

o

ar no
interior
do

navio.
Collocado
na

horrível
alternativa
de

condemnar
3:000

pessoas
a
uma

morte
inevitável
e

medonha,
ou

de sacrificar

56

»
para

as

salvar,

o capitão

teve

um

momen
­
to
de

anciedade

atroz;
vencido

emfim

pe­
la

necessidade,
deu

com
as
lagrimas
nos

olhos

a

ordem

de

fechar

as escotilhas:

era
a
sentença

de

morte
dos
miseros
que

es­
tavam

no

interior

do

navio.
Graças

a

esta

medida, o

fogo
diminuiu
pouco

a

pouco,

e ponde
então

proceder

se

com

segurança

ao

desembarque

dos
so­
breviventes.
Questão
<!o

Oriente.—
Os

últimos

telegrammas
relativos
á
questão
do
Oriente,
são
os

que
seguem:
Paris

6—
Actiialmcnte
a

situação

limi­
ta-se

á
troca

de

ideias

entre

a

a

Áustria

e

a
Inglaterra,

mas
não

ha

nada

positivo
ácerca

das

disposições

da

Russia.
A

In

glaterra
não
quer
oflender

nenhuns direi­
tos,

mas está

resolvida

a
não

abandonar
a
posição

que

tomou
pela
circular

do mar
­
quez de

Salisbury.
O

príncipe
Carlos

da
Roumania ás
a-

meaças

do

chanceller
Gortschakoff,
disse:

«Poderá

ser
esmagado

o exercito

roumanio,

mas emquanto

eu
fôr

vivo
uão

será
de­
sarmado».
Londres

6

O
«Morning

Post»

julga
que
hoje

são

mais

pacificas

as

perspec-

tivas
da
situação;
entretanto
o
governo

inglez

deve

d
’ora

ávanle
pôr-se
em

guar
­
da

contra qualquer
surpresa,

e

assegurar
á Porta

que

a Inglaterra

está

prompta

a

sustental-a
com todas
as

suas

forças
e a
entrar

em

Constantinopla.
Os

armadores

inglezes

seguram

osseus
navios

contra
o

apresamento.
O

governo
decidiu
conservar

em

Malta
a

esquadra

do

canal,
juntando-lhe
vários

transportes

que
possam
embarcar

4:0t)0

homens
em

poucas
horas.
Paris

7

Um telegramma

de

Pests
pa­
ra
o
«Temps»
diz que

Tisga,

presidente
do

gabinete

húngaro,
tendo
fallado

com

o

correspondente

do

referido

periodido,
lhe
dissera
que

a
preoccupação unanime

da
Áustria

e

Hungria
é
impedir

na
sua

fron-

teira
meridional
o
estabelecimento

de
um
estado

slavo

para

impedir
fazermos

guer.
ra
se
fôr

necessário.

Os

exforços parai,
lelos da

Áustria

e
da
Inglaterra
pódeia
obrigar

a

diplomacia

da

Russia
a recuar,
por

consequência

a
reunião

do

congresso

voltou

a ser
possível.
Espalhou-se
em
S.
Petersburgo

o
boa-

to

de

que

o

príncipe

Gortschakoff

será
substituído

na
chanchelaria
russa
pelo
con-
de

Sahouvaloff,

aclual

embaixador

da

Rus-

sia

em

Lonires,

afim de
restabelecer

a
confiança
entre

a
Russia e

o

resto

da
Europa.
Assegura-se

que

a Russia está

organi.

sando
uma

esquadra

de
corso,

afim

de

pro-

teger
o

seu

commercio
marítimo contra
qualquer

esquadra

inimiga.
Berlim
7

A

«Gazeta
de

Berlim»
af-
fiança que

a Inglaterra desejaria
que

a
direcção

das
negociações
políticas
russas
fosse

confiada
ao

conde

Schouvaloff

que

gosa

a

confiança

da

Inglaterra,

em

con
­
sequência
do

seu
desejo

sincero
de

paz.

Assegura-se

que
na
Russia
também
as
es­
peranças
se

voltam

para

Schouvaloff.
Londres

8

Um
telegramma

de
S. Pe-
lersbnrgo
para
o

«Temps»

diz que
em
uma
carta
importante
enviada
de

Berlim

aara

aquella
cidade,
e
recebida
pelo czar

ou

pelo
chanceller,

foram aconselhadas
concessões

para

evitar

a

guerra

europeia

Em
todo

o caso,
parece

certo
que
a Al-
lemanha
abandonou

a

sua
altitude

passiva

A Russia
não
sollicitou

da Allemanhaos

seus
bons

officios,

mas

ha

boas
razões
para
acreditar
que

os acceitará
com
agrado.
Começa-se

a

acreditar
de

novo
na

reu­
nião

do

congresso. O
general

Ignatieff

demo
r
a

a

sua
ida para

Constantinopla,

afim

de
poder acompanhar a
Berlim

o
prín
­
cipe

Gortschakoíl, se
o congresso
se

reu­
nir.
S.
Petersburgo
8
—A

agencia
russa

declara

que
as
ultimas
noticias

fazem

acre
­
ditar

a

possibilidade do

proseguimento

pro-

ectado

no

congresso.
Londres

8

—Assegura o

«Slandart-

que

os

russos
propozeram
ollicialmente aban
­
donar

os

arredores

de

Constantinopla

se
a
esquadra ingieza

se

retirar do

mar
Mar-

mara.
A
guarnição
russa
de

Silistria

recebeu

ordem
de

retirar

immediatamente
para
a
loumania.
Estão

regressando

á

Russia

varias

re
­
gimentos
de

cavalleria.
Beaconsfield
disse
na
camara
dos

lords

que

a

política
da
Inglaterra

baseia-se
no

tractado.
Que, lendo-se
negado

a

Russia
a
sub-

melter
na
sua

integra

ao
congresso
de

potências

o
tractado
de

S.

Stefanio,

de-

sappareceu

toda a

esperança d’
esse

con­
gresso
Todo
o
mundo

eslava
armado,
o

que

fezque

a

Inglaterra
se
preparasse

tam
­
bém,

pois
que
o

império
britânico

se
acha
ameaçado
pelos

acontecimentos
occorridos

ao
sul da
Europa.
Londres

9—SirSlford

e

Northsote

fat­
iaram

hontem
na

camara

dos

deputados

no

mesmo

sentido
que
lord
Beaconsfield

fallara

na

camara

dos
lords:
disse
que

o

chamamento
das
reservas

não
é

uma

me
­
dida

de guerra,

mas

de

precaução.
Espera
se

que
a Russia
consentirá

na

exigencia

da Inglaterra,

de submetter na

sua

integra
ao

congresso,
o tractado

de

S.

Stefanio,
mas
não ha ainda

cousa
al
­
guma certa.
Gladstone

criticou
o
governo, respon
­
dendo-lhe
Hardy,
que

a

Inglaterra

não

está

isolada.

A

discussão

continuará

hoje,

depois

dos

discursos
de
Beaconsfield,

Gran-
vi

lie

e
Derby.
SECÇÃO

DE

COMMUHICADOS
Snr.

redactor

do

«Commercio
do
Mm/io».
Lendo
na

«Palavra»

de

6

do

corrente,

e
n’
um

correspondência

do

snr.

M. 8.,

que

de

vez
em

quando

escreve
d

esla
ci
­
dade

para

aquelle

diário,
uma

descripção


bem á

sobreposse

das
exequias
por

Pio

IX.

de
santa memória;
notei

que.
na
parte

referente á
musica,
o

auctor
da

mesma,
s.

s.
a
o

snr.

M.

8.,

foi

pou-

quíssimamente
justo.
S.
s.
a

o snr.

M.

S.
procurava

sómenle

pôr

cm
relêvo

faltas

que
notára,

sem

se
importar

com
as

causaes

d
’essas

faltas,


negocio

que

talvez

não seja

inteira­
mente

desconhecido
para

s.
s.
a
o

snr.
M.

S.
S.

s.
a
o
snr.
M.
S.
sentiu

a falta de

vozes

para o
desempenho

de
vários
solo*












dos
oíTicios;
mas

é
provável
que

não

ignore
ntie
o
encarregado da

parte

musica se
não

poupou
esforços

e diligencias
para

•fazer
vir
ás

exequias

alguns

professores

do

Porto,

e
que

estes

á

ultima

hora

lhe

faltaram,
alegando

razões

porventura

não
ignoradas
de
s.
s.
a

o snr.
M.
S.
0

E

não terá

pézo no

caso

subjeito
a
circutnstancia

do

limitadíssimo

espaço de
tempo
que o
encarregado

da

musica

teve
para
se preparar,

não
podendo
dispor

de
mais
de

tres

ou

quatro
ensaios,

que
ainda
assim
foram

intercallados

com
as

festividades

do
Lausperenne,

achando-se
por este

inativo
os
músicos

quasi

impos­
sibilitados

pira os
mesmos

ensaios?
Se

s.

s.a

o

snr.
M.

S.

quizera,

ao

menos

uma


e

unica

vez,

ser
franco
e

sincero
como
deve,

em

logar

de
pi­
cuinhas,
que

não

ferem,

creia-o
s

s.


o
snr.
M.

S.,
teria

dito
pouco
mais ou
menos

Que
se o
desempenho

da musica

das exequias

deixou
alguma

coisa
a

dese­
jar,
como

nós
muito

bem reconhecemos;

isso
se

deve
a

s.

s.
a

o
snr.
M.

S.,

se
é

certo
que,
como
por

ahi

se
diz,

s.
s.
a
o
snr.
M.
S. era nm
dos membros

da

commissão
da parte da

musica,
e

que
obrara machiavelicamenle
fazendo todas

as diligencias

para

que
a

mesma
fosse

desempenhada
por
estranhos.
Também
diz

s.

s.a

o

snr.

M.

S.

que
á
missa

de

Mosart se cortára a
Sequên
­
cia.

Assim
foi.

Mas

para

que

esta

om-
missão

se
não
attribua
a mero
arbítrio
da
musica,

fique
s. s.a
o
snr.

M. S.

sabendo

que,
tendo-se

previamente
con­
sultado

o

muito
digno
mestre
de
cere-
monias,

este
snr.

respondeu

que
não po
­
dia

ser
dieta

alli

a
Sequencia,

acompa­
nhando

esta

resposta

das
razões

próprias
que
s. s.a o

snr. M.
S.

lambem

não
igno­
rará.
Quizeramos
fechar
aqui

a

nossa

repli
­
ca;
porém
como

s. s.
a

o

snr.
M.

S.,
rel'erindo-se
ao

sermão
diz

que não
o

ouvira,

infelizmente,
ajuntarei


mais
duas

palavras.
Se

s. s.
a
o snr.

M.
S.
teve

a
infe
­
licidade

de
não

ouvir

o
sermão, queira

atlibuir

essa
infelicidade

a

s.
s.

o
snr.
M.

S.

e unicamente a

si;

porque,
se
s.
s.a o
snr.

M.
S.

em
vez

de

ir

para

os

coretos

contar

os

músicos, fosse sentar-se
ao
lado
dos
seus
illuslres

collegas da
comniissão

(se

é verdade
que
s.
s.a o
snr.
M.

S.

pertence á
mesma),
já não

se
lamentaria

de não

ler
ouvido

um
dos

mais

esplendidos

sermões

que

teem

saido

da

bocca
d
’um orador
sagrado.
Não
enfado

mais

a
s.
s.
a

o

snr.

M.
S.
S.
M.
BAMCO
MO niABO
Resumo

do
Aclivo

e Passivo

em 30 de
Março
de

'1818.
Aetivo
Caixa:

existência
em

metal.
74:1203035

Agencias
no
paiz
....

117:361$!
15
Fundos
públicos
nacionaes
e

estrangeiros

....
160:6333378
Acçõ-s

de
B.ncos.

.
.
.

56:8213675
Acções

de.
c.
própria

.
.
64:800000
Hypolhecas
de
raiz

. .
.

127:2243377

Empréstimo

sobre

penhores

.

9:5373765
Empréstimos
a
Gamaras Mu-
nicipaes
e

á
Junta

Geral .

118:4653717
Letras

descontadas

.


.

242:8883386
Letras
a
receber
....

11:1153261

Letras
em
liquidação.

.
.
54:0023013

Saques

e
remessas

de

n.

c.

88:638^714

Agencias
no
estrangeiro.

.

79:8523595
Contas

correntes
garantidas
.

568:7493266
Diversos

devedores.

. . .

51:0523080
Contas em liquidação.

.
.

70:797009
Caução
da
gerencia.
.

.
.

12:000000

Eíleitos

depositados.

.

.

.

69:1593960

Generos
recebidos
por

c.
de penhores
............................
17:IIO$O85
Mobilia......................................
1:805025
Edifício
do
Banco.

.
.
.

34:6230

44
2.030:760$700
8
K
14I88ÍVO
Capital
........................
Fundo

de
reserva.
Deserva
para

decima.
Reserva
para

liquidações

Nolas
em

circulação.

.
Depositantes

á ordem.
Deposilos
a

praso
.
Dividendos

a
pagar

.

Diversos

credores
.

Deposito publico
.
. 600.0003000
.

155

0003000

.

3:2i.)0$400
.
7:0003000
4053000

.

168 6793994

875:6353442

1:244$444
.
41.830$429

.
15:100$072
Saques

e
remessas

das
agencias:
....
Letras
a

pagar.

.

.

.
Credores

d’
effeitos
depositad
Gerencia
do

Banco.

.
.
Agencias

no
estrangeiro.
Lucros
suspensos
.
Ganhos

e
perdas
.
2.030:760$700
Braga,
Banco

do
Minho 5

de Abril

de
1878.
OS

GERENTES.
João
Marques da

Silva.
Domingos

José Soares.

Antonio José
Gonçalves
Braga.
B4.VCO

MERCANTIL DE BRAGA
SOCIEDADE

AN0NYMA

DE
RESPONSABILIDA­
DE LIMITADA
Resumo
do

aclivo e passivo d’esle

Banco

em

30
de Março

de
1818.
Aetivo
Caixa...................................
Letras

descontadas,

toma
­
das e

a

receber

.

.

.
Empréstimos
sob

penhores

Créditos
caucionados em c/c

Operações
a

longo
prazo,
com
hypotheca
.
Agencias
<>o

Reino

e

Ilhas

Agencias

no
estrangeiro

.
Devedores

diversos.
.
.

Acções

recolhidas

.
. .
.
Valores

fluctuantes.

.

.
Títulos

de

D
vida Publica

Effeitos

depositados .

.
Installação.......................
Moveis
e

utensílios.
.

.
Gastos

geraes
e

commissões.
Liquidações
.............................
13:884$706
135:9583566
92:1183895

75:8193092
20:999$160

54:539$I52
5:
195$224

7:100$490
200:0003000
81:012$090

11:4013420
23:370$000
4:0003000
1:4133500

1:5
41$933

l:19tí$930
731:5423158
s=s
=

=

==

=
=
Passivo
Capital

....

Fundo
de
reserva .
Deposilos

a

praso

»

á
ordem.
Credores d
’effeitos

dos ....
Letras

em

deposito.

Leiras

a

pagar
.
Credores
diversos

.

Lucros

e
perdas.
.

.

.

600:000$000
.

.
.

3:3093127
.
.
82:243$351
.

.

11:6393695
deposila-
.
.

.

25:3703000
.

.

259$445
.

.

1:
596$280
.

.

2:0853930
.
.

.

4:8383330
731:542$158
Braga
9

de

Abril

de
1878.
Os

Direclores,
José

Joaquim

Lopes Cardoso.

João

da
Costa
Palmeira.
BANCO

DA
COVILHÃ.
Sociedade
anonyma

Responsabilidade

li­
mitada
Capital
3

reis
/.
a

emissão—reis 150:000^000 dividido
em
1:500 acções
de
100$000
reis
cada
uma.
Balanço

em

31
de Maiço de
1878.
Aetivo
Lettras

descontadas

e
a
receber
...................
Empréstimos

s.
penhores

Contas

corrent.

com

caução

Eíleitos depositados

.

.

Papeis

de
credito.

.

.

Agencias
no

paiz.
.

.

Ditas
no

estrangeiro. .
Diversos

devedores

.

Mobilia

e
utensílios.

.
Despezas

d

inslallação

.
Caixa.............................
Valores em

liquidação.

.
350:478326!)
145:592$420
313:71
!$887
12:000$000
9:4673800
18:328$3í)0
13:0823233

27:6973628
1:8403304
2:
525$875

16:970$573
5:9773592
917:6723872
Passiva
Capital...................................
Fundo

de
reserva.

.

.

.
Funlo
para

0
edifício

do
Banco.................................
Depositos

á ordem .
.

.
16:106025
6103000

69:1593960
12:000$000
24:392044
16:343$790

18:2623900
Ditos

a

praso.

.
.
.
.

Devidendos
a

pagar.
Credores

d’
eíleitos deposi­
tados.......................... .....
Diversos
credores
.

.
.

Agentes

no paiz .
.

.

Agentes no
estrangeiro.
.

Contas

interinas . .

.
.
Ganhos

e
perdas
.

.
.
.
84:7553295
2:1093500
12:000$000
4:
909$04!

1:893$105
858$450
46$-5Oo

12:798$069
917:6723872
Covilhã

31
de Março

de

1878
Os

Direclores
Visconde

de

Morard.
J.

T.

M.

Megne

Reslier.
Resumo do
aclivo
e passivo
do
Banco

Commercial, Agrícola e
Industrial ie Villa lleal, em
31

de
março
de

1878.
Aetivo
Caixa,
dinheiro
existente.

13:6253211
Letras
descontadas

e a rece
­
ber
...........................................
652:0863691
Leiras caucionadas

com hy
­
potheca

sobre

bens
de

raiz
46:992$000
Leiras
em

liquidação.

.
.

6:608$472
Letras

protestadas

.
.

.
3:54í$310
Títulos

e obrigações

a

receber
5:4333715

Empréstimos
sobre
penhores:
De
103

acções

deste
Banco

3:015$000
De

diversos

objeclos d

ouro
e
prata..............................
122$500
De

5:586
litros

d
’aguarden-
te,

e 15082

lit.

de vinho 1;500$000

Operações

a

longo

prazo
com
hypotheca
sobre
bens
de
raiz
..............

15:566$982
Acções

de

conta
própria

em
numero
de

325.

.
. .

15:5703000
Contas correntes
com

garantia
De

175

acções deste

Banco

3:7033000
De

letras

e

cartas de

credito
3:797$760
De

33:516

litros
de

vinho

700$000
Agentes

no

paiz,
dinheiro
e

leiras

a
cobrar.

.

.
65:9693779
Agentes

no

estrangeiro

.
12:3033240
Diversos
devedores

.

.
.

7:0093'134
Moveis
e

utensílios
.
.
.
610$400
Despezas

de

installação

.
i:600$000
859:758$430
Pas«ivo
Capital

do

Banco.
. .
.
Deposito á
ordem.

. .
.
Deposito
a

prazo. .
.
.

Dividendos a

pagar

.
Fundo
de
reserva. .

.

.
Quantia
destinada

para

0
imposto industrial.

.
.
Reserva

para prejuízos

even-
tuaes...............................
Ganhos

e
perdas.
,

.
800:000000
2:689$718
20:349$250
2:0933250
9:
420$000
5:300$000
4:000000
15:91a$202
859:7583430
Villa

Real,

3
de

abril

de

1878.
Os

gerentes,
Francisco

Ferreira
da
Costa
Agarez.
Agostinho

José

da

Costa.
ÀOIBBCIimOS
O

conselheiro

Manoel

Justino
Marques

Murta,

não

lhe
sendo

possível
ag
adecer

individualmente

a todas
as

pessoas

que
se

dignaram

saber
da

sua saude,
e
0
com-

primentaram
no

seu
regresso de Lisboa

a

esta

cidade,

0

faz

por

este
meio,

de

que
pede disculpa assignando
a
todos

a

sua
mdelevel

gratidão pelas

novas
provas

de
estima

que
assim

lhe

deram.
Braga
9

d’
abril

de

1878.
750:0003000
7:5
43$745
1:5003000
39:259$167
Os

abaixo

assignados,
sumtnamenle
reconhecidos

pelas distinctas provas de

consideração

e

estima,

com que

os

hon
­
raram

innu
neraveis
cavalheiros

deste

con
­
celho
de
Villa

Verde,
do
d

Amares
e
da
cidade
de
Braga,
que
se
dignaram
não
só cumprimental-os

por
occasião

da
in­
fausta

morte

de sua
presada

esposa,
ir
­
mã,

prima
e

cunhada,

D.

Anna

Ventura
d’
Atnorim

Soares
d
’Azevedo,
e

da de sua

tilba

e

sobrinha

D.
Anna
de Campos d

Aze-
vedo

Soares,
mas

também
assistir

aos

seus
funeraes;

penhorados
ainda
pela
muita
dedicação, com

que
um subido

numero
de

revd.
os

ecclesiasticos

generosamente
concorreu
a

celebrar

os

respedivos

oflfi-

cios,

que
no dia

21

de
março
findo
e

no
1.°
do

corrente
mez

tiveram
logar
na

egreja

de S.

Paio
do

Pico;
e

não
lhes

sendo
possível
dirigir-se
a
cada um,
par-
licularmente,

aproveitam este meio para
darem

a

todos
um

testmnnho
claro da

sua eterna

gratidão

e

profundo
respeito.
Antonio
de

Campos
d’
Azevedo

Soares.
Antonio

d
’Amorim

Soares

d

Azevedo.
O

Padre
João
Xavier

de

Campos
d’
Azevedo

Soares.
Francisco

de

Campos d’Azevedo
Soares.
_______________________________
(842)
Domingos

José
Dias

e

sua

mulher

Maria

da

Conceição Pinheiro
Dias,
suminamente
penhorados

pelos

obséquios
que

recebe
­
ram

de todas

as
pessoas tanto
seculares

como

ecclesiasticos,

que

os cumprimen
­
taram

e
lhes

prestaram
serviços
por
oc-
casião

do
fallecimento

de

sua

cunhada

e
irmã

Maria

Rosa

Pinheiro,

servem-se

deste
meio
para

agradecer

a

todas

e
protesta­
rem-lhe
sua
gratidão
indelevel.

(846)
Penhorados
profundamente

pelas

altas

provas
d

eslima
com

que
nos
honraram
as
pessoas das nossas
relações,

por

occa-
sião
do
fallecimento

do
nosso
saudoso filho,
irmão
e

cunhado,
Thomaz

Agostinho
da

Costa

Braga, cujos

despojos
mortaes

fo­
ram

dados

á

sepultura

no

dia

18

do
pas
­
sado março;
por
este
meio
a
todas

pro­
testamos

0

nosso
reconhecimento,

especia-
lisando,

como

nos cumpre, 0
rev.mo

eccle-

siastico
que
acompanhou
0

cadaver.
João
da

Costa

e Silva
Anna
Joaquma

de

Carvalho
Theresa

Philomena

das

Dores
Antonio
José
da Conceição
da

Costa

(
ausente
]

Maria

da Guia
da

Costa
Nobre
(ausente]

Leonardo
Pinto

d

Oliveira.
Maria
das
Dores da
Rocha

Veiga, Amé
­
lia
Augusta
da
Rocha Veiga
e

Anna
do
Carmo

da
Rocha

Veiga,

intimamente
pe­
nhoradas
com

todas

as pessoas

que

se
dignaram

comprimental-as

por
occasião

do

fallecimento
de

seu
muito
chorado

e pre-

sadissimo

pae

e irmão,
José

da

Rocha
Veiga,
e
que
tiveram
a
bondade

de

as­
sistir

aos

responsos, que

tiveram

logar
no

cemilerio
em

22

do

mez passado

pelo
eterno

descanço
de
sua
alma,

a

lodos

protestam

cordealmente

a
sua
sincera
gra­
tidão.

(832
a)
«a.

1#
Z-
A QUEM SE QUIZER ESTABE­
LECER
Lucro certo
PASSA-SE um
estabelecimento
situado
no
melhor
sitio de
Braga, muito

amplo

com armação

nova

que

serve,
sem
fazer

mais

despesa

alguma,

para

loja
de

fazen­
das,

de
modas,

de

quinquilherias

ou

para
0 ramo

de
negocio que

aclualmente
tem.

Está forrado

exteriormente

a pedra
már­
more

e

é

0
mais
vistoso da
cidade.

Fa­
cilita-se

0

pagamento
a
praso
j

or letras,
que
oflereçam
solbabilidade. Em

Braga
carta
com

as
eniceaes
G

C.
rua de

Jano

n.°
2,
no

Porto
á redação

do

jornal

«Pri-

mei
’O
de
Janeiro».
(849;
VENDE SE
Z

.

,-.
Uma mora
la

de
casas

de

um

pri-

7::^

meiro
andar
com

muitos

commodos
I)ara

família
,
|
)oas

|
o
j
aS( p
()Ç0

com

muito

boa

agua,
e
grande quintal,
já bem

plantado
e
muito

a

vmhado,

na
rua

Direita
da

Cruz,
de
Pedra
n.°
55.

Para
tratar
no

n.°

57 C.

(851)
-

Vende-se

uma
morada

de

casas

de

dois
andares

na
rua
do
Campo

z

^(antiga
Porta
de

S.

Francisco),
disignada

pelo

n.° 21

e 21

A.,
é

alu-
dial,

pode

ser
vista

a
qualquer
hora da

dia
trata
se

no

Banco

Mercantil.
(850)
Dinheiro a juro
Quem

pretender

tomar
a juro
de

lei

a
quantia
de 350$000
reis,
sobre

hypothe
­
ca,
dão-se
na
rua

de

S.

Victor
desta
ct-
Idade, n.e 76.
(839)






















JOSÉ ANTONIO FERREIRA

GOMES
—5

Rua

Nova
de

Souza
5


Com

estabelecimento
de mercearia,

pregagens e
objectos
para

flores

e

de

es
­
criptorio.
Vende
pregos

de
arame

de
todas as
dimenções.

(.813)
A
QUEM CONVIER.
Aluga-se
até
o

proximo

S.
Mi­
guel na

rua

das Aguas
d

esta

ci­
dade

uma

morada
de
casas

com

2
andares,
tem

o

n.°

85

e
trala-se
na

rua

Nova
de
Santa Cruz, com
Magalhães

Júnior.

(847)
UNIVERSO ILLUSTRADO.
Publicou-se

o

3.°

fascículo
correspon
­
dente

ao

mez de
março.
Eis

o

summario

do

que

contém:
ARTIGOS
N.° 9.

Castello

de

Heidelberg
(Alle­
manha)
—A

Idéa

Nova--ldéa

geral

do
raio

e seus

efleilos

(physica)
— Asia
—Sobre
o
nome

Evora


Largo
de Nazareth

no

Pará

(Brazil)
—Oriental
(poesia)

Inconvenien
­
tes
do caminho
de

ferro

(continuação)

O

verdugo

(conclusão)—
Mosaico.
N.°

10.

Uma

vista
da

cidade

de

Ma
­
cau—
Quaresma

A

estalagem

vermelha —
O

soldado

Nova
egreja de
Fonthill-Gifford

(Inglaterra)

O

seu
tumulo
(poesia)

Sei­
tas

religiosas

Morte

tr

agia

de
homens
e
mulheres
celebres

Allucinações

(poesia)

Galeria
de

homens

celebres

(Al-hazem)


Inconvenientes

do

caminho

de

ferro

(con
­
clusão)
—As
duas

sympalhias

(poesia).
N.°

11.

Os chuparneis
do

Brazil
—Do
raio

e

seus eíLitos (conclusão)

O
soldado



Galeria de

homens
celebres

(Ali
Abbas)

O

amer

e

as
mulheres (continuação) —
Typos

nacionaes

Digressão
ao
Thibet

A

estalagem
vermelha
(continuação)—
Mo
­
saico.
N.°

12.
—VanDick—
O

paiz

dos
dia
­
mantes

Contos

da
minha
avó

Galeria

de

homens
celebres
(Ali-Ben-Rodhuan)


O
inartyr
obscuro
(poesia)

Castello

de

Nollingham

(Inglaterra)



Os sapatos



Preito
de
aflecto
(poesia)

A estalagem

vermelha
(continuação)


Deus

(poesia)—
Os

obreiros

Mosaico.
N.°

13

O

invalido—
A

estalagem

ver­
melha

(continuação)
—Cogitações

(poesia)


Nomeações d

optica

Escola

de Covvling

(Inglaterra)

Galeria

de
homens
celebres

(Ali

Bey)

O

amor

e
as

mulheres
(con
­
tinuação)—
Os
obreiros

(continuação)—Uma
entrevista
amorosa
(poesia)

Bibli

igrapbia

Mosaico.
GRAVURAS
N.°

9.—
Castello

de

Heidelberg

(Alle-
-manha).
Largo
da Nazareth no Pará
(Brazil).
N.° 10.—
Uma

vista

da
cidade
de

Ma

cau.
Nova

egreja

de

Fonlhill

Gifford (Ingla
­
terra).
N.° 11.—
O

chupa-mel

do

Brazil.
Uma

camponeza
dos

subúrbios

de
Es-
tremoz.
N.°

12.
—VanDick.
Castello

de

Nollingham
(Inglaterra).
N

0
13.
—Um
voluntário

de

quatro

annos.
Escola

de
Cowlinge (Inglaterra).
ClRKKCtlAO DESTISTA
DA
Escola Americana
Consullono

a
toda
a
hora,
tanto

de
dia

como

de noite
Rua

do
Campo

(antiga
Porta

de S.

Francisco)

n.°

22.
(845)
PIANO
A
3 GORDAS.
Vende-se
ou aluga-se

um em muito

bom
estado,
no

Hotel

Particular

no
Largo
da

Praça

d’
esta

cidade.

(833)
PÃO BE

Na
rua

das

Aguas
n.°
—70,
fazem-se

roscas

de
pão

de

da

màis

superior
qualidade,

e
de

todos
os

tamanho;

e

em-

feitadas
á

vontade

do

freguez.
Também

se

emfeitarão
roscas

ainda
que

tenham
.sido feitas

em
outra
parte.
(835)
Gran êxito en
Paris
VELOUTINE

GH‘“
FAY
POLVO

DE

ARROZ

ESPECIAL
PREPARADO

CON

BISMUTO
INVISIBLE
Y ADHERENTE, dá
al cútis frescura y trasparencia.
I
nventor

CHARLES FAY, 9,
rue

de

la

P
aix
, PARIS
Se

vende en las Farmacias,
Peifumerias, Peluquerias y tiendas de quincalla.
Desconfiar
íe las falsiíicacíones.
ÍJMKPS

DAS

«miE
TRATAMENTO (sem

necessidade

de

repoiso

nem

regimenj
por

Mad.

Lachapelle,

professora

parteira,

das

enfermidades
das

mulheres,

inllammaçôes,
ulceras,

consequên
­
cias

do

parto,
desarranjo

dos

orgãos,
causas
frequentes

e

ás

vezes

ignoradas da
es
­
terilidade,
languidez,

palpitações,
debilidade,
doenças

nervosas,

enfraquecimento

e

muitas

enfermidades

reputadas

incuráveis


Os

meios
de cura
que
emprega
Mad.
La-

cbapelle,
simples e infalliveis, são o
resultado
de

assíduos

estudos e
observações
pra­
ticas.

Cônsul

ações das

3

ás

5

Rue

Monlhebor,
27,
perlo
Tulherias,

Paris.

(40-^-)
DE
MIGUEL
AUGUSTO, FONSECA & GARDOSO
í

4 d i
H
j
A
FABRICA:
Poço
(las
Palas, 118
P0HTO.
Premiado*

eom medalha de
t.acicss» ita
Expoiasção Boternueional
S"ortueime <Se
1S65, e na fhilade!phi
a de l»í«.
lendo

os

proprietários

d

esta

fabrica sido victimas

das
mais

cruéis
e

vis
fal
­
sificações, fazem
saber
aos
snrs. consumidores
de

seus
productos,
que

leem altera­
do

a

inscripção

e desenho

dos
invólucros
ou
cintas

que
cingem

os
seus
bem
con­
ceituados

e

conhecidos=Ci;ji»rroí»
esipeeines
íí
«v!ss»ss=,

em
inassinhos de

8

cigaros;
e

por
isso
chamam

a
altenção
dos

mesmos
snrs.
consumidores,
para

que
não
sejam
illudidos
na
sua
boa

fé. scienlificando-os
de

que
os
rotulos,

além d
’um

leão

(distinctivo

e

marca

d’
esta

fabrica)

em

maiores

proporções,
legenda
da
firma

dos

proprietários
—Tlíjjue!
Augneto,
Fmsseeí»

í
S?

Caidoso—,
levam

ao

lado,

escripto
em
caracteres
bem legíveis
e

em

sentido

transversal
MARCA

I.JEÃOj
e

pe
­
dindo-lhes

para

que

se

dignem
bem

attentar
na
inscripção

e

marca

que
acima

re­
produzem, evitando

ass

m
o

serem
ludibriados.
Não

encarecem

os proprietários
a

excellencia

da
qualidade d’estes
cigarros

e

mais
productos

sahidos

da

sua
fabrica,

porque

os

snrs.

consumidores

os

conhecem
de
sobejo

para

os

poderem
avaliar;

e

ao

que

visam,

tendo
feito
a
alteração

na
m-
scripção

e

servindo-se da
publicidade,

é
evitar

o
descredilo
da

sua

fabrica
em
de­
trimento

seu
e dos

snrs.
consumidores

que
os

obsequeiam

com
a
sua
preferencia,

a

qual
diligenciarão

lazer
sempre
por
merecer,
primando

cada
vez

mais
em
aper­
feiçoar

os
seus

productos.
(694)

Miguel

Augusto,

Fonseca
t?

Cardoso
Vendem-se
os

p-edios

20 a
20

B,
21
a

2!
A,
22

a
22 C, silos na rua
dos Ca-

peilistas.

Para

tractar-se,
entrada

da

mes­
ma

rua,

22

C.

(838)
RETRATOS
DE PIO IX.
Na
administração
d

este
jornal

ven

dem-se
bellos

retratos

oleograficos,

em

ponto

grande, do
fallecido
Pontífice

Pio

IX.
Com caxilho

em

preto

com
friso

doi­
rado—
700

reis.


o

retraio

200
reis.
RETRATOS DE S. SANTIDADE
LEAO
XIII.
No
escriptorio
da

administração

d

este
jornal

vendem-se
duas

magnificas

foto­
grafias

de
S.
Santidade

Leão
XIII.
Própria
para

quadro—200

reis.
Miniatura—
110

reis.
L1V1UJS
1TIXSSA
E

SEiiAWA
S A
Ai

TA
Grande
e

variado

sortimento

com ca
­
pas de

marfim,

madre-perola,
tartaruga,
ébano,
massa,

veludo

e

couro

da

Rússia,
de
700,

10060,
10200


1010»
10800


20000.
20500,
208oO, 30000—40006

50000
-60000,
605(10,

70200,

80000
—90000
120000,
140000

e
160000

reis

caia

um.
27—
Praça
do
Barão

de

S.

Marlinho

27

(831)

_____
VENDA

DE
TRAVES.
Vende-se uma
porção
de

traves

de

castanho.
Quem pertender

dirija-se

á
rua
da Boa-Vhta n.°

24.
DEPOSITOS

F1L1AES:
Pi.

das

Flores,

298
PilKTO,
Rua

Áurea,
208
s
.
í

uioa
.
ÀTTfiílÇÀO,
Ninguém arremate ou

contrate,
as ca-

zas

do
inventario,

por
fallecimento

de

Domingos

José

d
’Azevedo, morador

que
foi,

na
rua

da
Ponte,

freguezia

de

S.

La-

zaro, sob

pena

de

nullidade;

visto
estarem
as ditas cazas doadas
a

um

seu
filho

au­
sente,

conforme se
pode

verificar,

no
escriptorio do
snr.
Tabellião,
Bento

da

Luz

Pereira
da

Silva;

nota

1.223, II.
98
v.,

em
31

de

janeiro

de
1867.
PIANO DE MEZA
Vende-se

um

de
7

oitavas
de
muito
bom

auctor.

Trata
se
com

Anlonio

Fernandes
Gomes

de

Campos,

no campo
de
Sant

Anna d
’esta

cidade.
(824)
DINHEIRO A JURO.
A

Iimandade

de
Santa
Maria
Magda-
lena, da
Falperra,
lem
paia

dar

a

juro

1:3500000

reis.
Braga
2

de
fevereiro

de
1878.
O

secretario

Padre

Luiz

Gomes
da

Silva.
(735)
LÍNGUA FRANGEZA.
Ensina-se

na
rua

de

S.
Victor

n.°

1,

em

Braga.

(828)
DINHEIRO A JURO
A

Confraria

de

Santo

Amaro

da Sé

tem

dinheiro
para
dar
a
5
0/0 sobre

hypo-
theca.

(706)
Quem
quizer
arrendar

a

casa
n.°

7,

no
campo das
Carvaliiheiras, falle com

Joaquim

Antunes Alves, na

rua

do

Cam
­
po,

d’
esta cidade,
que
está

auctorisado
pata

este

íim.

(713;
Arrematação

de bens de
raiz
Por

deliberação
da

commissão

liquidj.

taria

do

Casal do
illm.0
snr.
Manoel
G
q
.
mes

da

Silva

Mattos,
da
rua
d
’Agua<Tes
,

la
cidade, creada pela
escriptura

publi^
celebrada na
nota
do

Tabellião
Ribeiro

aos 7 de
dezembro

de
1877,
tem

de
Se
j
vendidos
em

praça
no
salão
do

theatro

de
S.

Geraldo
ás

11

horas
do

dia

28
corrente

mez,

a

casa
nobre
numer

o

7

do

Campo

de
Sanl
’Anna,
as

quintas

e

ben$

situados

nas

freguezias

de S.

Victor,
e
d
e

Gualtar,
e

bem
assim

os

fóros
pertencen­
tes
ao
mesmo

casal.
Em
casa

do

snr.

Paulo

José
da

Costa

no

largo
do

Barão
de S.

Marlinho

podem

ser
examinados
os

mappas
descriptivos

com

os

esclarecimentos
precisos
e respeitantes
aos bens
do

casal
em
liqnidaçã".
O

pagamento

dos bens

e

foros
quefo.

rem

arrematados
deverá
ser
feito

dentro
de
oito

dias,

mediante

um

recibo
interino

com

dedução

do

importe

dos

laudemios

re-
lalivamenle

áquelles

bens,
que
tendo
a

na.
tureza

de
praso,

a

commissão
não

te.

nha
podido

distinguir

dos

bens

allu-

diaes,

devendo

celebrar-se

as
escripturas.

d\ssas compras
dous

mezes

depois,

den
­
tro
de
cujo

periodo

os respeclivos
dire-
ctos

senhorios
são

convidados
a
designar
aos

compradores,
á

face
dos
titulas,
os

bens

de

cujo

valôr

tenham

direito

a
lati-
deinio.
Os

directos

senhorios
suppõe
a

com-

missão

serem
o

Arcediago
de
Braga,

a
Casa

dos

Bravos,

a
exm.
a

Camara, a

con­
fraria
de Nossa
Senhora
da

Abbadia da

Porta

do

Souto,
a
confraria

do

Subsino

da

freguezia

de

Gualtar,
e

o
exm.°
snr,

Francisco

Falcão,

a

exm.
a

snr.
a

D.
Ma­
ria
Ignacia

de
Faria

Machado,

e

o

snr,

João

Leite

de

Magalhães

da freguezia

de

Lamaçães

d

esle
concelho.
Braga

3

de

abril

de

1878.
A
commissão

liquidataria
Henrique
Freire

d'Andrade
Manuel
Luiz
Ferreira

Braga

(837)

Anlonio

Santos

d’
Azevede

Magalhães,
Pio IX em Miniatura ou Ilcsumo
da
Historia

de Pio
IX.
Pelo

Padre

Luiz

B.

C. Pacheco.
A

venda no escriptorio
d

este

jornal-
Preço

300
reis.
braga
,
iypograpeia

Lum-Aiu

-1878.