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Parte de N.º 585 de 29/12/1876
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-
4.
’ ANNO
1876
FOLHA COMMERCIAL
RELIGIOSA
E NOTICIOSA
NUMERO
585
Assigna-see
vende-se
no
escriptorio
do
editor
e
proprietário
Joti
Maria
Dias
da
Costa,
rua
Nova
n.
’
3
E, para onde
deve
aer
dirigida
todas
correspondência
franca
de
porte.=
As
assi-
gnaturas
são
pagas
adiantadas
;
assim
como
as
correspondên
cias
de
Interesse
particular. Folha
avulso
10
rs.
ÁS
TERÇAS,
QUINTAS
E
SABBADOS.
P
reços
:
Braga,
a
jf
_
cias,
anno
2&000
rs
e
sendo
duas
3&600
rs.'
rs.
^Braztl,
anno
3&600
rs.—
Semestre
1&900
rs. moeda
forte
ou
8&000
reis e
Í&500
reis
moeda
fraca.
■=
Annuncios
por
linha
20
rs.,
repetição
10
rs.
Para
os assignantes
20
«/.
d
’abatimentc-
rs.-=Semestre
850
rs.=ProOTn
^Semestre
lâOõo
U2&A.QÃ
—
8.X8E5AW©
30
®2S
MíiSEM
Í85SO
Londres,
83 de
.Vovembro, 8 8 78.
IA
’
redacção
do
i
Apostolou.)
(Cunclusãoj
Com
prazer
li
que
os Cathólicos
na
Terra
Santa
e
n’outras
partes
da
Asia
Turca,
sam
bem
tratados,
respeitados,
e
prosperos;
e
diz,
que tem
conventos,
Iios-
pitaes,
escolas,
etc,
em
bom
estado
e
ri
queza
suíliciente.
II.—
Ante-honlem,
pela
manhã
cèdo.
falíeceu
Saldanha,
Ministro
aqui
de
Portu
gal
ha
5
ou
G
annos,
e
qne
tanto
(igu-
rou
nas muitas
revoluções
Portuguezas.
e
tanto
mal com
isso
fez á sua
patria.
Com
dizer-se,
que foi (como
elle
proprio
confessou
claramente
por
escrito em car
ta
sua
assignada),
chefe
da
Maçonaria,
dos
Carbonários,
e
dos
Templários,
diz-se
bas
tante,
para
se
entender
que
fez
muito mal
ao seu
paiz,
e á
Religião
lambem,
que
a
Maçonaria
e
o
seu
alliado,
o
Protestantis
mo,
eslam
cada
dia
mais
pervertendo
em
Portugal.
O
seu
arrependimento
ou
retra-
ctação
das
taes
seitas,
fez-lhe
honra
por
íim,
e
faz que a gente louve
a
Deos
Nosso
Senhor
por
isso
e
invoque
em
seu
favor
a
Divina
Misericórdia.
Mas,
quem
tenha
vergonha
ou
consciência,
não
pode
asso
ciar
no
concerto
de
encoinios
com
que
certa
gente
vai
hypocritameote
cantar
os
seus
louvores,
e
proclamar
os
serviços
que
elle
fez
a
Portugal,
sugeilando-o
á
lei
dos
Maçons,
abrindo
a porta
á
Propaganda Pro
testante,
que
agora
ílorece na
nação
ou-
troia
Fidelíssima;
á liberdade
dos
«enterros
civis»,
isto
é
atheos,
e
aos
«baplismos ci
vis»,
ou
maçonicos; de que,
ha
menos
de
15
dias,
fôram
victimas
em
Lisboa
tres
ou
quatro
infelizes
crianças,
filhas de
pais
desalmados
e
corrompidos
pela
Seita;
e
baptizadas
maçonicamente
em
presença,
e
com
assistência
de
numeroso
bando
de
Damas
e Cavalheiros (tudo
maçonico),
com
escandalo de
quanlo
ainda
seja
Porluguez
e
Chiislão.
Dava
elle
proprio
em
sua
célebre
car
ta,
por
motivo
de ter-se
feito
chefe
das
tres
honrosas
Irmandades
mencionadas,
o
desejo
de hostilizar
El-Rei
o Senhor
D.
Miguel.
E
por
damnificar
ao
Principe que
nenhum mal
lhe
tinha
feito,
arruinou
elle
a
sua
Patria
(ou
contribuiu
tanto
para
is
so)
politica,
moral,
financeira, e
sobre
tudo
religiosamente!
Até
morrendo
agora,
fez
ainda mal
ao
seu
paiz,
e
deu
aso a
reviver
as
mais infames
calumnias
contra
o
Senhor
D.
Miguel,
e
contra
sua
Augusta
Mãi,
a
Imperatriz
e
Rainha
D.
Carlota
Joaquina
—que
foi
marcada
pela
Maçonaria,
como
objecto
constante
de
toda
sorte
de
alei-
ves,
calumnias
e
mentiras;
inculcando-se.
embutindo-se
estas
perfidamente
a
El-Rei
D.
João
VI,
Seu
Marido
—
e
para
quê?
Porque,
como
a
Pedreirada
—
que
já enião
dominava,
mas
á
surdina
ainda e
disfar
çada junto
d’tl-Rei
—via
e
conhecia,
que
Ella,
a
Rainha,
linha mais
talento,
mais
capacidade,
mais
instrucção,
mais
vontade,
mais juizo,
que
o
bondoso
mas
desleixa
do
e pusilânime
Esposo;
pertinaz
e sys-
temalicamente
se
encarniçou
em
continua-
mente
envenenar
contra
a
Rainha
o
ani
mo
de
seu Real
Marido.
Eis
ahi
a
verda
de,
eis
ahi
o
segredo,
da
continua
chuva
de
calumnias,
de
insultos,
de
mentiras
atrozes,
contra
a
Rainha,
principalmente
por
aquelles
que
nunca
a
viram,
ou
só
de
longe,
nunca
lhe
falaram,
nunca
a ou
viram, nunca
delia
souberam seuão
o
que
a
Maçonaria
e
a calumnia tinha falsamen
te
propalado
a
respeito
de Sua
Magesta-
de.
O
mesmo
systema
e
methodo
seguiu
a
Pedreirada
a
respeito
do
Senhor
D.
Mi
guel;
que,
por
isso
mesmo
que respeitava
a
Rainha
Sua
Mãi,
e
ouvia (até
certo
tem
po),
mesmo depois
de
Rei,
os
seus
con
selhos;
se
lhe
jurou
odio entrauhavel
e
inimizade,
que
nem
com a
morte
delle
cessou.
Foi
representado
falsamente
como
o
monstro
dos
monstros;
suas
qualidades,
que
as
tinha
noblissimas
e
excellenles.
fô
ram
negadas,
desfiguradas,
falsificadas: e
de
um homem
que
era
na
exacta
verda
de,
bom,
exceilente, nobre,
generoso,
ca
ritativo,
fez
a
calumnia
maçónica
o
mons
tro
o
mais
odioso
e
negro
!
E
permitia-
se-me
repetir
o
que
outras vezes
tenho
allirmado,
e
affirmo,
que
falo
assim
do
Senhor
D
Migel,
em
obséquio da
.verda
de
sómente;
pois
não
lhe
sou
devedor
de
favor algum,
se
não
foi
o
consentir
ou
approvar,
que
os
seus
Ministros
me no
meassem
—
sem
eu
tal
sonhar
—
Secretario
de
Sua
Missão em
Londres.
Depois,
mes
mo em
quanto
vivi
com
Elle
aqui,
e
o
servi
com
um
zelo
que
ninguém
pode ne
gar,
porque
tenho
as
provas
irrefragaveis
nenhum favor
lhe
devi
—
porem
a
causa
disso
não
foi
o
seu
coração,
mas,
influen
cias
tão
tolas
quanto calumniosas e
invei-
josas.
Depois
destes
preliminares
cuja
verda
de
posso
atestar,
julgue-se
dos
seguintes
extraclos
e
asserções
no
Times,
de
hon-
tem
dando
o
que
elle,
sem
duvida, en
tende
é
uma
noticia biográfica
de
Salda
nha:
—
■
«Este
(Saldanha)
foi
em
um
tempo,
o
mais
prominenle
dos
homens
de
estado
Portuguezes,
e
a
sua
carreira
foi
tão
cheia
de
acontecimentos,
que
merece
logar
ao
lado de
Espartero.
Verdadeiramente,
Sal
danha
foi
o
Espartero
de
Portugal.»
—
(Não
sei
se
o
Espartero
Castilhano
se lisougea-
ria
muito
da
comparação.)
—
«Saldanha
foi
a
principal
figura
ao lado da
familia
rei
nante.
Uma
vez
General
viclorioso;
outra
Primeiro
Ministro,
outra
desterrado,
e
lo
go
diclador,
fora
o
nome
sómente,
passou
por
circulo
tal
de
vicissitudes,
de
que se
não
acha
exemplo,
salvo nos annaes
da
Península. .
.
.
Incommodoo
muito
a
Can-
ntng.
Foi
o
heroe
da
expedição
á Tercei
ra.»
(quando
mentiu
ao
Duque
de
Wel-
inglon,
que
se
não
deixou
lograr
por
elle,
quando
lhe
deu
a sua
palavra,
elle Salda
nha
que
ia
para
o
Brazil,
e
nào
para
a
Terceira,
e
foi
logo
direito
a
esta
Ilha...).
«Em
1837, sustentou
uma
rebellião
que
era
secretamente
favorecida
pela
Rai
nha
(D.
Maria),
e
cujo
fim
era
restabele
cer
a
Carta
menos
democrática
dada por
).
Pedro,
em logar
da
Constituição
exislcn-
te.
Assim
se
tornou
odioso
aos Liberaes,
e
têve
de sofTrer outro
longo
desterro
na
Inglaterra.
«Quando
a
Quadrupla
Alliança
restabe
leceu
a
paz» (isto
foi
quando
Concha
veio,
com
os
seus
doze
mil
homens
Hispaiihoes,
intervir
de novo
contra
a
Nação e
Povo
Porluguez,
aquem
a
tal
Quadrúpede
já
tinha
opprimido
antes
em
nome
da
Liber
dade),
«obteve
Saldanha
um
novo
termo
de
poder.
.
.
.
Com
tudo
rapidamente
per
deu
favor
pela
vacillação
de
suas
opiniões,
e
sua
incapacidade
de
manejar
os
deta
lhes
do
serviço
público;
e
pela
maneira
desesperada
com
que
deixou
cahir
em
con
fusão
os
negocios
da Fazenda. .
.
.
N’
uma
carta
publicamente
dirigida
ao
seu antigo
companheiro
de
armas,
o
Duque
da
Ter
ceira,
accusou
Costa
Cabral
de
prevarica
ções,
e
continuas infrações
da
Constitui
ção.
A
proclamação
era
quasi
frenética
na
violência
de suas
instancias
a
Tercei
ra
para
que
salvasse
o
Estado
pondo
Costa
Cabral
fora do poder.»
Eis
ahi
alguns
fiéis extraclos da
tal
noticia
biográfica
dada pelo
Times.
Sinto
não
ter
tempo
já
para
copiar
as
calumnias
atrozes
que
aproposito
desta
biographia
o
Times
lecita
contra
a
Imperatriz
e
Rai
nha,
e
contra
o
Senhor
D.
Miguel,
mas
não
as deixarei de
todo
incontradiclas,
por
alguma
outra maneira.
A.
R. SARAIVA.
6AZSTILHA
Mais
iskii
paiiblicã» e
teatimiinho
crrnçiiM religiosas
dou
brttearenuies. —
Diz-se,
e
é
verda
de,
que a
terceira
cidade
do
nosso
reino
é o
baluarte
da
fé
luzitana,
contra
o qual
se
despedaçam
as
enadas
settas
da
im
piedade.
Se
vissem
como
está
profunda
mente
arreigado
entre
nós
o
sentimento
religioso,
decerto
nos
não
calumniariam,
antes
sobrauo
motivo
haveria
para
justa
admiração,
devido
respeito
e
igual
exem-
32
FOLHETIM
í®.
J.
il.
UE
JLICEIW.
tó
BOIS
OOIKS
ROMANCE
BRAZILEIRO
VOLUME
I
XV
O
senhor e a escrava.
[Continuação]
—
A
senhora
pretendeu
ter adivinhado
meus
sentimentos,
e
não
conhece
ainda
metade
d’
elles
: quero dar-lhe
ideia
de
mais
alguns.
Sim;
o
documento,
que
pos
suo
me
tem collocado
na
posição
de
se
nhor,
e
a
tem
posto
na
de
escrava:
e
eu,
eu
que
sou
rico
e
feliz,
considero-a
como
uma
de
minhas
riquezas,
como
a
mais
interessante
carta
do
meu
jogo
dos
prazeres
da
vida;
e abuse
ou
não,
hei
de
divertir-me
jogando
com
essa
carta,
e
d
’
ella
me
servindo
para
ganhar
as
mais
difliceis
partidas.
Sim
! oslenlei-me
seu
apaixonado
e
seu
preferido,
e
o mundo
em
que vivemos
acreditou
que
eu
era
amado e feliz.
—
Oh
1
mas
isso
foi
uma
calumnia
d’es-
se
mundo,
e
uma
iufamia de
sua
parte
!
—
Agora
que
já
por
muito
tempo
go-
sei a felicidade
de
parecer
amado por
uma
senhora
encantadora, quero
realmen
te
ganhar
a
posse
de
uma
outra
não
me
nos
bella
:
amo,
e ame ou
nào,
quero
que
a
Bella
Orfa
seja minha
esposa:
e
sabe
quem
me
ha
de
ajudar
n
’
esse
em
penho?...
sabe quem,
se
preciso
íôr,
ha
de levar
a
Bella Orfã
de
rastos aos
alia
res
e
forçal-a a
dizer
—
sim—ao
sacerdo
te?...
é
a
senhora.
—
Eu ?!!!
—
Sim,
porque
aclualmenle
eu
lenho
mais
do
que
o
documento de
um
crime;
lenho
um
sentimento
poderoso,
por
cuja
existência
e
triunfo
a
senhora
ha
de
fa
zer
tudo
;
lenho
um
amor,
cujos
laços
hei
de
quebrar, se
nào
íôr
ajudado
e
fe
liz em
minhas pretenções.
—
Senhor
I...
—
Esse
amor
que não
morreu
com
um
viajar
de
tres
annos, que
resiste ainda,
que
hoje
apparece
e
se
mostra
tào
beilo,
lào
cheio
de
esperanças,
hei
de
eu
ma-
lal-o,
senhora!..
Marianna
t>ão
poude
dizer
nada.
—
Se
acaso
uma
barreira
se
levantar
entre
mim e
sua
sobrinha,
eu
lambem sa
berei
levantar
uma
barreira,
que
separe
Marianna
de
Henrique.
—
Senhor
!
—
Oh
!
a
senhora
sabe
bem se
eu
pos
so,
se eu tenho
animo
de o fazer... e
eu
o
íarei.
—Sim
!
sim
1 eu o
sei
:
o
snr.
é
ca
paz de
tudo.
—
E
portanto
a
senhora
ha
de
neces
sariamente
coadjuvar-me
no
meu
empe
nho...
por
interesse
proprio,
para
que eu
nào
mate
o
seu
amor...
—
E
’
muito
!
—
Para
que
eu
não
atire
um docu
mento
terrível
aos
olhos
do seu
amante,
aos
olhos
do
publico;
um
documento,
que
a condemna
como...
de
que
nome,
quer
a
senhora,
que
eu
me
sirva?...
—
Senhor!...
senhor!...
—
Por
ora
pois
cumpre-lhe
sómente
despedir
d’
esta
casa
a
esse
homem,
que
eu
detesto.
Com
razão
ou
sem
ella,
ame
elle
ou
nào a
sua sobrinha, seja
ou
nào
amado
emfim,
eu nào
peço,
eu quero,
que esse mancebo deixe
de
vir
aos
se
rões
do Ceo-côr-de-rosa.
Senhora,
repilo
a
palavra,
com
que
começamos
a
tratar
d'es-
ta
questão
:
—
eu
o
exijo!
—
e
prounciarei
depois
d
’
essa
a palavra,
que
deve
termi
nar,
todas
as
nossas discussões
doravan
te
:
—se
não...—
—
Oh,
senhor
!
relire-se
!
exclamou Ma
rianna
com
desesperação
;
retire-se
!
dei
xe-me
em
paz.
Como
dissemos,
a
porta
da
sala
tinha
sido
fechada
no
começo
d
’
esta
conferen
cia.
No
momento
em
que Marianna
excla
mava
:
retire-se
!
— um
velho
de quituào
preto
se
afastou
mansamenle
detraz
da
porta,
e recolheu-se
a
um
canto
do
al
pendre.
Salustiano,
e
Marianna
despediram-se
emfim...
como
dous
sicários,
que
acaba
vam
de
tratar
de
um
crime.
XVI
A
velha, o moço, e a moça.
Quando
Anacleto,
Irias,
Cândido e
Ca
lina
entraram
na
sala
do
Ceo
côr-de-rosa,
já Marianna
alli
não
se
achava.
Ou
fosse
para
occullar
a
perturbação,
que
por
uma
causa
qualquer
sentia, ou
porque
realmente
se
achasse
fatigado,
Aua-
cleto
convidou
os
dois
habitantes
do
Pur-
gaiorio-trigueiro
para cear
com
elle,
e
pe
dindo-lhes
licença
para
descançar
alguns
momentos,
dirigiu-se
ao
quarto
de
Ma
rianna.
A
viuva
eslava
deitada
e abatida
:
quei
xou-se
de
que
uma
intempestiva,
e
ines
perada
visita
de Salustiano, lhe
exacerbi-
ra
o
incommodo
de
que
poucas
horas
antes
se
tinha
queixado.
Anacleto
não
lhe
disse
uma
palavra;
deixou-se
cahir
em
uma
cadeira
de
bra
ços,
e ficou
triste
e
meditabundo
olhando
para
Marianna
O
pae desconfiava
da
filha.
Mas haviam
ficado
na
sala,
a
velha
Irias,
Cândido,
e
Celina.
Estiveram
descançando,
e
sem
ence-
lar
a
mais
simples
conversação
durante
algum
tempo
:
os
dois
moços
conserva
vam a
sua melancolia
silenciosa
do
passeio;
Irias
continuava
a
observal-os
como
fize
ra
em toda
tarde
d’
esse
dia.
Até
que
emfim
ella
mesma
quebrou
o
silencio
dizendo
:
—Conlinuaes
a estar
tristes,
meus
fi
lhos?
—
Não, minha mãe, acudiu
prompta-
pio.
São prova do
que
levamos
dito
as
explendidas
novenas
que
na
Roma
por-
tugueza se
fizeram
como
preparação
para
festejar um
dos
maiores dogmas
do
chris-
lianismo
—
a
encarnação
do
Verbo.
Celebrou
se
este
mistério
essencial
do
nosso
símbolo,
nos
Terceiros,
Congregados,
Senhora Branca,
Santa
Cruz,
Collegio
de
S.
Caetano,
Órfãs
do Menino
Deus,
etc.
Nos
tres
primeiros
templos
foi
luzida
e
apparalosa
tanto
a
novena
como
a
fes
ta.
Deu,
porém,
subido
realce
á
novena
dos
Terceiros
a
musica
da
capella
da
Sé,
regida pelos
snrs.
Luiz
Baptisla
e
Luiz
Esmeriz.
Esta
capella
executou
uma
no
vena
nova
producção
do
snr.
A.
F.
Go
mes
de
Campos,
escrivão
do
juizo
eccle-
siastico,
d
’esta
archidiocese,
assás
conhe
cido
pelas
suas boas
composições
musi-
caes.
Agradou
infinitamente,
não
só
aos
quatro
briosos
sachristàos,
a
expensas
dos
quaes
foi
feita
toda
a
festividade,
como
a
todos
os
assistentes.
No
templo
dos
Congregados
e na
linda
capella
de
Nossa Senhora
A Branca
foi
executada
a
novena
pela
musica
dos
snrs.
Em
todas
aquellas
egrejas
se celebrou
tanto
a
novena
como
a
festa
com
toda
a
pompa;
nos
Terceiros,
porém,
açhava-se
tudo
com
mais
gravidade
e
proprio
da
casa
de
Deus.
Foram
os
nove
dias,
além
do
da
festa,
dias de
verdadeira
demonstração do
quan
to
nós
cremos
vivamente
nos dogmas ca
lholicos.
Foram
um
protesto
eloquente
contra
os ignorantes
admiradores
de
Re-
nan.
Foram
um brado
energico
de
que
os
bracarenses
são
fieis
seguidores
das
tradicções
religiosas
de
seus
maiores.
Bem
hajam
os
que
concorrem
para
tão
brilhantes
acto»
da
nossa
religião.
Bem hajam
os
que
acodem
ao
templo
a implorar,
por
esta
occasião,
os auxílios
do
céo
em favor da
terra.
líUBSíire
esafea-siao.
—
O
nosso
amigo
0
ex.
in
"
snr.
Gualdino
Valladares,
secre
tario
geral
do
Funchal,
que
ha
dias
no
ticiámos
haver
experimentado
sensíveis
melhoras
da
prolongada
enfermidade
que
lem
soffrido, tornou
a
recair,
e
acha-se
ha
dias
gravemente
doente.
Fazemos
vo-
los
ao
céo
pelo
seu
restabelecimento.
CoUegio
S.
K.
oíèz
,
na qsiiEitn
da
Ac-ma»c8«.
—
Funccivna
muito
regnlar-
mente
este
collegio,
dirigido
pelo
snr.
padre
Luiz
Vianna.
Tanto
por
parte
do
professorado,
co
mo no tocante
a
tractamento,
nada
a
desejar.
E
’
crescido
0
numero
d
’
alumnos
que
alli
ha
concorrido para
receberem
a
edu
cação
puratnente christã
que
n’aquelle
es
tabelecimento
se
proporciona.
Recommendamos
aos paes
de'
’
familia
0
collegio
de
S.
Luiz.
Caatainlto
de
ferro ilo ílliraJao.
—
Na
semana
decorrida
desde 9
a
15
do
fica
presente
mez,
a receita
total
da
explora
ção
do
caminho
de ferro
do
Minho
foi
de
2:228-5820
reis
subdividida
pelo
modo
se
guinte:
Passageiros:
1.
a
classe,
226,
1725520
reis;
2,a
,
722,
3655990
reis;
3.
a,
3:157,
9225340 reis
Grande
velocidade:
bagagens
e mer
cadorias. IO25O9O
reis; carruagens
e
ga
do,
55050
reis;
diversos,
635980
reis.
Pequena
velocidade:
mercadorias,
reis
5335240;
carruagens
e gado,
8586O
reis;
diversos,
545750
reis.
A
receita
total
durante a
semana
cor
respondente do
anno
anterior
fôra
de
reis
2:3215690,
havendo portanto na
d’
este
anno
uma
diílerença
para menos
de
reis
925870.
A
receita durante
0
exercício
tem-se
elevado
a
65:411-57
’
40
reis.
Aind»
o tecnpora!.—
Lê-se no
«Be-
jense»:
No
Pomarão
0
vapor
«Tinto»
garrou
e
perdeu as ancoras;
0
«Doutor»
encalhou
e
0
«Sawernake»
esteve
em
risco. O
«Sara»,-
que
largou
em
auxilio
de
uma
canoa,
ao
voltar
para
0
ancoradouro
não
poude
vencer
a corrente
e
só
alta noite
conseguiu
abrigar-se.
A
boleta
perdeu-se
quasi
toda.
No
Guadiana
uma lancha
de
galeão
de
pesca,
tripulada
por
8
homens,
que
foi
soccorrer
0
batel
de
José
Salão,
foi
ar
rojada
para
a
ilha
Ghristina. Salvaram
se
apenas 2
homens.
O
resto
da tripulação
pereceu
e
os
cadaveres
appareceram
Gartaia.
Os
prejuizos
causados pela
cheia
Mertola,
só
nos
armazéns
dos
mes
&
C.
a,
Bandeira
e
Pereira
periores
a
18:0005000
reis.
Os
pomares
lem
soff<ido
bastante
com
as
ventanias.
Ha
arvore
que carregada
de
fruclo,
tem
sido
despernada
complelamen-
te,
ficando
quando
muito
com
0
tronco.
Em
Messejana,
com
0
temporal,
cairam
muitos
prédios.
Os
olivaes
com
a grande
ventania
ficaram
arrasados
e
o
fructo
foi
levado
pelas
aguas.
O
mesmo
succedeu
aos montados. As
sementeiras
consideram-
se
perdida.
Nos gados
foi
grande
a mor
tandade.
Na
villa
as
casas
ficaram
inundadas
e
porque
se não
dava
a
braços saimento
ás
aguas,
foi
preciso
abrir
valias
de
es
goto.
Em
Algoutim
foram
arrasados
peio
Guadiana
60
prédios.
Avaliam-se
em
400:000-5960
reis os
prejuisos
causados
pela
cheia
no
Pomarão.
Em
Mertola
os
lobos
leem
baixado
da
serra.
Prepara-se-lhe
uma
montaria.
Os
moinhos
do
sitio da
Caganata
fo
ram
destruídos pelo
temporal.
No
Guadiana
foram vistas
arrastadas
pela
impetuosidade
das
aguas
pipas
de
vinho
e
azeite,
muito
gado
e
um
berço
com
uma
creança.
No
Guadiana
8
homens
que
andavam
a
recolher
pipas,
moveis,
etc.
etc.
que
snrs.
foram
em
em
Go-
su-
a
corrente
arrastou,
virou-se-lhes
o
barco
e
morreram.
Em
Vidigueira ha
alguns prejuizos
nas
propriedades
rústicas
e
no
interior
da
po
voação
cairam
muitos
prédios.
A
parte
nova
da
feira
foi
a
que
mais soffreu.
Na
herdade
da
Corte
da
Negra
abateu
o
monte.
A
uns 200
metros
da
ermida
de
S.
Sebastião,
em
Mertola,
a
força
da
corren
te
do
Guadiana
descobriu
um cemiterio
romano
São
quatro
as
classes
de
jazigos
—
í.
a
de mármore
liso; 2.a
de
grandes
tijolos
emmoldurados;
3.
a
de
pequenos
tijolos; 4.
a
de
lousa
preta.
Proximo
ao
Ardil,
os
olivaes
ficaram
arratados.
A
uns
10
kilometros
de
Mertola
o
Guadiana
deixou a
descoberto
vestígios
de'um
logarejo.
Appareceram
diversos
utensílios
de
cobre
e
barro
para
cosinha,
cadeiras
e
arcas
meio
podres,
etc.
Abateu
a
ponte
provisória
de
Garvão.
Asssaaat:iuasa
«<ss
portsigwez.
—
Lê-se
n
’
uma
folha
do
Brazil:
N
’
um
dos
mais proximos
arrebaldes
de
Pelotas, a
10
quadras
talvez
do
centro mais
populoso
e
sobre
o
boeiro
da
estrada
que
conduz
ao
Passo
dos
Negros, foi
horri
velmente
assassinado
o infeliz
súbdito
por-
ttiguez,
natural
de
Salgueiro,
Jacintho
Ferreira
Rodrigues, Verdureiro,
solteiro,
de
28
annos
de idade,
que
vinha
para
o
mercado
publico
com
a
sua
carreta,
como
de
costume,
vender
os
fructos
do
seu
trabalho.
Era
arrendalario da
cliacara
situada
na
xarqueada
do snr.
Joaquim
da
Silva
Tavares,
nas margens
de
S.
Gonçalo.
O
miserável
assassino
foi
um
negro,
escravo
do
mesmo
Joaquim
da
Silva
Ta
vares,
de
nome Clemente, que
andava
fu
gido
ha tres dias
Munindo-se
de
um gros
so
páo,
esperou
e
accommetteu
a inde-
feza
victima, descarregando-lhe duas for
midáveis
cacetadas
sobre
a
cabeça.
Era
bastante
para
causar
a morte
in-
stantanea,
porém
não
sutficiente
para
sa
ciar
a
sede
de sangue
que
devorava
aquelle
monstro.
Prostrado
por terra,
o
craneo
despe
daçado,
o
sangue
a
correr
em
abundancia,
o
malaventurado Jacintho
ainda
foi
dego
lado
!
Um jornal francez pro
põe
o
seguinte
problema:
Um
indivíduo falleceu,
deixando
em
estado
interessante
sua
mulher;
e
dispoz
em
testamento
que,
se
ella
tivesse
um
filho,
este
herdaria
dois
terços
dos
bens;
e
a
mãe
ficaria
com
o
outro
terço; mas
se tivesse uma menina
a
mãe
herdaria
os dois
terços
e
a
filha
um
terço.
A
viuva
teve
dois
filhos
gemeos:
um
rapaz
e
uma
Tapariga.
Que
parte
da
he
rança
pertence
a
C^da
um?
1
as®saeirat>ss» «Se uma
C&ria-
eíí.—Um
velho
e
bravo
general
do
pri
meiro
império
fez-se
no
fim
da
vida mui
to
piedoso,
até
ao
ponto
de commungar
muitas
vezes
na
semana.
Um
dia
um
dos
seus
amigos
pergun
tou-lhe
—
como
depois
depois de
haver pas
sado a
vida
nos
campos
de
batalha
havia
chegado
a
adquirir
tal
grão
de
devoção.
Elle
respondeu-lhe
com
a
franqueza
do
soldado:
—
Ao
regressar
ao
meu
paiz
Deus
me
deu
uma
respeitava
a
sua
fé
sem
participar
d’
ella.
Pela
sua parte
ella
nunca
me
fallava
de
Deus;
porém
eu
lia
seu
pensamento
em
seu
semblante.
Quando
fazia oração
proxi
mo
de
mim,
quando
depois de
haver
com-
mungado
na
egreja
voltava
para
casa
cheia
de tranquilidade,
de
doçura
e
de
paciên
cia,
parecia-me
um
anjo.
Quando
me prodigalisava
seus
cuidados
e
curava
as
minhas
chagas
era
—
uma
ir
mã
da
caridade.
—
Repentinamente
senti
me
tocado
e
arrastado
pelo
desejo
de
amar
o
Deus
que
ella
tanto
ama
e
disse-lhe:
—
Conduz-me ao
teu
confessor.
—
Pelo
minis
tério
d
’
este
homem
de
Deus
e
pela
graça
divina lenho
logrado
a
felicidade
que
podia
desejar.
TTuf&o.
-No
dia
5
d
’outubro ultimo
cahiu
um
espantoso
tufão sobre
a
colouia
franceza
da
Cochinchina
perto
de
Saigon,
na
ponta
do
cabo
de
S.
Jacques.
No
di
zer
dos
indígenas,
nunca
se
vira
sobre
as
costas
annamitas
um
turbilhão
tão
devas
tador.
Vinte casas foram
arrasadas
nos arre
dores
de
Saigon,
nove
gliedows
ou
barra-
cas
foram
arrojadas
á costa, uns
trinta
indígenas pereceram,
e
um
numero
incal
culável
de
palmeiras
e
de
coqueiros
foram
arrancadas
pela
raiz.
©
«yelorae
de
KengaSt».
—
Uma car
ta
dirigida
de
Calculta
ao
«Times»
annun-
cia
que
o
tenente-governador
de
Bengala
se
dirigiu
a
Backergunge
e
a
Noakholy
para
verificar
as assolações
causadas
peio
espantoso
cyclone
de
31 d
’
ouiubro
ulti
mo,
de
que
em tempo
demos
noticia.
Se
gundo
os
relatórios
das
secções
de
poli
cia,
o numero
dos
mortos
elevar-se-hia
a
215:000.
'
Crê
se
que
o
cyclone
teve
origem
ao
norte
das
ilhas
Andamans,
no
golfo
de
Bengala,
para
a
costa
do
Pegon.
Cahiu
primeiro
sobre
a
ilha
de
Sundeef
e
sobre
a costa
de Chitlagon.
No
31
d’
outubro
á
meia
noite
as
tres
ilhas
de
Dakhin
Sbakabarpore,
Hattiah
e
Sundeep,
que
continham
uma
população
de
340:000
habitantes,
estavam completa
mente
submersas
pelas
vagas.
No
districto
de
Dac< a, só
ficou
de
pé
um'
bungalow
so-
lidamente
construído.
Mais
de
50:000
indios
estão
reduzidos
á
ultima
miséria;
morrem
litteralmente
de
fome
e
de
sêde.
As
cisternas
foram
entu
lhadas
pelas
areias
do mar,
e
todas
as
em
barcações
desappareceram
durante
o
fura
cão.
Tendo
apparecido
muitos
casos
de
cólera
em
Noakholly,
receia-se
que
este
terrível
ílagelio
propague
em
todos
os
dis-
trictos
por
oride
o
cyclone
passou.
iVIoríe
aos
ãnseetos.—
Diz
um
jor-
mulher
piedosa..
No
principio
mente
Cândido,
estamos
apenas
fatigados.
—
Sim...
passeamos
muito,
disse
Ce-
lina.
—
E
no
entanto,
em
lodo
vosso
passeio
estivestes
do
mesmo modo,
continuou
a
velha;
sabeis
que
essa
tristeza
dá
muito
que
entender
nos
moços?...
A
Bella
Orfã córou
vivamente;
Cân
dido
estremeceu
a
proprio
pezar.
—
Não é
preciso
córar tanto
assim,
minha
boa
meninaporque
estremeceste
tão
fortemente.
Cândido?...
A observação
da
velha
augmentou
0
enleio
dos
moços.
Irias
pareceu
deleitar-se
vendo
a am
bos
perturbados,
e
foi
sómenle quando
el
les
conseguiram
serenar-se,
que
ella
pro-
seguiu
:
—Ouvi-me:
quando
alguém
vê
dois
jovens...
um
moço
e
uma
moça,
medi
:
tando tristemenle,
naluralmente
vem-lhe
vontade
de
comprehenier
a
causa
d
’
essa
meditação;
e,
coisa
notável!
quasi
sempre
acaba
por
adivinhal-a.
Nada
disseram
os
dois
moços.
—
Porque,
continuou
Irias;
a
alma
da
mocidade
é
inconstante,
rapida e
faceira
;
ligeira
como
0
corpo
que
anima,
ella se
apraz
de mudar a cada
instante
de
obje-
cto,
de
alimentar-se
com
impressões,
e
pensamentos
sempre
novos
e
diversos: a
alma
da
mocidade
é
uma
borbulela
no
espirito:
não
é
assim
a
velhice;
perten-
.
ce
esta
a meditação,
pois
que
seu
corpo
■'■
já
está
cançado,
e
os
sentidos
fatigados
‘
de
por
tantos
annos
levar
impressões
a
todos
os
instantes,
mostram-se
como
que
vagaiosos
por
fraqueza
e preguiça
:
a
aG
ma
da
velhice
descança
sobre
um pensa
mento,
revolve-se
dentro d
’
elle,
porque
também
11
’isso lhe ajuda a
tristeza,
que
de ordinário acompanha
0 velho,
e
que
é
morosa
como
convém
ser
quem
medita.
A
juventude,
repito, é
naluralmente ale
gre,
e
a
alegria
é
leve
e
brincadora
;
por
tanto
quando
um
moço
e
uma
moça
es
tão tristes
e
meditam,
quem
os
vê,
por
força
os
observa,
porque
n
’essa
tristeza,
e n
’
essa
meditação
deve
haver
algum
mistério
muito
interessante
para
se
estu
dar,
e quem
as
estuda
quasi
sempre
adi
vinha.
—
E’
noite
fechada,
disse
Cândido
le
vantando-se, e
aproximando-se
de
uma
ja-
nella
:
é
noite
fechada;
mas
a
lua
clara
e
brilhante...
—
Deixa a
noite e
a
lua,
respondeu
a
velha cortando-lhe
a
palavra,
e
senta-te
ahi
onde
estavas
para
eu te
dizer
como
é, que
se
adivinha
a tristeza
e
a
medita
ção
dos
moços.
Deixou-se
Cândido
outra
vez sentar,
e
Irias
continuou.
—
Sobre que
é
que
medita
um
moço
quando
passeia
com
uma
joven bella
e
espirituosa,
ou
se
acha
junto
d
’ella
senta
do''...
é
verdade
que
0
homem
tem
no
coração
a
ambição,
que
0
faz desejar
mil
coisas,
que
lhe
póde
ao
longe
desenhar
ricos
caslellos,
extravagantes
arabescos,
palacios
e
venturas
de diversas
naturezas
;
mas
é
verdade
também,
que
n
’
aquelles
momentos parece
muito
mais provável,
que
medite
sobre
algum
pensamento
que
tenha
bastante
relação
com essa
moça
e
elle
mesmo:
que
pensamento será
esse?...
qual
é
0
qne
n
esta
vida
põe
em
mais
intima
relação
as
almas
de
um
moço
e
de
uma
moça?...
O
observador,
que
de
or
dinário
é
um
velho,
lembra-se
do
que
com
elle
se
passou
no
tempo
do
verdor
dos
annos,
lembra-se
de
que não pódem
im
punemente
vêr-se, e conversar,
um man
cebo
cheio
de
ardor,
e
uma
donzella
cheia
de
encantos;
e
finalmenle
0
observador
conhece
que
0
moço
medita
sobre
—
amor.
—
A
respeito
da
moça
é
ainda
mais
po
sitivo.
—
Senhora,
disse
timidamente
a
Bella
Orfã,
esta
conversação
me
acanha...
A
velha
pareceu não
ter
ouvido
0
qne
lhe acabava
de
dizer
Celina,
e
prose-
guiu
:
—
Em
que
pensará
a menina
de
de-
zeseis annos?...
ella
não
é
ainda
espo
sa
para
cuidar
na constância de
seu
ma
rido,
e observar
como
é
que
elle
olha,
co
mo
e
que
elle
falia
ás
outras
senhoras
;
ella ainda
não
é
mãe
para
entregar-se
toda
inteira
ao
cuidado de
seus
filhos,
para viver
para
elles
de
dia,
e
velar
por
elles
de
noite;
em
que
pensará
pois,
alli
sentada
ao pé de
um
bello
moço, ou
com
elle
passeando?...
pensará
nos
vestidos
de
suas
bonecas
?...
no
romance que es
tá
lendo?
meditará
sobre
sua lição
de
de
senho?...
sobre
a
cavatina
que n
’
essa
noi
te
pretende
cantar?...
sobre
seus
enfei
tes
para
0
proximo
saráo?...
Mas
n
’
isso
não medita
a
moça tristemente: ha
po
rém
para
a
joven
de
dezeseis
annos,
que
é
ainda
solteira, uma
meditação acom
panhada
de tristeza,
que
não
amarga,
de
melancolia
que
é
doce
como
a
saudade,
e
que
se
chama—
amor
—
: sim,
minha
fi
lha
I
sempre
que
a
moça
solteira
está me
ditando,
medita
sobre
amor.
Vós
ambos
meditáveis
esta
tarde,
e estaes meditan
do
ainda
agora
sobre
amor.
—
Senhora! exclamou
Celina.
—
Minha
mãe!
exclamou
Cândido.
—
Negaes
0
que
eu
digo?
perguntou
a
velha.
—
Nego,
disse
rapidamente 0
mancebo.
—
Enganou-se,
respondeu
com
timidez
a moça.
—
Pois
eu
vou
demonstrar que
não
;
vou
provar
que
conheço
vosso
coração
mais
do
que
vós
mesmos;
ou
antes
vou
demonstrar
isto
sómente
á senhora,
por
que
tu
não
0
pódes negar,
Cândido.
—
Oh
minha
mãe
!
por
compaixão
não
abuse
do
meu estado!'!
—
Senhora,
Deus
e a
educação
da
vir
tude,
linha
até
bem
pouco
conservado
0
seu
coração
em
toda
a
virgindade
da in-
uocencia.
Até
bem
pouco
a senhora
sabia
0
que
era
0 galanteio
; porque
n’
esses
pou
cos
bailes
a
que
tem
ido,
e
nas
reuniões
que
se
fazem
em
sua
casa, os
cavalhei
ros
que
lhe
cercam,
lhe
dizem
linezas,
e
arovavelmenle
a
requestam
;
tem
pois ou
vido
muito
fallar
em
amor;
não
0
com-
prehendia
porém,
porque
não
0 havia
sentido:
córava
pelo
que
lhe
diziam,
mas
não
córava
de
si
:
também
é
só,
assim
que
póde córar
a
innocencia.
(Continiia)
nal
estrangeiro
que
queimando-se
enxofre,
salitre
e
annil,
morrem
todos
os
insectos
que
occupam
os
interstícios
das paredes
e
dos
moveis.
Postulação
do Palio.—
No
Consis-
sislorio
de 18
do
corrente
foi
concedida
a
postulação
do Sagrado
Palio
a
s. ex.
a
revm?
o
snr.
D.
João Chrysostomo
de
Amorim Pessoa,
como
arcebispo
Metropo-
lita
de
Braga,
Primaz
das
Hespanhas.
A.
religião ristiaolâca e
o ca.1’ 9.
—
São
7
os
dias da
creação
do
mundo: —
7
as
epochas
ou
edades
do
mundo:—7
as
letras
dominicaes;
—7
dias
depois da
sai-
da do
corvo, Noé
solta a pomba;—
voltan
do
esta, 7
dias
depois
torna
—a
largar;
—
ainda
7
dias
depois
qne
voltou
trazendo
no
bico
um
raminho
de
Oliveira,
deixou
sair
a
mesma;
—
7
annos de
serviço
de
Ja
cob
para
se
casar
com
Lia;
mais
7
para
ter
Rachel:
—
7 vaccas
gordas
e
7
vaccas
magras
atiguradas
a
Pharaó
n
’
um
sonho;
—
7
espigas
cheias
e
7
occas atiguradas
no outro;
—
7
psalmos penitenciaes;
—
7
mandamentos da lei
de Deus
qne
perten
cem ao
proveito
do
proximo;—7 irmãos
Machabeos
martyres:—7
candelabros;
—
7
diáconos;
—
7
petições na
oração dominical;
—7
dons
do espirito
Santo;
—
7
artigos
da
fé que
pertencem
á
humanidade;—
7
obras
de
misericórdia
corporaes;
—e
7
es-
pirituaes;
—
7
peccados
capitaes.
e 7
virtu
des
contrarias; — 7
sacramentos
da nova
lei;
—
7
iioras
canónicas;
—
7
principaes
mys-
terios
da
Paixão
de N. S.
J
Christo.:
—
7
pa
lavras
proferidas
por
elle, estando
na cruz
ao
tempo
de
expirar;—
7
dôres
de
Maria
SS.—
Tito
tomou
Jerusalem
depois
do
aper
tado
cêrco
de
7 mezes;—
múltiplo
de
7
é
o
numero
dos
annos
do
captiveiro
dos
Ju
deus; múltiplo
de
7
é
o numero
dos
juizes
de
Israel.
Estado» Unido».—
O
«Calholic
Slan-
dart»
de
Philadelphia publicou
os
dados
que
vamos
trasladar,
para
tornar
manifes
to
os
grogressos
da
verdadeira
religião
na
America.
«Ha
cinco
annos
não
havia
senão
25,000
catholicos,
ou
1
por
100
da
população
to
tal;
hoje
se
encontram uns 6,000,000.
«Não
havia
mais
que
seis
egrejas
no
paiz;
hoje
ha
6,920
entre
capellas,
egrejas
e
missões.
«Em
1775
não
havia
nenhum
Bispo,
sendo
os
fieis dirigidos
pelo
Vigário
apos-
tolico
de
Londres
Bispo
Chaloner;
hoje
ha
1
Cardeal Arcebispo,
51
Bispos
e
Vi
gários
Aposlolicos:
antes
de
1801
não
havia
nenhum
seminário;
hoje
ha
18
seminários
de
theologia
e
1,376
estudantes,
18
coliegios,
51!
academias
e
1,415 escolas
parochiaes.
Também não
havia
nenhum
asylo nem hos
pital;
hoje
ha
215
asyios
e
87
hospitaes.
«E
o que
mais
consola
é
que
este
pie
doso
desenvolvimento
cresce
diariamente;
pois
no
anno
de 1875,
apezar
da
crise
commercial e
de haver
diminnido
muito
a
emigração
nos
Estados
Unidos,
o
numero
de
sacerdotes
se
augmentou
de
4,759
a
5,030,
segundo
os
Alnianachs
publicados;
foram
consagradas
ao
mesmo
tempo
as ca-
thedraes
de
Chicago
e de Boston,
e
se
fundaram
11
communidades
novas
de
ho
mens
e
115
de
mulheres;
a província
re
ligiosa
do
Santíssimo
Redemptor
foi
divi
dida
em
duas
por decreto
ponlificio
de
9
de
Novembro, e
a
diocese
de
Pittsburgo
ha
sido
lambem
dividida
em
duas,
por
decreto
da
Sagrada
Congregação
da Pro
paganda
dado
a
20
de
Janeiro
deste
aú
no.»
Tresentas
^ictãstiiss.—
No
theatro
de Brooklyn
representava-se
as Duas or-
phãs: eram
onze
e
meia da
noite,
e
esta
va-se
já
no
ante-ultimo
quadro,
quando
Luiza
orphã
e
cega,
presa
na mansão
si
nistra
de
Frochard,
é livre
pela
policia.
A
snr.a
Kate
Claxlon, que
desempenhava
o
papel
de Luiza
sentiu
alraz
do
panno
do
fundo
passos
apressados,
e
gritos
de
«fo
go
nas
bamholinas
!» Continuou
porém
o
seu
papel,
até
que
os grossos
rolos
de
fumo
que se
escaparam
pelo
alto
do
pros
cenio
despertou
o
susto
ante o publico,
o
qual
procurou
escapar-se
da melhor forma
que
poude.
Kate
e
dois
dos
seus
compa
nheiros
com
ella
em
scena procuram
so-
cegar
o
publico, e
conseguiram-no
em
par
te,
porque o
plalea evacuou sem
notável
incidente;
entretanto
o
incêndio
invade
a
sala,
os
espectadores
embaraçam-se
nas
es
cadas
uns
com os
outros,
a
escada
cede
a
multidão
é
arremessada
ás
chammas.
No theatro estavam
umas
mil
pessoas,
e,
quando
os
bombeiros,
depois
de
terem
prestado serviços
de
incrível
dedicação
e
coragem,
poderam
dominar
o incêndio
re
tiraram
d
aquelie
logar
de
horror
292
ca
dáveres,
não
sendo
ainda
possível
deter
minar
os
que
ainda
estejam sepultados
nas
ruinas.
Ao
sangue frio
dos
actores
deve-se
não
ter
sido
ainda
mais
temeroso
e incidente,
e
dois
d’
elles,
dedicados
amigos
da
hu
manidade,
os
snrs.
Musdoch
e Bussou-
ghs.
Um a etotici» outriosii.—
Idade
dos
principaes
escriptores
dramáticos
francezes
contemporâneos.
Henrique
Dtipin,
86
annos—
Eugênio
Grangé,
66
—
Adolpho
de Ennery
e
Clair-
ville,
65
—
Octavio
Feuillet,
61
—
Labiche
e
Delacour,
61—
Ferdinand
Dugué,
60
—Emi-
le
Augrnr e
Jules
Barbier,
51
—
Theodoro
Barriére e
Alexandre
Dumas,
53—Charles
Monselet
e Henri
de
Bornier,
51
—
Jules
Verne
e
Amadée
de
Jallais,
50
—
Jules
Nouac,
49—
Leon
Beaudollet,
47—
Adol-
phe
Belot e
Henri
Chivo,
46
—Sardon, Mei-
Ihac,
Cadol,
e
Alfred
Duon,
45
—Ludovic
Halevy,
42
—
Ernest
Blum,
41.
Monumento
do
Canteira. — A
commissão
promotora
do
monumento
da
Immaculada
Conceição no monte
Sameiro,
convida por
este
modo
a
todas
as
pessoas
que
queiram
concorrer
com
seus
donati
vos
para
a
projectada
procissão,
que
de
verá
realisar-se,
quando
chegue
de
Roma
a
Imagem
da
SS.
Virgem,
benzida
e
in-
dulgenciada
por
S.
S.
Pio
IX,
a
entre
gai
os
ao
thesoureiro,
o
snr.
Antonio
José
Vieira
Machado, na
Praça
Municipal.
Outrosim
pede
áquellas
pessoas que
tenham
de
prestar
alguns
angmhos
para
a
mesma
procissão,
fenham
a
bondade
de
dirigir-se
previamente
ao
snr. Joaquim
José
Vieira
da
Rocha,
na
livraria
Calho-
lica, rua
do Souto,
ou
ao
snr.
Manoel
Ignacio
da Silva
Braga,
Praça
d
’
Alegria.
-
Padre João
Dias
Corrêa.
VLTUieS
TELSGRAOAS
I5A
AGESCI.-l
MiVAS
ROMA,
27
—A
ex-imperatriz
Eugenia«
deve
partir
hoje
d
’
esla
cidade
para Flo
rença.
V1ENNA,
27
—A
Porta
ainda
não
res
pondeu
á
proposta
de
prolongar
o
armis
tício
até
ao dia
15
de janeiro.
CONSTANTINOPLA,
27
—
Conlirma
•
se
que
a
Turquia
não
regeitará
em
g|obo
as
propostas
das
potências
mas
que
fará objec-
ções ácerca
de
vários
pontos
pois
que
Menhal-pachá
e
Safuet-pachá
desejando a
paz
fazem
grandes
esforços
pacíficos.
Es
pera-se
conseguir
este
resultado
tanto
mais
que
a
entrevista
do
marquez
Salisbury
com
o
Sultão
foi favoravel.
Os plenipotenciários
concordaram
em
permittir
a
discussão
de
certos
detalhes
com tanto
que
os
princípios
sejam
man
tidos.
LONDRES,
27
—
O
«Times»
declara
que
se
a
Turquia
regeitar
as
propostas
das
potências
será
esse
o
começo
do
seu
fim.
MÉXICO
—
O
presidente
do supremo
tribunal
José
Maria
Iglesias
installou
em
guerrear
o
governo
regular que
é reco
nhecido
por
11
estados.
Os
insurgentes
de
Diar
occupam
5
estados.
LONDRES,
28
—
A
Inglaterra
nunca
te
ve
intenção
de
mandar
vir
esquadra
ingle
sa
nem
interromper
as
relações
diplomá
ticas
com
a
Turquia,
qualquer que
fosse
o
desacordo.
O
Sultão
respondendo
a
Salisbury
diz
que
a
segurança
de
sua
pessoa
ficará
com-
promellida
se concordasse
com
todos os
pedidos
das
potências.
O
padre
José
Lopes
d
Oliveira
Pójeira
*
e
Constanlino
Lopes
Pójeira,
não
lhes
sen
do
facil
agradecer pessoalmente a
lodos
os
illm.°s
revm.
“
s
e
exm.
os
snrs.
que
fi
zeram
a
honra
de
assistir
aos
oílicios ‘fú
nebres,
que
tio
dia
4
do
corrente
se
fi
zeram
na
egreja
de
Cabanellas
pela
alma
de
seu
presado
e
sempre
chorado
irmão
e
pae;
e
bem
assim
a
todos
os
exm.®s
senhores e
senhoras,
e
mais pessoas que
os
cumprimentaram
por
occasião
do
seu
fallecimenlo,
tomam
a
liberdade de
o
fa
zerem
por
este
modo, do
que
pedem
des
culpa,
protestando
a
todos
sincero
reco
nhecimento
e
grata
amisade.
(4509)
Antonio
Carlos
de Araújo
Moita,
sua
mulher
Antonia
Maria
Alves
da
Moita,
e
filha
d
’
esla,
Josepha
Maria
Vieira
Alves,
extremamenle
reconhecidos para
com
lo
dos
os
illm.
os
e
exm.
os snrs.
e
senhoras,
que
se
dignaram
dirigir-lhes
cumprimen
tos
de pezames, pelo fallecimenlo
de
seu
muito
presado
enthiado,
filhoe
irmão,
Igna-
cto
Antonio
Vieira
Alves,
ea
todos
agra
decem
por
este
meio,
na
impossibilidade
de
cumprirem
pessoalmente
este
dever,
pro
testando-lhes
a
mais
sincera
e
indelevel
Largo
des Remedioa n. fi®.
FACULTATIVOS
Joaquim
Manuel
Rodrigues
Valle
—
Largo
go
dos
Remedios
n
0 16.
Paulo
Marcelino
Dias
de
Freitas
—
Cam
po
Novo
n.°
17.
Luiz
Cândido
Fernandes
Valle
—
Rua
Nova
n.®
25.
Acaba
d
’abrir-se n’esta
cidade
um
i’
a»to
mrdãr<»-cí
rns-gíco,
onde
se
en
contra
a
qualquer
hora
do
dia ou da
noi
te
um dos
facultativos
supra-mencionados,
promptos
a
dar
consultas
ou
a
prestar
soccorros
domiciliários
aos
doentes, que
careçam do
tratamento
medico
ou
cirúr
gico.
O
serviço
será
feito
com toda
a
regu
laridade
e,
para
maior
commodidade
do
publico,
recebem-se
assignaturas,
pelas
quaes,
mediante
a
retribuição
abaixo
in
dicada,
cada
chefe
de
familia
tem direito
aos soccorros
da
medicina e
da
cirurgia
(excepto
operações
c
conferencias
domi
ciliarias,
que
terão
preço
á
parle)
para
si
e
sua
familia,
oito
dias depois
da
sua
inscripção.
As
conferencias
no
posto
medico
e
at-
tesiados médicos
são
gratuitos
para
os
as-
signantes.
4
Nos
casos
urgentes os
facultativos
po
derão
ser
procurados
nas
suas
moradas.
Preço d
’
assignatura
Prestação
mensal
(dentro de
barreiras)
500
rs.
A
assignatura
só
póde
fazer-se
por mez,
por trimestre,
ou por semestre,
pagando-
se
adiantada
a
competente
prestação no
acto
da
inscripção.
NÃO SE
PEBE
JOIA.
ESTUDANTES
No
Largo
de
S.
Lazaro n.®
12,
rece-
bem-se
estudantes,
até
á
edade
de
16
an
nos,
e
explicam-se-lhes lições. (4502)
FA.E3RICA.
SOCIAXi
BRACARENSE
F
kopíuetarios
:
TAXA,
BAHIA,
GERQUEIRA
&
PACHECO.
N
’
esla
fabrica fazem-se
chapéus
de
lã,
pello, feltro e
seda, de
iodas
as
côres
e
formatos.
E
annnncia-se
ao
respeitável
publico,
consumidor
d
’
este genero
e amador
da
alta
novidade,
que
a
sociedade
já
abriu
um
deposito,
para
grosso
e
retalho na
rua
de
D.
Pedro
V,
62,
em
casa
do
socio
o
snr.
José
Baplista
da
Silva
Taxa
e
outro
na
rua
de
Santo
Antonio
n.®
2
e
3,
em
casa
dos
snrs.
Azevedo
&
C.
3
Em qualquer dos depositos encontrarão
os
consumidores
deste
genero,
grande
sor
timento,
qualidade
exceliente
e
preços
muito
rasoaveis.
4498
EMPRÉSTIMO
A
’
GAMARA
MUNICIPAL
DA
CIDADE
DE
LISBOA.
«I©
Bs.
8®®sao»-5ooo
auctorisado
pelo
Governo
de
Sua
Magestade
e garantido
pelo Banco
Lisboa
& Açores
Em Obrigações
de 100^009 reis
cada uma
com
o
juro
de 6
p.
c.
ao
anno,
a
co
meçar
em
1 de Janeiro
de
1877 ;
emit-
lidas
ao par e pagaveis
em
tres
pres
tações,
a
saber:
5
p. c.
no acto
da
subscripção
45
»
no
dia
15
de Janeiro de
1877
59
»
j
15
de Fevereiro
»
Com
a
faculdade
de
liberar
com
o
juro
de
5
p.
c.
ao
anno.
As
obrigações
são
ao
portador e
amor-
tisaveis
em
35 semestres.
O
Banco
Lisboa &
Açôres
obriga-se
a
pagar
ao
par,
tres
mezes
depois, todos
os
títulos cujo reembolso
lhe
for recla
mado.
Foi
tomada
firme
a
quantia
de
50
con
tos
e
para
o
resto
acha-se
aberta
a
sub
scripção
em
Lisboa
no
Banco Lisboa
&
Açôres,
no
Porto
no
escriptorio
de
Eduar
do
da
Costa
Corrêa
Leite,
ern
Braga
no
Banco
do
Minho, no
dia
30
de
Dezembto
até
ás
4 horas da
tarde.
Pelo
Banco
Lisboa
&
Açores,
Os
D
rectoros,
E.
J.
Brochado.
(4:591)
A.
de
Lima
Marquei
Maria
do Soccorro Paiva e
Aguiar, tendo mudado o seu
athelier
de
costura para a
rua
dos
Sapateiros n.° 12,
e constan
do-lhe
que alguém se tem ab
stido
de dar-lne obra de costu
ra
para
fazer, por suppôr que
jámais trabalhe; declara que só
esse
caso se
tem
dado
quando
é
for jada por motivos de saú
de; e
porisso, toda a pessoa que
deseje obsequial-a com
obra tan
to
de snr.a
como de creanças,
está prompta aceital-a e a
ser
exacta
no cumprimento de seus
deveres, sendo
tudo feito com
segurança
e aceio
pelos últimos
figurinos.
CONFEITARIA CENTRAL "
E
GRANDE
DEPOSITO
DE
VINHOS
DO
Armazém
<ia Estreita, isu forto,
DE
José
Anaclelo
d
’
Araújo
Figueiredo.
9
5—Itwa de S.
Marcos—£5
BRAGA
Classificação
dos
vinhos
Vinho
Palhete.
Meza
n.°
1.
—
Tintos
—
F.
n.°
1
—
F.
n.°
2
—
F. n.°
3
—
F.
n.®
5.
—
Tintos
velhos
superiores
—
V.
n
.«
1—
V.
n
0
2—
V. n.°
3
—
V.
n?
4—
1863
—
Vinho branco
n.°
1
e
n.°
2.
—
Brancos superiores —•
V.
B.
1861—
Moscatel
n.°
I, 2
e sec-
co
—Malvasia
Adamada
n.°
1,2
e
secco.
—
Geropigas
loura
e
Brancas
n.°
1.
Vinho
Lagrima,
loura
e
branca
n.°
1.
—
Especialidades —
1817
1849,
Alvaralhão—1840
e
1834,
Roucão--1820,
Lacrima
Christi
e
Collares.
Cognac,
Champagne,
Moscatel
de
Setúbal,
Madeira,
Bordeux
e
Xarez.
Licores
nacio-
naes
e
francezes.
Encontra-se
na
mesma
confeitaria
pró
prios
da presente
estação
os
seguintes
objectos
como
são :
Queijo
Londrino
e
Fla
mengo
—
Xerter
e
Papel
—
Chá
Hysson
e
Preto,
Bolacha
Ingleza
de
todas
as
qua
lidades,
Biscoito
para
chá,
de
diversas
qualidades, Amêndoas,
e
doce
de fruclas;
Farinha
de
legumes,
ervilhas
em
grão,
conservas
inglezas,
Sardinhas
de
Nantes,
Figo,
Passas
de Alicanle,
Castanhas
do
Maranhão,
Ameixa,
Pera
e
Avelãs;
casca
de
pecego de
duas
qualidades
e
massas
pa
ra
sopa;
assim
como
chocolate hispanhol
de
superior
qualidade.
Peixe
de
escabexe
Salmão,
Linguado,
Inguias;
bem
como
Prezunlo
de
fiambre.
Salleme,
fruclas
em
aguardente,
pastelinhos
de
carne
e
doce,
e
mintos
outros
objectos
que seria longo
enumerar.
N
’
esle
mesmo
estabelecimento se
acha
deposito
de
cannos
de
chumbo
e
tornei
ras
de
metal.
(4489)
ENXEÍi
10SDE
L
a
RANGEIRA
Da
melhor
qualidade
dos
arrabaldes
de
Coimbra,
recebein-se
encommendas
na
ru
de
D.
Pedro
n.®
32, 2.®
^ndar, Porto,
ot
de
se
dão
os
esclarecimentos
precisos.
(446p
'
Companhia
Carris de Ferro
de Braga.
Não tendo comparecido
numero
legal
de senhores
accionistas
da
Companhia
Carris
de
Ferro
de
Braga
para
a assem-
blea
geral
do
dia
27 do
corrente,
para
que
foram convidados
;
são
novamenle
convi
dados
aquelles
senhores
para
se
reunirem
no
dia
30 do
corrente,
pelas 11
horas
da
manhã
na
casa
n.°7do
Campo de
Santa
Anna,
na
certeza
de que
se
porá
em
execução
o
art.
14
dos
estatutos.
O
gerente,
(4499)
Nuno
José
Villaça.
Companhia
Edificadora e Indus
trial
Bracarense
Soeieilade
anonymt» de responsa
bilidade limitada.
São convidados
os snrs.
accionistas
d
’esta
companhia
a
realisarem
desde
o
dia
2
até
6
do
proximo
mez
de janeiro,
no
eseriptorio
da
Companhia, na
rua
da
Cruz
de
Pedra
n.°
6
a
12
das 10
da
manhã
ás
2
da
tarde,
a
sua
entrada
de
10
0[0
ou
2^500
reis por
acção, (corresponden
te
ás
10.
a
e
I1.a
entradas)
conforme
a
de
liberação
da
assembleia
geral de
17
de
julho,
e
na mesma occasião serão troca
dos
os
titulos
provisorios
pelas
acções
ou
títulos
definitivos.
Braga
e
eseriptorio
da
companhia, 22
de
dezembro
de
1876.
Os
Directores,
Francisco
da
Silva
Araújo.
José
Alves
de
Moura.
(4196)
(314)
João
Carlos
Pereira
Lobato.
COLLEGIO
LUSITANO
R
ua
<B
o
Coelho
n.° 145.
No
dia
2
do
proximo futuro
mez
de
janeiro,
abrir-se-ha
sob
a
direcção
do
abai
xo
assignado
este
estabelecimento,
mon
tado
em
condicções muito
differentes
das
dos que
já
se
acham
estabelecidos.
Como
a
maior
parte
dos
chefes
de
fa
milia
mandam
instruir
seus
filhos
para
seguirem
a
carreira
commercial,
resolveu
montar
este
estabelecimento,
expressamen-
te
para
esse
curso,
e
além
d
’esse
o
d
’in-
strucção
primaria.
No
curso
commercial
comprehende-se
tudo o
que
lhe
é
concernente;
taes
como:
escripturação,
contabilidade,
callygraphia,
€IC.
Desde já
se
recebem alumnos
e
pres
tam
esclarecimentos
desde
as
9
horas
da
manhã
ás 4
da
tarde.
O
Director,
(4494)
Benlo
Desiderio Peixoto
Querido.
G->
CZJ
£
S
k
w
O!)
O
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fií
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2
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0.2
6
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55
a
C/ã
O
S
s
0
fa
«
S
0
■s
fa
e
e
•M
tf
±
30
(INCORPORADA POR
CARTA REAL)
&
k'
LINHA
QUINZENAL
DE PAQUETES
A
VAPOR
Para
S. Vicente, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro,
Montevideo
e Buenos-Ayres
Acceilando
também
passageiros
de
3.
a
classe
para
SANTOS
e
RIO GRANDE
DO
SUL
com
trasbordo
no
Rio de Janeiro
PAQUETES A
SAIR
DE
LISBOA
f E™ 13
]
PREÇOS
GOMMODOS
NEVA.
.
. 13
de Janeiro
MINHO
.
.
.
. 28 de Fevereiro
MONDEGO.
.
.
28
de
Janeiro
TAGUS. .
.
.
.
13 de
Março
ELBE
.
.
.
.
13
de Fevereiro
GUADIANA
.
28
de
Março
Caaln
paquete »i’eBta
eonspanlaia
leva
a bordo
veiados
e cosinheiros
portiiquezea
para
commodidade
dos
passageiros
de
todas
as classes.
Sendo
as
passagens
pagas
na
Agencia
Central
no
Porto ou
em
qualquer
Agencia
provincial,
a
conducção
para
Lisboa
é
por
conta
da
Cmpanhia.
A bordo
os
passageiros teem grátis cama,
roupa de cama,
eo-
mida
feita por
cosinheiros portwgssezes, vinho dnas vezes por dia,
assistência medica, serviço de criados e outras despezas.
A EXPER1ENCIA
de mais
que
um
quarto
de
século
tem feito
com
que
os
pa
quetes
d
’esta companhia
(a
mais
antiga
na
carreira
do
Brazil)
sejam
conhecidos
pela
regularidade,
velocidade
e
segurança
excepcional
; além d
’isso
pela limpesa, boa
or
dem,
bom
tralainonto
e
accommodações
a
bordo,
e
pelos
melhoramentos
mais moder
nos
tanto
para
a hygiene
como
para
a commodidade dos
passageiros.
ISTO
É COMPROVADO pela
grande
concorrência
que
teem
de
passageiros
e
pelos
agradecimentos
de
mais
de
mil
e
cera
passageiros
d
’
entre
elles
feitos
por
es-
cripta
como consta
de
documentos
archivados
em
varias
agencias.
SÂO ESTES
OS PAQUETES
preferidos pelo
Governo
Inglez
para
a
conducção
das
suas malas
do
correio,e
por
este serviço
recebe
a companhia
um
importante
subsidio.
TIVERAM
ESTES
PAQUETES
a
honra
de
conduzir
Suas
Magestades
o
Impera
dor
e
Imperatriz
do
Brazil,
como
lambem
S.
A.
o
Infante
D. Augusto.
TODAS AS INFORMAÇÕES
e
bilhetes
de passagem podem
ser
obtidos
no POR
TO
na AGENCIA
CENTRAL,
rua
doslnglezes.
23,
do
agente
GUILHERME
C.
TAIT;
e
nas
províncias
nas agencias e
correspondências
estabelecidas
em
todas
as
princi
paes
cidades
e villas.
Agente
em
Braga
o snr.
João
Manoel
da
Silva
Guimarães, Rua
do
Souto.
DE
Até o
dia
31
do
corrente recebem-
se propostas
para
o
arrendamento
do
mes
mo,
por
toda
a época
do
Carnaval.
Os
pretendentes
poderão
dirigir
em
carta
fechada
aos
administradores
suas
propostas,
as
quaes
serão
abertas
no
l.°
de
janeiro,
sendo preferido
o
que
mais
vantagens
offerecer.
(4495)
1
kilo
»
»
280
280
300
330
280
340
190
280
Muita
attenção
Deposito de biseoutos de Vniongo
no
estabeleeimento de
Cerqiiei-
»•«
dn
Miiva <Sí
Gonçalves (eatn re
donda).
LARGO DA LAPA
N.°
Preços
Biscoulo
valonguense
Ditos
Macarrão
Dito
Brazileiro
Dito
Imperial
Bolacha
doce
Bolachinha
d’
araruta
Tosta
azeda
Dita
doce
(4450)
aviso
Para
os
engenheiros,
pharmaceuticos,
médicos,
dentistas,
professores
e
outras
pessoas
que
desejarem
obter
o
diploma
de
doutor
ou
de
bacharel
de
uma
universida
de estrangeira. Dirigir
carta
registada
a
Medicus,
13,
praça
do
Rei,
Jersey. (In
glaterra.)
(31
Em 28
t
PARA
LIQUIDAR
2
—
Bua
de
S. Marcos—
2
Um
saldo
de
lãs
para
120,
160,
200
e
300
reis
o
melro.
Merinos
prelos, de
pura
lã,
largos, pa
ra
700
e
1^000
reis
o
metro.
Lenços
de
mâlha
a 300,
360
e
400
reis.
Bretanhas
de
linho
para
360,
500 e
690
reis
o
metro.
E
muitos
mais objectos
por preços
ba
ratíssimos.
(306)
(4471)
VENDE-SE
Po?
preço
favoravel
3
cavallos,
sendo 1 hispanhol,
alazão,
e
2
inglezes,
castanhos,
que
trabalham
de
sellim
e
trem.
São
de
toda
a confian
ça
e
por
isso
se
dão
a
contento.
Também
se
vende
um
phaeton,
em
excellenle
uso,
com
todos
os
arranjos
pa
ra
armar
de
diversas
fôrmas,
e
bem
assim
arreios
para 1 e
2
cavallos.
Dirigir
a
José
Fornellos,
na
villa
de
Mesãofrio.
(4452)
ESCOLA
AMERICA
MA
Consultorio
a
toda
a
hora,
tanlo
dia como de
noite.
Rua
do Campo
(antiga
Porta
de
S.
Francisco)
n.°
22.
(4332)
de
S...1
K- — s
A
S MARC.CP
f
Vende
papeis
pinta-
dos
para
guarnecer
sMias
lindíssimos
gostos,
a prin
cipiar
em 80 reis
a
peça
e.
J
Vende
olio,
tinta^ e
vernizes
para
pinturas -ie
casas,
tudo
de
boa qa.di-
dade.e
preços
muito
resu
midos.
Vende
cimento
roma
no
para vedar aguas,
ges-
so
para estuques
de
ca
sas,
tudo
de
primeira
qua
lidade.
(Z
*
)
WCÇÃO HIGIÉNICA
BÃLSAMIC© PR»3»M£TAT1CO
Esta
injecção
é
a
unica
e
efTicaz
que
cura
em
seis
ou
oito
dias
toda
a
qualida
de de
purgações
tanto
antigas
como
mo
dernas,
ainda
as
mais
rebeldes.
Vende-se
em
Braga
na
pharmacia
Alvim,
á
Porta
Nova.
Em
Coimbra,
pharmacia
Barata
Di-
niz,
rua
de
S.
Bartholomeu.
Deposito
principal
no
Porto
na
pbar-
macia
Madureira, rua
do Triunfo n
0
142,
proximo
ao
Palacio
de
Crystal.
Preço
de cada
frasco—
400 rs. (4449)
JVtóWO ESTAB1XECI1KEXTO
Doce
do
chá —
doce
fino
—
e
vinho fino
No
campo
de
D.
Luiz
l.°
(antigo
cam
po
da
Vinha)
n.°
27
—junto
ao
quartel
de
cavallaria.
Ha
queijadas
do
Salvador
a
320
rs.
jOL
Z
B 3ES
X
Xfc,
O
CBBUSSGSé
OEMTÍSTA
APPROVADO
PELA ESCOLA MEDIC^-CIRURGI-
CA
DO PORTO
Largo
do
Barão de
S.
Marli
'ho
n.°
5
BRAGA.
Faz tudo
quanio
diz
respeito
á
sua
arte
e
conlinúa
operando
grátis,
pobres
e
soldados.
(
36-H-)
DINHEIRO
A
JURO
A
Meza
da
Irmandade
de S.
Vicente
da
cidade
de
Braga,
faz constar
que
tem
dinheiro
para
mutuar
a juro
de
5
por
°[
0
livres,
sobre
hypotheca.
(4481)
AGUAS AECAUIXO-GAZOZAS
DAS
PEDRAS
SALGADAS
Premiadas
na
Exposição
de
Vienna
em
1873.
Estas aguas
que
a
analyse
e
experien-
cia
tem
mostrado
serem das
primeiras
da
Europa,
aplicam-se
com vantagem
em
mui
tas
moléstias,
mas
os
seus
eíleitos
mais
notáveis
são:
nas
moléstias
de
estomago,
bexiga,
ulceras
chronicas
e
moléstias de
pelle.
A
Companhia
só
garante a
pureza
das
aguas
vendidas
nos
seus
depositos,
ou
nos
estabelecimentos
que
se
sortirem
dos
mesmos.
Deposito
principal
no
Porto
—
B. T.
de
^Mesquita
Montenegro.
R.
de
D.
Maria
2.
a
n.°
30.
Braga
—
Antonio
Alexandre
Pereira
Maya.
R.
dos
Chãos.
(4105)
6l
9
f9
U
—
II —MnM—a
w
—
l
f tf WWW
—MBI—
BRAGA, TTPOGRAPHIA
LUSITAMA—
1876.