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Parte de N.º 475 de 30/03/1876
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-
4?
ANNO
1876
FOLHA
COMMERCIAL RELIGIOSA
£ Í1OTICIOSA
NUMERO
475
Assigna-see
vende-se
no
escripiorio do
editor
k
proprietário
José
Maria Dias
da
Costa, rua
Nova
n.°
3
E,
para
onde
deve
ser
dirigida
toda
a correspondência
franca
de
porte.=
As
assi
naturas
são
pagas
adiantadas; assim como
as
corresponden-
rias
de
Interesse particular.
Folha
avulso
10
rs.
ÁS
TERÇAS,
QUINTAS
E
SABBADOS.
P
reços
Braga,
anno
1^600
rs.=Semestre 850
rs.^Provtn-
cias,
anno
2^400
rs.
e
sendo
duas 4&000
rs.—
Semestre
1-3250
rs.=2?r<m/,
anno
3&600
rs.=Semestre
1&900
rs. moeda
forte,
ou
8&000
reis e
4&500
reis moeda fraca.
=Annuncios
por linha
20
rs.,
repetição
10rs.
Para os
assignantes
20
’
/
9
d
’
abatimento.
BR.AtíA—©UBIífA-FEIEtA 30 é
»
e
3IAJRÇO
Nenhuma
importância
damos
ás
picoi-
nhas
ultra-ridicolas
d
’
urn
papel
que
se pu
blica
n’
esta
cidade.
Para
nós,
e para
toda
a
gente
sensa
ta,
d’
ba
muito está
julgada a
folha a
que
alludimos,
e
que se
ha
transformado
em
estatua
de
Pasquino.
A
missão
do
jornalista
merece-nos
bem
mais
consideração, para
qoe
desçamos
a replicar
a
adversários
improvisados,
em
cujos diccionarios
não
existe
a
palavra—
discussão.
O
sacerdócio da
imprensa
é
muito res
peitável,
muito
nobre,
qnando
sabe
man
ter-se á
altura da soa
missão
civilisadora.
Nem
d
’
outro
modo
o
comprebendemos.
Não
tomamos
nada
das conversas
de
soalheiro,
nem
temos
veia
regateiral pura
com
ella poluir a
tribuna, donde
humilde
mente
advogamos
os
interesses
do
povo,
entre
o
qual
nos
presamos
de
estar.
Irritaram-se
porque,
fieis
ás
nossas
cren
ças,
e
alheios
ás
questiúnculas dos
parti
dos,
não fizemos
estalar
bagas
de
incenso
aos
pés
de
barro do
ídolo
que
elles
reve-
renceiam
?
I
Deuvm
largas
á
sua
má-vontade,
por
que
imparctalmente
falíamos
sobre
o
mao
rumo
dos
seus
exforços tolos?!,..
E
porventura
julgarão
que
nos
intimi
dam
com
essas
puerilidades irrisórias?!!
Que
nos
importa
a
nós
a malquerença
d
’esses
escrevedores,
que
tão
facilmente
transformam
a
tribuna
de
jornalista
em
tablado
de
jograes?
Pode
jarrelear
á
vontade
as
snas
gra
ciosas piruetas
o
jornal
das
sobreditas,
que
não
conseguirá
mais do
que
provócar-nos
o
riso...
ou
a
commiseração.
---- .........................................
—
Madrid
14
de
março.
Ainda
que
desagrade
aos
jornalistas que
dirigem
a
D.
Carlos
suas
grosseiras
inve-
ctivas, os
hispauhoes
não
teem nenhuma
especie
de
anti-pathia,
nenhntn
rancor netn
querem
mal
a
este
príncipe.
Os
republi
canos,
os
democratas,
e
os
revolucioná
rios
só
teem
para
coro
elle
respeito
e con
sideração.
E
’
um
facto
qtíe diariamente
eu
confirmo,
e
de
que
é
lacil
o
convencer-se.
com
que
os
aflonsicros
se enraivecem, a
respeito do
que
lerão
de
tomar
o
seu
par
tido, de
boa vontade:
A
atbmosfera,
tor
na-se sombria,
mas
é
contra
elles.
Eu
disse
que os
carlistas
tinham
sido
obrigados
a pegar
em
armas
e
a
defeu-
der-se;
e
dizendo
isto,
não
hz
mais
que
expor
uma
verdade
vulgar,
que
todos
os
dias
confirmam
os mais
façanhudos
dos
partidários
de
D.
Affonso.
Citei
palavras
do
«Diário
de
Barcelona». O
marquez
do
Pidal
fel-as
suas
e notificou-as
por
solem-
nes
declarações diante
das
côrtes.
O
joven
deputado
disse,
sem
rodeios,
que
se tactos hispauhoes
tinham
susten
tado a
causa
do
pretendente,
fóra
em
se
guida
a
grandes
perseguições, cuja
falta
devia
recair
principalmente
sobre os
affon-
sinos.
Eu
comprehendendo
a
prudência
e
a
discrição
da
folha
de Barcelona e
do snr.
marquez
de
Pidal. Se
o essencial
foi
con
fessado, o
detalhe
cão.
Não
me
detendo
pelas
mesmas
considerações
posso
dizer
mais.
Não
sómente
a
guerra
foi
assoprada
pelos
affonsinos,
mas
ella
foi
continuada
e
alimentada
pelos
seus
militares,
aquelles
que
tornaram
a
entrar
no partido
liberal
lendo
ganhado
graus
pela
»sua
dupla evo
lução.
Os
mentirosos
poderiam
comtudo
espe
rar
outro tanto.
Fizeram-lhe
promessas.
Quem
nos
pode
garantir
que ellas
serão
cumpridas?
Opariido
dos affonsinos
oppôe-
se.
A
questão
dos foeros vae
apparecer
pe
rante
as
côrtes;
e o
mais
bizarro
lado
da
cousa
é
que
Castellar
vae
defender
os
foeros
e
reivindiçal-os
para
toda
a
Hispanha.
O
marquez
do
Pidal
fallou
de
charla-
tanerias
e
de
trapaças.
Não se puderam
collocar
as habilidades
d
’
oulro
modo,
netn
os artificies
e
a
má
fé
cujo
triste
quadro
elle
traçou
diante
dos
deputados
do
con
gresso.
Caoovas
e
lodos que
o
teem
se
cundado
destilaram alternadamente
com o
cortejo
«de
suas
emprezas, de
suas
tran-
saeções,
de
suas
apotasias
e de
suas
rel
el-
liões.
>
Tenho-vos
fallado
d
’isto
moitas
vezes.
Comtudo,
uão
é
inútil
tornar
a
occupar-
me um pouco
com isso, ainda
que
não
fosse,
eu
vol
o
confesso,
senão para ler
a
satisfação
'
de
demonstrar,
com
um amigo
de
D.
Affonso,
que
o
«Univers»
não
tem
exagerado
os factos,
e
que
as
maiores
res-
p
onsabilidades
pezam
sobre
os
conselheiros
actuacs
de
D.
Aflonso.
O
orador
disse
e
prevou
que
«D.
Af
fonso
está
cercado
dos
antigos
conspira
dores,
de
rebeldes
consummados,
de ho
mens
que
tendo
atraiçoado
seus
paes
e
que
por
mais
de
uma
vez
foram
surpre-
hendidos
nos
quartéis
ou
nas
cavalhariças
debochando
o
soldado,
levando-o
á deso
bediência,
ao
esquecimento
dos
seus
deve
res.
á
revolta
e
ao
assassinato-
de
seus
chefe».»
Umas
taes
ilhargas
não
teem
nada,
pa-
rece-me
de
muito
sedoctor.
E
com
tudo
D.
Affonso
conserva
estas
ilhargas!
E
não
sómente
elle
as
conserva,
mais
veio
cele
brar
seus
actos,
«seus laodaveis
esforços
antes
da
sua
exaltação
para '
reorganisai
o
paiz,
dando-lhe
meios
lie
dominar
a
guer
ra
civil
e
a
aoarchia
interior.»
Se
aquelles a
quem
aliude
o discurso
da
coroa
orgauisaram
o
paiz
e
acharem
meios
de
dominar
a
guerra
civil
com
a
anarchia
interior:
quem pois
tinha
desor-
ganisado a
Hispanha
e
á
tinha
mergulhado
na
anarchia
?
A resposta
não
era
difficil.
O
snr.
Alexandre
Pidal
deu-a
em
termos
bem sauentes
de
verdade
que quasi
todos
os
affonsinos
se
viram collocados
sobre
o
esca
belio.
O
snr.
Canovas
del
Castillo,
estando
ao
lado
dos
perturbadores, triunfantes,
lhes
dizia
«que
elle
nada
tinha
de
commum
com
a
dynastia
decabida,
que as
suas
relações
com
ella
tinham
cessado
muito
antes
das
faltas
que as
tinham
arrastado
para
sua
ruina.»
Por
outra
vez
elle
balbuciava ti
s^o
b
L
i
M
etiim
:
BTAI
í
HA
IMPRESSÕES
NASCIDAS Á VÍSTA DA
ITALIA.
BELLEZAS
NATUtlAES. A
CORNIJA.
AS
LA-
RANGEIR
a
S.
OS JARDINS. O CEC E O SOL
DA
ITALIA. AS BEI.LESAS DA ARTE.
D< ns
parece
ter
enchido
de
privilégios
a
Italia,; essa
terra
rica
em
bellezas
de
todos o-
gèneroS
e
em
memórias gratas
a todes quaiitos
se
deleitam
na
coutem
plação das
magnificências
da arte
e
nas
recordações
das
grandezas
das
eras
re
motas.:
Ao
entrar
n
’
essa
terra
privilegiada, n
’es
se
piiz
encantador
sente-se a
alina
do
via
jante
arrebatada dos
sentimentos
mais
su
blimes, e
das
ideias
mais
nobres
e
eleva
das.
O
ceo
amontuoti cerlamente
n
’
esta vas
ta
península
do
continente
Europeu
as
suas
graças
e
os seus
dons,
ás
bellezas
da
na-
tnreza
e
da arte,
reuniu
outras
proioga-
tivas
mais
apreciáveis
e
mais
sublimes.
Foi
na
Italia
que
Deus
creou
o
parai-
zo
ende
collocou
o Pae
commum
dos
fieis,
o primeiro
'homem
do
muodo.
E
’
do
centro
da
Italia
que
irradia
para
t-dos
os paizes
do
orbe
catholico a
doutrina
e
a
verdade
divina
depositadas
na
bocca
do
Pontífice
e
chefe
da
Egreja
Uni
versal. Roma,
a
capital
do
calholicismo,
a
séde
do
Vigário
de
Nosso Senhor
Je
sus
Christo,
a
depositaria
das
sagradas
relíquias
do
Príncipe
dos Apostoles,
d
’
a
ffuelle
quo fóra
escolhido
por Deus
para
pedra
fundamental
da
Egreja, não
podia
deixar
de
existir no
mais
belio
e
inte
ressante
paiz
do
mundo
civilisado
!
Salvè,
bella Italia,
terra
de
Santos,
emporio
das
mais
portentosas
maravilhas
christâs,
theatro
das
virtudes
mais subli
mes,
depositaria
das
tradicções
mais
caras,
berço
do
chrisliauismo,
regado
com
o
san
gue dos
primeiros
maptires
e
pontífices
da
Egreja, ensopado
nas
lagrimas
de
tan
tos
fieis
e
crentes!
Sahè,
berço
da
civilisação
europea,!
mãe
fecunda
das
artes
e
das
sciencias,
teslimunha
dos
factos
mais
notáveis,
fon
te niexhaurivel
da
historia
antiga
e
mo
derna!
Eu
te saudo
peneirado
de
admiração
e
respeito,
á
vista
das
loas
bellezas e
diante
das
maravilhas
que encerras!
Seja nos
permiitido
em
face
das gran
dezas
de
Roma
e
das
preciosidades da
italia
observar
com
o
eminente
Monsignor
Gaume
—
«Roma!
A
Italia!
Que
preciosas
cousas
não
encerram
estas
doas
palavras
!
Para
o simples
viajante,
é
a
Italia o
paiz
do
belio ceo e
das
risonhas
paizagens,
pa
ra
o
filosofo
e
litléralo,
é
o
theatro
dos
maiores
acontecimentos
deposilados
na
his
toria
do
mundo
anligo.
Lá
viveram,
fal
taram,
escreveram,
representaram o seu
papel
e deixaram
vestígios
da
sua
passa
gem,
a
maior
parte
dos
homens
famosos
uo'
meio
dos
quaes
se
deslisou
a
nossa
longa
iofaocia. Para
o
artista
é
a
Italia
a
patria
das
artes
e
Roma uma vasta gal-
leria
;
para
o
archiologo,
é
um
museu
em
que
se
conserva escripla
em
pedra, már
more ou
bronze
toda
a
historia
sagrada
e
profana
Para
o
christão, é
a
Itada
a
ditosa
praia
em
que
a
nau da
Egreja
lan
çou
a
sua ancora
immortal
e
Roma
o
centro
da
fé
de
que
elle
tem a ventura
de
ser
filho.»
—
O
vinho
e
o
trigo
são
duas
produc-
ções
que
muito
abundam
por
toda
a Ita-
lia. E’
que
Deus
dera
a
este
encantador
paiz o privilegio
de
produzir
com abun-
dancia
as
preciosas
especies
que
no
ado
rável
mistério
da Eucharistia
são
conver
tidos
no seu SS.
Corpo
e
Sangue.
E
assim
devia
ser,
existindo
alli
o
Summo
Pontífice,
sacerdote
dos sacerdotes
da nova
lei
1
Ninguém
pode
imaginar
a
belleza e
en
cantos
de
que
está
cheia
a
costa
litoral
da
Italia do
Nice
aié
a
Ribeira
de
Génova.
Parece
que
taes bellezas
não
teem
rival.
A
vegetação,
que anima
os
montes
gracie-
samente
semeados
de
villas
ou
quintas
e
casas
de
campo,
vem
em
muitos
pontos,
bri
lhante
e
em
todo
o
seu
verdor, beijar
as
salgadas
ondas
do
mar.
As
muitas povoações
que
se
espregui-
çam
nas
encostas
dos
montes
e
junto
das
praias,
apresentam
muita
originalidade
e
são repletas
de belleza.
Piltorescas
casas,
engraçados
pavilhões
e
kiosques,
bem
arborrsados
e
jardinados
passeios, sobeibos
boleis
ornados
de
ver
dejantes
arbusios
desde
a eotrada
até
o
cimo
das
escadas,
lojas
artisticamente
de
coradas,
cxlnbiodo
muito
apreciáveis,
ob-
jectos
de
arie
de
todos
os
generos,
vas
tas
praças
adornadas
de estatuas
e
fontes
de
muita
perfeição
e
belleza,
eis
o
que
a
cada
passo
se
encontra
nas
muitas
povoa
ções que animam
esta
bella
parte
da
Iia-
iia denominada
a
Cornija.
E
como
são
engraçadas
as
collinas,
bel-
los os
campos,
piltorescas
as
paizagens
que
se ostentam
n
’
aquelles
sítios
!
.
Não
podem
passar
desapercebidos
aos
olhos
do
viajante,
as
larangeiras
que
cres
cem alli
por
toda
a
parle,
umas
forman
do canteiros
nos jardins,
outras
vegetan
do
em copados e
vastos pomares,
umas
e
outras,
pequenas
e grandes,
coberias
de
bfancas flores
ou
de dourados
Inícios.
Os
jardins
particulares
e
públicos
da
Italia
reúnem
bellezas
e
encantos
indis
cripliveis
;
alli
admira-se
além
das
flores,
dos
arbusios
e
das
arvores
bellamente
dis
postas,
graciosas
lonies
e
estatuas
de
mui
to
valor
artístico,
lindas
cascatas
e
tan
ques, bem
como piliorescos. chalets.
As
muitas
bellesas naluraes
e
artísti
cas
em
que
abundam
as
terras
de
ilaha
são abrigadas
pelo
ceo
mais
puro
e
mais
azul
que
se
conhece,
cuja
transparência
e
brilho
uão
tem
rival
ua
Europa.
Essas
grandezas
e
preciosidades
osten-
lam-se
á
luz
do
sol
mais
brilhante
e vi-
viíicador, que lhes
dá
uma
feição
própria
e
lhes
imprime
uma
côr
verdadehamente
bella.
Os
raios
do
sol
na
Italia,
dão
aos
mouies
e
ondulantes
collinas
um
aspecto
muito
encantador,
transmilUndo-lbes
mui
tas
vezes
uma
côr
azul
quasi
tão
bella
como
a
que
se
mostra no
firmamento,
pa
recendo
que
este
lhes
;dá
parte
da
belle
za
e
brilho
que
lhe
são
proprios.
E
’
certo que
as paizagens
da
Italia
são
de
uma
formosura
nunca
vista,
con
correndo
para
isso
em
grande
parte as
variadas
côres
qoe
ostentam
sob
esse
ceo
puro
e
transparente
e
á
luz
d
’
ésse
sol
brilhante
e
creador.
U
ib
dos
principaes
objectos
que
attrahe
a
aitenção do
viajante illusfrado á
Italia,
é
a
admiração
dos
lhesoures
da
arie què
alli
se
encontram.
Parece
que
as
•bellezas •
artísticas
que
se
ostentam
‘
a
cada
passo
n
’
aquelle abençoado
solo,
imprimem
uo
espirito
de
quem
as
coniempla,
a
poesia
que em
si
encerram,
.descobrindo
O'
seus
segredos áquelles
mesmos
que
parecem
in-
difierentes
á
apreciação
das
suas
maravi
lhas.
O
professor
A.
Springer,
observa que,
até
mesmo aquelles cuja*
tendências
’
’
ha-
l.iluaes
sao
naturalnrente prosaicos
tor
nam-se
insensivelmente
admiradores
dà
poe
sia
e
da arte
quando
pisam
o
solo
da
Italia.
O
viajante encontra
n
’
aquelle
paiz
a
poi-sia
e
a
arte
tão
connexas.com
as
sce-
nas
da
vida
trivial,
qne não'
pY-de
deixar
de
ver
tudo
quanto
o
rodea
por um
prisma
poético
e
artístico.
Cada
pedra
que
encontramos n
’este paiz
■encantador,
encerra
em
si
preciosas'
me
mórias,
fallando-ncs
á alma
dos
tempos
passados
e
trazendo-nos ao
espirito
a
re
cordação
de
fados
inemorrveis
e
ch
ios
de
interesse.
O
que
mais encanta
o
apreciador
d’
a-
quellas
preciosidades
e bellezas.
é
ver
re
presentadas
nas
obras da
atte
todas
as
épocas,
ver
impresso
n
’
aquelles
monumen
tos o
cunho
proprio
dos costumes,
da
ín
dole
e
do
caracter de tantas gerações.
Parece
que
diante
d
’aquellas
testimuohas
silenciosas
de
remoías
eras,
estamos
ven
do
as
scenas
que
ellas presenciaram.
Mas
ninguém
adquire
os
conhecimen
tos
necessários
para
poder apreciar
devi-
damente as
imtiiensas
obras
da
arte
que
>e
encontram
no
decurso
de um
simples
passeio,
se
as
visitar sómente
uma
vez.
João
B.
de
F.
Leal.
midamente «qne
era
necessário
consolidar
a
liberdade
e
que
elle
só
tinba
simpalhias
para
D.
AlTonso.»
O
snr.
Canovas julga-se
um
homem
de
honra,
elle
o
diz
e
gaba-se,
mas
elle
arremessa
por
cima da borda,
os
seus
amigos.
Elle
escrevia n
’
um
dia
de
cons
piração,
«que
elle
pegava na pênna
com
indignação...»
Elle
tratava
os generaes
seus cúmplices,
«de
tolos
e
de
loucos»,
e
ainda
mais. Entrava
nas
manobras
de
Mar
tinez
Campos;
denunciou-o
e
poz o
snr.
Pidal,
—
foi
elle
que
o
declarou,—
«na
ne
cessidade
de
escolher
durante
a
noile
um
dos
cúmplices
do
beroe
de
Sagunto».
Depois
de
taes
precedentes,
o
snr.
Ca
novas
não
tinha
oa
verdade
nenhum
di
reito
em constituir
o
quer
que
seja.
E
não
obstante,
o
snr.
Canovas constituiu
ura
governo
e
uma
administração!... «As
côrles
tinham
sido
«olemnemente
promet-
tidas,
com
toda
a
casta
de
liberdades.
A
Hispanha
deve
contentar-se
com
uma
di-
ctadura,
e
uma dictadura
revolucionaria,
de
um
cezarismo
da
peior
especie,
e
tal
como
se
vê
sómente
funccionar
em Fran
ça».
O
jornal
a
«Hespanha catholicao
ap-
parecia então
e tinha
por direclor o
snr.
Pidal,
o
mesmo
orador de
qtiem
eu
ana
liso
as
palavras.
Canovas
e
o
snr.
El-
duaycn
trataram-no
«de
facioso» e
os con
servadores
«de
cúmplice
dos
carlistas».
A
citada
folha
tinha
publicado
uma
humilde
felicitação
ao
snr.
Bispo
de-Jaen
em
favor
da
unidade
catholica.
Deram-se buscas:
os
agentes
apprehenderam
as
folhas
im
pressas,
e
pouco
faltou
para
que
se
em
bargassem
os bens
das
pessoas
simples
mente
affeiçoadas á
causa
de
D.
Car
los.
«As
consequências
da
polilica
de Ca
novas
não
téem
sido
favoráveis
a
D.
Af-
fonso.
Os
carlistas
foram
vencidos,
mas
não
resignados
:
além
d
’isso,
a
divisão
está
entre os
vencedores.
Surdas
discus
sões
os
perseguem em
diversos
sentidos.
Os
constitucionaes dividem-se
em dissiden
tes;
os
uoionistas,
em
reunidos
e
-em
ex-
commungados
;
os
moderados invocam
em
fim
a
constituição
de
184o,
e
não
são
os
menos
encarniçados
adversários do
affon-
sísíbo
,
de
quem, recusam
desdeuhosameo-
te
as
ofiertas.
.
Tudo
isto
é
um
signal
não
equivoco
da
pouca solidez
das
obras
canovistas,
porque
«atraz
do
cezarismo
cose
do
pre
sidente de
ministros
está
a
republica
con
servadora
de
Thiers,
e
depois
a
republica
vermelha
de
Grrnbella.»
«A
historia
ensina-nos
que
toda
a
in
stituição
infiel
ao
seu
principio
tem
os
peiores
destinos»,
disse
terminando
o
snr
Pidal.
Esta
vaticinação
desagradou
ao
snr.
Posada
Herrera,
que
presidia, e
bem
te
ria
desejado que
lhe
fizessem
outra.
Mas
foi
lhe necessário
eogolil-as.
0
snr. Ca
novas
linha
engolido
outras.
E, como es
te
personagem
é muito impressionavel,
não
pode resistir e
se
esquivou.
Não
obstante,
elle
voltou
depois
e
to
mou
a
palavra
Não
foi
feliz,
porque
lodo
o
seu
pobre
discmso
só consistiu
em
mau
humor, em
cóleras
estereis,
e
em desdens
cruéis
para
com
«o
joven
debutanle,
sem
expeçiencia
e
inconsciente,
que
principia
va
a
sua
caireira
por
ataques
contra
as
tuais
altas
illustrações.»
Foi isto o
principal
da
argumentação
de
Canovas,
mas
nenhum
facto,
nenhu
ma
asserção
foram-
reputadas.
De
tudo
isto
se
mostra
que
a
intelli-
geneia
não
é
perfeita
entre
os
eleitos
da
fíeal
ordem
Se elles
não
se
entendem
já,
qua
acontecerá
d
’aqui a
pouco.?
Hontem,
não se
fazia nenhum
caso
das
chamadas
á
ordem
do
vice-presidente
Elduayen,
e
como
elle
as pronunciava, perguntavam-lhe
por
Herrera,
ministro
da
justiça,
de
este
revolucionário qoe
foi
á
Italia para
offe-
recer
a
corôa
d
’
Hispanha
ao
filho
de
Vi-
ctor
Manuel. Recordou-se
este
precedente.
Herrera
enfadou-se,
e
leu
de
repente
a
lição
áquelles
«que
tinham
perdido
o
thro-
no
de
D.
Isabel.»
Era
um
dardo
dirigido
aos amigos
de
Pidal,
elles
e
reenviaram
rudemente,
e
isto
não
causou
pouca
confusão.
Em
fim,
o
que
elles
replicaram
era
verdade,
mas
se
áquelles que
desthrona-
ram
a
mãe
se
constituem
os
regentes
de
seu
filho de
que
não
serão elles
capazes,
e
que
triste
sorte
lhe
não
está
reser
vada
?
GAZETILHA
l<ausperenne. —
Expõe-se
ámanhã
«a
egreja
do
Populo.
Estamos
de oratorio.—
Pende
so
bre
a
nossa
cabeça
o
espadagão
afiado
do
Damocles
Júnior,
sob
os
copos
do
qual
se
abrigam
vinte
e
nove dextras,
cada
uma
capaz
de
findar
o
tormento
de
Si-
sipho.
Pois
vocês
não
vêem
?
!
E’
o
Jornal
do
Minho que
vae
ali-
rar-se
a
nós,
os
pequeninos,
como gato
a
bofes.
Misericórdia!
Santa
Barbara!
0
’
Herodes,
peior
que
o
proprio
He-
rodes
!
0
‘
Herodinho,
pelo
bom
successo
de
todos
os
meelings
passados
e
futuros
que
tenhas
tentados
ou
tentes, pedimos-
te,
supplicamos-te que
nos
poupes
á
tua
indignação,
á
tua
ira,
á
lua
sanha,
á tua
furia
lemivel,
terrível,
terrífica.
Com
a
cara
tapada
com
ambas
as mãos,
e
procurando
serenar
o nc-tac
vertiginoso
do
nosso
coração
prestes a gelar-se...
le
rogamus
audi nós.
Meeting em SSraga.—
Um
nosso
assigoante enviou-nos
a
seguinte
carta:
Snr.
redactor.
—
E
’
esta
a
terceira
vez
que
em loia
a
minha
já
avançada
edade
me
abalanço a
escrever
para
um
jornal.
Não
lenho
querido que
a
minha
penna
provoque
nos
outros
o riso,
que muitos
d
’
esses
BORRADORES
DE
PAPEL,
que
por
ahi
formigam,
costuma produzir
em
mim,
quando
não estou de
mau
humor.
Ao
contrario
do que
preceitava
o
ve
lho Horacio,
e fóra da
alçada
do
senso-
commum, vemos hoje
que qualquer
crean-
çoia
que
ainda
não
deixou
os
bancos es
colares
se
crê
habilitado
para
escriptor,
e, quando
menos
o
esperávamos,
surge-
nos
pela
proa
amontoando
um
acervo
de
pataratadas
que
faz. arripiar
os
cabellos.
Não quero
dizer
que
só
os
titulados
pelas
universidades devem
subir
a
esta
tribuna.
Ha
muitos
que
assim
pensem,
e
isso
não psssa
(forna
ab.erração
estúpida.
Um
bacharel
!
Ah!
um
bacharel!
Uh
!
um
bacharel! E ficam a
escancarar
a
boc
ca
até
desconjuoctarem
a
cornessura
dos
lábios.
Porém
que
vem
a
ser
um
bacharel,
na
maior
parte
dos
casos?
E
’
um
sugeilo
que
diz
bachareladas—
como o
definia
o
meu
antigo
mestre
de
latim,
velho
sisudo
e venerando, muito
conhecedor
dos
ho
mens
e
das
coisas.
Mas
que
rumo
vou
seguindo?
Sem
dar
tento,
ia
escorregando
para
o
plano in
clinado
das
banalidades,
e
agora
vejo
que
já
tenho
escnptas
duas
lirinhas,
sem
ter
diclo
uma
palavra
sobre
o
objecto
d
’esta
carta.
Colhidas
as
velas,
apresso-me
a
entrar
o
porto,
emquauto
a
monção
me
favoneia.
Li
no
seu jornal,
snr.
redactor,
—
e
ouvi
dizer
a
varias pessoas—
que
n’
esta
cidade
vae realisar-so um
meeling,
que
será
feito
á
-imagem
e
similhança
do
que
uliim«mente
se
eftectuou no
salão
do
Ca
sino
Lisbonense.
Li,
e
lambem
ouvi dizer,
que
é
o
partido
hislorico
o
promotor da
tal
patuscada,
que
se
annucía
para
breve,
e
que
o
seu
fim
é
representar
ao
chefe
de
Estado
contra a
actual
situação pbiitica.
Muito
bem.
Mas
que
motivos
fundamentam
essa
pretensa
representação,
que
o
PARTIDO
QUE
MENOS
CONFIANÇA
MERECE
AO
POVO
pretende levar
aos
degraus
do
thro-
no?
Que
significa
um
meeling
nas
circtim
siancias
acluaes?
Estas
perguntas
são
de
resposta
facil.
0
corrilho
que
tem
sido
mais
nefasto ao
paiz,
o
partido calumniador
dos
LA»ZA-
RISTAS,
o
partido
que
advoga
a LIBER
DADE
DE CULTOS,
o
partido
que
pro
fessa
as
1DE1AS
MAIS
AVANÇADAS,
o
partido
que
pretende
DESCHRLSTIANISAR
o retoo
fidelíssimo,
finalmente
o
partido
HISTORICO,
convicto
da
sua impotência
para
por
meios
dignos
empolgar
o
poder,
que
«devora
com
olhos famulentos»,
pro
cura
sómente concitar
o
povo
á
DESOR
DEM,
afim
de
tealisar
as
suas
ambições
desmarcadas.
E’
o
que
v.
disse,
snr.
redactor,
e
é
o
que
pensam
todos
os
homens
de
bem.
E
que
significa
o
meeling?
Uma
en
trudada
em
plena
quaresma,
e
nada
mais.
Dizem-me
também
que
no projectado
coinicio
se
pedirá
a
reforma
do
artigo
6.°
da
Carla,
que
esiatue
que
a
Religião
Ca
tholica
Apostólica
Romana
seja
a
religião
do
Estado.
Creio
piamente
que
assim
aconteça,
porque
conheço
muito
bem
os
snrs.
históricos
e
quejandos,
coja
verda
deira
historia
não póde ser
adulterada,
nem
levemente
sofismada,
por
quantos
SAPIENTÍSSIMOS bacharéis passeiam
por
essas
ruas.
Pela
minha
vez,
e
para terminar,
por
hoje,
lambem
direi:
Bracarenses
!
álerla
!
Não
vos
deixeis
enganar.
Lembrae-vos
que
o
PARTIDO
HISTORICO é o
mais
hostil
á
religião
santa
que
professaes,
e
o
menos
zeloso
dos
vossos interesses. Se
elle quizer
fazer
de vós
o
facil
joguete
de
suas
ambições
ominosas,
repelli-o
com
despreso
e indignação.
Até
breve.
Braga,
29
de
março
de
1876.
Um
vosso
conterrâneo.
Miserere.—
Se
o
tempo
0
perraittir,
haverá
em
a
noite
de sabbado
Miserere,
a
instrumental,
no
paço
da Porta
Nova.
íls
reprovos.—
Sabem quem
são os
verdadeiros
reprovos
na
formosa
rainha
do
Minho?
São
os
moradores
da
rua
dos
Pelames,
onde
ha
apenas
um
lampião!?!!
E
’
incrível
!
Aquella
rua
está
quasi
toda
obstruída
e
cheia
de
galgueiras,
qne
são outros tan
tos
precipícios
para os
transeuntes,
e
para
os
moradores, que leem
de
se
recolher
logo
que
anoiteça,
se não preferirem
que
brar
as
pernas
e
as
costellas.
Pedimos
á
exm.a
camara
que
levante
o interdicto
áquelles
infelizes
reprovos
e
os
fav
oreça
com
mais alguma
luz. Assim
seja.
Sístaslo
financeiro
«1» Eliwpaaiht».
—
A
divida
total
de
Hispanha
sobe
a
reis
3.150:000
conios,
que todos, com
exce-
pção
de
algumas
sommas
insignificantes,
pasam
3
OjO
de
juro.
Seria
pois
o
juro
d
’
esta
divida
por anno
91:500
contos
quer
dizer
uma
somma
igual pouco
mais
ou
menos
ao
seu rendimento
annual.
A His
panha
nos
seus
dias
modernos
mais pios-
peros
nunca
teve
uma
receita
superior
a
esses
91:500
contos
de
reis,
que consti
tuem
os
juros
da
sua irnmeosa
divida.
As
suas
receitas
normaes pelo
contra
rio
flíictoaram entre
72:000
contos
eTeis
81.000
contos
e
não
ha
o
minimo
fun
damento
para
se
poder
suppor
qoe
a
re
ceita
do
anno
que
vem
excederá
a
dos
aonos
fioresceoles do
passado.
Portanto
um
orçamento
publicado
recentemente;
e
tendente
a fazer
suppor
que se
pode
con
tar
com
u<ua
receita
superior
a
117:000
contos,
é
completamente
illusorio.
Um
or
çamento
baseado
em
cálculos
similhantes
não
pode dar
em
resultado,
ainda
por an
nos.
senão
um
completo
desappontamen-
to,
Approximar-se-ha
da
verdade quem cal
cular
a
receita
quando
muito em
90:000
ou
94:500 contos, e é
facil
de
ver
-que
uão
pode
deixar
de
ser
pequena
a som
ma
disponível
para pagamento
dos
juros
da
divida.
A
Hispanha
naturalraenle
ha
de
precisar
pelo
mecos
de 67:500 conios pa
ra
as
suas
despezas
normaes,
e, ainda
suppondo
que
se
consolida
a
divida
flu-
ctuante,
nao
pode
dispor
de
mais
de
27:000
ou
31:500
conios
para
pagamento
dos
juros.
Inatrueção
publiea.—
Foram
çrea-
das
asseguintes
cadeiras
de
ensino
primário
:
Para
o
sexo masculino : Freguezia
de
Sendas,
concelho
de
Bragança
—
com
o
sub
sidio
de
casa
e
mobília
pela
junta
de
pa-
rochia
.
Freguezia
de
Bemlhevae,
concelho
de
Villa
Flor—
com
o
subsidio
de
casa
e
mo
bília
pela
junta
de
paiochia.
Freguezia
de
Flor da
Rosa,
concelho
do
Grato
—
com
o
subsidio
de
casa
e
mobí
lia
pela junta
de
parochia.
Freguezia
de
Valle
do
Peso,
do
referi
do concelho—
como
subsidio
de
casa
e
mo
bília
pela
junta
de
parochia.
Freguezia
da
Aldeia da Mata, do
mes
mo
concelho—
com
o
subsidio
de
casa
e
mobilia
pela
junta
de
garochia.
Freguezia
de
Monte
de
Pedra,
do
mes
mo concelho—
com o subsidio
de
casa,
mobilia
e
utensílios
pela camara
munici
pal
e junta
de
parochia.
Para o
sexo
feminino:
Freguezia
de
Santa Cruz,
concelho
de
Almodovar
—
com
o
subsidio
de
casa
e mobilia
pela
junta
de
parochia.
Freguezia
de Gafete,
concelho
do Cra
to
—
com o
subsidio
de
casa,
mobilia e uten
sílios
pela
camara
municipal e
junta
pa
rochia.
Movo»
horários.—
Foram
approva-
dos
os novos
horários
propostos
ao go-
veroo
pelos direclores
dos caminhos
de
feiro
do Minho e
Douro,
de
acordo
um
com o
outro,
para
o
serviço
durante
a
próxima
estação
do
verão, devendo
come
çar
a
ter vigor
no
dia 10
do
mez
d
’
abril
proximo.
As
horas
de partida
e
chegada
dos
com
boios
n.08 12,
3
e
4
não
soffrem
altera
ção. N’estes
dois
últimos estabelece-se
uma
paragem
de
um
minuto
nas
estações
de
Rio
Tinto,
S.
Romão
e Tadim.
O
comboio
n.°
5 mixto
partirá do Porto
ás
cinco
ho
ras
e
quarenta
e
quatro
minutos
da
tarde,
e
chegará
a
Braga
ás
sele
horas
e
quaren
ta e
nove minutos;
o
n.°
6
mixto
partirá
de
Braga
ás
seis horas
e
sete minutos
e
chegará
ao
Porto
ás
oito horas
e
dez mi
nutos.
O
comboyo 21 do
caminho
do
Douro,
partirá
do Porto
ás
sete
horas
e quaren
ta
e
cinco
minutos
da
manhã,
e chegará
a
Cahide
ás
nove horas
e
quarenta
e
oite
minutos;
o n.°
23
da
tarde
partirá do
Por
to
ás quatro
horas
e
trinta
minutos,
e
che
gará
a
Cahide
ás
seis
horas
e
cincoenta
e
seis
minutos; o
n.°
22
da
manhã
partirá
de
Cahide
ás
seis
horas
e
vinte
minutos,
e
chegará
ao
Porto
ás
oito
horas
e
vinte
e
sete
minutos;
e
o
n.°
24
da
tarde
partirá
de
Cahide
ás
quatro
horas
e
dezenove
mi
nutos
e
chegará
ao
Porto
ás
seis
horas
e
vime
e
cinco
minutos.
Os
comboios
22
do Douro
e
2
do
Mi
nho
reonem-se
em
Ermezinde,
e
forma
rão
um só comboio
até
ao
Porto.
Folhetim.
—
O
folhetim
que
vae
no
jornal d
’
hoje é
transcripto
da
«Verdade»,
excellente
jornal da
Ilha
da
Madeira.
Embirixaila japonezo.-------
E
’
pro
ximamente
esperada
em
Lisboa
uma em
baixada
japoneza,
que
de-ordem
do
go
verno
do
seu
paiz
vem
a
Portugal
nego
ciar
utn
tratamento
de
commercio
e
ami-
sade.
Nova imperatriz.—
No
parlamento
inglez
começou
no
dia
16
do
corrente
a
discussão
sobre a
proposta
que
concede
á
rainha
de Inglaterra
o
titulo
de
Impe
ratriz
das
Índias.
O
marquez de
Hartington,
chefe
do
partido
uhig
(progressista)
impugnou
pro-
jecto
dizendo:
«E
’
com
a
maior
repugnância
que
me
vejo
obrigado
a
propôr
uma
emenda,
Mas
é
do
dever
da
camara não
recuar
peran
te
a
discussão
das
questões
qoe foram
levantadas,
e
que
são
de
natureza
a
di-
ctar
alguma
perturbação
na
administração
e
ferir
de
certo
modo
os
sentimentos
e
o
affeclo
do
povo
inglez
para
com
o
so
berano.»
A
disqussão
tornou-se geral
e
a
final
o
projeclo
foi
votado
per 305 votos
con
tra
200.
E*
certo
que o povo
inglez
vê
com
maus
olhos
este
novo
titulo.
Os
inglezes
acceilam
a
realeza
com
o
titulo
de
rei;
mas
affigura-se-lhes
que o
titulo
de impe
rador
é
um
attenlado á liberdade
e
á
di
gnidade
dos
cidadãoa.
Para
elles,
impera
dos
é
synonimo
de
conquistado,
déspota
e
lyraorio.
Em
todo
o
caso,
temos
na
Europa
uma
nova
imperatriz,
e,
se
ella abdicar,
tere
mos mais
um
imperador.
A
empreza da exjjoaiçtí» de
Fhíludeiphia.—
A
emp<eza
da
exposi
ção de
Ptnladelphia
conta
cora
os
seguin
tes rendimentos: ■
—•Direito
exclusivo
da
publicação
e
veqda
do
catalogo
ciliciai;
concessão
de
terrenos
para
o
Hotel
Globo;
caminho
de
ferro
da
exposição,
restaurante
francez;
Lem
amaricano;
idetn
dos
irmãos
proven-
çaes;
idetn
alleraão;
idem israelita;
idem
de
Agricullurall Hall;
nove
cafés;
direi
tos sobre cada
barril
de
c
rveja;
vacca-
ria;
padaria;
de Vieona; direito
de
ven
der
chocolate
e
bolos;
direito
de venler
agua
de
soda;
manipulação
e
venda
de
tabaco
Virgínia;
idem
de
Havana;
banco
de
exposição
e caixa
de
soccorrós;
privi
legio
de
venda
do
guia
da
exposição;
ar
rendamento
de cadeiras; telégrafos,
foto
grafias,
cicerones,
interpretes,
salas
de
leitura
e
otitras
pequenas
industrias
Assueiaçãe»
operarias.—A
Ingla
terra
contra
1:400
associações
operarias,
com
500:000
socios.
Porto
limpo.—
Foi
declarado
limpo
de
febre amarelia
o
porto
do
Pará.
Macrobios.
—
Falleceu,
no
dia
22
de
fevereiro
findo,
na
freguezia
das
Agoas-
Virtuosas,
Maria
Migdalena,
com
126
an
nos
de
edade
e
no
completo
goso
de
suas
faculdades,
lendo
sido
confessada
e sacra
mentada
.
Ha
5
annos
falleceu,
n
’
aquela
fregue
zia,
sua
filha
Maria com
95
annos de
edade.
Deixou
Maria
Magdalena
9
filhos
e to
dos
em
completo
esiado
de
velhice.
Existe
no
baiiro
do
Sapé,
pouco
adian
te
da
fazenda
do
dr.
Paula
Teiedo,
Maria
Antooia
de
Jesus,
cora
103
annos
de
ida
de;
raciona
perfeitamenie
e
narra casos
antigos
com
muita
naturalidade.
Conta
que
casou
na idade
de 26
an
nos
com
o
portuguez
Roberto
Rodrigues
Ferro.
Viveu
em
estado
de
casada
48
an
nos,
e
está
viuva ha
29.
Na
povoação
do
Barro
província de
Pernambuco
falleceu
Josefa
Maria
de
Jesu«,
contando
110
annos!
M.
Deeazes.—
Um
engenheiro
fran-
cez
chamado
Despres
declarou
em
uma
reunião:
«No
dia
23
de
maio,
o
duque
Decazes
jogou
na
Bolsa
sobre
milhões
e
ganhou
sommas
fabulosas
servindo-se
dos
despachos
do
governo.»
Este
duque
é
ministro
dos
estrangei
ros
em
França
e
foi o
que
na
guerra
car
lista protegeu
os
affonsinos
a
bandeiras
des
pregadas.
O
duque
Decazes
chamou
Despres
aos
tribtinaes
que foi
condemnado
em
um mez
de
prisão e
trinta
e
seis
mil
réis
de mul
ta.
O tribunal condemneu
o
duque
De
cazes
nas
despezas
para com
o
estado,
salvo
o
seu
recurso
contra
Desprez.
Kevoltn
do mexieo e do Hai
ti.
—
New-York,
24.—
Os
insurgentes
me
xicanos
tomaram
Jalapa
e
occuparam
o
caminho
de
ferro
de Veracroz, Foi
pro
clamado o
estado
de
sitio
em Pnebla.
Tlascala
e
Varacrus.
O
gabinete
Washin
ton
vigia
os
movimentos
dos
insurgentes
mexicanos.
O ministro americano
no
Mé
xico
recebeu
ordem
para
empregar
os
seus
bons
oíficios
para
a
manutenção da
paz.
Um
despacho de
Port-au-Prince
diz
que
a
insurreição
do
Haiti
foi
batida
pelas
tropas
do
.-governo
e
que
os
insurgente
fugiram
em vapores
estrangeiros.
Outro
telegramma
recebido
posteriormenle
diz
que
se
confirma
a occupação
do
Jacmel
pelos
insurgentes,
e
que
o
governo
decre
ton
o
estado
de
sitio no
oriente e
meio-
dia
do
Haiti.
Eíesaustrea esn via«
ferreas. —
N
’estes últimos
dias
em. França,
por
mo
tivo
da
violência
das
tempestades
que
teem
estailado
em differentes pontos
d’
aqelle
paiz
registraram-se
bastantes
desastres
nas
vias ferreas, sem
qne
todavia
haja
a
la
mentar desgraças
de
vulto.
Naufragio.—Na
noite
do
dia
28
do
corrente
ao
penetar
no
porto
de
Gijon,
Hespanha,
a
harca
Elor
de Mayo
foi
envol
ta
pelas
ondas
e
despedaçada
contra
as
rochas.
Afogaram-se
dous marujos.
Sova
eaíerlral
cntholiea. — Vae
principiar
a
construir-se
brevemente
em
Londres
uma
catedral
catholica
que
terá
o
nome
de
Westmkster.
As
dimensões
do
novo
templo
serão
em
tudo
iguaes
ás
de
Nossa Senhora
de
Pariz.
Medirá
400
pés de
comprido.
144
de
largura
e
altura da
neve
será
de
130
pés.
Na
construcção da nova cathedral
se-
guir-se-ha
o
eslylo
original
inglez,
segunda
metade do
século
XIII.
As
despezas
d’
esta
grandioza
construc
ção
serão
pagas
com
o
producto
de
do
nativos
voluntários.
O
em
1110
cardeal
Manning
inscreveu-«e
no
principio
da
lista
da
subscripção
com
um
donativo
pessoal
de
réis
5:000$000.
independente
da somma
de
25:000^000
réis,
que
lhe
foi
confiada
por
outras
pes
soas,
para
o
designado
fim.
Entre
os
subseriptores contam-se
o
imperador
e
a
imperatriz
da
Áustria,
a
es-raiaha
Izabel
e
todos
os
personagnes
da
primeira
aristocracia
da
Inglaterra.
farluguesei
falleeidog.
—
De
28
de fevereiro
a
2
de
março,
falleram no
Rio de
Janeiro
os seguintes
portuguezes:
M-rnoel
Ferreira,
26
a.,
c.;
Domingos
Jorge,
52
a.,
c.; José
Maxitno,
34
a.,
ç.;
José
Rebello,
36
a.,
s.;
Manoel
Machado,
21 a.,
s.;
Manoel
Gonçalves,
20
a.,
s.;
Manoel
Dias
da
Costa,
16
a.,
s.;
Fran
cisco
Ferreira
Torres,
15
a.,
s.;
Ignacio
Moniz
Soares,
22
a.,
s.;
José
da
Silva
Lopes
Pereira,
54
a.,
s.;
Francisco
Go
mes,
45
a.,
s
.;
João
Alves.
5o
a.,
c.;
Angélica
Emilia,
64
a.,
c.;
Thomaz Cor-
reia
de
Sampaio
Mello,
39
a.,
c
;
Anto
nio
de
Sousa,
22
a.,
s.;
Maria
Philome-
tia,
26
a.,
c.;
Antonio
Baptista,
33
a.,
s.; Bernardmo
de
Faria,
18
a.,
s.;
Jo
sé
Ferreira,
22
a.,
s.,
Manoel
Joaquim
Gomes,
21
a.,
s.;
Antonio
da
Silva
Ar
eei,
45
a.,
s.;
Francisco Machado
Fagun
des,
36
a., s.;
Frederico
dos
Santos,
15
a.,
s.;
Antonio
da
Silva
Oliveira,
14
a.,
s.;
Joaquim
Emilia Raposo,
50*
a.,
s.;
Anna
Candida
de Araújo,
69
a.,
s.;
Do
mingos
José Alves, 40
a.,
s.;
Manoel
Luiz
da
Costa,
60
a.,
s.;
José
Ignacio
Turi,
56
a.,
s.;
Francisco
Cota
de
Mello,
47
a.,
s.;
Antonio
Vilela,
29
a.,
s.;
Albino
Lú
cio
de
Figueiredo Lima,
53 a.,
c.;
Maria
Isabel
Goncahes, 41 a
,
s.;
José
Antunes
Durante,
13
a.,
s^;'Manoel
José
Medeiros,
32
a.,
c.;
José
da
Rocha.
45
a.,
c.;
Joa
quim
da
Costa
Junqueira;
Eduardo
Au
gusto
Leite,
14
a.,
Francisco
de
Sousa
Mendes,
25
a.,
s.;
Augusto
Pinheiro
Duar
te, 24
a.,
s.;
Antonio
Gonçalves,
12
a.;
Antonio
Ridrigues
da
Silva,
23
a.,
s.;
João
Antonio
Dias,
17
a.,
Manoel
An
tónio
Lopes,
17
a,,
s.;
Manoel
Monteiro
Vaz,
26
a.,
s.;
Albano
Antunes
do An
drade, 22
a.,
s.;
Maria
de
Jesus, 45 a.,
v.;
Domingos
Dias
Nunes,
23
a.,
s.;
Maria
Soares
d’
Almeida, 20
a., s.;
An-
tooio
de
Sousa,
49
a.,
c.;
Manoel José
Rodrigues,
30
a.,
s.;
Maria
Joaquina
da
Silva,
26 a
,
s.;
Manoel
Rodrigues
Bar
ros,
15
a.,
s.;
João
Caetano
Feiteira.
26
a.,
c
;
Antonio
Marques
de
Oliveira,
24
a., c.,
Domingos
Ferreira
da
Cunha,
40
a.,
c ; Manoel
Furtado,
40
a.,
c.;
Anto
nio
Marques
da
Rocha,
64 a., c.;
José
Joaquim
Cabral,
42
a.,
c.;
Antonio
da
Assumpção
Araújo,
34
a.,
s.;
Antonio
José
da
Silva,
25
a.,
s.;
Victor
Rodri
gues, 17
a.,
s.;
Antonio Euzebio
Meodes
Pereira,
21
a.,
s.;
Joaquim
José Duarte,
29
a.,
s.;
Vicente
Marques
d
’
Oliveira,
16
a.,
s.,
Bernardo
Correia
Lameiro;
Miguel
Dias
Ribeiro,
25
a.,
s.;
Maria
Amalia
de
Andrade.
30
a.,
c.;
Francisco
Ribeiro
Luzia,
33
a.,
c.;
Manoel
Moreira
Affonso,
35
a.,
c.
—Pernambuco
de
27
de
fevereiro
a
7
de
março
falleceram os
seguintes
porlu-
guezes
Manoel
José
Tavares, 85 a.;
José
Saturnino,
15
a.;
Manoel
Fernandes
do
Rego,
17
a;
Antonio
Vianna
do Carmo,
28
a;
Plácido
Baptista
Pereira,
23
a;
Joa
quim
José
Brito,
25
a;
José
de
Sousa
Teixeira,
60
a;
Ignacio
Fernandes
Torres,
25
a.
A’
caridade publica.—
Imploramos
a
caridade
publica para
uma infeliz mu
lher,
que
se
acha
com
uma
doença
que
a
impossibilita de
prover
á
sua subsistência
e
muito
avançada
em
annos.
Mora
na
Tra
vessa
de
S. Vicente,
n.
’
4.
UtTIMDS
TFI^EGRAMMAS BA
ACIiHCIA
MAVA8
MADRID
24.
—O
ministro
da fasenda,
Salaverria,
informou
favoravelmente
o
pro-
jecto
de
tratado
de
commercio
e
navega
ção entre a
llispanha
e
Dinamarca.
O
visconde
de
Negrellos
e
Eugênio
Masca-
renhas
deram
um
banquete
a
vários
seus
amigos
hispanhoes.
Regressam
a
Lisboa
no
domingo.
O
caminho de
ferro
de
Madrid
a Irun
á
recebe mercadorias
para
a
grande
velo
cidade.
Na
segunda-feira
próxima
será
apre
sentado
ás
côrtes
o
projecto de
consti
tuição.
Os
artigos
relativos
ao
rei
e
á
monarchia
não
serão
discutidos.
O
príncipe
de GortschakoíJ e
o conde
de
Andiassy
foram
agraciados
com
o
titulo
de
grandes
de
Hispauha
LONDRES
25.
—
D.
Carlos visitou
hon
tem
o
arsenal
de
Wolwich.
As auctorida-
des
procuraram
cuidadosamente
evitar
qual
quer
honra que
podesse
indicar
reconhe
cimento
das
suas
prelenções
regias.
NEW-YORK. 24.—Os
insurgentes
me
xicanos
tomaram Jalapa
e
occuparam o
caminho
de
ferro
de
Veracroz
Foi
procla
mado
o estado
de
sitio
em
Puebla,
Fias-
cala
e
Veracroz.
O
gabinete
de
Washin
gton
vigia
os
movimentos
dos insurgentes
mexicanos. O
ministro
americano
no Mé
xico
recebeu
ordem
para
empregar
os
seus
bous
ofiicios
para
a
manutenção
da
paz.
Um
despacho
de
Port-au
Prince
diz
que
a
insurreição
do
Haiti
fui
batida pelas tro
pas
do
governo
e
que os
insurgentes
fu
giram
em
vapores
estrangeiros.
Outro
telegramma
recebido
posterior-
mente
diz
que
se
confirma
a
occupação
de
Jaemel
pelos
insurgentes,
e
que
o
go
verno
decretou
o
estado
de
sitio
no
oriente
e meiodia
do
Haiti.
SUEZ
25.
—
Chegou
aqui
o
príncipe
de
Galles
e
partiu
para
o
Cairo.
MADRID
26.
—Provavelmente
Salaver
ria
apresentará
o
orçamento
ás
côrtes
no
meado
da
próxima semana,
logo
depois
da
apresentação
do
projecto
da
constituição.
O
congresso
nomeaiá
uma
commissão
para
indicar
os
artigos
discutíveis
e
aquelles.
que
oão
admittem
discussão.
O governo
vae
enviar
nos
mezes
de
abril
e
maio
mais
1:006
homens
de
reforço
para as
ilhas
Phiiippinas.
—
Canovas
leu
no
congresso um
pro
jecto
de
constituição,
em
tudo
igual
ao
elaborado
pela
commissão
dos
notáveis,
e
declarou
que
o
governo
tem
o
direito
de
iniciativa
em similhaotes
casos; lambem
leu
um decreto
real, auclorisaudo
o go
verno
a
submetler
ás
côrtes
as
leis
con-
stitucionaes.
Dois
deputados requereram
que
se
celebrassem traclados
de
commer
cio
com
o
Chili,
Perú
e Columbia.
O
de
putado
Emilio
Santos
pediu
a
Salaverria
que
apresentasse no congresso
um balanço
das
dividas
e
recursos
da
flispanha,
das
operações
da
divida
flucluante
e
da liqui
dação
geral
das
contas
do Estado.
No
senado
continúa
a
discussão da
resposta
ao
discurso
da
coroa,
sobretudo ácerca
da
questão
da
tolerância
religiosa.
EXPEDIENTE
DA
ADHIN 1ST8A-
çAo.
Rogamos
a lodos
os
nossos
assignan-
tes
em divida de
suas
assignaluras,
o
fa
vor
de
mandarem o
quanto
antes
salisfa-
zel-as,
pois
cora o
atraso
era
que
alguns
se
acham
nos
causam
grandes
enbaraços,
aquelles
aonde
não
temos
corresponden
tes,
podem
fazel-o
por
meio
de
casas ban
carias
ou
vales do
correio.
Os
nossos
correspondentes
nas
seguin
tes localidades são
:
Lisboa,
o
revd.
0
snr.
José
Feliciano
Coelho
dos
Reis
—
Hospício
do
Sacramento.
Porlo,
o snr.
José
Carlos
das
Neves
—
rua
das
Flores.
Vianna
do
Caslello,
o
snr.
Francisco
José
d
’
Araujo
Júnior.
Guimarães,
o snr.
José
Antonio
Tei
xeira
de
Freitas—
Livraria Internacional,
a
S.
Damaso.
Covilhã,
o
snr.
Luiz
Antonio
de
Car
valho.
Todos
estes
snrs.
estão
munidos
de
recibos
devidamente
assignados.
Ãssignaluras
recebidas
Castro
Daire.
—
Revd.
0
reitor
de
Mou
ra
Morta,
até
19
de
setembro
de
1876.
Mangualde.—
Padre
João
Lopes
de
Le
mos,
até
24
de
março
de
1876.
—
Padre
José
de
Mello,
até
24
de
março
de
1876.
—Padre
Joaquim Dias
de
Andrade,
até
19
de
março
de
1876.
Cabeceiras
de
Basto.
—
Francisco
B.
Car
valho
e
Almeida,
alé
19
de
março
de
1876.
Chaves
(Boticas).
—
Domingos
José Fer
nandes,
até 31
de
dezembro de
1876.
Anadia
—
Joaquim
Pedro
Nolasco,
alé
19
de março
de
18.76.
Leiria
(Colmeias)..-
—
Padre
Manoel
Fer
reira
de
S.
João
de
Deus,
até
19
de
março
de
1876.
ANNUNCIQS.,
Venda
de bens de raiz em
S. Thia-
go
de
Carreiras, concelho
de
Villa
Verde.
No
dia
26 do
proximo
mez
d
’
Abril, ao
meio
dia,
no
adro da
egreja
parochial de
S.
Thiago
de
Carreiras
do
concelho
de
Villa Verde,
tem de
arrematar-se
o
campo
do Rio,
o
campo
do
Arieiro,
e
a
leira
da
HOHENZOLLERN...
3:106
tonel
HOHENSTAUFEN...
3:100
>•
HAPSBURG...
3:100
tonel.
SALIER..
......
3:100
>
Carreirn
mensal
Para
Pernambuco,
Bahia,
Bio
de
Janeiro,
Montevideu
e
Buenos-Ayres
O
segundo paquete
d
’esla Companhia
a
sabir
t/esta
nova
carreira
é
o «Salíer»
de
3:100
lonelladas
de
Lisboa
etn
10 d
’
abril
para
os
portos
acima
mencionados.
Estes paquetes
já
tão
acreditados
na
caireira
que
a Companhia
tem
sustenta
do
durante
alguns
annos entre Bremen
e
Nova-York,
vão
tendo
em
Portugal
a
pro-
tecção
que
merecem,
pois
leem
os
mais modernos aperfeiçoamentos e
explendidas
ac-
cotnmodações
para
passageiros
de todas
as
classes.
Estão já
coulractados
cosinheiros
e
criados
portuguezes para
estes
paquetes.
A
bordo
de
cada
paquete
ha um
medico
que
é
obrigado
a
prestar
seus
serviços
gra-
tuitamenle
aos
snrs. passageiros,
assim
como
são
fornecidos
todos
os
medicamentos
necessários.
Quaesquer
informações
ou
bilhetes
de
passagens
podem
obter-se
dos agentes
Eaweg
Jte
C.
a
,
rua
de
S.
Francisco n.° 4, 2
° andar—Porlo—e
em
Braga
ao
agente
Ricardo
Malheiro
Dias,
na lhesouraria
do
Banco
Mercantil,
ou
largo
de
8.
Miguel
O
Anjo
n.°
20.
(6»)
LLOTD BK
HKEMEN
NORDDEUTSCHER
LLOYU
Veiga,
situados
na
mesma
freguezia,
e
per
tencentes
ao
casal
em
liquidação do
falleci-
do
exc
mo
Manoel
de
Magalhães
d
’Araujo
Pimentel.
isto
por deliberação
da
commis
são
liquidataria
do
mesmo
casal.
Braga
29
de
Março de 1876.
Henrique
Freire
de Andrade
Manoel
Luiz Ferreira
Braga
João
Evangelista
de
Sousa Torres
e
Almeida.
(3058)
VINHO
Vende-se
o
vinho da
adega
da
quinta
de
Real
em
S.
Jeronimo.
Quem
o
preten
der
póle
dirigir-se
á
mesma
quinta.
(3059)
VENDA
DE PROPRIEDADES
No
dia oito
do
proximo
abril
pelo
meio
dia
na
casa
numero
29
do
Campo
de
D.
Luiz
l.°,
tem
de
arrematar-se
as
quinta-
ditas
de
Santo
Adrião,
a
Ja Picota, eada
Ribeira
e
suas
pertenças
sitas
nos
subúr
bios
d’
esta
cidade
e
freguezia
de
S.
La-
zaro;
a
quinta
de
Paços
e
suas
perten
ças,
sita
na freguezia de
S
Victor
;
e
a
casa
n.°
48
do
campo
de
SanCAnna;
per
tencentes
ao
casal
do
fallecido
exc.
mo
Manoel
de
Magalhães
de
Araújo
Pirnentel
;
e
isto
por
deliberação
da
Commissão
li
quidatária
do
mesmo
casal.
Braga
26
de Março de 1876.
Henrique
Freire
de
Andrade
(3048)
Manoel
Luiz
Ferreira Braga
João
Evangelista
de
Sousa
Torres e Almeida.
ÃRMÕÕÍ
João
Baptista
Ribeiro
56—rua Nova—56
Participa
aos
seus
amigos
e
freguezes
que
o
seu
estabelecimento
se
acha
augmen-
tado,
cora grande
porção
de
damascos para
forrar
egrejas,
cortinas
bordadas,
etc.
Riquíssimos
vestidos
para anjos,
em nu
mero
muito abundante;
o
mesmo
em
corti
nados
pretos
para
enterros,
lendo
para
os
mesmos
um
dos
melhores
carros
funerá
rios.
Faz caixões
e hábitos
de
todos
os
preços,
seja
o
mais
rico
que
lhe
queiram
encommendar,
promptifieando-se
como
é
do
seu
costume,
a
desempenhar
tudo
o me
lhor
possível
e
por preços
muito
baratos.
No.
mesmo estabelecimento
se
vende
uma
eça
com
tudo
que
lhe
pertence,
em
muito
bom
estado
(3037)
Vende-se
na
Povoa
de
Lanhoso
e lo
gar
d
’Arrifana
o
casal
denominado
d’
«Alem»
com todas
as
suas
pertenças,
livre
de
fôro
ou
penção.
Dirigir-se ao
proprietário
alli,
ou
nos Chãos
de
Baixo,
n.° 6.
(3655)
&
WMili.U
NA
QUINTA DE RORIZ
PORTO
I
J0<T
I.
FERREIRS
RORIZ
FORNECEDOR
DA
CASA REAL
DEPOSITO CENTRAL, RUA DAS
FLORES,
35
37
E
39
0
proprietário
annuncia
aos
seus freguezes,
e
ao
publico,
que
em
todo
o
sabão
fabricado
na
sua
fabri
ca,
e
que
na
mesma
se
vender,
ou
no
Deposito
©en
trai,
se
fará
o
desconto
de
6
por
cento
sobre
os
pre
ços
estabelecidos,
de
uma
caixa para
cima.
Satisfaz-se
com
promptidão
qualquer
pedido qne seja
feito
do
di
to genero,
tanto
d
’
esta
cidade
como
das
províncias
e
se
garante
a sua
boa qualidade.
Quem
vier
a esta
redação
declarar o
nome e
naturalidade
do indivíduo
que
no
dia
13
do
eoirrinte, junto
á
estação do
Pinheiro,
do
caminho
de
ferio
do
Minho,
em
Campanhã, foi
apontado
de
ler
apa
nhado
um
porte monei
com
uma
quantia
superior
a
2005000
rs., receberá
uma
boa
gratificação.
(3
’
!
43)
SEM
COMPETIDOR
EM
PREÇOS
CHAPELARIA
BRACAREiVSE
m&ia
44
—
Hui» do
Souto
(meio
da
rua)—
44
Este
estabelecimento
acaba
de
receber
um
variadíssimo
sortimento
de
chapeos
de
seda
e
de
feltro
ou castor, pata homem e
menino
;
bonets
para
ditos,
de
seda, casi
mira
e
móntagnac.
Também
fabrica,
concer
ta
e
põe
á
moda
todo
o
chapeo
que
disso
seja
susceplivel.
O
annuncianle
convida
o
respeitável
pu
blico
a
certificar-se
do
que
avança.
(2996)
Vende-se
uma
morada
de
casas
si
tuada
na rua
da
Ponte,
com
o
n.°
91.
Vê-se
das
3
ás4
da
tarde.
Quem
a pertender falle
com
Anlonio
dos
Sanios
de
Azevedo
Magalhães.
(2981)
PORTO
3-BUA DAS
FLOKES-1,3
(
junto
ã
egreja
da
misericórdia
)
COUtPRA E
VENDE
IraaeripçSeg de assentamento
Ditas
de cou|iona
Ditas de
divida
externa
Titulos
hispanhoes
internos
Ditos
externos
Coupong
dos ditos já veueidos.
so-
&3r Sacca,
loma
letras
e
dá
cartas
de
credito
bre
Lisboa
e
diversas
praças
estrangeiras,
e se
encar
rega
de
compra e
venda
de
titulos
de
divida
publica
nas
mesmas praças.
PRIMEIRA
E AKTIGA
CASA
FELIZ
1
£»OKTC>
1
-
RUA
DAS
FLORES
- 3
(
junta
ã
egraja
DA
misericórdia
)
SOME
GEAMDE
■■
>
—
S.OOOjOOO
Uoteria da Santa Casa da Misericórdia de
Iiisboa
Extracção
a
31
de
Março
JOSÊ
IGNACIO
FERREIRA RORIZ
AFIANÇADO
NO GOVERNO
CIVIL DO
PORTO, NA
CONFOR-
M1DADE
DO EDITAL DE 28
DE JULHO DE
1860
Tem
á
venda
no
seu
estabelecimento
bilhetes
intei- Mj
ros
a
55000
rs.
—Meios
ditos,
a
25600—
Quartos,
a
15300—
Oitavos,
a
680
—
Cautellas
de
500,
250
e
130
rs.
O
mesmo
satisfaz
com
promptidão
todas
e qnaesquer
««
encommendas
que
lhe sejam
feitas
das
províncias, aiu-
da
que
sejam
em
grande
quantidade,
e
vindo
acompa-
nha'das
do
seu
importe
em
vales
dos
correio ; e
no
fim
da
exlracção
remetle a
lista
dos
prémios
aos
seus
freguezes,
mas
quando
a
oão
recebam
em
tempo
cótn-
pelente
lerão
a
bondade
de
a
requisitar.
(8*)
%
IIÂBILI
l
’
Õ
LOTOifi
O
EM SÉRIES DE 6,12, OU 24 LOTERIAS
(SUCCESSIVAS
OU ALTERADAS)
lourenço
Marques
d
’
Aímeida, desejando
satisfazer
o
desejo
d
’
alguns
dos
nu
merosos
e
muito estimáveis
freguezes
do
seu
estabelecimento,
deliberou abrir
esta
secção
d
’
entiadas,
que
já,
pela
reducção
dos
preços,
já
pela
commodidade
de
poder
qualquer
habilitar-se,
sem
mais
ter
d
’
encommodar-se,
é de summa vantagem
para
os
amadores do
jogo
da
Loteria.
Recebe
ainda
assignaturas,
para
o
que remetle
as listas de
subscripção
e mais
inslrucções,
a quem
as
pedir.
As
requisições
devem
ser
dirigidas
a
LOIRE.VÇ9
MARQUES
D ALTtESDA-Hua das Flores, n.° li«-PORTO.
OS
PREÇOS DENTEADA,
SÃO
OS
SEGUINTES:
SÉRIES
DE
6 LUTERI
tS
SÉRIES
DE
12
LOTERIAS
Preços
de
entradas
com
direito
a
Preços
de
entradas com
direito
a
1
cautella
de
600
réis
35550
I
cautella de
600
rs.
75000
1
decimo
de
15350
réis
85600
1 decimo de
15350
rs.
15$600
1 quinto
de
25600
rs.
155100
1
quinto
de
25600
rs.
305500
‘
/
2
bilh. de
65500
rs.
385600
4
/
2
bilh
de
65500
rs.
77-5000
1
bilh.
de
135000
rs.
775000 1
bilh.
de
135O00
rs. 1525000
SÉRIES
DE
24
LOTERIAS
Preços
de
entradas
com
direito
a
1
cautella
de
600
rs.
135800
1
decimo
de
15350
rs.
315000
1
quinto
de
256OO
rs. 605000
'/
2
bilh.
de
65500
rs.
15^
’
5000
1
bilh.
de
135000
rs.
3005000
Assim,
a
sér'e
de
6
loterias,
sendo
successiva,
terminará
em
2
mezes;
sendo
alterada,
póde
prolongar-se
a
3
ou
6
mezes.
A
séne
de
12
loterias,
sendo
successiva,
terminará
em
4
mezes
;
alterada,
póde
prolongar-se
a
6
ou
12
mezes.
A série
de
24
loterias,
sendo
successiva,
terminará
em
8
mezes;
alterada,
póde
prolongar-se
a
12
ou
24
mezes.
HABILITAÇÃO
EM
NUMEROS CERTOS
OU VARIAVEIS
A
habilitação
póde
ser
em
numeros certos
ou variáveis,
isto é,
póde
9
subscriplor
jogar
no
mesmo
numero
em
iodas
as
loterias,
como
póde
em
cada
uma
d
’
ellas
jogar
com
numero
diflerente.
Em
qualquer
dos
casos,
receberá opportunamente,
em
todas
as
loterias
respecti-
vas, a fracção
ou
bilhete
correspondente
á
sua
entrada.
A
todos
os
Snrs.
que
subscreverem
para
a
HABILITAÇÃO
LOTERICA, será
opportunamente
enviado
como
brinde,
um
apparatoso
folheto,
nitidamente
impres
so, contendo
a
relação
completa'
de
todos
os
numeros
que
desde
a
abertura
d
’
este
es
tabelecimento
(julho
de
1872)
até
ao
fim
do
corrente
anno,
n
’elle
sahiram
premiados
com
prémios
superiores
á
quantia
de
1005000
réis,
os
quaes
entre
si formam
uma
importante
collecção.
Conterá
além
d’
isto 0
mesmo
folheto
0
calendário
para
0
anno
de 1876;
a
tabella
dos
portes
do
correio,
lei
do
sello
;e
horário dos
Caminhos
de Ferro
do
Mi
nho,
bem
como
outras
varias
annoiações
d’
utilidade.
Eeanainiea
pinborista
Sociedade
anonyma
de
responsabilidade
limitada
capital
.
.
.
. 500:0005000
Ru?
Nova
de
Sousa
n.°
9
HKAC1A.
Deu
principio
ás
suas
operações
no
dia
l.°
de
março,
empresta dinheiro
sobre
ouro,
prata,
joas,
papeis
de
credito,
cereaes, rou
pas,
moveis,
ferramentas,
finalmente
sobre
todo
e
qualquer
cbjecto
de
valor.
Recebe
pequenas quantias
em
deposito
a
praso
ou
á
ordem,
abonando
juros
aos
depositantes.
Estará aberta
todos
os
dias
inclusivé os sanclificados
desde
as
9
ho
ras
da
manhã, até ás
10
da noite.
DO
ALTO
DOURO'
BA ©ASA. DE VILLA iPDUCA
RUA
DO
SOUTO
N.°
15
—
Braga.
N
’
este
armazém
se
encontram
a
retalho
as
seguintes
qualidades
de
vinhos enga-
rrafados
:
Vinho
tinto
de
meza.
(sem
garrafa)
150
>
»
> » .
190
»
Lagrima
....
200
>
Branco
de
meza........................
210
tinto
de
meza
fino.
.
.
.
270
»
de
prova
secca. .
.
.
.
300
/)
Malvasia
de
2.
a
.
360
»
velho.........................
400
Malvasia,
Bastardo
e
Moscatel
a
500
»
Roncão
.........................
•
.
700
Alvaralhão
........................
560
»
Velho
de
1854
.
.
600
»
a
retalho
para meza 50
e
80,
0
quartilho tinto,
e branco
120.
Responde-se
e
garanie-se
a
pureza
e
boa
qualidade
de
todos
estes
vinhos,
po
dendo
todo
e
qualquer
consumidor
man-
dal-o
experimentar
por
meio
de
qualquer
processo
chytnico.
(N*)
A.
fiíBíIBO
Campo
de D. laiiz a, n.° 1
(entrada
da
rua
dos
Capellistas)
Grande
sortimento
de
failes
pretos
para
a Semana
Santa
:
Merinos
pretos, alpacas
pretas,
véos
pre
tos
de
seda,
livros
de
missa, e
muitos outros
artigos
proprios do seu estabelecimento.
Preços
sem
competência.
braga
:
typographia
lusitana
—
1876.