comerciominho_06111879_1006.xml
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Parte de N.º 1006 de 06/11/1879
- conteúdo
-
fOri l líLV E
ra<*rT>4CI«»!S..lL-
REDACTORES
—
D. Migue! Sollo-Mayor e Dr. Cuslcdio Velloso.
7.°
anno
PREÇO
DA ASSIGNATURA
12niezer,
com
estampilha.
.
.
2&000
12
mezes, sem
estampilha
.
.
làfiOO
Brazil,
12
mezes,
moeda
forte. .
3^600
Folha
avulso
...............................
10
PUBLIGA-SE
ÁS TERÇAS.
QUINTAS E SABBADOS.
PUBLICAÇÕES
Correspondências
partic. cadg
linha
40
Annuncios
cada
linha
.....................
20
Repetição.....................................
10
N.° 1:006
I Assignantes,
20
p,
c. d
’
abatimento
SEZSLll*
8E
XX»
R EI 2WTT
S?
Toda
a correspondência
deve
ser
remettida,
franca de porte,
á
administração
do jornal—O
«Commercio
do Minho», rua No
va,
n.° 4.
—
a—an»
ii
ui
i
fww
n»jn
M
r»T
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ni
rrv
mTw»-Tiininiiri
~
h
—
hi
i
m
—
i
r
mi
&«*&&&
QUiNTA-FEIRA
6
BE
NOVEMBRO DE 1879
O
telegrapho transmiltia-nos
recente
mente
as
seguintes
noticias,
sobre
que
chamamos
a
attenção
dos
nossos leitores:
«Os
jornaes
republicanos
estão
muito
irritados
com
a
recepção
feita
a
D.
Car
los
pelo
commandante
da
escola
de
Sau-
mur».
«A
«Republique
Française»
exige
que
o
commandante
seja
severamente castiga
do.
O
«Voltaire»
pede
a
expulsão de
D.
Carlos».
«O
ministro
demiitiu
o tenente
dos
bombeiros
de Vernantes
por
ter
assistido
com
a
sua brigada,
de grande
uniforme,
e
com
armas,
á
recepção
de
D.
Carlos
no
Chaleau
de
Jalesmes».
Porque
será
esta
raiva
ferina
do
re
publicanismo
francez
e
dos
jornaes
mais
hostis
á
causa
catholica,
contra
o
snr.
D.
Carlos
de
Bourbon?
Não é
necessária
grande penetração
para
perceber
os
motivos,
que
determinam
o
odio
votado
pela
Revolução ao
repre
sentante
legitimo
da
realeza
em Hespanha.
O
que
acaba
de
passar-se
em França
faz-nos recordar do que
em
1875
escre
via
a
«Ctviliá
Cattolica»,
«Depois
do
Papa
Pio
IX—
dizia
a
fa
mosa
revista itdiana—não
ha
no
mundo
outro
homem
que
tfesles
últimos
annos
tenha
sido
mais
honrado
e
glorificado
pe
las
iras e
vilipêndios
da
Revolução,
do
que
Carlos VII....
E
não
se
pense
que
a
Revolução
haja somente
atiçado
contra
elle
a
arraia-miuda
dos
seus
jornaes.
Ao
ruido
atroador
das
contumelias
e
calum-
mas
d
’estes,
tem
ella
juntado
as mentiras
e
imposturas
das
agencias
telegraphicas
da
Europa,
e
depois
os manejos
de
uma
diplomacia
dolosa
e
sem
pndôr....
e
por
ultimo as
mais
cruéis
ameaças
e
os
actos*
da
mais
feroz
hostilidade,
como
se
se
tratasse
de cercar
e
desarmar
um pertur
bador
da
paz
europèa,
um
publico
inimi
go
do
genero
humano».
Tratando
de
explicar
o
motivo d
’
este
odio
mortal
da
Revolução
contra
D.
Car
los, a
«Civiltá»
acerescenta:
«A
seita,
omnipotente
em
quasi
todos
os
Estados,
conheceu
que,
assim
como
o
Pontífice, no
seu
Syllabo,
tinha indicado
o
codigo
da
restauração
dos
povos
cbri-
slãos,
por
ella
arrastados á
barbaria
mo
derna,
assim
lambem
D. Carlos
podia
bem
ser
o
homem
que,
doei!
ao
Vigário
de
Jesus
Christo,
levantasse
o
povo
hespa-
nhol á
altura
n
’
este
codigo
indicada,
e
com
isto
désse
impulso a
um
movimento
de
salutar
reacção,
que
libertasse
a
Eu
ropa
das
cadeias
e
do
jugo
da
infame
escravidão
revolucionaria.
Nem,
até
ao
presente, este
furor
se
ha
nem
levemenle\
mitigado
».
O
recente
procedimento
d
>
governo
e ;
do
jornalismo
republicano
de
França
com
relação
ao
snr.
D. Carlos,
mostra
que
as
j
palavras,
que
deixamos sublinhadas,
são
ainda
hoje a
tiel
expressão da verdade.
U
príncipe,
vencido
pela
força dos
acon
tecimentos,
hoje
sem
soldados
e
pizando
o
solo
estrangeiro,
é
ainda
um
peztdelo
terrível
para
a Revolução, que
continua
a
ver
n’
elle
um
dos
seus
mais temíveis
adversários,
e
na
sua
asceução
ao
throno
de
Hespanha
o
unico
meio
de estabelecer
alli
um
regímen
verdadeiramenle
catho-
lico.
O
que
mais
admira porém,
no
meio
de
tudo
isto, é
que
ao
lado
dos
revolu
cionários
e
dos
seus
jornaes
mais
avan
çados
se
vão
enfileirar,
n
’
esta
campanha
obstinada
contra D.
Carlos
VII,
homens
que
se
dizem
catholicos
sem
mescla,
hes-
panhoes
que
aílirmam
interessar
se
pela
restauração
de
um
governo
puramente
ca
lholico e
estável na
sua
patria.
e jornaes.
que
se
inculcam
como
propugnadores
de
uma
política
unicamente
baseada
sobre
os
princípios
da
religião
christã
!
E
contrista
realmente
ver
como
esses
homens
e
esses
jornaes,
não
só
não
re-
geitam
a
camaradagem,
mas
até
empu
nliam
as mesmas
armas
dos
revolucioná
rios,
vibrando
contra
o
snr.
D.
Carlos
os
tiros
da
detraeção
e
da
mentira,
procuran
do
desacredital-o
por
todos
os
modos
no
conceito
da
Europa
e
do
mundo,
e
dan
do,
pelo
contrario,
um falso
relévo
aos
actos
do governo
de
D. Affonso,
a
quem
a
Revolução
odeia
—
se
odeia—
incompara
velmente
menos,
do
que a
seu
primo
!
Ha
aqui
um
mysterio.
que fugimos
de
sondar,
mas
que não
póde
deixar
de
ser
bem
negro;
bem
triste,
bem
desconsola-
dor
e
lamentável.
Quizeramos
não
ouvir,
n
’esle concerto
de
impropérios
e
de
ultrages
contra um
príncipe,
que
os orgãos
mais
respeitáveis
da
imprensa
catholica
da
Europa
leem
saudado
com
verdadeiro
enlhusiasmo,
as
vozes
de
alguns
homens,
cujos
protestos
de
horror
contra
tudo
quanto
provém da
Revolução
havemos
tão
repetidas
vezes
escutado.
Mas
o
facto
dá-se
infelizmente;
a
con-
tradicção,
tão
flagrante
como
inexplicável,
vem
ferir os nossos
olhos
e
immergtr-nos
em
um
pélago
de
conjecturas
e
de
apre-
hensões!...
E
quando
vemos
assim
o
leão
osculando
a
cabra, os
filhos
de
Deus
aco
tovelando
os
filhos de
Belial
na
mesma
empreza
de
desacreditar
e
de
infamar
o,
homem,
a
quem a
Revolução
odeia
e
persegue
sem
tréguas......
mal
podemos
!
exprimir
o
que
sentimos;
e
preferimos
dei
I
xar
que
os
leitores,
á
vista
dos
dados que!
acabamos
de
offerecer-lhes,
sintam
e
pen
sem
também
como
quizerem.
D.
M. s.
O snr.
Camillo Caatello-Brísnco
e
o «eu
frustrado
duello.
Em
vários
jornaes
se
dizia
ainda
ha
poucos
dias,
e
até
com
ares
d«
lamen
tação,
que
entre
o
festejado
romancista
e o
snr.
Cypriano
Jardim, havia
uma
pendencia
d
’
honra,
a
que
só
o
duello
po
ria perpetuo
silencio;
e
na verdade
en
tristeceu
nos
similhante
noticia.
Comtudo
não
nos
surprehendeu,
por
ser
moda
da
epocha
a
resolução
tomada
entre
aquelles
dous cavalheiros,
de
se
baterem
em
duello
para
desaffronlarem
a
sua
honra
oífendida,
ou
o
seu
orgulho
melindado.
Passados
que
foram
alguns
dias,
lê-
mos.
com
prazer,
que
a
pendencia
ha
via
sido
resolvida
de fôrma
tal, que
o
projectado
duello
desappareceu,
e
a
hon
ra d’aquelles
dotis
personagens
ficou
illi-
bada,
branca
e
pura
como uma
açucena
do
valle.
Esta
alegre
noticia,
vem
inser
ia em
um communicado
do
«Primeiro
de
Janeiro»
n.°
21-8
de
24
de
outubro
ulti
mo, e
é firmada
pelos
snrs.
Gerardo Pe-
ry,
Abílio
da Costa
Lobo, Visconde
de
Moreira
de
Rey e
Anlbero
do
Quenlal,
tes
imuuhas
a
quem
havia
sido
commel-
lida
a alta missão
de
resolverem,
e
as
sentarem o
modo
de
se
desaggravarem
aquelles
dous
cavalheiros,
os
snrs.
Camil-
lo
Castello
Branco,
e
Cypriano
Jardim.
Como
catholicos e
legilimistas,
porém,
não
podemos
deixar passar
desapercebido
aquelle
memorável
documento—
o
commu
nicado—
que
revela
d
’
um modo
evidente
e
claro,
quanto
o
homem
anda
tresrna-
lliado
e
perdido
da
senda que
devia
tri
lhar.
Senão
vejamos:
Diz-se
alli
que,
«constituídos
em
tri-
FOLHETIM
Comquanto
fosse
sereno
o
dia
e
cer
teiro
o
vento,
receiamos
que não
fossem
dos
mais
práticos
em
tal
mister
os
guar
das aduaneiros,
que
nos
guiavam
o
frágil
bitel
na
passagem
do
rio
pira
Tuy,
e
fizemos
por isso descer
a
vela
que
em
meia
corrente
começava
a
zombar
da
in
experiência
d’
elles.
Fosse
medo
ou
pru
dência
passámos
afloilos,
gosando
com
vagj^r
(e
já
isso
valeu
a
pena
da
demo
ra)
a
encantadora
perapectiva,
que
em
largo
espaço
se estende
para
todos
os
la
dos.
Tuy
pareceu-nos
de
pouca
importân
cia,
comquanto
seja
larga
e
arborisada
a
sua
principal
rua
ou praça,
e
mereça
ver
se
a
cathedral
pela
sua
antiquíssima
e
pesada
archilecliira.
Como o
de
Badajoz,
o
templo
é
escuro,
e
tem
trez
naves.
Na
do
centro,
em
meio
do
corpo
da
egre-
ja,
formando
vasto
recinto,
está
o
famoso
coro.
O hotel,
em
que
pousámos,
é
con
fortável.
e
sua
meza
simples
e
aceiada.
A
via
ferrea
de
Vigo
passa
a
alguma
distancia
de
Tuy.
Em
vez
de procurarmos
o
comboio
na
estaçao,
que
tomou
o
nome
da
cidade, levaram-nos
em
trem
do
me
smo
modo
do
de
Valença
a
um
apeadou-
ro,
onde
sem
abrigo
tem o
triste
viajante
de
’
esperar
a
pé
quedo,
e exposto
á
in
clemência
do
tempo
a
chegada
do
com
boio.
Todo
o
paiz
até
Vigo
é
agradavel:
campos
e
casaes
d
um
e
outro
lado
da
linha,
fechando
o
quadro
montanhas
como
as
que desde
Ponte do
Lima
formam
o
lescuro
do formoso
painel.
A
’
quella
hora
VUGEXS
XO MIM)
E
XO
DOURO.
fConclusão)
Fclizmenle
chegámos
sem
costella
par
tida;
e
quando
estávamos
resignadoí
aos;
incommodos naluraes
d
’
uma
estalagem
das
j
que
pelas
nossas
províncias
ainda
resistem
aos
hábitos
da
moderna
civilisação, en
contrámos
nos
suburbios
da
praça
viven
da
formosa, luxuosa
hospedagem,
compa
nhia
excellente,
e,
o
que
vale
mais que
tudo,
boa
e
sincera
vontade. Foi agra-
davei
surpreza
d
’
um
cavalheiro, a quem
havíamos
encarregado
de
arranjar
o
me
nos
mau que
encontrasse
em
Valença
para
uma
noite
mal
dormida.
E
dobrada
ra
zão
para agradecimento,
porque depois
soubemos
que
das
chamadas
hospedarias
de
Valença
e
unica
supportavel
é
a da
beira
do
rio,
em
ameno
sitio,
é
verdade,
e
bem provido
restaurante,
mas
tào
pou
co
escrupuloso
no
aceio
dos
leitos,
que
não
poderam
pregar
olho
toda a
noite
outros
viajantes,
nossos companheiros,
me
nos
felizes
do
que
nós.
De
Valença
está
dito
tudo,
quando
se
disser
que
atravessamos
sem
descançar
esta
praça.
Se
alguma,
recordação
nos
resta
ou
mereça
que
reste,
é do
panora
ma
sobre
o
rio,
e
da
alameda,
que
já
fóra
das
muralhas
desce
para
este.
da
tarde
abundantes
nuvens
pousavam
so
bre
os montes, descendo
em
lloios
de
fina
alvura
até
meia
encosta
A
povoação de
Porinhos
tem
grande
estação,
e
em
frente
d
’
ella
villas
com
ex
tensos
jardins,
onde
em
graciosos
miran
tes
n<nas
formosas
respiravam
as
frescas
auras
do
cahir
da
tarde.
O
que ha
todavia
mais
notável
em
arte
n
’
esta
parte
da
via
ferrea
hespanhola
é
o
magestoto
viaiucto
sobre
a
povoação
de
Rendondella,
e o proximo
túnel. Aquelle
passa
em
vol
s
’
oiseau
sobre
a
povoação,
que
domina
de grande
altura.
A
’
volta
de Vigo vimos muitas
ninas
em
hábitos
matutinos
regando as
llôres
de
seus
jar
dins,
e
outras
dentro
de
casa
anafiando
suas
compridas
tranças.
Mais
veríamos,
se
da
curiosidade
nos
não
castigasse
a
rapidez
do
comboio.
E
dizem
que
a
casa
do
cidadão
é
inviolável!...
O
tonel
é
muito
comprido,
e
dizem
que
perigoso,
porque
lhe
passa
por
cima
um
ribeiro,
que
se
despenha
dos
lados
em
alto
fragor.
Largo
espaço
antes
de
Vigo
o
caminho
de ferro
costeia
a extensa
ria, sobre
a
qual
segue
quasi
constante
leito
de
varanda
com
as
sustador
despenhadeiro. Vigo
é construída
na
encosta
do
monte.
Aleis
de
frondoso
arvoredo
em
parle
da
estrada, que
da
estação
conduz á
cidade;
algumas
boas
ruas;
outras
já
abertas,
e
já
em
parle
povoadas
de
bons edifícios; abundancia
de
lojas,
de
cafés
e
hotéis;
um formoso
caes
arborisado;
a
mageslosa
bahia
de
duas
le
guas
de
largura;
as
espaçosas
barras
a 4
léguas
da
cidade
por
entre
montanhas
de
granito;
a
na
que
se
segue
á
bahia;
e
a
duas
legu
>s
acima
o
lazareto
ou
gran
de
dha
formado
sobre
a
ria,
dão
a
esta
notável
povoação
da visinha
Galliza
aspe
cto
imponente.
Todavia
não
corresponde
á
riqueza
da
natureza
o
genio
do
paiz.
Na
bahia
nenhum
vaso de
guerra,
nenhum
vapor
de
carreba,
poucas
e
pequenas
em
barcações de
vela,
quasi nenhum
movi
mento
no
mar,
e
nenhum
na
terra
Qui-
zemos
ver os
arredores
da
cidade; cusiou-
nos
a
encontrar
um
mau
trem.
Deseja
mos
ir
ás
mageslosas
barras; não
havia
meios para
isso
Ao menos
que
nos
le
vassem
por
terra
a
vel-as mais
de
perto,
não
havia
estradas.
Contentamos
nos
com
um
passeio
em
lancha
pela
bahia.
e
fe-
lizmente
ficamos
bem
pagos
da
no-sa
cu
riosidade,
por
que
desfructamos
d’
aili
o
mais
surprehendente
panorama.
A
bihia
de
Vigo
é
rival
do
nosso
Tejo;
superior,
se
é possível.
Estivemos
no
hotel
Continental,
vasto
edifício de tres
andares,
construído
de
proposito
para
hotel,
mas
onde
á
mingua
de hospedes
só
o
primeiro
andar
está
destinado
para
esse fim. Fronteiro
á
vasta
bahia,
goza-se
das
largas
sacadas
de
seus
quartos
e
salas
a
perspectiva
toda
das
barras,
da
bahia,
do
caes
e
da
ria.
Os
quartos
são excellentes;
a
posição
não póde
ser
melhor;
a
casa
de
meza
é
grandiosa;
todo
o
interior
espaçoso
e
acceiado;
mas
em
geral
o
serviço
deixa
muito
a
dese
jar.
Por isso
não
nos
surprehendeu
a
mo
dicidade
relativa do
preço.
Os
serenos, quç
julgávamos
lenda
po-
bunal
de honra»
e
depois
de
verein
e
examinarem
os
autos
e
documentos, fal
tando
sómente
a
prova
testimunhal
,
etc.,
proferiram
o
accordao,
que
se
lê
no
me
smo
communicado
e,
em
seus
consideran-
dos
não
aponlam
lei
alguma
offendidi.
Admirável!
E’
celebre
este
documento,
e
as ge
rações
vindouras,
com
o
pezo
da
sua
cri
tica,
o
apontarão
ás
multidões
como
mo-
dello
do
adiantamento
do
nosso
século.
Na
verdade,
quatro
testimunhas
con-
slituem-se
em
fibunal
de
honra,
e,
acto
continuo,
arvoram
se
em
juízes
e
publi
cam
o
accordão,
que
transitou
em julga
do,
sem
se
mandar
dar
vista
ás partes!...
Já
é
muito,
e
só
aos
nossos
sábios
lit-
teratos,
é
dado
poder
usar
d’
essas
prero-
gativas,
que
a
lei
do
orgulho
e
do
ca
pricho
humano
lhes
confere.
Eis
aqui
a
que
estado
chegamos!
de
cadência
completa
e froixidão
no
organi
smo
social, devido
todo
á descrença e
falta de
temor
de
Deus;
pois chama
se
virtude ao
crime,
e
ao
erro
verdade!
O
homem
que
hoje
é
ferido no
seu
orgulho,
apella
para
aquelle
chamado
tri
bunal
d
’
honra-o
duello
—e
alli.
tinjindo
as
mãos
no
sangue
de seu
irmão,
julga-
se
lavado
dos
insultos
e
aggravos
que
re
cebeu.
Que
loucura,
que
confusão
de
ideias,
santo
Deus!
Pratica-se
um assassinato
volunlaria
e
premeditadamente; o
remorso
principia a
perseguil
o,
a
viclima
representa-se
diante
da
vista,
a
opinião
publica
sensata
con-
demna
o,
as
leis
criminaes
seguem-lhe
as
pizadas,
a Egreja
lança-lhe
o
analhema;
e,
no
meio
de
tudo
isto,
chama-se
ao
duello
campo
da
honra!
Não
póde
set!
Etr.fim, muito
póde
a
vaidade
huma
na,
precedida
do
seu
grande
séquito,
que
leva
o
homem
illuslràdo
a
descer
até
ao
abysmo,
e pelo
desarranjo das
suas
func-
ções
inlellectuaes
é
levado a
commet-
ter
um
crime, cobarde
e
infamante,
de
sfigurando-o
com o
pomposo
nome
de
desaggravo
da sua
honra
offendida!
As
le
ras
não descem
a
tanto.
Mais ainda;
estes
loucos
emendem
que
perecendo na contenda
defendendo a
sua
honra
ultrajada,
mordida
e
abocanha
da,
ouvem
as
multidões
murmurar
junto
do ensanguentado
cadaver:
—Foste
um
mar-
tyr
da
honra!
um
marlyr
do dever!
és
um
homem
grande! immortalisasle
te!...
Sim,
sim,
tudo
póde
ser,
mas
da
bocca
d’
aquelles
a
quem
inoculastes
essas
erró
neas
doutrinas
-o
materialismo
—
que
nega
a
immortalidade
da
alma, a
primeira
gran
deza
do
homem;
mas
os crentes,
o
povo
sensato,
o
povo
que acredita
em Deus,
este
amaldiçoará
tão
execranda
memória,
que
para
nunca
mais será
lembrada
sobre
a
terra
.
Ha
comludo
entre
os
calholicos
uma
formula
de duello,
que
a
Egreja
acceila,
e
vém a
ser, aquelle
que
escolhe
para
arma
a oração,
para
alvo
a
Cruz
do
Re-
demptor,
e
espaço
para
percorrer,
o
que
gazetilha
Cliegada.
—
No
comboio
das 11
da
manhã
d
’
ante-hontem
chegou
a esta
ci
dade
S.
Exc.
a
Revd.
ma
o Snr.
Arcebispo
Primaz.
S.
Exc
a
era
esperado
na
gare
pelo
ex.
1
'10
Deão,
corpo
docente
do
Seminário,
camara
ecclesiastica
e
outros
cavalheiros,
que
depois
o
acompanharam
em trens
até
ao
Paço.
ifflortaiídnciè.
—
No
mez
de
setembro
falleceratn
n’
este
districto
531
pessoas.
JFallecianento.—
Depois
dos oílicios
funebres,
que
tiveram logar
nos
Congre
gados,
foi
na
segunda-feira
sepultada
a
snr.a
D.
Maria
da
Purificação
Machado,
irmã
do
snr.
Gaspar
Dias
da
Costa
Ma
chado.
AgsoeiixçSo CatSiulica. —
Ahnanhã,
por
9
horas
da
manhã,
esta
Associação
manda
celebrar,
no templo
do
Populo,
uma
missa
pela
alma
dos
associados
de
funtos.
Os membros
da
Associação
que
com-
rnungarem
e
visitarem
o
templo
do
Car
mo,
lucram
indulgência
plenaria.
Chronica
religiosui.—
Hoje:
Expo
sição
do
Santíssimo
no
Carmo.
A’
manhã: Exposição
do
Santíssimo
na
egreja
das
Therezinhas.
Tiaeatro.
—
Deve
ler
logar
hoje a pri
meira das
duas
recitas
que,
como
annun-
ciámos,
vem
dar
no
theatro
de
S.
Geraldo
a
Companhia
dramatica
e
d
’
opera
cómica
do
Baquet.
Repelimos
que
o
espectaculo
é
com
posto
do
drama
em
tres
aclos
Pedro
o
pescador,
da
scena
cómica
A
arte
não
tem
paiz,
e
da
opereta
coinica
em
1
acto
0
processo
do
can-can
em
familia.
—
A
’
manhã
representa-se
a
opera bur
lesca
em
2
actos
0 processo
da
luz
ele
ctrica,
e
a
opera-comica
em
1
acto
0
guizo.
Jornal de
Viagens. —
Recebemos
o n.°
23
d
’
este
magnilico
semanario, ca
da
vez
mais
curioso
e
atrahenle.
Summario
d
’este
n.°:
Texto:
Costumes
e
religiões
dos
Povos
Bárbaros:
Empalado
!=-
Cabul
e
Bala
Hissar
—
Viagens
Celebres:
As
regiões
Polares=-
medeia
entre
o
nascimento
e
a
morte.
Tu
do o
mais
é
uma phantasmagoria
para
satisfazer
aos
prazeres
e
caprichos
huma
nos.
Folgamos,
pois, com
a
resolução
da
pendencia,
e
damos
graças
a
Deus por
assim
acontecer.
Condemnamos
o
duello,
por
ser
an-
li-religioso, e
anti-social, e,
por
mais
que
forcejem,
não
passar
d
’
um crime
cora-
mettido
aos
olhos
de
Deus e
dos
ho
mens.
0 mais
que
póde
alcançar o
louco
vencedor,
é
um
diploma
d
’
assassino,
re
ferendado
por
aquelle
celebre
tribunal
de
honra.
J.
Torres.
Historia
dos
Piratas,
Corsários e Negreiros
=
Aventuras
de
Terra
e
M5r:
0
Vulcão
nos
Gelos—
Contos
e
Legendas
do
Uni
verso:
A Legenda
da
Quina=Viagens ao
Paiz
do
Algodão e do
Ouro:
Caminho de
Ferro
do
Pacitico=\s
Grandes
Caças:
A’
caça dos
Elefantes.
Chronica:
0
vapor-correio
do
«New
York
Herald»
—
Jornalismo
indiano=Em-
preza
da
pelle
de
peixes
—
Emigração
por-
tugueza
para
as
Sandwich=O
opio em
Moçambique=Commercio
porluguez
no
se
culo
XVI
—Uma
recordação
de
Nelson="O
lago
de
Savena=A
Venus
Negra—
Mappa
das
colonias
inglezas
llluslraçôes: costumes
e Religiões
dos
Povos
Barbaros:
0 Empalado=Viagens
Ce
lebres:
0
Polo
do Norle=O
sargento
Woon
salva
o marinheiro
mulato=Caminho
de
ferro do Pacifico:
0 wagon
resl«urante=-
Viagens
ás
cidades
dos mortos:
0
fórum
de
Pompeia.
JI
ímhi
»
<le
reqniem.—
Alguns
amigos
do
mallogrado
moço
José
Anlonio Nunes
Ferreira,
cujo
fallecimento
noticiámos
ha
dias,
mandam celebrar
uma
missa
por
al
ma
do mesmo,
hoje,
ás
8
horas
da
ma
nhã,
no
templo
do
Hospital.
Bênção
de
eapelit*,—
No
domingo
teve
logar
a
bênção
da
nova capella
per
tencente
ao
cemiterio
da
irmandade
da
Misericórdia
d
’
esta cidade.
O
aet«r
Santos. —
Refere
um
colle-
ga
que
é
esperado
n
’
esta
cidade,
onde
dará
dois
espectaculos,
o
nosso
primeiro
aclor.
o
grande
e
infeliz
José
Carlos
dos
Santos.
»
«d
Progresso Catholiea. —
Rece
bemos o
n.°
1
do 2.°
anno
d’
esta
ex
cellente
revesta
religiosa,
scientifica,
lit-
teraria,
artística
e noticiosa,
dirigida
pelo
grande
escriptor
padre
Senna Freitas.
Eis
a labella
das matérias
contidas
n
’
este
n.°—
Ao
publico,
pela Redacção.=«
Secção
re
ligiosa:
Leão
XIII
e
a Encyclica
(conclu
são).
pelo
conde
de Sainodães;
De
Vian-
na
a Caminha, Palestra
sobre
os
conven
tos
(continuação),
pelo
padre Senna
Freitas.
=Secção
scientifica: A
geração
espontâ
nea,
pelo
padre F. Sanches;
A
medicina
nos
nossos
dias
(continuação),
por
Ber-
nardino J.
de
Senna Freitas.
=
Secção
Hl
teraria:
As
irmãs
de
caridade;
Thereza
de
Jesus, por
D.
Maria del
Pillar
Sinués,
traducção
do
padre
Lima;
A mulher
cbri-
stã
(fragmento
d
’
um
lletrospeclo
da
quinzena,
por
J.
de Freitas.
=-Ullimas
publicações,
por A.
Teixeira
Como
i<*to
voei...
—
Escrevem
de
Loulé ao
«Districto
de
Faro»:
«Um
facto
escandaloso
e
profundamen
te
revoltante,
um
procedimento
inqualifi
cável e
inaudito,
pratiticado
pelo
admi
nistrador interino
deste
concelho, teve
lo
gar,
no
dia
29
de
tarde,
na
egreja
de
S.
Francisco,
d
’
esla
villa,
onde
se
cele
brava
a
festividade
de
b.
Luiz.
Apenas
terminado
o Te
Deum, quando
o
parocho
se
dispunha a
ordenar
a
procissão,
vê
a
sacristia
invadida
por
uns
vinte
homens
dedicados
ao
dito
administrador
e
acom
panhados
pelo mesmo,
que
ordena
a
um
d
’
elles entregue
ao prior
um
papel,
em
que
se
lia:
—
Lista
dos
cidadãos
que
handem
servir
na
mordomia
de
S. Luiz
no anno
de
1879
a
1880
—
exigindo
que
eile os
acceiiasse
como gerentes.
Como
o
parocho
estranhasse
que
o
ad
ministrador,
a
quem
imcumbe
manter
a
ordem
e
garantir o
culto
que
a
lei
fun
damental
aactorisa,
viesse
perturbar
e
in
terromper
um
acto
tão
solemne
com
uma
imposição,
de
todo
o
ponto
inconveniente,
que
mais
parecia
um
insulto,
pois que
vinha
fazer
pressão
sobre
eile
revestido
e
no
exercício
das
soas
funcções
religiosas,
por
uma
maneira
tão
original
e
insólita,
respondeu
«que
o
parocho
havia
de
reco
nhecer
aquelles
oíficiaes
(escolhidos
por
e'le
lá
fóra
esem formalidade
algum
i)
ou
mandaria
intimar
para
que
não
servissem
os
que eile publicasse no
púlpito;
porisso
que
era
á
junta
de
parochia,
e não ao
parocho, que
incumbia
nomear!
0
prior
viu
que
convinha
pôr termo
ao
escandalo
e
fez
sentir
ao
administra
dor
que,
sendo
apenas
uma devoção seta
irmãos
nem
compromisso a
que promo
via
aquelia
festa,
e,
havendo
os
actuaes
provado
o
seu
muito
zelo
e
piedade,
re
solvera
reconduzil-os,
como
era
praxe,
e
pedia a s.
ex.
a
que
se lembrasse
que
esta
va
em
frente
do Santíssimo Sacramento
exposto,
e
que
fizesse
o
que entendesse,
mas
que
acabasse
com
tão
imprópria
ma
nifestação.
Saiu
então
o
muito
alto
senhor
pretextando
não
.sei o
quê».
Não
queremos
commentar.
Preço
«los
eereaea.—
Na
terça-feira
ultima,
nesta
cidade,
o
preço
dos
cereaes
foi:
Trigo
....
800
Centeio......................................................... 540
Cevada
..........................................................
5i0
Milho
alvo...................................................
680
Milho
branco
..........................................
440
Milho
amarello
..........................................
430
Painço
...........................................................
500
Feijão vermelho.......................
.
800
»
branco........................................... 750
»
amarello
............................................
600
»
rajado..................................
.
480
»
fradinho
....................................
500
Batatas.......................................................... 360
Azeite
(almude)....................................... 6$000
ÍTloda
Illustrnda. —
Publicou-se
O
n.°
21
correspondente ao
l.°
do corrente
mez,
contendo
graude
variedade
de
figu
rinos
de
modas
para
inverno,
desenhos
de
bordados,
uma linda
gravura
colorida,
folha
de
moldes,
etc.,
etc.
A
partir
do
numero 24
será
este
ex-
celiente
jornal
augmenlado
com
mais
qua
tro
paginas,
sem
que
todavia o
preço
da
assignatura
solfra
alteração.
Fica
pois
com
8
paginas
de
gravuras
pelo
menos
e 4
de
texto
a
«Moda
Illustrada,
tornando-se
por
conseguinte
muito
superior
aos jor-
naes
estrangeiros,
ainda
aos
que
se
pu
blicam
semanalmente, visto
que
terá
ein
um
só
numero quasi
tantas
paginas
como
pular,
ou
figurávamos
creaturas de
ro
mance.
acalentaram-nos
o
somno
nas
duas
noites
de
Vigo!
Da indole
do
povo
fizemos
igual
con
ceito
ao
que
já tínhamos
d
’
outros
pontos
da
raia
do
norte
ou
ao
sul.
Onde
chega
o
mais intimo
trato em
portuguez,
sente-
se
menos
rudeza
na
classe
media
do
povo
hespanhol.
Ein Vigo,
em
Tuy.
em
Salva-
terra,
em
Badajoz
etc.,
a
mesma lingua
gem
resente-se
d
’
esla
convivência,
e
não
raras
vezes servem-se
de
termos
portu-
guezes,
e
de musa
portugueza.
Já
assim
não
é
mais
além
das
raias.
E’
uma
ver
dade
incontestável,
que
laz
honra
a
Por
tugal.
Todavia
a
rudeza
do
povo
da
mais
baixa
classe resiste
a
tudo;
é
tão
des
bragada
a sua
linguagem,
e
tão
solta a
sua
lingua,
que
quasi
não proferem
pala
vra,
que
não
seja acompanhada
d’
alguma
praga ou
d
’
algum
torpe
bordão.
Salvaterra
conserva
ainda
nas
ameias
de
suas
portas
vestígios
das
quinas por-
tuguezas.
Atravessámos
apenas
a
pequena
povoação
acastellada,
e
passando
o
rio
Mi
nho entrámos
em
Portugal
pela
praça
de
Monção.
Dois
largos
arborisados,
em
um
dos
quaes
está
o
bom templo
da
Misericórdia;
as
antigas
portas
da
praça já
quasi
en
cobertas
pela
hera;
o
chafariz,
sobrepu
jado
das
symbolicas
armas da
villa;
e
em
derredor
das
derrocadas
muralhas
exten
sos
campos,
constituem
toda
a
belleza
de
esta
antiga praça.
Em
vão
procurámos
alguém,
que
pertencesse
á
familia
do
res
peitável
e
amabilíssimo snr.
visconde
de
Monção, que
Lisboa conheceu de
perto
e
que
honrou
a camara dos
deputados
por
muitas
legislaturas.
Ninguém
nos
deu
conta
sequer
do
titulo,
que
pelo
que
ge
ralmente
se
crê
não
era
da
praça
de
Mon
ção.
senão d
’alguma
quinta do
illustre ca
valheiro.
Passamos
o
resto
do
dia
na
celebre
quinta
de
Brejoeira,
a
5
kilomelros
de
Monção.
Imagine-se
um
castello
feudal,
onde
só
falta
a
ponte
levadiça
e
o
espia
das ameias:
paiacio
antigo; quinta
antiga;
gosto
antigo; costumes
antigos; gravidade
antiga,
onde
não
esqueceu
entre espaço
sos
salões,
mobilados
á
antiga,
o
salão
de honra
com
o
retrato
em
corpo
doi
rei D.
João
VI
sobre
estrado
e
sob docel.
Um velho
castellão,
um
velho
almoxarife,
um
capellão
que
não
é
novo,
e 30 crea-
dos,
em
alguns
dos
quaes
já alvejam
res
peitáveis
cans.
Fóra
dos
muros
da
som
bria
morada pequenas casas
de
simples
e
unifórme
architectura,
que
semelham
guaritas
para
os
servos.
Em
derredor
ex
tensos pinhaes,
vastas
fazendas.
O
dono
d
’
esta
curiosa
vivenda,
o
snr.
S.
P.
V.
de
M., é
um
respeitável
cavalheiro,
por
tuguez
antigo,
d
’
estes
d
’outras
eras,
que
não
torcem
ao
bafejo das
conveniências
políticas,
e
que
veiu
ha
50
annos
enter
rar-se
em
vida
n
’
aquella
solilaria
mansão,
homem
simples
no
seu
trato,
de
fina edu
cação,
de
viva
imaginação,
e
de
caracter
tão
hospitaleiro,
que a
sua
pousada e a
sua
meza
estão
francas
a
quem
merecer
a
honra da
sua
cortesia.
Recordamos-nos
com
reconhecimento
da
immerecida
distinc-
ção,
com que
nos
recebeu
nas
poucas
ho
ras,
que
estivemos
era
sua
casa.
Viemos
pernoitar
a
casa
do
nosso
amigo
que
tão
cavalheirosamente
nos
re
cebera
á
vinda,—
22
kilometros
de
ma
gnifica estrada
de
mac-dam;—
campos de
um
lado;
e
do
outro
o
rio
Minho
banhan
do terras
de
Galliza e
Portugal.
Em
cada
uma
de
suas
margens encontram-se
anti
gas
povoações
acastelladas.
Da estação
provisória
de
Valença,
se
guimos
sempre
em
caminho
de
ferro,
para
a Régua.
A parte
da
província
do
Minho,
que
percorre
a
nova linha
ferrea
do
Douro
desde
o entroncamento na
estação
de
Er-
mesinde,
está
longe de
comparar-se
com
a
formosa paizagem,
que
tínhamos
per
corrido.
Comparalivamente
póde
dizer-se
feia,
nem
haveria
coisa
digna
de
mencio
nar-se
a
não
ser
o
panorama
de
Vallon-
go,
de Penafiel
e
campos
de
Paredy,
e
as
boas
estações.
Mas
desde
que
a
via
ferrea
entra
em
terras
do
Douro,
o
paiz
offerece
imponente
espectaculo.
Um
vale
profundo
e
largo,
fechado
por
elevadíssimas
montanhas,
abre-se
em
grande
extensão
até
á
Regua,
termo
actual
da via.
D
’
esse
lado
a
montanha
é
coberta
de
pequenos
logarejos,
quintas e
cazaes,
e
retalhada
em
socalcos
de
vinhedo
com
estreitos e
íngremes
carreiras.
Na
monta
nha
fronteira
está
construída
em
meia en
costa
a
via
lerrea,
em
muitos
pontos
aberta
em
rocha
viva
ou
em
monte
pedregoso,
com
feitio
quasi
constante
de varanda,
que
se
despenha
perpendicular
de
grande
altura sobre
desconfórmes
penhascos.
En
tre
as
duas
montanhas
corre
o
rio
Douro,
que,
rompendo
caudaloso
no
inverno
por
sobre
seu
leito
de
granito,
serpenteia
agora
doce
e
sereno
em
estreita
fileira,
mas
apesar
da
escacez
das
agoas
ainda
pro
fundo.
Altos
viaductos,
atravessando
fun
dos
valles;
túneis frequentes,
abertos
al
guns
em
rocha; aterros
enormes; possan
tes
socalcos;
innumeras
obras
d
’
arte;
cur
vas
e
recurvas
sobre
viaductos
e
sobre
precipícios, tornam a
via
ferrea,
medonha
ás vezes,
imponente sempre,
e
não
raras
vezes agradavel
pelos
panoramas
sobre
o
rio,
quintas,
cazaes,
e
vinhedos
da
fron
teira montanha.
E
’
preciso
ser
ou
muito
tolo,
ou
muito
mau,
ou
muito
raivoso
político
para
denegrir esta
magestosa
obra.
O
governo,
que
a
concebeu,
e
que
teve
coragem
para
leval-a
a cabo,
só
por isso
merecera
a
consideração
publica
em
qual
quer
paiz,
que
não
estivesse,
como
mfe-
lizmente
está
Portugal,
eivado
dos
mais
baixos
sentimentos
polilicos.
Todavia
d
’
esta
via
ferrea
bem
póde
dizer-se
como
da
antiga
estrada
do
Ma-
rão
dizia
o hespanhol—-«se
d’aquelles
pre
cipícios
cair
o
comboio,
nem
a
alma
se
aproveitará
aos
passageiros!
..»
Felizmente
d
’
esta
vez
chegamos
a
porto
de
salvamento.
*
*
*
jquelles
em dois,
sendo
o
preço
da
as
jignatura
annual
muito inferior.
Promelte
além
d
’
isso
distribuir
no
l.°
janeiro
proximo
como
brinde
ás
as-
s
jmnies,
um
numero
supplementar
de
^paginas,
contendo
diversas
novidades.
C
uno
as
nossas
leitoras
vêem.
a
«Moda
j||iislri,da
»,
ao
contrario
de
muitas
outras
publicações,
cumpre
muito
mais do
que
pfoinelleu
nos
seus prospectos.
«»
tisaga.
—
Noticia
o
correspondente
jo
«Commercio
Portuguez»:
Falleceu
o
Bonga,
aquelle
potentado
africano que
lauto
deu
que
fallar. Ainda
In
pouco
o
snr.
D.-líiin
José
de
Olivei-
ia
,
tenente
coronel
reformado,
publicou
em
Coimbra
um folheto
intitulado
A
pro
víncia
de
Moçambique e
o
Bonga,
em
que
já curiosas informações
sobre
as
guer
ras
que foi preciso
sustentar
com
este
jeohor
de
aringa.
Ficou
por centenares
de
contos
este
guerreiro
dos
maltos
africanos,
mas
as
aoctoridades
portuguezas
íoram
talvez
mais
culpadas
que
elle.
Que
desastres, que pre
juízos
e
que
vergonhas
não
produziu
a
ca
mpan!ia
da
Zimbezia!
Por
um
selva
gem
quantas
vidas
e
quantos
haveres
sa
crificados!
muito
póle
a
loucura
huma-
dd
!
Moneu
o
principal
causador
de
tanta
ruina.
A
natureza
luxuriante
da
África
co
briu
as
ossadas
das
victimas;
o
esqueci
mento
humano
perdoará
aos
culpados.
«lo*
lycevuí.—
No
anno
leclivo
houve
nos
lyceus
nacionaes
do
continente
e
ilhis
o
seguinte
movimento,
com
relação
aos
exames
de
admissão
aos
mesmos
lyceus:
—
2:823
examinandos
e
3$8
examinandas;
approvados
com
louvor
18
rapazes
e
11
meninas,
com
distinc-
ção ISO
dos
primeiros
e
77
das
segun
das,
simplesmente
2.100
alumnos
e
278
alumnas.
O
numero
dos reprovados
foi
de
517.
Vlctrinh*»
«le
gaerri» inglezs*.—
0
pessoal
da
Grã
Bretanha
consiste
em
2:889
olficiaes, 47:117
marinheiros
e
14:000
«ficiaes
e
soldados
d
’
arlilheria
e
infante-
ria.
Portuguezes
faliecidos.
—
Desde
11
e
12
de
outubro,
falleceram
no
Kio
de
Janeiro,
os
seguintes súbditos portugue
ses:
Felix
Pereira
de
Atnorim,
50
annos,
solteiro;
Joaquim
José
de
Sequeira
Salga
do
42 s.;
José
Gonçalves, 28
s.;
Antó
nio
Pedro
Teixeira.
Ainda a* iiiiinilaçòes
em Eles-
panlita.—
Continuam
os
desastres
causa
dos
pelas
inundações
na
Hespanha.
Os
últimos
telegrammas
que
os
refe
rem
são
os
seguintes:
Huesca,
22—
0
rio
Alcanadre
e
o
Isue-
la
destruíram
a
ponte íerrea
do
Sarinena,
a
qual
importara
em
dez
mil
duros.
Te-
uie-se
que
morra
alguém
nos terrenos
marginaes
e
que
haja
talamenlo
grave
nos
tampos.
0
trem
4o
acha-se detido
em
Terren,
por
estar
inlerrrompida
a via
pelas
aguas;
estas chegaram
até
cerca
dos estribos
dos
wagons,
mas
sem
prejuiso
immedialo
para
os
viageiros.
A
agua
entrou
nas
oíFicinas
da
esta
ção e
na
casa
da telegraphia até
melro
e
meio
de altura, inutilisando
os
diversos
apparelhos.
Os
rails
da linha
estão
cobertos
de
vasa
de
dois
melros
de altura.
—
Burgos,
29—
0
irem
expresso
chegou
a
esta
ás
duas
e
vinte
e
cinco
da noite,
em
consequência
de
haver
descarrilado
em
Nanclaçes,
proximo
a
Victoria.
-
Lenda,
29
—
Dizem
de
Selgua que
está
interrompida a
via
entre
os
kilome-
iros
100 é
113,
por
causa do
aguaceiro
d<
noite.
Os
comboios
acham-se
detidos
"'aquelle
ponto.
—
Malaga,
29—Esla madrugada, houve
aqui
um
temporal desfeito,
formando-se
no
Porto
uma
tromba
que entrou na
cidade
Pela
Alameda,
arrancando muitas arvores
e
assolando
algumas
terras.
Seguiu
por
entre a
calhedral
e
o
castello,
dispersan
do
grande
numero de
telhas,
arrasando
'arias
casas
e
deixando contusas
bastantes
pessoas.
Tarragona,
29—
A
povoação
de
Cam-
brils
teve grandes
prejuízos
com
o furacão
ds
noite
de
27.
As
propriedades
rústicas
e
urbanas
apre
sentavam
um
aspecto
desolador.
A
força
do
vento
arruinou
muitas ca-
?ss.
e
arrancou
arvores
seculares,
arro-
jsnlo-as
á
distancia
de
8.)
metros.
No
bairro
marítimo,
foram,
sem
em-
“
srgo, os
sinistros
mais
consideráveis.
V^si
todos os
barcos
da
pesca
foram
de-
shuidos,
alguns
de
encontro
á parte
su
perior
dos
prédios, tal
era
a
altura
da
agua.
Uma
lancha
saltou
por
cima
das
casas, até
á
distancia
de
300
metros!
Ficaram
tres
marinheiros
com ferimen
tos
graves
O
alcaide
de
Tortosa
participa
que o
Ebro
continúa
crescendo,
e
recebem-se
no
ticias
assentadoras
da
Lerida
e
Mora
do
Ebro.
Durante
a
noite,
e
no
espaço
de
tres
horas,
alteou-se o
rio
cinco
metros, in
vadindo
a
cidade
e
os
campos.
Ninguém
morreu;
animaes é
que se
perderam
bastantes,
afogados.
Hi
também
grandes
perdas
inateriaes.
As
lanchas
percorreram
a
povoação,
cujos
habitantes
estão
aterrados.
Fazem-se
grandes
esforços
pira
segu
rar
a
ponte
empregando
cadeias e
cordas
de
arame.
Dizem
do
Murcia
que a
unica
habita
ção
do
caminho
de AlcantariIla
,
que re
sistira
á
força
da
agua,
acaba
de
ser
de
vorada
por
um
incêndio!
—
Na povoação
de Beniajan,
íicaram
em
rumas
178
casas,
inundadas 128, e
foram
soccorridas
opportunamente
2:042
pessoas
de
ambos
os
sexos
—Huesca,
25
—
E’
.espantosa
a misé
ria.
Tem emigrado
muita
gente
para a
França.
—
Murcia,
31—
E
’
impossível
descrever
o
commovedor
espectaculo que
hoje
aqui
se
presenciou.
Novecentas
e
oitenta
e oito
famílias,
que
as
inundações
reduziram
á
maior
miséria
e
que
esperavam com
viva
anciedade
os
soccorros
de
Madrid,
acudiram
a
Murcia
de
vinte
povos
em
redor,
com
o
luto
no
coração
e
as
lagrimas
nos
olhos, afim
de
receberem
os
donativos
da
caridade.
Foram-lhes
distribuídos
16
mil
factos completos.
A
’
manhã
continuará
a
distribuição.
População
exterminada pelt»
fome.
—
A
costa
oriental
da
Sibéria
aca
ba
de ser desolada pela
fome.
Em Injun
Point,
durante
o
mez
de
agosto
succumbiu
a
ella toda
a
população
de uma
aldeia
—
duzentos
habitantes,
—á
excepção
de um
homem.
E
’
que,
no
ve
rão
passado,
não
houve
baleias,
nem
fo
cas,
nem
quaesquer
outros
peixes
n
’aquella
parte das
regiões
arclicas.
A’*
almns
bemfazejan.
—
Pede-se
por
caridade
uma
esmola para
o
infeliz
Joé
Maria, morador
defronte
da capella
de
S.
Miguel-O-Anjo,
casa
n.°
3,
empre
gado
que
foi
no
Seminário
de
S.
Cae
tano, e
hoje
se
acha
paralítico
sem
po
der
articular
palavra,
e impossibilitado
de
lodo
o trabalho.
A
h
almas
caritativas.—
Recora-
raendamos
e
muito
ás
pessoas
caritativas
a
desventurada
Maria
José
da
Silva,
mo
radora
na
rua
dos
Sapateiros, n.°
7.
Vive
em
extrema
penúria,
e
padece
de
doen-
A’
cavidade publica.—
Muito
re-
commendamos ás
pessoas
caridosas
o
in
feliz
Antonio
Marques
da
Costa,
morador
na
rua
de
S.
Miguel-o-Anjo, casa
n.°
4,
3
0
andar,
que se
acha
na
maior
neces
sidade
e
doente,
vivendo
só da caridade
das
pessoas
que
o
soccorrem
com
alguma
esmola.
(JLTIVIAS
NOTICIAS
Lisboa
4—
«Diário»:—
Nomeados
gover
nadores
civis
substitutos:
de
Castello
Bran
co
o
snr.
conselheiro
João
Antonio
da
silva,
de
Vianni
o snr. Bernardo
Espre-
gueira.
Administradores
substitutos:
de
Amarante
o
snr.
Casimiro
Pinto
de
Ma
galhães,
de
Santa
Martha
de
Penaguião
o
snr.
Rebello de
Queiroz.
Exonerados
os
administradores
substi
tutos de
Moimenta
da
Beira
e
V.illa
Nova
de
Gaya.
Na*
Bolsa
venderam-se:
15
obrigações
prediaes
a
93$000;
5
para
compra
de
na
vios
de
guerra
a
89$
100; 10 contos
em
inscripções
a
51,65; 6
a
51,55;
10
mil
escudos
de
fundos
hespanhoes
a 14,77.
A
alfanlega
rendeu
a
quantia
de
reis
14:1665281.
Paris
31
—
0
observatorio
meteorologico
do
«Nexv-Vork
H-rald»
communieou
á
agencia
Havas,
que
se
esperam
chuvas
em
Hespanha
entre
os
dias
3
e
5
de
novem
bro.
Foi
annullada
por
um
decreto
a
deli
beração
do
conselho geral
do
Sena,
emit-
tindo
um
voto
em
favor
da
amnistia
ple-
naria. A
folha oíBcial
publica
outros
de
cretos,
demittindo
22
«maires»
da
Vendéa
e
4 do
Tarn-et-Gironne.
por
haverem
to
mado
parle
em manifestações facciosas.
D.
Carlos
de
Bourbon
chegou
a
Lon
dres.
Berlim 31
-Um
telegrarama
de
S.
Pe-
lersburgo
para
a
«Gazeta
de
Colonia»,
diz
que
os
malfeitores
envenenaram
um
poço
da
colonia
allemã
de
Halleslandl,
na
Rús
sia.
Morreram
cinco
pessoas
e estão
doen
tes
100.
A
caiuara
prussiana
elegeu
para
seu
presidente
o
snr.
Koeller,
candidato
con
servador ultramontano,
contra
o
snr.
Be-
ninghen,
liberal.
Londres
31
—Diz
o
«Standard»
que
tne
ihoraram
as
relações da
Rússia
com
a
Áustria
e
a
Allemanha.
Falla-se
n’
uma
entrevista
dos
tres
imperadores.
O
«Telegraph»
annuncia
que
o general
russo
Tergukassoff
foi
derrotado
pelos
tur-
comanos,
e
que
retirou
perdendo
as
ba
gagens.
Londres
1
—
Dizem
de
Paris
ao
«Times»
que,
antes
da
entrevista
de
Alexandrowo.
o
czar
escreveu
ao
imperador
Guilherme,
afim
de
queixar
se
da
altitude
da
Allema-
nha
para
com
a
Rússia,
accrescentando
que o
chanceller
Bismark-
tinha
esquecido
as
promessas
teilas
em
1870.
O
impera
dor Guilherme respondeu
que não
havia
a
receiar
nenhum
conílicto.
As
potências
reconheceram
a
indepen-
dencia da Romania.
Roma
31—O
rei
acceitou a
demissão
do
general
Cialfini,
embaixador
de
Italia
em
Paris.
O
«Dirilto»
publica
um
artigo
officio-
so,
o
qual
reconhece
que
a
situação da
Europa
é incerta.
A
Italia
não
procura
nenhuma aliança
particular,
e
seguirá a
politica de
recolhi
mento
e
reorganisação,
afim
de
achar-se
em
situação
de
escolher
qualquer
alliança
quando
lhe
seja
necessária.
Paris
1
—Nos
círculos
liberaes
de
Ber
lim
manifesta-se
intenção
d
’
inlerpellar
o
governo
sobre
a politica
estrangeira.
Alhenas
1—
O
discurso
da
abertura
da
camara
consigna
a
esperança
de
que
che
guem
a
bom
termo
as
negociações
relati
vas
ás
fronteiras.
A
Grécia
deve
occupar-se
da
organisa-
ção
do
seu
exercito,
porque
o
principal
elemento
que
regula
a situação
d
’
um
povo
é
a
sua força
militar.
Madrid
3
—
0
periodico
«EI
Liberal»
annuncia
que
o
conselho
de
ministros
reu
nido
hoje á tarde
sob
a
presidência
do
rei,
resolveu
derogar
o
estado
de
sitio
das
províncias
vascongadas
e
Vavarra.
Paris
2 —
Dizem noticias
de Constanti
nopla
que
estão
a
pique
de
romper
as
relações
entre
a Porta
e a
Inglaterra.
Esta entregou
á
Turquia
um
ultimalum
exigindo as
reformas
na
Azia.
Parece
que
em
caso de
recusa,
o
sultão
será
deposto
e substituído
por seu irmão
Rechad,
sob
a
tutella
da Inglaterra,
França
e
Ausiria.
O
sultão
é
apoiado
pela
Rússia.
Londres
3—
Está
imminenle
um
rom
pimento
entre
a
Inglaterra
e
a
Birmania.
NECROLOGIA
Tributo
de saudade
:i memória de meu
presado
primo
Jayme de Loureiro Al
meida Cardoso, fallecido na cidade de
Lamego, em 28 do corrente.
«Astros
e
flóres,
tudo
inclina
a
fronte
«
Cumprindo
do
Senhor
as
sabias
leis.
G.
d
’
A
moium
.
Morreu!...
Oh!
sim,
depois
de
um
padecer
atro
císsimo,
Jayme
de
Loureiro
Almeida
Car
doso,
ura excellente
joven
de
18
annos
de
edade,
succumbiu!...
e sua
boa
alma,
fugindo
d’
este
mundo
de
perennes
des
venturas,
voou á
mansão
dos
justos,
on
de foi
fruir
o
prémio
de
suas
muitas
vir
tudes.
O
desditoso
finado era
um
bello
man
cebo.
Dotado
d
’
um
coração
magnanimo,
de
qualidades
brilhantes
e
d
’
um
illuminado
espirito,
era
a
esperança
de seus
dignos
paes,
que
o
estremeciam
e
que
se
não
pouparam
a
esforços e
a
sacrifícios
para
o
salvar
da enfermidade
cruciante
e
tão
pertinaz
como
diuturna—
d
’
essa
doença
gra
ve,
cruel,
que
a
despeito
dos
recursos
da
sciencia
e dos
desvelos e
carinhos
pa-
ternaes,
o arrojou
tão
novo
á
campa!.,.
Avalio
a vossa
dôr,
caros
thios;
mas
que
fazer
agora?!...
Os
mandados
de
Deus
são
impenetráveis,
inalliogiveis,
e
cum
pre-nos
reverencial-os,
como
vindos
de
Quem
tudo
póJe
e
dispõe.
I
Agora
que
elle
repousa
sob
a
lagea
da
campa,
e que
deixou
uma
grande
ferida
em vosso
peito
e
um
vacuo
imtnenso
em
vosso
coração,
a
vossa
dór
é
justíssima;
mas
lembrae-vos
de que
elle
não mor
reu
—
que
elle,
o
nosso
pranteado
morto,
se
desappareceu
da
terra,
que não
é
pa
ra
almas
como
a
sua. foi
aureolado
viver
no
ceu,
aonde
pedirá
ao Senhor
por
to
dos
nós
que
o
amamos
—
por
nós,
cuja
saudade profunda
por
elle,
será
indele-
vel.
Esta
doce lembrança
e
a
fé
que
de
vemos
conservar
sempre
inabalavel,
in
concussa
no
seio,
de
que
o
nosso
querido
e
saudoso
Jayme
está na celestial
morada,
devem
ser
as
bases
da
nossa
resignação,
que
eu
sei,
será
lenta
para
vós,
que
sois
paes.
..
Entretanto,
coragem!...
e
sejam-vos
baJsamo
consolador
estas
breves
palavras,
inspiradas
agora
pela dôr
acerba,
que
a
fatal
noticia
de
tão
prematuro
passamento
me
causou...
E
tu,
meu
caro
Jayme,
dorme,
dorme
iranquillo
sob
o
pezo
da
gélida
lousa,
e
lá n
’
essa
patria
de
eterna
felicidade, an-
ceio constante
da
humanidade
iuleira,
e
aonde
eu te
creio,
ora
ao
Altíssimo
por
todos
que
te
choram.
Ah!
sim,
repousa,
ó
justo,
e
que
a
terra
te
seja
leve,
ó joven marlyr.
Guimarães
31
de outubro
de
1879.
(2681)
Gt
L.
P.
Banco Commercial
de Braga em
liquidação em
31
d
’outubro de
1879,
Activo
Caixa:
dinheiro
existente.
.
4:387$394
Papeis
de
credite.
.
.
.
179:8785346
Ditos
das
cauções
das c.
cor
rentes
liquidadas
.
.
.
22:3005632
Hypothecas
de
Raiz
.
.
.
4:177-5570
Acções
recolhidas.
.
.
.
326:906$068
Agentes
no paiz.
. .
.
26:374$23
0
Ditos
no
estrangeiro.
.
.
20:29í$569
Letras
descontadas.
.
.
.
4;723$390
Ditas
a
receber...................... 1:1485070
Ditas
de
concordatas
a
receber
2:603$900
Ditas
em
liquidação.
.
.
130:288$943
Contas
correntes
com
garan
tia..............................................
124:780$352
Empréstimo
sobre
penhores.
24:953$479
Diversos
devedores.
.
. .
24.605$i97
Accionistas
por
prestações
a
receber
...................................
1:2425500
Moveis
e utensílios.
.
.
.
9885815
Despezas
de syndicancia.
.
5725527
Ganhos
e
perdas
....
143;8I8$I43
1.041:043$465
Passivo
Credores
privilegiados
Por
depositos
judiciaes
.
.
Por
depositantes.....................
Por
dividendos
a
pagar.
.
Por
notas
a
recolher. .
.
Por
saques
do
Brazil.
.
.
Por
agencias
no
paiz
e
no
estrangeiro
....................
Por
diversos
credores.
.
.
Credores
por
encontros a
fazer em
diversas
contas
activas................................
55955
1:6685972
715$920
935000
8395755
3545127
1:4255034
19:9015894
Credores
chirographarios
Por
promissórias ....
17:7385728
Por
juros
a
pagar.
.
.
.
7105510
Hypolhecantes
.......................
5875570
Capital
..................
1:000:0005000
1.044:0435465
Braga
4
de
novembro
de
1879.
A
cominissão
liqnidataria
do
Banco
Com
mercial
de
Braga
João
Luiz
Pipa.
Manoel Duarte
Goja.
Francisco
José
d
’Araújo.
Antonio
José Antunes
fíeis.
Manoel
Antonio
da
S.a
Pereira
Guimarães*
Albano
da
Silva.
ANNUNCIOS
ASSOCIAÇÃO
CATHOLICA.
No
dia
7
do
corrente
hade celebrar-
se
na egreja
do
Populo,
pelas
9
horas,
uma
missa
pela
alma
dos
associados
de
funtos.
Os
membros
da
Associação
que n’
esse
dia
commungarem, e
visitarem
a
egreja
do
Carmo,
rogando
a
Deus
pela
concór
dia
dos
príncipes
chrislãos,
extirpação
das
heresias,
e
exaltação
da
Santa Egreja,
lucram
indulgência plenaria,
applicavel,
por
modo
de
suífragio,
ás
almas
do
purga
tório
Convidam
se,
pois,
todos
os
seus.as
sociados
a
assistir
a
esta
missa e
a
lu
crar
estas graças,
O
director
espiritual
da
Associação
(2683)
Padre
João
Antonio
Velloso.
Por
determinação
e
ordem
do
exm.°
snr.
adminisirador
do
concelho,
foi
con
cedida
e
entregue perante
a
auctoridade,
a
posse
da
devoção
e
veneração
do
SS.
Rosto
do
Senhor,
que
se
venera
na fron
teira
da
casa
do
snr.
André
Dias, atraz
da
Sé,
aos indivíduos
abaixo
mencionados,
os
quaes
acceilaram
e
se
promptificam
a
cumprir
o
que
para
o
futuro
lhes
fôr
pela
auctoridade
ordenado: d’
esla
íórma
são
os
veneradores
e
principaes
administradores
d
’esta
devoção
os
illm.
os
snrs:
André
Dias, João Dias
Jnnior,
Eduar
do
Pereira
de Sá Pacheco,
Frei
João
de
Guadalupe
Martins
Pinheiro,
Antonio
Francisco
de
Oliveira,
Antonio
Pereira
d
’
Andrade,
Antonio
Dias
de
Sousa,
Ma
noel João
de
Paiva,
Bernardino
Antonio
Peixoto
Castello
Branco,
e
são
devotos
todas as
pessoas
que
com
suas
esmolas
ajudam
á
prosperidade
d
’e>la
devoção.
Declara-se mais que
o
thesoureiro
en
carregado
de
receber
toda
e
qualquer
es
mola,
donativos
ou
objeclo
para a
mesma
devoção,
é
o
snr. João
Dias
Júnior,
mo
rador na
rua
de
S.
João,
n.°
14.
(2685)
FOLHINHA
ROMANÃ
Já
se acha á venda
para
o anno
de
4880;
em
Braga
no
escriptorio da
Typo-
graphia Lusitana, rua
Nova
n
°
4,
e
em
casa
do
snr. Bernardino
José
da
Cruz.
Vestimenlana
Rocha
e
Viuva
Germano,
rua
do
Souto,
e
na loja
do snr.
Clemente
José
Fernandés
Carneiro,
rua
de
S.
Vi-
ctor, e
em
todas
as
mais
localidades
do
costume:
preço
140
rs.
Nas
mesmas
casas
e
localidades
de
vem
achar-se
opportunamente
as
folhinhas
Bracai enses,
e
Almanach
Civil
ou
de
al
gibeira.
Venda
d’uma formosa
quinta
Vende-se
por preço
rasoavel
a
deno
minada
Quinta
de
Baixo, situada
no
lo-
gar
do
mesmo
nome, freguezia
de
S
Tor-
quato,
concelho de
Guimarães, pertencente
a
José Joaquim
de
Abreu
Vieira.
Acha-se
esta
rica
propriedade
colloca-
da
no
delicioso
valle
do Selho,
junto da
estrada
de
Guimarães,
que
parle
para
o
mosteiro
de
S
Torquato,
a distancia
de
3
kilometros
da
referida cidade.
Vende-
se
com
todas
as
suas
pertenças,
a
saber:
agoa
de
rega,
magníficos
bravios,
casas
nobre
e de
caseiro, que
se
acham
situa
das
no
ponto
mais
elevado
da
Quinta,
d
’
onde
se
avista
um formosíssimo
horison-
te.
E
’ uma quinta
sadia
pela
sua
posição
e
d
’um
recreio
inexplicável
pelas
bellezas
com
que
é
adornada.
Recebem-se
propostas
de
quem
a
qni-
zer comprar
—
em
Briga,
na
rua
de
San
to
Andie,
casa n.°
13,
—
em
S.
Torquato,
pódem
se
dirigir
os compradores
ao exm.°
snr.
Antonio
Ribeiro
de
Faria,
da
casa
de
Conundelia.
O
proprio
caseiro
da
quin
ta
está
encarregado
de
a
mostrar
ás
pes
soas
que
a
queiram
vêr.
Declara-se,
para
segurança do
compra
dor,
que
estão
legalmenle
finalisadas
to
das
as
questões,
que
em
tempo
houve
com
esta propriedade.
(2674)
Na
rua
do
Campo
n.°
22
vende-se
ba-
ga
de
sabugueiro,
legitima
do
Douro,
por
preços
commodos;
a
quem a
pretender,
dirija-se
á
mesma
casa.
(2640)
No
dia
20
de
novembro
vem
o
auctor
d’
este
syslema
de
escrever
e
ler
racio-
nalmente
em
poncis
semanas,
fazer
urna
conferencia
n
’
esta
cidade,
e
abrir
um
cur
so.
O
local
será
annunciado.
Desde
10
de
novembro
se
achará á
venda
o
dito
systema
na
Typographia Lusitana.
BREVE
COMPENDIO
DE
ORAÇÕES
E
DEVOÇÕES
ADOPTADAS PELOS
MISSIONÁRIOS
QUARTA
EDIÇÃO
Novamente
correcla
e
muito
augmentada
com
novas
orações
e
devoções indul-
genciadas,
e
concedidas
posterior-
mente
á
ultima
Raccolla.
Com
approvação
de
S.
Exc.
A
Revm.
a
o Snr.
D.
Joao
Chrysostomo
d
’Amorim
Pessoa,
Arcebispo
Primaz.
Vende-se
em Braga,
na
typographia
Lusitana,
rua
Nova
n.°
4,
e
nas
livra
rias
de
Manoel Malheiro,
rua do
Almada,
Porto,
e
Catholica, de
Lisboa.
Preço=l60
em
brochura,
e
240
enca
dernado.
Cnixa
penharistn BraeBrense na
Travema
de O. 61
uisldisn d’e&ta
cidade.
Continua
a emprestar
dinheiro
sobrt
penhores
lodos
os
dias desde
as
8
horas
da
manhã
até
ás
9
da
noute
na
mesma
caixa.
Vende-se
roupas
Pede-se
a
todos
os mutuários
que
ti
verem
objectos
empenhados
na
mesma
caixa
com atrazo
de
juros
de
ires
mezes
os
venham
pagar
ou
resgastar, senão
se
rão
vendidos.
Ceremontal
segundo
o
rito Romano
que
deve
observar-se
na
Tercia
e missa
conventual
cantada
na
capella
do
Seminário
Conciliar
Bracarense.
Escripto
pelo
Presbytero
JOÃO
REBELLO
CARDOSO DE MENEZES,
Vice-Reilor
do
mesmo
Seminário.
Vende-se
no
mesmo
Seminário,
e
no
escriptorio
d
’
este
jornal.
Preço..................................
120
rs.
FERRO BRAVAIS
i
Adoptado em todos os Hospitaes.
decommendado por todos os Médicos.fl
Contra
a
ANEMIA, CHLOROSE, DEBILIDADE, FRAQUEZA, PERDAS
BRANCAS, etc. «
O
Ferro
Bravais
{ferro liquido em gottas concentradas) é o unico £
exempto de
qualquer
acido; não
tem
cheiro nem sabor, não
produz
prisão
do ventre, diarrhea, irritação nem cança o estomago
; alem d’isto gj
e
o
único que ndo faz os dentes pretos.
||
E
’ o mais
economico de
todos os ferruginosos, pcis (jne
um frasco ta em mez. g
Deposito geral em Pariz. 13, rue Lafayette (Perto da Opera), e em todas as Pharmacias.
Desconfiar-se
das
imitações
perigosas
o
exijir a
marca
de
fabrica
que
vae
juiicta.
zj
Eovia-se
grátis
a quem o pedir por carta franqueada, um interessante folneto sobre a Anemia e o
seu tratamento.&
Deposito
no Porto,
Ferreira &
Dmão,
e
nas
principaes
pharmacias do
reinno
Empreza
editora
de
Francisco Arlliur da
Silva—Lisboa.
BRiN »K
V
TODOS
OS
ASS1GNANTES
DA
HISTORIA UNIVERSAL
POR
Criar
Cantii
Desde
a creação
do
mundo
até
1862
—
con
tinuada
até
1879
por
D.
NEMES1O
FERNANDEZ
CUESTA;
Com
a
noticia
dos
factos
mais notáveis
relativos
a PORTUGAL
Z
BRAZ1L
Traduzida
da edição
franceza
de
1867 e
acompanhada
da
versão das citações
gregas
e
latinas,
e
annolada
por
TlHnoel Hernai-des
Branco
Da
Academia
Real das
Sciencias
de
Lisboa;
professor
das
linguas
grega e
latina,
etc.
2.
“
edição,
illuslrada
com
81
gravuras
primorosamente executadas.
13
volumes
in-4.° grande.
O
editor
proprietário
d
’
esta
publicação,
grato
aos
favores
do
publico,
e
compre-
hendendo
a
necessidade
de
publicar
um
13.°
volume para
que
esta
2.a
edição
da
HISTORIA
UNIVERSAL
lique mais
com
pleta,
resolveu
olferecer
aos
snrs. assignan-
A
Meza
do
Real
Sancluario do Bom
Jesus
do Monte
roga
a
todas
as
pessoas
amadoras
e possuidoras
de
jardins,
que
te
nham superabundância
d’
arvores
de ador
no,
arbustos,
camélias
ou
outras
quaesqtier
plantas,
se
dignem
favorecer
com
ellas
o
mesmo Sancluario, para embellezar
este
tão
pittoresco
local;
dando parte
ao
the
soureiro
o
snr.
Manoel
J
>sé
Rodrigues
de
Macedo,
rua
do
Souto,
n.°
42,
n
’
esta
ci
dade
de
Braga, para
a
Meza enviar
pes
soa
competente
que do
sitio
que
lhe
fôr
indicado
as
traga
com
o
necessário
re
sguardo.
A
Meza,
esperando
que
este
pe
dido
será atlendido,
fica
desde
já
agra
decendo
qualquer oíferta
que
n
’este gene-
ro
lhe fôr dada.
Em
nome
da
Meza—
O
procurador
Antonio Alves
dos
Santos
Costa.
JOSE DA S1L VA FM DÃO
Com
loja de fato feito
13
—
Largo
do
Barão
de
S.
Mar
linho
—13
f
-v
Participa
aos seus
amigos
e
fre-
guezes,
tanto
d
esta
cidade
come
r&f
da*
proviociasque
tem
um
bonito
’
|
e
variado
sortimento
de
fatofei-
J*
lo,
casimiras
para
fato
muito
baratas,
cortes
de
calça
a
2$000
e
2$500
reis;
tudo
fazendas
modernas.
Guarda
pós de
casimiia
e
de alpa-
ques
inglezes, roupa branca,
assim
como
camisas
de
600
reis
para
cima,
ceroulas
de
400
reis
até
800,
de
panno
familiar,
e
meoles,
bonets
de
gorgurão
de
seda
e
de
casimira
de
todas as
qualidades,
de
500
rs.
até
801);
manias
de
seda
de
to
dos
os
feitios.
Encarrega-se
de
fazer
qualquer
obra
que
lhe
seja
eucommendada,
e
prompti-
iica-se a ticar
com
ella
quando
não
fique
á
vontade
do
freguez.
(2249)
Gonsulturio Medico-Cirurgico
10—RUA
DE S. JOÃO —10
Alfredo
Passos ouve
de
consulta
to
dos
os
dias
do
meio
dia
ás
2
horas
da
tarde.
Faz
operações
de
grande e
peque
na
cirurgia-
Especialidade—
partos.
(2617)
tes
que
o auxiliaram
n
’esta empreza
e áquel-
les
que
de
hoje
em
diante
o
continuarem
a
coadjuvar,
como
BRINBK
o decimo
terceiro
volume,
contendo
trinta
e cin
co
capítulos,
seis
gravuras
e
dois
índices,
sendo
o primeiro
chronologico
e
remissi
vo
de
toda
a
Historia
Universal,
servindo
para a
procura
dos
factos
que
n
’
ella
vem
exarados,
e o
segundo
alphabelico, con
tendo
os
nomes
de
todos
os
homens no
táveis
que
figuram
na
historia,
e
os
títu
los
geraes
de
todas
as
matérias,
servin
do
de
auxilio
ao
primeiro
Compreliendendo
a
narração
desenvol
vida
dos
acontecimentos
hisloricos
occor-
ridos desde
1851
até
1879,
escriptos
em
hespanhol
por
D.
Nemesio
Fernandes
Cues-
ta,
e
accrescentados na
parle
que
diz
res
peito
a
Portugal
e
Brazil,
por
Manuel
Ber-
nardes
Branco.
Fica
portanto
completa
a
segunda
edi
ção da
HISTORIA
UNIVERSAL,
em
treze
volumes
in-4.°
grande
e
custará:
Brochada ....
20$000
reis
fortes
Encadernada
. .
.
27$000
»
d
Para
facilitar
a
acquisição
d
’
esta
tão
importante
obra
ás pessoas
menos
abasta
das
que
a
não
possam
comprar de
uma
só
vez, o
editor
deliberou
conservar
aber
ta
a
assignalura
em
Portugal
e
no
Brasil.
Cada folha
de
16
paginas
a
duas
colum-
nas,
50
rs.
—
Cada
gravura primorosamen
te
executada,
40
rs.
Condições da
assignalura:—
A
assigna-
'ura
póde
fazer-se
por
entregas
de
d|
13
,
folhas,
e
as
gravuras
c<'(uo
convier
—
fascicu los
de
cinco
folha s e
uma
Hvi
Ffavura
1
entrea.
e
por
volumes
>
brochados.
—
Cada
de
32
paginas
e
1 gtavura,
140
rs
—
Cad,
fascículo
de
80
paginas
e
1
gravuia
-
290
rs.
CADA
VOLUME:
l.°
vol.
br.
orn.
de
9
grav.
1^870
2
o
>
B
T)
6
1Ó665
3.“
»
7
»
k<605
4.°
>
p
»
>
5
»
1
$iS2ò
5.°
>
6
j»
1
«5615
6.°
&
» 6
1^690.
7.°
p
6
1^640
8
0
u
»
»
6
»
I06I&
9.°
•
6
1^365
I0.°
»
6
U6I5
11.°
»
»
» 6
»
1^610
12.°
»
6
>
M8I5
13.°
K
ULTIMO,
ornado
de
6
gravo,
ras,
brinde
a
todos
os assignanles,
rio
nr
lo,
GRÁTIS.
"
1 e‘
Das
81
gravuras
de
que consta a obra
estão
tiradas
45,
pertencentes
aos
vol.
;
a
7
Este
decimo
terceiro
volume
será
tribuido
depois
de
completo
e
brochado
a
lodos os
assignanles
que
tenham
pago
0
decimo
segundo
volume
Os
assignanles
leem
as
seguintes
van-
tagens:
Garantia
e
certeza
do
complemento
da
obra,
e
poder
receber
como
e
quam
. qúj.
zerem,
por
entregas,
por fascículos
un
por
volumes.
LISBOA:
—
A
assign.tura
póde
fazer-se
por
entregas,
fascículos,
e
por
volumes.
0
assignante receberá
uma
entrega
de
chias
folhas
por
semana,
pelo
menos,
e
as
gra
vuras
que
lhe
convier,
pelos
preços
acima
marcados,
pagando
ao
distribuidor
no
acto
da
entrega a
sua
importância.
PROVÍNCIAS
E
ILHAS:-A
assignatu-
ra
póde
fazer-se
por
fascículos
e
p
r
vo
lumes.
O
assignante
receberá
o
primeiro,
fascículo
ou
volume franco
de
porte,
esó
depois
de
recebidos
mandará
-atisfazer
a
sua
importância
em
esiampilhas,
valles
do
correio ou
ordens,
na
certeza
que não
re
ceberá
o
segundo
sem
que
tenha
satisfeito
o
primeiro,
e assim
successivamente.
As
pessoas
tanto
de
Lisboa
como das
províncias
e ilhas
que
angariarem
DEZ
AS-
S1GNATURAS
R
EA
LISA
V
EIS
terão
UMA
GRATUITA,
diriundo-se
directamente
ao
editor.
Assigna-se
no
escriptorio
do
editor-
rua
dos
Douradores.
72
LISBOA
;
me
BRAGA,
na
livraria
Int<
inacional
de
Eu
gênio
Chardron, e
nas
principaes
livrarias
do
reino,
ilhas
e
Brazil.
Froneisen
Arlltttv- <fss SHvi*— editor
72,
rua dos
Douradores, 72
—
LISB
”
A.
Empregadas com
o
mais
grão successo,
depois mais
de
40
annos
por a maior parte
dos
médicos
por curar a chlorosis
(/luxo
branco) doança
das
mancebas Ulhas e to
das
as
moléstias chloróticas. Eis
aqui a
opinião dos mais
eminentes médicos
que as
tem
experimentado
:
« Depois 35 annos que exerço
a medicina,
«
tenho reconhocido a
este
medicamento
«
(Pilulas
de Blaiid) vantagems incontesta-
« veis sobre
todos os outros ferreos
e eu
«o
miro como o melhor anU-chlorótico. »
Dr
DOUBLB,
ex-prisidtntt da Academia
de
Medicina.
« De
todas as preparações ferreas que
« nos hão
dado
bons resultados no trata-
« mento
das affeições chloróticas, as pilu-
I«
las
de
Rlaud
parece-nos
devem estar na
«
primeira
fila.
» — Diceionario wiv. ae
Medicina,
t. n, page 99.
Como
prova da
authentlcidade, o
nome
do inventor aati cravada sobrei
cada pilnla
como aqui junto
Depositos: Parlt, l,
r.
Em
Lisboa,
snr.
Barreto,
Loréto
n."
£>tAl/D
A
Meza
da Santa
Casa
d>
MisericoT'
dia,
de
Braga,
tendo
em
consideração
a
avulladissima
despeZa
que
está
custan
do o fornecimento
de
pannos
e
fr
s
P
a£
a
o
curativo
de feridas
no
Hospital
de
8.
Marcos, empenha
u
’
esie
acio
de
caridad®
a
devoção de
seus
concidadãos.
O
escrivão
Lourenço
da
Costa
G.
Pereira
Bernardo
RESPONSÁVEL-Luiz Raplista da
Sih»
*8'9
BRAGA, TYPOGRAHHA
LUSITANA— °