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Parte de N.º 1008 de 11/11/1879

conteúdo
r
tOMMEDM DO
HUM
fl^OIjUAL MS
ÍE<9*»
, POffATICAL S-C NOTICIOSA.
REDACTORES

D. l|Iiguel Sollo-Mayor e Dr. Custodio Yelloso.
7.° ANNO
PREÇO
DA ÍASSIGNATURA
12
mezes, com estampilha. . . 2&000
12 mezes,
sem estampilha'’ .
. 1M00
Brazil,
12 mezes, moeda forte. . 3&600
Folha avulso...................................
ÍO
PUBLICA-SE
ÁS TERÇAS. QUINTAS
E SABBADOS.
PUBLICAÇÕES
Correspondências
partic. cada linha
40
Vnnuncios
(
ada linha........................ 20
_
tepeticão
.........................................
10
Assignántes,

20
p, c. d
’abatimento
N.° 1:008
———
T



CONVITE.
A
Commissão
que se
propoz
realisar
solemnes
exsquias pa­
ra suffragar a alma do Senhor
D.
Miguel de Bragança, no dia
14

do
corrente, anniversario
do
seu
passamento, convida os
revd.os sacerdotes e
amigos do
Augusto
Finado, a assistirem
ás

mesmas.
A

solemnidade

terá
logar no
dia

indicado, na egreja
do Hos­
pital

de

S. Marcos, havendo de
manhã missas geraes,
e por 10
horas

missa solemne, e no fim
«Libera
me».
TERÇA-FEIRA

II DE NOVEMBRO
DE <879
A virtude.
Assim

como

ha

moléstias
que
affectam

o
corpo,
assim

ha

lambem

doenças

que
accommettem

a

alma.
Creado

para
amar

o

bem e a
virtude,
é


quando

de posse
d

estas
riquezas,

que o espirito

humano

se

sente
na ple
­
nitude

de soas forças,

no
goso

portanto
de
sua

verdadeira
felicidade.
0
homem
vive

tanto
mais

tranquillo,

mesmo

ainda
entre

os
mais

pungentes
espinhos
da

vida,
quanto

maior
fôr a
paz
e

tranquillidade

da

própria
consciên
­
cia

que

da
virtude

se

alimenta.
Corram-lhe
embora

turvos

os dias,
que
nada

conseguirá

roubar-lhe

aquella suavi­
dade e

doçura
d’
alma,
aquella serenidade

e

alegria

do

coração,

conquistadas
pelos

mil

sacriticios
de
um

viver immaculado.
Embora
o
vicioso

se nos mostre
ás

ve­
zes

mais

protegido
da

fortuna,

aspirando
o ar

empestado

das paixões, sua
alma,
polluida

pelas

torpezas

do
vicio,

não tarda
que se

definhe,
até

que

devorada
por

uma
sêde,

sempre
insaciável,

de

venturas
que
deseja,

exp

ra

extenuada

de

fadigas

sem
conforto,
de

soífrimenlos
sem con
­
solação,
de desespero

sem

esperança.
Quantas
vezes
acontece

desapparecer
no

redemoinhar

das
paixões,

aquelle

que,
desvairado,

se

lhes

lançou

na

corrente?
Caminhando

de

torpeza
em

torpeza,

quantas
vezes

se

morrer

o
homem
ás
mãos do
proprio

vicio

que
idolatrara?
Diz-se,

e
é

verdade,

que

a

virtude

é

laboriosa

e

diíficil;
mas
porisso

mesmo
é

que
ella
fortalece

a
alma,

e

a

predispõi
para resistir

com vantagem ás grande-

lormentas
da

vida.
A
virtude
é

um
combate;

combale

do

homem
comsigo
mesmo,
com suas

más

lendencias,

com
seus ruins

instmctos.
E assim
como
ao
corpo
quando

im-

merso
na inércia, se

lhe

debilitam as for­
ças,

assim

lambem
o
espirito,
sem
esse
combate,

rufe,

mas

necessário,
perde
a
energia.
A

virto

le tem. além

d'isso,
um
pre
mio

promeltido.
Aguarda-a

uma
corôa
de
victoria,

uma

palma
de
tritimpho.
Mas
essa

victoria

e

esse
triumpho

de
mandam

primeiro
os

afanosos
trabalhos
do
combate.
São

recompensas
arbitradas ao
merilo,

e
que


pelo

merilo podem

ser

adqui
­
ridas.
0
homem vive
no
tempo
para
a sua

gloria

na

eternidade.
E

a

virtude
é

quem
lhe
aplana
o

ca
­
minho

para



chegar,
convertendo-lhe

em flores

os espinhos
que

encontra
em

sua
passagem.


ella,

com

a

innocencia
de

seus
bellos

sorrisos, póde
adoçar-lhe

o
trago
amargoso da existência,
e
tecer-lhe
uma

corôa
de

saudades

para

o

mundo,

em-
quanto

que
na
candura
de suas

azas
lhe

eleva

a

alma

cheia
de bênçãos

para
o

céo.


ella emfim

póde dar-lhe

a

felici
­
dade

a que
constantemente
aspira,

porque


ella
é

grande,
como

também



ella

é

iinmortal.
Mas

a

virtude

sem

a
religião

que

a
feitilise
e
desenvolva,
é

como

a

planta,

que

a

ausência
do s.<4 tornou
improdu-
ctiva.
E

como
a
flor,
que

sem

luz,

sem

calor
que

lhe

dê vida, não

chega

a

mos
­
trar
o
colorido

de
suas
pétalas.
A

virtude

nasce

da religião, como
da
frondosa
arvore
o formoso
rebento.
E


a

sua

filha

predilecla,

e

não
ha
que

separal-as,

porque

é
d

essa
união

que
a

virtude

toma

o seu
principal

vigor.
M.
MARINHO.
Pergunta-se

com

certo
terror,

corno,

depois
de

18

séculos de chrislianismo,

o

mundo

tem chegado
ao
ponto
de

desmo-

rahsação
em

que

o vemos
?
Não ha

elleito sem

causa.
0

homem

é

um
ser
ensinado.
0

homem

faz
a
sociedade,
communi-
cando-lhe

o
que

recebeu.
Aos

que
a

condemnam, a

sociedade
actual
póde
responder:

<é

verdade, eu
«sou bem culpada
e

bem

desgraçada.
Mas

«de quem
é
a
falta?

Não
sou eu que
fiz
«o que

eu
sou;

eu

sou

o

que

me

(ize-

«
ram
».
A

sociedade
actual,

sendo
em

seu
to
­
do

saturada

de

odio contra o

chrislia-
nismo.
recebeu pois

com ahundancia

o

odio

do christianismo.
Onde

o
recebeu
ella?

No

ensino. Primeiramente no
ensi­
no

das

lettras

e da
philosophia;

depois

no
ensino

da
imprensa que

é

o
prolon­
gamento

d
’aquelle.
A

causa

principal

é
sempre

activa

dos
males

actuaes, é

pois
o

ensino

da

mocidade,

sobretudo da

mo­
cidade

litterata

que,
por

sua
superiorida­
de,

faz

o
povo á
sua
imgem.
E
na verdade,

qual
é

o

ensino
que

na
maior
pane
das

escolas
de
nossos
dias

recebe

a

mocidade?
Será

elle

religiogo?
Não,

mil vezes

não,

porque

a
Egreja
re
­
prova

todo

o

ensino
que

por

ahi

minis
­
tram

á
infancia.
Examinae
a

mocidade
de hoje.
No
espirito,

sciencias

e
lettras,

no

coração
nem
uma


ideia de
religião;

e

quando

muito
assomará

a seus

lábios

uma
pala­
vra tão

fria como

o
pensamento

que
a

inspirou.
Um

ensino
puramente

pedantesco
sub­
stituiu
o ensino

religioso
de

épocas que
não vão

muito
distantes,
que

creavam

vultos

como
o
padre
Antonio

Vieira,
Ra-

phael

Bluteau.
Jo>é Agostinho

de

Macedo

e
outros

muitos,

de

quem

Portugal

se
honra

de
ler
dado

o

berço.

Eis

porque

apesar
da

marcha
sempre

progressiva do

chi

istianismo.
causa

o
ver

populações
quasi

inteiras

cada

vez

mais
materialis
­
tas,

iu

liíferenles

e

até

hostis

á
religião;
e como
não
será assim,

se a

educação

e o

ensino

da mocidade,

estão

na

m

ior

parte

confiados
a

leigos, sem religião,
sem

costumes,
que
não

teem
nem
a

missão,
nem
a
vontade

de

fazer

conhecer
aos

man-*
cebos
a
verdade
catholica,

e
muito me­
nos
de
a praticarem


f
Teem
se
gasto montanhas
de papel,
FOLHETIM
À
MÃO DO MORTO
(
traducção

livre
).
V
Apenas
o
cavalleiro
Theobaldo

julgou

chegado

o
momento
opportuno,

tratou
do

livramento

de
seu amo.

Fazia
escuro quasi

completo;

os
outros

archeiros

.

dorimain
ainda,

e

ninguém

apparecera

que
podesse

adivinhar e

desvendar os

seus
planos.
Acercou-se

pois

do
conde,
que

havia

ter
­
minado

os

seus

preparativos

e
se
tinha

disfarçado
o
melhor
possível.
Para

que
ninguém
podesse

suspeitar

dos

seus
companheiros,

Theobaldo

escre
­
veu
e

deixou
no

proprio
lugar algumas

palavras, que explicavam o
modo como

as

cousas

se

haviam

passado.
Os

fugitivos

tinham

de

passar
primei
­
ro

por

um espaçoso
páteo,
que
separava

o

Iwerten-toren

do

palacio,
e depois

por

um

longo
corredor

brilhantemente
allu-
miado,

que
atravessava

o

palacio

em todo

seu
comprimento,

e

que

raras
vezes
se

achava

deserto.
Elles
caminhavam
com a

maior cau-
tella,

não

dando

um



passo

sem

olha­
rem

em

volta

de

si
Assim
tinham

con­
seguido

vencer,

sem
serem

apercebidos,
mais de

metade
do

trajecto,
que

tinham

a

percorrer

para
sahirem
do
palacio.
Thierry

linha
apanhado

a
espada
de
um
dos
guardas
adormecidos,

e

levava-a

bem

cingida
ao
corpo,

assim
como

Theo­
baldo.

Ambos
iam

bem
decididos
a

fazer

uso
das

suas

armas
contra

quem

quer
que
tentasse
embargar

lhes
a
passagem,

por

que,

se

fossem
surprendidos.
custa­
ria
isso
a

vida
a um d’
elles,

e
ao

outro
uma
prisão

mais

rigorosa

e

um

mais avul
­
tado

resgate.
Ora

foi

n

este momento que
o

criado
mandado
pelo

duque
sahia
da
sala,

onde

este
se

achava;
sala,

cuja

porta dava
ex-
actamente
para

o
corredor,

que

tinham

de

atravessar

o
conde
e

seu

escudeiro
Assim

o

dicto
creado

veio

esbarrar

de

cara

com

os

fugitivos.

Espera,
disse
elle

a

Theobaldo;

a
proposilo

le

encontro,
pois ia
procurar-

te.
0

snr.

duque

manda
que

venhas


á

sua
presença.
Ao

ouvir

estas
palavras,

que

foram

ditas
em
voz

alta,
comprehendeu Theo

baldo

que

ellas

podiam chamar

a
alten-

ção

sobre

os
dous

e

deitar
tudo a

per­
der.
Fazendo

pois

um

signal com

a
ca­
beça,
fingiu

encaminhar-se
com
seu

amo

para
onde

estava

Henrique. Mas
como
o
criado
visse que
iam
passando

adiante,
bradou-lhes:

Olé,

amigo,
onde
vais?

Olha

que

é

para

aqui.
Theobaldo

tremeu

de

impaciência.

Vol
­
tando

para o

importuno

e
mostrando-lhe
a sua

adága,
segredou-lhe

ao
ouvido:

Se
soltas

mais

uma
palavra,

ma-
to-le!
Infelizmenle
para

elle o criado

estava

longe
de ser

um
pusilânime.

Concebendo
uma

rapida
suspeita,
este

lançou

sobre

o

companheiro

do

velho

guarda um olhar
perscrutador,
e apesar
do
seu
disfarce,

reconheceu
n

elle

o

conde

de
Hollanda.
Então

precipitou-se

furiosamenle
sobre
o
lugitivo
Thierry,

e

agarrando-o

pela

gor

ja,
começou
a
grilar por

soccorro,
ele­
vando
a

voz na

proporção

que Theobaldo
lhe
descarregava sobre

a
cabeça

e

cóstas

golpes
d’espada

para

o
obrigar

a
largar
a

prêza.


gravcmenle
ferido,
o
desgra
­
çado

afferrava
todavia

o

ccnde

com

a

le

nacidade

febril

d

aquelles,
a

quem

a

vida

está
a

abandonar
por

momentos.
Outros actores
appareceram
então

so
­
bre

a
scena

para

a

tornarem

mais

ani
­
mada.
0
duque

e

Pedro, ao

primeiro

brado

que

ouviram,
accudiram

na direcção
d

onde
esse

brado
patlira.
Logo

porém

que

Theo­
baldo
viu

chegar

Henrique,

vôou ao

seu
encontro com

os

olhos

chammejantes de
raiva,
e
disse-lhe:
«Deus o

quer!

Deus
o

quer!

Escapaste

da

primeira

vez
ao

meu
punhal

para
vi­
res

agora

topar

com a
ponta

da minha

espada.

Tanto
melhor!

Prefiro matar-te
defendendo-me

e

face

a face,

do

que
pe
­
las
cóstas, porque

tu

deves
morrer

ás
minhas
mãos. Em
guarda,

pois!...
E

o
feroz
hollandez

dispôz-se

para

ca-
hir
sobre

o

inimigo
do

seu príncipe.
0
valente

duque

tremeu pela
primeira

vez
na
sua vida,
porque

estava
sem

ar­
mas.
A
pré-sa
nem

lhe

consentira

siquer
cingir

a

sua
espada!...
Entretanto

Theob

Ido

avançava

sempre;

o

feno,
que

brandia

a sua
mão

vinga­
dora

e

agitada
por
um

trem,

r

convulso,
distava

apenas
algumas

pol

legadas

do

peito
de Henrique

I,

que
n<

m

mesmo

pensára
em
recuar......
De

repente

o
cavalleiro
sentiu
o

seu

braço
relido

por
uma

mão

vigorosa,

que

o

puxava

para

traz,

fazendo

o
baquear
em

terra.
Estendido
no
chão,

opprimido

sob

o
joelho
do
seu

adversário

então

ponde
reconhecêl-o.

Era

Pedro!...

Esta vista
aca
­
bou de
fulmind
o.

Por Satanaz!

bradou
elle,
com

a

escuma

a

branquear-lhe

os lábios
Vomi-
lou-te
acaso

o

inferno
para

le

interpôres
sempre

entre mim e

a

minha
justa

vin­
gança?...

E

s

ainda
tu,

vil descrido,

que

rne
appareces

esta

noite sob

o

tecto

de
um

palacio,
como
de
manhã

debaixo

da

abobada
do
ceu?...
Theobaldo
estava

cahido,
mas
não

des­
armado. Procurava

servir-se
da
sua

espa­
da

contra
o
ferreiro;

mas

este
c<
n

eguiu
emfim
arrancar-lha,
não

sem

fazer
v
o-

lentos exforços

e

sem
receber

um

novo

e

largo

golpe
na
mesma

mão,
que

ti
­
nha
tão gravemente

ferida.
Hia
pois

a
fazer
uso
d

aquelle

ferro
para
o embeber
no peito

de

Theobaldo,

quando
voltande»

se,

vi
o

conde

Thierry desembaraçado
das







rios

de

tinia,

muito

tempo,
muitas
fadi­
gas,

e
até

muito

talento
e

espirito.
Tem

se

inundado
o
mundo
de

apolo
­
gias,

de

demonstrações,
de

polemicas,
de

criticas,

de
lamentações,
de

discussões.

Noite
e

dia

lem-se
esgrimido

contra

os
manipuladores
do ensino

e

contra

liberaes,
catholicos
liberaes

e

impios

de

todas

as
fôr­
mas
e
feitios,

ce

n

vezes
leem

sido

julga
­
dos

pelo
bom
cúterio;

e

todavia

eiles

continuam

senhores 4a
situação.
E

efleclivameme

hoje

na
Europa
são
eiles
quem

a
dominam.
Os

seus
livros

impios.

os
seus

romances

obscenos,

e

contrários

á

religião,
teein
voga

e

ven
­
dem-se

aos

milhares;

ao

passo
que

os

bons livros
não
leem
senão

uma publici
­
dade

restricta,

se

é

que
se

não
conver­
tem

em
cunhas
nos

armazéns.

Os

seus

jornaes

pullulam,

regorgilam

de
assigna
luras,

emquanto
os
bons

jornaes,

em

pe

queno numero, ou

renunciam
á

sua
exis
­
tência,

ou
vivem diflicilmenle
e
como

po
­
dem.
E
quaes
leem

sido

os

fiuctos
d’
essas

doutrinas

?

A

desorganisação universal,
a
negação

radical de

toda a

verdade

e

de

todo

o

direito,

a

invasão

monstruosa

da

immoralidade
e
do

suicídio,

a
expoliação
quasi completa
da

Egreja, a

prisão

do

l
’apa, a
implantação
da

heresia

no mes
­
mo

coração da
catholicidade
.
Em
França

foi

ha poucos

dias

enter­
rada

civilmente

uma

das

mestras

leigas

do

collegio

da

rua

de
Viclor-Cousiu,

con
­
correndo

ao

seu

enterro,

deputações das
differentes

repartições do Estado

no
de­
partamento

do Seine.

Note-se
que

tudo

isto
passou-se
n

um reino em

que a
re­
ligião

do

Estado

é

a

catholica

aposlolica
romana

!

Que
progre-so
de

caranguejo
!
Se
a

educação

conlinúa
a

ser

o
que
é,
meio
christà
e
meio
pagã,

e

até

mais

pagã
do
que

christã,

não

sahirão
d

ella
senão

gerações
hybridas
e

estioladas,
in
­
capazes
de

resistirem
ao

mal.
Reforme

se

pois a

educação.

Venha
em

auxilio

da

mocidade

a
educação

re­
ligiosa.
a
unica
que pôde dar

bons
cida­
dãos
á
patria

e
bons
filhos
á
Egreja.
Bispos,

padres,
religiosos,
paes
e

mães

de familia,

e

finalmente

todos,

trabalhe­
mos n
’esta

empreza

santos

que
é
o

futuro

de
nossas

famílias. Que todas

as

vozes
e
todos

os corações
clamem
ao
Pae

das

misericórdias,

como

os

apostolos

prestes
a

naufragar:

ítenhor,

salvae-nos!

nós
pe­
recemos!

Domine,

salua
nos,

perimus.
R.

Valente.
litaboa, fi de novembro de 1S1».
(Do
nosso correspondente)
Está plenamente
confirmada
a

alliança

da
Prussia

com
a

Áustria.
Não

parecia,

até
ha
pouco,

verosímil

a

separação da Rússia
das
duas
referi
­
das

nações;

mas
o
tempo

encarregou-se
de

mostrar

que

«em

política, como
diz
o

iliustre
poeta

João

de

Lemos,
não
ha
nem

sempre,

nem
nunca».

Depois,

caro
amigo,
a epocha
é
de estúrdias,

e

de

estúrdios,
e

de
surprezas
tão

impossíveis,

que

muitas

vezes

deixam

a gente

resolvi
­
da
a

descrer

das consequências

de

qual­
quer

principio

solidamente

estabelecido,
acabando
por
acreditar

que isto

de
in-
telligencia.
raciociuio,
lógica,

e
experien-
cia
dos

homens,

e

das
cousas
são
outros

tantos seres
phantaslicos apenas

creados

para
nos

exporem
á

irrisão
alheia,

e
á

própria confusão.
Diz-se

que

o

imperador
Guilherme

se

ostentou

allamenle

opposto á

tal
allian
­
ça;

mas

não

pôde

ir

contra

a

omnipo­
tente vontade
de

Bismark.
Sabeis
as

intimas

relações,

que
ligam

o velho

imperador
da

Allemanha

ao
da
Rússia;
e

desde que se
sinta

que as

ten­
dências
do

alludido
pacto
são todas

no
intuito
de

tolher
a acção do
governo

do

Czar,

cujas

aspirações
de

engrandecimen
­
to
são,
para

muitos,

incontrastaveis,
é
facil

descobrir

o

fundamento
da

má von
­
tade

do
imperador

Alexandre

á recen
­
te

obra do grande

chanceller

da Aliema-

nha.
Mas

a
Rússia

não
está
de
tferto

só.
Sedan

não

esqueceu ainda,
nem

esque
­
cerá
nunca,

a

França,

a qual

não
pô­
de,

ceriamente,

vêr

com

bons

olhos a
Alsacia

e

Lorena

nas
mãos
do
seu
vence
­
dor

de

I870;

e
se

as
loucuras da

re
publica de

Grevy,

e
de Gambeta a

obri
­
gam

a

occupar
um

logar

muito

secun
dario,
agora,
ámanhã
o

instincto

da
pró­
pria

conservação,

e
os
brios

nacionaes
poderão
derrubar

a causa
da

palpavel de­
cadência
da
patria
de

S.
Luiz,

e

espero
que

a

derrubará;

e
sobre
as

ruinas da
re
­
publica
poderá
surgir
o

governo legitimo,
o

qual

restituirá,

de
golpe,

áquella

na
ção

a

sua

antiga
força,

e

preponderância.
E

a

França

dirigida

por

um

governo
pru
­
dente,

e

energico,

amigo
do seu
paiz,

e

fiel
ás

gloriosas
tradicções
d

elle, ao

la

Jo

do
império
russo,

é talvez com
mais
al
­
gumas

nações

libertadas,

não

é
de

certo
um

adversário

despresivel.
Mas,
seja
como fôr,

creio

que

da
consumtnada

alliança

dos
dous

impérios

austríaco,

e
allemão,
de certo
nascerão
outras allianças,
que tolham
os

vòos

am

biciosos

de
suprema

aucloridaie
sobre
os

governos
da

Europa,
a
que.

porventura,
aspira
o

actual
arbitro
dos

destinos

da
Allemanha.
Do

que

venho
de dizer,

muito
ao
correr
da penna, talvez

vos

pareça
que

julgo
guerra,

mas
guerra
colossal,

o

re­
sultado

do
recente

piclo,
á
qual

serão
airasladas

ainda
nações,

que hoje,
talvez,

se

não
preoccupam
muito

com

o
gravís­
simo
acontecimento,
a que

me

referi no
começo

d

esta
correspondência,
e
tenho

continuado.
E

não

vos

enganaes.

Vejo
os horisontes políticos

impenetravelmenie

toldados,
como

prenuncio

lugubre
de
te-
inerosissima

tempestade; mas

creio

lam­
bem
que
depois
d

ella brilhará',

com

to­
do

seu explendor,

o sol

da

liberdade
dos
povos,

sequiosos
d

ella,

e

de
uma
paz
diuturna,

á

sombra

da
qual
se

emanci­
pem

dos

males

com

que

a
revolução

os

tem
convidado.
Lembrei-me
muito do
dia

dos

annos
do
nobre
Rei
fallecido
longe

da

patria-tio

anniversario

do

actual

chefe
do
Estado.
Nunca

o

dia
26

de
outubro,
nos seis

annos
do

reinado
do
Snr.
D.
Miguel
I
Lisboa

deixou
de festejar
espontaneamen­
te,

e

com todas as

demonstrações

de re-

gosijo
nacional

os

annos

do
seu

Rei;
o
dia,

porém,

31
d’
outubro

passou-se
sem
o tninimo

signal

de regosijo,

a
não

ser
a

salva oíTicial,

e

as

luminárias

nos
quar­
téis,
e

ediíicios
públicos.

Nem

um

fogue
­
te,

nem

um

viva,

nem
nada,

que

dissesse
á

capital
que
os

seus
habitantes

se

iden
­
tificavam

com os

magros
festejos
oífi-

ciaes!

Até

o «Diário

de

Noticias» se não
ostentou

enthusiasta,
pois

se

limitou

a
dizer

nos,
em
cinco
ou

seis

linhas,
ape
­
nas,

e

essas
quasi
no
fi
n
da

l.
a

pagi­
na,

que

o
snr.

D
Luiz fazia
annos,

e

que tem
reinado

muitos
annos

em

paz!!
isto
é

muito
significativo,

não

achaes?

O

Ennes,

em

Almada,

eoZophimo
Pe-

droso

em

Santa Engracia, tiveram
uma

estrondosa

ovação pela

sua victoria elei­
toral;
e
o augusto príncipe,

que

está

no
throno,
faz
annos,

e
até

os proprios
de

fensores

da

dynaslia

da

Carta se
mostram

gelidamente

indilferentes!
Com
tal

popularidade

é

bem

triste
o

officio
da

soberania.
Até

o

tempo
não

esteve para
se
ve­
stir

com o

seu
fato de
vêr

a
Deus.

Agua

de

cima,
lamas

por
baixo,

carran­
cudo

á

maravilha!
Realmente

tenho


do

augusto

neto
do

imperador
brazileiro!

A


parte

o

mau

gosto

de se sentar,

muito á

vontade,
no
throno,

é

uma boa

pessoa. Digo-o
conscien
­
ciosamente.
Voltando

á

política

externa
dir-vos

hei

que
o
telegrapho

nos
annunciou,
de

Lon­
dres,
uma
próxima

entrevista
dos
tres im­
peradores, Alexandre,

Guilherme
e

Fran
­
cisco

José.
Como
explicarão

este

facto,
a

realisar-

se,
os
políticos,

que
ahi

apregoam

a
in
tima
união

do

imperador

da
Allemanha
com
o
<Ja Áustria,
tendente

a

contrariar,

os intuitos
do

governo

do
Czar?
As

noticias,

pois,

não

contradictorias,
inclino-me,
porém,
a
crer

que

estão

mais
perto
de acertar os

que
negam

o
des­
acordo

dos

imperadores
da

Allemanha,
e

Áustria
com

o
soberano

da
Rússia.
D.
Carlos
foi
a

Londres.
E’
forçoso
confessar,

que

nenhum

prín
­
cipe.
aquem

a
revolução
traz

auzenle

do
seu

paiz,
é tão teimosa
e

nobremente
energico. D.

Carlos não
descança, põe,

constantemente,

os
meios
de
conquistar

o

throno,

que

lhe
pertence
de
direito.

E


deveras

catholico,
mas
sabe
que o ma
­

do
deserto ainda

não

voltou

a

ali
­
mentar
nenhum
outro p>vo
no

caminho
da

terra

da promissão; e

porisso trabalha.
Oxalá que

lodos,
em

idênticas circum-
slancias,

o

imitassem!...
A

«Palavra»

do

conde de
Samodães

continua

a

ser

fustigada desapiedadamen-

te

pela

«Nação».
Nunca
as
mãos
lhe

doam;
pois

são

poucas

todas
as

tundas,

perdoe-
me
o
termo,
que
o
jornal
olficial legiti-

mista


á

tal folha

beata,

mas

da fami
­
lia
de

D. Basilio.
Publicou
se

o

Almanach
Catholico

Le-
gitimista. Vem opulento
de
artigos,
e
poe­
sias

interessantes

Não

é, em

nada,

in­
ferior

aos

anteriores.
Nenhum

portuguez

legitimista

deve prescindir de ter

aquelle

almanach,

pois
além

de
recreativo,

in-

strue
aqui,

e
alli,
os
que porventura igno­
ram

a
historia
da

legitimidade,

ou

andem

illudidos

pelo canto suave

das sereas

libe
­
raes.

Recommendae-o,

que

é

bem

digno

do
favor
publico.
Não choro,

de

certo, os
meus
seis

vinténs.
Falleceu
D.
Caetano
de
Noronha,

se
­
gundo
filho
do
conde
de
Peniche

(hoje

marquez

de

Angeja

pela revolução). Sou

amigo do
referido

titular,
desde

os

mais
verdes

annos,
e
porisso
doe-me

muito
o

desgosto,
que
certamente
punge
o
espi­
rito dos

afflictõs
pies

do

nobre

defuncto.
A

snr.a
D.
Maria da

Gloria
Manique,

esposa

do alferes

d
’infanteria

l,

e

filha

do

nosso

amigo
Francisco

Manique,
deu,
ha
pouco,

á

luz um

filho.
O avô disse-me,

quando
me

participou

a

nova:

se
fôra

meu filho,

dir-te-hia

que

acabava de

nas
­
cer

mais
um
burrico

de
pura
raça.
Temos

membro
di

camara
municipal

de
Lisboa
o

cautelleiro Fonseca!!!
Gosto

d’
islo.
Hom

essa!
exclamou
um

dos

muitos,
que
estão

n’
aldeia,

e
não

vêem

as

casas.
Honfessa!

respondi
lhe

eu

todo

admi­
rado

do seu
espanto.
Assim, sim.
Gosto

d

isto,

repito;

mas

ainda não
estou
satisfeito
...

Deixem
ca
­
çar

a

furôa. A demagogia,

embora
em
­
plumada,



conseguiu
muito;

mas
não

tanto,
quanto

é
mister para

que
o puro

liberalismo

pronuncie

a sua
ultima

pala­
vra,

atirando

para
o

barril
do

lixo
a

rea­
leza da
Carta,

e

se emancipe

apoz

do

jugo
mais
oppressivo,

o
da

liberdade
revolu
­
cionaria.
O

vosso

illustrado
collabirador

o snr.

Marinho,

abraçou
ha
pouco
a

nuvem
por

Juno.
Perdoe-me

o

nobre

publicista

que
deplore

o

modo como

ajuíza
da

futura

sessão
parlamentar.

S.
exc.a

nutre

faguei­
ras

esperanças
em

vista
do
resultado da
ultima

eleição,

propicia

ao

catholicismo,

porque

a

urna deu ao parlamento alguns
padres.

Pois

o

snr.

Marinho

não
sabe

que

alguas

d’esses
padres

são liberaes,

e
que
o

padre liberal
será
tudo

menos

um

ec-
clesiastico
agradavel
ao

Pontífice romano?
O snr.

Marinho

parece

exultar

com

a
recente
eleição; lamenta-a,

porém,
e
córa
O

vosso

correspondente
A.
mãos

do

criado,

que
acabava

de

expirar
viclima
da
sua

coragem,

largando

a
prêza


quando

de

todo

lhe

fugiu a
vida.
Em

presença

do

novo

perigo,
que

ameaçava

o

duque,

Pedro
tomou
a

ma-

gnanima

resolução

de

lhe

abandonar

a

arma,
de
que
acabava

de apossar-se, con
­
fiando

á

Providencia

o que

poderia
acon­
tecer lhe,

entregue
assim

ás
suas
próprias

forças.
Arrojou

pois

a

espada

a Henrique.

No

mesmo
instante porém
Thierry,
quebran
­
do
a

sua,
e

arrojando
os
pedaços

aos
pés
do

duque,
exclamou:
«Príncipe,

não
quero

altentar

contra

os

teus

dias.
E


uo

campo

de

batalha ou
dentro
da
estacada

que

devemos,
em
leal
combate,
medir

de novo

as nossas
for­
ças,

e

nunca

n

este
lugar.

O

destino
ha
desmanchado

os

meus projectos,
que

po
­
dem

excitar
a

lua

cólera.
Mas sabe
que

eu

tinha

o

direito
de os
conceber,
porque

era

teu
prizioneiro

pela
força

e

não
sobre
palavra;

e
é

licito

á

astúcia
luctar

contra
a

força».
Henrique
limilou-se

a lançar

sobre

Thierry

de
Hollanda

um

olhar

de

despre-

so; e

dirigiu-se

a

Pedro
que,
apesar
de

extenuado

pela

pêrda do
sangue,

que lhe

corria
das
feridas,

continuava

a
ter

mão

no

seu
adversário.
Collocando
a

ponla

da

sua
espada

sobre

o

peito
de

Theobaldo,
Jhe
disse

o

duque:
«Ainda
agora
estiveste

para morrer
á

ponta

d'esta
espada;

mas

a

Providencia

-não

o
permittiu,

porque
te
reserva

outro
genero

de morte.

ATnanhã subirás

a

uma

fôrca
levantada

no meio

da praça
de
Sainte-Walburge.

Conle—
accrescentou
o
duque

dirigindo-se
a
Thierry—eu
prefiro

este
lugar
para

que
das janellas

do
vosso

alojamento

possaes

assistir
ao supplicio
do
instrumento
de vossas

criminosas

lentati

vas,

esperando

que possámos também

re­
gular
os

nossos negocios
entre nós».

Duque! exclamou Thierry
profunda
­
mente
commovido;

o

homem,

que
vós

condemnaes

a
uma

morte

ignominiosa,
posto
não

procedesse

de
combinação

com-

migo,

obrou todavia

unicamente

por

amor
de
mim.

Possa

pelo menos esta

dedica­
ção

inspirar-vos
mais benignos

senlimen

los
a seu
respeito.
Além
d’isso,
elle

é

um dos mais
nobres

cavalleiros

dos

meus

Estados.

Por
maior

que

seja

a quantia

exigida
para

seu

resgate,

eu

a
pagarei
sem

hesitar

para
salvar-lhe
a

vida.

Eu

não

vendo

a
justiça,
replicou
Henrique.

Dizeis

que

elle
é
nobre?
razão

de
mais
para

que

eu

me

mostre

desapie­
dado;
porque,

havendo
recorrido

ás

mais

abomináveis

manobras
para

me assassinar

traiçoeiramente,
calcou

aos

pés

as
leis
da

cavallaria.

Se
desejava

matar
me,
de
­
via
ter-me

arrojado
o

seu

guante,

que
eu

não

poria duvida
em

descer

com

elle

á
estacada;
se era seu

empenho

liber­
tar-vos,

podia

ter juntado
as

relíquias
dis­
persas

do

vosso

exercito,
e

marchar

contra
mim

á

sua
frente
.......
Thierry

inclinou

a
fronte, e

não
res­
pondeu

mais palavra.
Quanto

a
Theobaldo,
ia

elle
fallar

quando

muitos homens,

atirahidos

pelo
barulho
da

lucta,
que
se

havia

passado em me
­
nos

tempo

do
qtie

o
que

levamos
a
con-

lal-a,
se

apresentaram junio
do

duque,
re
cebendo

d

este
ordem

para
conduzirem

Thierry
outra
vez

á

sua

prizão,

e para

metlerem
Theobaldo n
’um
dos
cárceres
mais
sombrios do
Iwerten-toren;

o
que
logo
foi

exactamenle

cumprido.


dia seguinte

uma

forca

se

via le
­
vantada

no

meio

da

praça

de

Sainte-Wal
burge;

em
frente

via-se
um

estrado
de
­
stinado

para

o

duque

e

para
o

seu

­
quito.

Uma

multidão

immensa,
rugindo
de

impaciência,

esperava

alli
a
chegada

do
condemnado.

A

hora
fixada

para
a

exe
­
cução,

appareceu
Theobaldo,

envolto

n

uma

longa alva,

com uma

corda
ao

pescoço
e

com

as
mãos
prêzas
alraz

das

costas.

Trazia

á
direita
Pedro,

e

á
esquerda

o

senhor
d

Assche.

Apenas

chegados

junto

do
palibulo,
começaram

os

aprestos

para
o

supplicio.

O
padecente
nem

tremeu,

nem

desmaiou

em

face

da
morte;
mas
quando

descortinou
Thierry
de

Hollanda
rezando

ajoelhado
alraz das

grades
da

sua

prizão,

uma
lagrima
lhe
deshsou

pela

face; fez-

lhe
com

a

cabeça

um
ultimo
signal

de

despedida, a
que
o verdugo
pôz
termo

lançando-o
na eternidade!
.........
Elle
tinha
confessado

todas

as
maqui­
nações,

a que

se

arrojára
no

intuito

de

vingar

a

desfeita

e o

captiveiro

de seu
amo.

Jurou
porém

sobre

o
Evangelho

que
este

de
nenhum
modo o

havia

instigado,

e

que


tinha
um
cúmplice,

cujo
nome

persistiu

em

calar,

mesmo

no
meio

das

mais
atrozes
torturas.
Poucos

dias

depois

Thierry de
Hollan
­
da foi transferido
para
Vilvorde,
d
’onde

mais

tarde
sahiu
livre,
tendo
pagado

uma

avultada quantia,
como

resgate,

ao
duque
de
Brabante, e
prestando-lhe

o preito

e

homenagem,

que
antes
lhe

recusava.
Henrique

I

quiz

fazer nobre

ao
ferrei*
ro
Pedro,

o
que
este

não acceitou. Com
effeito elle

amava

pírdidamente

Lisbeth
a

peixeira,

e

fazendo-se
nobre,

tornava

im­
possível

a

sua união
com

ella.
O coração

devotado

e
amante

de
uma

mulher

pare­
ceu-lhe
uma

base

mais

solida de felici
­
dade,

do

que

um feudo ou um
titulo

de

cavalleiro. Mas
como

as

suas
feridas

de
­
viam
de

tornar-lhe
quasi

impossível
o
desempenho

regular
do seu
officio.

accei­
tou

do duque uma

pensão,

e continou

na
posição
humilde

e

laboriosa,
que
até

alli

linha tido.
Deus,

fazendo-o
o
anjo
da

guarda

do

duque

Henrique,

e
retendo
o

ao

mesmor

tempo
na
sua
condição
de

Villão,

tinha
sem

duvida
os

seus

desígnios,

pois

que
estava

reservado

a

Pedro o
ferreiro
pre­
star

mais

tarde

um

serviço
immenso
á

humanidade.
(Continúa}










Sermões do
Advento,
que serão
prégados na
Egreja
do
Golle-
gio
no
prezente anno.
de
1379,
pelos
collegiaes do Seminário
no fim da missa conventual.
í.°

domingo

do Advento. .

:
Prégará
o

collegial=Manoel Antonio
Borges

(subdiacono).
Thema=Coeli
et

terra

transibunt,

ver­
ba aulem
mea
non praeteribunt.

Evang.
da

dotninga,

S. Luc.
cap.
21.
Assumpto.
Combater

o

indifferentismo
religioso*
mostrando
a

necessidade d
’uma
religião
re

velada, e

que



uma

póde
se

verdadeira*
2.°
domingo.
Prégará
o
collegial=Manoel

José de
Carvalho
(subdiacono).
Thema=Tu
es

qui

venturus es,
an

alium

expectamus?

Evang.
da
dotninga,
S.

Math.

cap.
II.
Assumpto.
De

todas

as

religiões

reveladas,

só'a
íhristã

é

verdadeira,

pois



ella

contém

os
caracteres

de

veracidade,

como

são

mi
­
lagres

(que

Jesus

Cbristo
aponta

no
Evan­
gelho

d

esta

dominga)

e

santidade

de
dou­
trinas.
3.
Q

domingo.
Prégará
o

collegial=

Eduardo

Augusto

da
C.

Cerqueira
(subdiacono).
Thema=»Vox
clamantis

in deserto:
Di-
rigile

viam

Dornini.

Evang.

da

dotninga,
S. João
cap.
1.°
Assumpto.
Duas
coisas
são
necessárias
para

se
­
guirmos a
verdadeira religião:

l.
a

o
cha­
mamento
de

Deus,

que não


chama,

mas

clama

(vox
clamantis); 2

a a nossa

coope
­
ração

com

esta
graça

(dirigite

viam

do-

mini);

mas

infelizmente
é

lai

a nossa
mi­
séria
n’
este

segundo

ponto
que a

voz
de
Deus clama

no
deserto

(vox

clamantis

in

deserto).
Braga,

Seminário
Conciliar

de

S.
Pe
­
dro,
5
de
novembro
de

1879.
O
Vice-Reitor

do

Seminário,
Monsenhor
Rebello de

Menezes.
GAZETILHA
AnniversarÉo
«la Definição do­
gmática da
liumaeiilada
Concei-
?ão.

A
commissào

promotora

das obras
do

Santeiro
projecta

commemorar

o
faustíssi­
mo vigesimo-quinto anniversario
da

De
­
finição

dogmatica
da

Immaculada
Concei
­
ção

da
SS.
Virgem, com

uma

imponente
festividade

que
lerá

logar
no

magesloso
templo

do
Populo,

no
dia 8

do

proximo

dezembro.
Escrivães de

direito d’esta co-
marea.

-E


de

1:6000000

reis

a lotação

para
os

escrivães

de
direito

d

esta

comarca
Inacreditável.

Referem

de
Ponte
do
Lima
que

a
capella

de

Nossa

Senhora

da

Lapa

está

SERVINDO

DE

ARMAZÉM

Ê
CASA
DE
TRABALHO

DE CARPIN
­
TEIRA

!!

!
Será
verdade ?
Longeva.—
Um

jornal
d
’Agueda

no-
licía

que na
freguezia d
’Espinhel

fallecera

Maria

Manca,

solteira,

pastora,
com

106

sonos
d

edade.
Hamal
para
o
Gereas.—
O «D.

de

Noticias»
refere

que



está elaborado
o
Projeclo

do
ramal

da

Foz
do
Caldo
para
as
Caídas

do
Gerez.
Aula

particular diurna
e no-
tturna

em
Viaella.—
Noticiámos,
ha

tempos,
a
inslallação
d

uma

nova aula
em

Visella,
por

iniciativa
do

snr.

padre

José
«oaquitn

Gomes,
que

tem
prestado

áquella
■orinosissima

e
.importante
povoação

ser­
mos

inestimáveis.
A
casa

da

aula
está

pptimamente

si-
luada

junto

da
egreja

de

S.
João;
tem

«cellentes
condições

hygienicas e

uma

capella
separada.
No

anno lindo
teve
37
alumnos,

sen­
do
7

pobres.

Este

anno
abriu-se

no

l.°
do corrente,

e

no
primeiro
dia

matricu
­
laram-se 15
alumnos

na aula

noclurna.
0
snr.

padre

Gomes

tenciona

dar
mais

a
°aplitude
a

este
pequeno

estabelecimento
litterario,

abrindo
lambem

aulas de fran-
cez,
ensaios de musica,

desenho,

princí­
pios de

geographia,
etc.
Dum

prospecto

que
temos presente
copiamos

o
seguinte

regulamento
geral:
«Nos domingos

e dias
sanctificados.
reunir-se-hão

os
associados

de

S.

Luiz,

dirigidos
por
dois
Prefeitos,
que

lhes en
­
sinarão
a

doutrina

christã,

a

oração,

as
primeiras

lettras,

e

os

seus

deveres
reli­
giosos,

raoraes,

civis,
e
sociais.
Os

castigos

phisicos

e

moraes

serão

correspondentes
aos

seus

delictos

durante
o

ensino,

e
dictados
pela
prudência
e

ca­
ridade,

e

applicados

pelos

Prefeitos.
Nos

mesmos

dias,
mas

separadamente,

se

reunirão
as

meninas,

associadas
de
S.
Luiz,

para
o

mesmo

lim,

dirigidas

pela

Directora

e Professora,
e debaixo
da
mes­
ma
ordem

e regulamento
que

os meninos.

Esias
duas

associações

são
espirituaes,

e

approvadas

pela

Egreja Calholica.
Com

as
mesmas
condições

e debaixo

da

mesma

ordem

e

regulamento,

se

reu
­
nirão
as
mulheres
que

quizerem
aprender

a
ler
e

a
escrever

pelo

systema

de
João
de Deus.
Na

aula
diurna

e

quotidiana,
haverá

cautelosa
separação

dos

dois

sexos,
e

os

seus

alumnos
e

alumnas
estarão
sugeitos

ao

regulamento

e

á

disciplina

usada

nos

lyceus,

seminários,

collegios,
e casas

de

boa
educação
iitleraria e
moral».
D

aqui

podem

os

leitores

inferir

os

benefícios que d’
esta

instituição
resultarão

para
a
sociedade.
Felicitamos

o

seu
incauçavel

director,

o

snr.

padre
José

Joaquim
Gomes,

por

ver

coroados
do

melhor
exito
os

seus
constantes
esforços

e

sacrifícios.
Angínho.

Deu-se

no

sabbado

á

se
­
pultura

o

cadaver

d

uma
íilhinha

do snr.

Antonio

Joaquim

Loureiro,
honrado

ne­
gociante
d

esta

cidade.
In«peeção.—
Na
ultima

sessão
da
jun­
ta
de

revisão

foram
inspeccionados

17

mancebos,

ficando

approvados

7,

um

dos

quaes

prestou
tiança

de
substituição.
Mortalidade.

No

mez
findo
enter­
raram-se

no

cemiterio

d
’esla

cidade 99
pessoas,

sendo 20

homens, 28 mulheres
e
51
creanças.
Primeiro
de
Dezembro.—
Alguns
curiosos

d’
esta
cidade

andam
ensaiando

um

drama

intitulado

Heroísmo

Porluguez

em
164U,

e

a comedia
O

perdão
d’
acto,
para

serem

representados
no

lheatro

de

S.
Geraldo

no
1
.° de
dezembro,

anniversario


gloriosa

restauração
da
nossa

indepen
­
dência

em

igual

dia

de

1640.
Falleeimento.—
Depois

de pomposos

officios
no
templo
do
Carmo,
foi honlem

conduzido

para

o cemiterio

o
cadaver
da
ex.
IIia

snr.
a

D.

Thereza

Julia Gonçalves
Passos,
irmã

do

snr.

dr.
Manoel
Joaquim

Alves

Passos,

distmcto

facultativo

e

um

dos
primeiros
operadores

do

paiz.
O
raminho de
ferro dt* fiteira
Alta e a eidade de Coimbra. —
Do

snr.
dr
Augusto

Rocha,
Presidente

da
Commissào
Popular

Executiva
eleita

no
grande

commicio
popular

que opportuna-
mente

noticiámos
haver
lido
logar

em

Coimbra,
recebemos

uma cópia do

seguinte

oílicio

enviado

por
aquelle

cavalheiro
ao
snr.
ministro

das

obras

publicas:
Exc.
‘no

Snr.

Em

virtude
da
delibera
­
ção da
Commissão
Popular

Executiva,
en­
carregada
de

representar

aos poderes
do
Estado

a
necessidade

de

introduzir,
na

directriz
do

Caminho
de
Ferro da
Beira

Alta',

as

modificações
tendentes
a fazer

tocar

em

Coimbra, esta
linha
internacio­
nal,

seguindo

por
esta

cidade

e

margem

direita
de

Mondego
até

ao
mar,

tenho a
honra

de

dirigir-me
a

V.

Exc.
a pedindo

a
informação do

estado

das negociações
pendentes
com

a respectiva

Companhia,
negociações

que V.
Exc.‘
olfieialmente
se
compromelteu

a

entibolar

perante a

Com­
missão
que

em

Lisboa

entregou

ao
Chefe

do

Estado

uma

Representação
n

esse

sen­
tido.
A
Commissão


com

estranheza
que

se

deram ordens

por

parte

da

Companhia

para
principiarem
na
Pampilhosa os tra
­
balhos

da
grande
estação,

o

que

prejudica
directamente

os

pedidos
e
reclamações da
cidade.
A
Commissão
espera

que
V.

Exc.a
,

considerando

que
ella
advoga

os

interesses
d
uma

cidade
importante

e

está

investida

no
seu mandato
por
uma grande
Assem­
bleia Popular,
se

sirva
pelo

seu
secreta­
rio
enviar-me
as

informações

necessárias
para
esclarecer
o

publico

a
respeito

do

estado

de
taes

negociações
A

Commissào
lembra

a V.
Exc.a
que

os
ministros,

na

qualidade de
gerentes

dos

negocios

da

Nação,
não

pódem

íur-
tar-se
pelo
silencio

aos
compromissos
con-

trahidos.
N

esla
mesma

data

envio
aos
jornaes

este

oíTicio

para

ser

devidamenle

aprecia­
do

pelo
publico.
Deus

Guarde a V.

Exc.a
Coimbra,
5
de

Novembro

de

1879.
Exc.mo
Snr.

Conselheiro

Augusto

Saraiva

de
Carvalho,
—Digníssimo M.
das
O.
Publicas,

Commercio e
Industria.

O

Presidente da
Commissão,

Augusto
Ro­
cha.
Incêndio.—
No

sabbado

deu
entrada
no

Hospital
de S.
Marcos,

um

indivíduo,

conhecido

pela
alcunha

de

Tgrano,
da

freguezia

de
S.
Jeronymo
de Real, que

ficára

muito

mallractado
na

occasião

em

que

procurava
apagar

um

incêndio

que
tinha
pegado
na
casa

que

habitava.
D.
João I
e a
batalha «1’Alju-
barrota.—
A batalha
d

Aljubarrota foi
um

dos

feitos
mais gloriosos
de

nossas

armas;
mas, n

aquelles

tempos
felizes o

o
soldado não

entrava
em combate

sem

implorar

a
protecção divina.
Era

o snr.
D.
João

I

muito

devoto
da

Virgem

Santíssima,
e

porque
se

ti
­
nha

posto
debaixo
de

sua

protecção,

mal

obteve

a

victoria
dirigiu
se

em
romaria

e

a

para

a
egreja

de

Nossa

Senhora
da
Oiveira,
em

Guimarães,

a
dar-lhe
graças

pela protecção que

lhe

dispensou,

o que

fez nos
seguintes
termos:
«Senhora,
eu

confesso,

e

quero
que

todos

saibam,
que

eu
por
vossa

virtude
sómente

venci

esta

batalha,

e
que

no
ponto

e hora em

que estava para

n
’ella

entrar
dei
um
grande

espirro, o

qual
houve

e
tomei

por
um
grande

agouro,

pelo

qual

cessei

por entonc.es
um

pouco
de
mover

para

ella: no
qual espaço
me

deitei
de

bruços

e

não

sei se
dormindo,
se

acordado,

porém,

posto
em

mui gran
­
de
pensamento,
vi

em

visão aquesta

vos
­
sa

santa
casa

tal

que
ainda
agora

a vejo

com
aquesta
oliveira,
e

veiu-me ao pen­
samento

o
entendimento,
que
eu por
exem­
plo

do
primeiro
rei
me
devia encommen-

dar

a

vós

e

haver por

tomadas

as mi
­
nhas

'armas
da vossa
mão:
pelo

que

eu

logo

votei

e
promelti,

o

que

agora

faço,

dizendo-vos

em
minha
oração

eu

vos
pe­
ço

Senhora,
de

grande

mercê
assim

como

vós
ao

dito

rei

D.

Affonso
Henriques

foste
principio

de
aqueslo
reino,

sejaes
a
mim

vosso
devoto

defensor
d
’elles,

e
enlon

ces
lhe mandou

pôr
as

ditas

armas
em

cima

de

seu

altar,

dizendo:

vós
—Senho
­
ra—m

as
déste,

vós

as tomae
e

guardae
pezando-se
primeiro a
prata

com
ellas.»


E.
/Ctt

almas beinfazejaa.

Pede-se

por caridade
uma

esmola

para
o

infeliz
José

Maria,
morador

defronte

da

capella

de

S.

Miguel-O-Anjo,
casa

n.°

3, empre­
gado
que
foi
no

Seminário

de

S.

Cae­
tano,

e

hoje se

acha

paralítico

sem
po
­
der

articular

palavra,

e
impossibilitado
de
todo
o
trabalho.
A'a almas
enritati va».—
Recom-
mendamos

e

muito ás
pessoas

caritativas
a

desventurada

Maria

José

da

Silva,

mo­
radora

tia
rua

dos
Sapateiros,
n.°

7.

Vive

em
extrema
penúria,
e

padece
de

doen
­
ça

incurável.
A

envidade publica.—
Muito re-

commendamos

ás
pessoas
caridosas
o

in
­
feliz

Antonio
Marques

da Costa,

morador
na
rua

de

S.

Miguel-o-Anjo,

casa

n.°
4,

3
0

andar,
que

se

acha

na

maior

neces­
sidade

e

.doente,
vivendo



da

caridade
das pessoas
que
o
soccorrem
com
alguma

esmola.
ULTIMAS
NOTICIAS
Lisboa
7—«Diário»:

Foram

apresen
­
tados
nas

seguintes egrejas:
Santa Maria

Villarinho,

de

Castanheira.
Wenceslau

Gal-

las da
Gosta;

na de S. Lourenço

de

Ta-

veiro,

Antonio

Mendes

Ribeiro;
na

de S.

Vicente
de

Vizeu,

José
Almeida
da
Costa;

na

de

N.
S.
da

Conceição
de
Caria,

Do
­
mingos
Martins

Pinto.
Decreto
approvando
o
regimento
dos

preços

de medicamentos.
Promovidas
á

propriedade

das

cadeiras:

de

instrucção
primaria

no

recolhimento
de

S.

Thiago

de Vianna,

Anna

da
Costa
Car­
valho;
na
de Caslellões
em

Tondella,

Gui-
Ihermina
Freixo;

na

de
S. João
de

Lou-
rosa,

Vizeu,

Maria

Marques

da
Sdva;
na

de

Torredecla,
Vizeu,

Maria

do

Patrocí­
nio;
na

do

Casal do Meio,
Sattam,

Ma
rianna

Capella.
Idem
8—Na
bolsa venderam-se:
15

acções do Banco
Ultramarino
a

490000;

86
obrigações
da
companhia

das
aguas

a
860200;
121

prediaes

a

930100;
8

contos
em

inscripções
a

51,90;

10
para 30 do
corrente

a

51;
5

mil

escudos

de
fundos
hespanhoes
a

14,34
A

alfandega
rendeu
a

quantia

de
reis
25:1530838.
Paris

7

Os

periódicos

russos
criticam

o

procedimento

da

Inglaterra
para
com

a

Porta.
Os

jornaes
de

Berlim

dizem
que
vá­
rios
papeis
encontrados

em Cabul,

provam

a

cumplicidade
dos

russos

na revolta

do

Afghanistan.

A
esquadra

ingleza

continua
­


estacionada

em

Malta.
Londres

7—
Respondendo
a
Mesurus
Pachá,

embaixador

turco,

o

marquez

de
Salisbury

declarou
que
não

admittia
novas

delongas.
A

Inglaterra

exige

actos
e não

pala­
vras.
Entretanto

tomando
em

consideração
as aflirmações do

embaixador
o

governo
inglez
reservará

a sua
acção.
Resumo
do activo
e
passivo do
Banco
Commercial, Agrícola e
Industrial
de Villa Real, em
31

de
outubro de

1879.
Aetivo
Caixa,

dinheiro
existente
.
11:5910638
Letras

descontadas

e
a

rece­
ber
........................................

633:9410231
Letras
caucionadas

com

hy-
potheca
sobre
bens
de
raiz 61:0040000
Letras

em

liquidação.

.
.
6:6080472
Letras

protestadas

.

.
.
7:2910500
Letras

em

execução.

.

.
11:8940310
Tilulos

e
obrigações

a receber 5:9690707
Empréstimos

sobre

penhores:
De

acções

deste Banco.
.
3:8450000
De

diversos

objeclos
d
’ouro
e
prata.
.

.
.
.
1000000
De
vinhos.............................
5000000
Operações
a

longo

prazo

com
hypotheca sobre bens
de
raiz.
...
...

12:2900699
Acções

de

conta própria
em
numero

de

417.

.

.
.
19:4980000
Contas correntes com
garantia
De acções
deste

Banco.

.
3:4500009
De leiras

e
cartas
de credito

5:5160693
De

vinhos..............................

7OO0OJO
Agentes no paiz,
dinheiro
e
leiras

a
cobrar.
.

.
78:9270140
Agentes
no

estrangeiro

.
5:2730861
Diversos

devedores

.
.
.

7:3690062
Moveis
e
utensílios

.

.

.
6100400
Despezas de installação
.
1:3500000
877:7310715
PatiHivo
Capital

do-
Banco.

. .
.
800:0000600
Deposito

á
ordem.
.

.

.
19:0500178
Deposito
a

prazo.

. .
.
6:8230495
Dividendos
a

pagar
.

.
.
1:6780650
Fundo
de
reserva.
.

.
.
11:8200000
Quantia

destinada
para

o
im­
posto

industrial.
.

.
.
5:2000000
Reserva

para prejuízos even-
luaes.....................................

8:0000000
Ganhos
e

perdas. .

.
25:1590392
877:7310715
Villa
Real,
3

de

novembro
de

1879.
Os

gerentes,
Joaquim
José
d’Oliveira

Guimarães.
Agostinho

José

da

Costa.
ANNUNCiOS
Casa
Commercial Penhorista das
Palhotas
Pede

se
ás

pessoas

que
estiverem

em

divida
de

mais

de

4

rnezes

até

8

de

juros,
venham

satisfazer
por
estes
dias, do

con
­
trario
serão

vendidos
em leilão ou

parti

cularmente, os
seus

penhores.'
(2689)v












Arrematação
A
Meza
da
Real

Irmandade
de Santa

Cruz,

d

esla

cidade,

faz
publico

que no
dia

16 de

novembro pelas
10

horas da
manhã, terá
logar

na

ante-sala das

sessões

da
meza

a arrematação

dos

foros

e

pen­
sões
em

generos
pertencentes

á

mesma

Irmandade,
vencidos
no S.

Miguel de

1879.
Braga
8

de

novembro de
1879.
0

Provedor
(2690)

João

de
Paiva Faria Leile Brandão.
EDITAL
A
Camara
Municipal da Cidade
e
Con­
celho
de Braga
Faz

saber,

que
fica
espaçada
para
o

dia

14

do
corrente

pelas

11
horas
da
manhã

no
Paço
do
Concelho

a arrema
­
tação
das

grades
de

ferro

no
pavimento
inferior

sul
do
edifício
municipal,
e
das
portadas

e

grades

lambem
de

ferro

de

duas

janellas

nas

trazeiras

do

dito

edifí
­
cio,

tudo

na
conformidade

do
projecto
e

orçamento
rectificado,
e
sob
a

base

de

licitação
de

895000

rs.
Braga
8

de

novembro
de

1879.
=E
eu
Antonio

Manoel
Alves
Costa,

Escrivão

da

Camara
o

subscrevi.
O
Presidente
Joaquim
José

Malheiro

da

Silva.
|

bois,

carro

e

cavalgaduras,

pelo

qual
se
vae do
logar

de

São

Miguel

para

a

egre-

ja
da
freguezia

de

Figueiredo,

d

esta
co
­
marca,

segue

para
baixo

entre terrenos
chamados

Piados

de

Sasendas,

perten
­
centes
ao executado e

Anna
Maria
de
Faria,
e
seu

filho
João,

do

logar
do

Bairro,

d

aquella
freguezia

de

Figueiredo,

até

dar

livre
expedição
ás

agoas

que
se
reúnem

d
’aquelle
caminho
publico,
não
estorvando
a
entrada

d

ellas

na
poça
de

Sa
­
sendas,
e
tudo
de

modo

que
n

aquelle

caminho
publico

não
se
conserve nem

tor
­
ne
a

accumulár-se a
terra
e
areia, que
n

elle

tem

ficado

por causa
dos

factos

do
executado,

nem

os

prédios

dos

execuen-
tes

continuem
a
ser
prejudicados

com
a
estagnação

das

agoas

e

areamenlo

dos

regos

mencionados na
acção,

prejuisos

que
deram causa

á
questão
que
intenta
­
ram
contra
o mesmo
executado,

a

seu
tença

obtida
na

qual

agora

dão

á

exe
­
cução.
Braga 6
de

novembro

de

1879.
O

Escrivão
Antonio

José

Gonçalves.

Verifiquei

a
exaclidão.
(2688)

Adriano

Carneiro
de
Sampaio.
CASA

DE MODAS
DE
JOSÉ ANTONIO DA SILVA LOMAR
Rua

do Souto
n.° 28 e 29
Acaba
de receber
direclamente

de

Pa
­
ris

e

Londres

um

lindo
sortido

de
lãs

para
vestidos
de

160
reis

para
cima, lin­
dos

dolmans,

visitas,
palletoU

robs,
capas,

guardala-lamas,

agazalhos,

chapéus

para
senhora

e

creança,

velludos Pompadour,
guarda
soes

de

seda

para

senhora

de
800
reis
para
cima,
gravatas
para

senhora

e

homem, adereços

bordados,

colarinhos
e

punhos,

sapatos
para

agazalho, pelles
pre­
tas

e
castanhas,
casimiras
para

factos
de

homem,

cobertores

francezes,
pannos

para

carro,
tapetes
de lodos

os

tamanhos,
uma

linda

collecção

de
chitas,
pannos

enfesta
­
dos
para
lençoes,

e
muitos

outros
artigos

proprios
do
seu
estabelecimento

que

vende
por

preços
commodos.

(2687)
Pelo juiso
de
direito

da

cidade
e

co
­
marca

de

Braga e

cartono
do
escrivão

Gonçalves,

passaram-se

editaes

citando

os

credores

e

legatários

incertos

do casal
da
íinada Maria d
’Araujo,

mulher

que

foi
de
Francisco Pinto,

do

logar
da
Torre,

freguezia

de

Priscos,

da

mesma

comarca,
para,
no

praso

de
trinta

dias,
a
contar
da
publicação

do

segundo
annuncio

que

se

publicar
em

uma
das folhas

d
’esta ci
­
dade,

assistirem,
querendo,

aos
lermos
do
inventario
orphanologico
da

dita
finada,

sob pena

de

proseguir seus

termos
o

dito

inventario,
ás suas revelias.
Braga

30
de
outubro
de 1879.
O

Escrivão
Antonio
José
Gonçalves.
Verifiquei

a exaclidão.
(2686)

Adriano

de
Sampaio.
Pelo

juiso
de
direito
d’esta
cidade

e

comarca

de

Braga

e
cartorio

do

escrivão

Gonçalves,
no dia

trinta

do
corrente
mez

de

novembro

por
dez
horas

da
manhã,
á

porta
do tribunal

da
justiça

d’
esla

co­
marca,

silo
no
largo

de
Santo

Agostinho
d’
esta

mesma

cidade,

a
requerimento
dos

exequentes

José

Duarte

Coelho Cerqueira,e

mulher
Dona
Maria

Joaquina
da Silva

Duarte,

e
suã
filha
e genro Dona Maria
das

Dores da

Silva

Coelho

Cerqueira,

e

marido
Jacintho
de
Magalhães

Barros
Arau
jo

Queiroz, d’
esta

cidade,

contra
o

exe
­
cutado

Francisco
José

Ferreira Senrella,
morador

no
logar

de

Covêllo,
freguezia

de

Celleirós,
d
’esla

comarca, tem

de

pro­
ceder

se

á
arrematação

em

hasla

publi
­
ca da
prestação

de

facto,
faclura d
’obra,

que
será

dada

aquem

o

fizer

por

menos,

consistente
em

desobstruir,

ou desarriar
■e

repôr
no

estado

anterior

o
rego
mestre,

«u
regalo,

que


caminho

publico

de

pé,
Por

determinação e
ordem

do
exm.°
snr.

administrador

do

concelho,

foi

con
­
cedida
e entregue
perante
a

auctoridade,

a
posse da

devoção

e

veneração
do

SS.

Rosto
do
Senhor,

que
se

venera

na

fron­
teira

da

casa

do

snr.
André

Dias, alraz

da
Sé,

aos individuos abaixo
mencionados,
os
quaes acceitaram
e
se

promptihcam
a

cumprir
o

que
para
o

futuro
lhes

fôr
pela
auctoridade

ordenado:
d
’esta
fórma
são
os

veneradores
e

principaes

administradores

d

esta

devoção
os

illm.
0
’ snrs:
André

Dias,
João

Dias
Júnior,
Eduar­
do
Pereira

de



Pacheco,
Frei

João
de

Guadalupe Martins Pinheiro,

Antonio

Fraucisco de
Oliveira,

Antonio

Pereira

d’
Andrade,

Antonio

Dias

de
Sousa,

Ma
­
noel João

de
Paiva,
Bernanfino Antonio

Peixoto

Castello
Branco,
e
são devotos
todas

as

pessoas

que
com suas esmolas

ajudam

á prosperidade d

e>la
devoção.
Declara-se

mais que o

thesoureiro

en
­
carregado

de

receber
toda

e

qualquer

es
­
mola,
donativos,

ou

objecto

para
a

mesma
devoção,

é

o

snr.

João

Dias

Júnior,
mo

rador
na
rua

de

S. João,

n.°

14.
(2685)
Venda d’uma
formosa quinta
Vende-se

por

preço rasoavel
a
deno­
minada Quinta
de

Baixo,
situada
no

lo­
gar

do
mesmo

nome,

freguezia
de

S.

Tor-
quato,
concelho
de

Guimarães,
pertencente
a
José
Joaquim
de

Abreu

Vieira.
Acha-se

esta
rica
propriedade

colloca-

da

no

delicioso
valle

do

Selho,

junto

da
estrada

de

Guimarães,

que

parte

para o
mosteiro

de S
Torquato,

a
distancia
de

3

kilometros

da
referida

cidade.

Vende-

se

com
todas
as
suas
pertenças,

a
saber:
agoa de

rega, magnilicos
bravios,

casas

nobre

e

de
caseiro,
que
se

acham
situa
­
das

no
ponlo
mais elevado

da
Quinta,

d

onde
se

avista um
formosíssimo
horison

te.

E
’ uma
quinta

sadia
pela

sua posição
e

d

um
recreio
inexplicável
pelas bellezas
com

que

é

adornada.
Recebem-se

propostas
de

quem
a

qui-

zer
comprar

em
Braga,
na

rua

de

San­
to
Andre,

casa
n.°
13,

em

S.

Torquato,
pódem-se
dirigir
os
compradores
ao
exm.°
snr.

Antonio
Ribeiro
de

Faria,

da

casa
de Corrundella.
O
proprio

caseiro
da
quin­
ta
está
encarregado

de

a

mostrar
ás

pes­
soas

que a

queiram

vêr.
Declara-se,

para segurança
do compra
­
dor.
que

estão
legalmente

fmalisadas to­
das
as

questões,
que
em
tempo
houve

com
esta

propriedade.
(2674)
SYSTEIU

FELIZÃRDO
LIMA
No

dia

20
de novembro

vem

o
auctor
d

esle
syslema

de

escrever

e
ler racio-
nalmente

em

poucas
semanas,
fazer
uma

conferencia

n
’esta

cidade,

e

abrir

um

cur
­
so.

O
local será

annunciado. Desde 10
de

novembro

se

achará

á venda

o
dito
syslema

na Typographia
Lusitana.
Na

rua

do

Campo
n.°
22

vende-se
ba-

ga

de

sabugueiro,

legitima

do
Douro,

por

preços
commodos;

a

quem

a
pretender,

dirija-se
á
mesma
casa. (2640)
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
► Gran êxito
en
Paris
VELOUTINE

GH'“ FAY
POLVO
DE

ARROZ

ESPECIAL
PREPARADO

CON
BISMUTO
INVISIBLE
Y
ADHERENTE,
di al oOtit fmaura
y tntparanoit.
I
nventor
CHARLES
FAY,
9,
rue

de

la
P
aix
,
PARIS
Se

vende en las Farmacias,
Perfumeriu, Beluqueriu y tiendas de quincalla.
Desconfiar
de
las falsíficaclones.
r
«>X>X>X>X>X>X>X>íj
^X>X>X>X>X>X>X>X»
x
Linimento BOYER-MICHEL para cavai-
los,
fazendo
as vezes de

fogo
e
não deixando
vestígios

do seu emprego M
ichbl
, pharma-
ceutico
em
Aix (na Provença) França. —
Preço
1,000
reis. —Em
Lbisoa, o
snr
Barreto, Lcreto, n.° 8 —
30. (225j
CAMBIO
LOTERIAS
Tem

distribuído
esta casa
cerca
de

2.000;t)00á000

em

prémios

no paiz e Brazil.
O

cambista
Antonio

Ignacio

da
F<

nse-
ça,
rua

do

Arsenal,

56

e

58,
com
filial
no

Porto,

Feira

de

S

Bento,
33,

34
e
35,
faz sciente
ao

respeitável

publico
que

tem
sempre nos

seus

estabelecimentos
variadís
­
simo sortimento de

bilhetes

e

suas

divi
­
sões

das

lolerias

portugueza

e

hespanhola.
Satisfaz

lodos

os

pedidos

das provín­
cias,
ilhas,

ultramar

e

Brazil,

com

prom-
ptidão

e

diminutas

commissões,

quer

se­
ja

para

jogo
particular
ou
para

negocio.

Nas

terras

onde
não
tenha

ainda
corres­
pondente

acceita

para seu

agente

qualquer
cavalheiro

estabelecido

que



boas
refe
­
rencias.

Os

vendedores

leem

boas

vanta­
gens,

sendo
uma

d

ellas
o

poderem
re
­
cambiar,

o

que

não

tenham
vendido, até
á

vespera

do

sorteio. E’
negocio
que
tem

tudo
a
ganhar

e
nada
a

perder.

Envia em

tempo

listas, planos e lelegrammas.
O
3.°

sorteio,
é
o

da
loleria de
Ma­
drid,

no

dia 17

de

novembro.
O
prémio

grande
é
de

28:800(5000

rs.
e

os

prémios
minimos são
de 108(5000 e

72(5000
rs.
Os preços

dos

bilhetes e
fracções
d

esta

loleria
são

os
seguintes:

bilhetes

inteiros,
11,5600;

meios, 558

10;
quintos,

25320;

décimos,

15160;
fracções
de
600,

480,
240,

120

e
60,
e

deienas

de
65OOO,
45800,

25400,

15200
e

600 rs
Os

pedidos

das

províncias
são
satisfei
­
tos

na volta

do
correio.
Chamamos

a
atlenção

do
publico
para

um

ponto
importante.
As
fracções

da
nos­
sa

firma,

tem

um

pertence

muito mais
vantajoso
para

0

jogador,
que

0

das
ca­
sas

das províncias.
Por
exemplo: em

uma

fracção

da nossa
firma

do

preço
de
600
reis

em

qualquer
sorteio

ordinário
da
lo-
teria

de

Madrid,

loca

lhe

na
sorte
grande
1:1005000

reis.

Em igual
fracção,
com

qualquer

dos

prémios minimos
loca-lhe

45500

ou
35000
reis. Consideramo-nos,

em

ramo

de

loleria,

um

dos

primeiros.

O

que
esperamos
é

a

continuação
do
favor

pu­
blico

e
em especial

dos

que

não

vivem

nas duas
principaes

cidades. Os prémios

são
pagos

á
vista

das competentes

listas.

Querendo,

os

possuidores dos

prémios,
po­
dem
recebel-os

nas
suas

localidades,

por

meio de remessas
de

leiras

ás
ordens
so

bre
os

recebedores
das

comarcas.
Rece
be-se em

pagamento

dos

pedidos
sellos

do
correio,

valles,

ordens
sobre

qualquer

pra­
ça

ou
como

melhor convier
aos
freguezes.
Pedidos

ao

cambista

Antonio
Ignacio

da

Fonseca, rua

do
Arsenal, 56,

58
e 60,
Lisboa,
ou

Feira
de
S.

Bento,

33,

34

e

35,
Porto.

.2529)
BREVE

COMPENDIO
DE
ORAÇÕES E DEVOÇÕES
ADOPTADAS
PELOS
MISSIONÁRIOS
QUARTA EDIÇÃO
Novamente

correcta
e

muito
augmentada

com

novas
orações
e devoções
indul-
genciadas,
e
concedidas posterior-
mente
á

ultima

Raccolta.
Com
approvação de S.

Exc.3

Revm.
a
0

Snr.

D.

João

Chrysostomo
d

Amorim

Pessoa,
Arcebispo

Primaz.
Vende-se
em

Braga,

na
typographia
Lusitana,

rua
Nova n.°
4, e

nas
livra
­
rias
de
Manoel Malheiro,
rua

do

Almada,
Porto,

e
Catholica,

de

Lisboa.
Preço=l60

em
brochura,
e
240

enca­
dernado.
FOLHINHA ROMANA

se

acha

á

venda
para

0

anno

de

1880; em

Braga
no escriplorio
da

Typo
­
graphia
Lusitana,
rua

Nova

n.° 4,
e
etn
casa
do
snr.

Bernardino
José

da
Cruz,
(Vestimenlana

Rocha
e

Viuva
Germano
rua
do Souto, e
na loja
do

snr.

Clemente

José

Fernandes
Carneiro,
rua

de
S.
Vi-
clor.
e

em
todas
as
mais

localidades
do
coslnme:

preço
140

rs.
Nas

mesmas

casas

e

localidades

de­
vem

achar-se opportunamente

as

folhinhas

Bracarenses,

e Almanach
Civil ou de al­
gibeira.
AJLU€tAM-SE
Os

altos
da

casa

da

rua
do

Campo,

n.°

22,
com

bons
commodos

para

uma
numerosa

familia,

agua

encanada
e
bellas.
vista.

Quem
pretender

dirija-se

á
mesma.
(2557)
Consultorio
Media
‘-Cirúrgico
10
—RUA
DE
S. JOÃO —10
Alfredo Passos

ouve

de consulta

to
­
dos

os

dias
do

meio
dia
ás
2

horas

da

tarde. Faz operações
de

grande
e

peque
­
na

cirurgia.
Especialidade

partos.
(2617)
Esta

maravilhosa injecção,
como

cal
­
mante,

é a
unica

que
não

causa

apertos
d

uretra,
curando

todas
as
purgações

ainda

as

mais

rebeldes

como

muitas
pessoas
0
podem

altestar.
Deposito em

Braga

na

pharmacia Bra­
ga—
Esquina

de

Santa

Cruz

40
Porto

Cardoso
—Praça
de
D

Pedro

113.

(2631)
Caixa

penhorista
Braearenae na
Travessa de 1>. (Sualdim
<Testa
cidade.
Continua
a

emprestar dinheiro
sobru

penhores

todos

os

dias

desde

as

8

horas,

la manhã

até ás
9

da

noute

na
mesma
caixa.
Vende-se

roupas
Pede-se

a

todos
os

mutuários
que ti­
verem

objectos

empenhados
na

mesma

caixa

com alrazo

de

juros

de

tres

mezes

os

venham
pagar
ou

resgaslar,
senão
se­
rão

vendidos.
PEDIDO
A
Meza
do

Real

Sanctuario

do
Bom
Jesus
do
Monte
roga a todas

as

pessoas
amadoras

e

possuidoras

de
jardins,

que

te
­
nham

superabundância
d
’arvores
de

ador
­
no,
arbustos,

camélias
ou

outras quaesquer
plantas,
se
dignem favorecer
com
ellas

0
mesmo
Sanctuario,
para

embellezai
este

tão

piltoresco local;
dando parle
ao

the­
soureiro

0

snr.

Manoel
José Rodrigues
de
MaceJo,

rua

do Souto,

n.°
42,

n

esia ci
­
dade
de
Braga,
para
a
Meza enviar
pes­
soa

competente
que do
sitio

que lhe
íôr

indicado as
traga

com

0
necessário

re
­
sguardo.

A

Meza,

esperando
que
este

pe
­
dido
será
atlendido,

fica

desde


agra­
decendo

qualquer

oílerta

que n
’este

gene-

ro

lhe
fôr

dada.
Em nome

da

Meza—
O

procurador
Antonio

Alves

dos

Santos

Costa.
PEDIDO
A

Meza

da
Santa

Casa
da
Misericór
­
dia,
de
Braga, tendo em consideração-

a avultadissima

despeza

que

está
custan­
do

0
fornecimento
de pannos

e
fios
para
0

curativo

de feridas

no

Hospital
de
S-

Marcos,
empenha
n’
esle
acto

de

caridade

a
devoção
de
seus

concidadãos.
O

escrivão
Lourenço

da Costa

G.

Pereira

Bernarde^