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Parte de N.º 1013 de 22/11/1879

conteúdo
POL.IT1CA,

■ «2 B«»«.<-
REDACTORES—D. Miguel
Solto-Mayor e Dr. Custodio Velloso.
7.° ANNO
PREÇO

DA
JASSIGNATURA
12
mezes, com estampilha. . . 2&000
12
mezes, sem
estampilha
. . 1&600
Brazil,
12 mezes, moeda
forte. . 3&600
Eoiha
avulso................................... 10
PUBLICA-SE
ÁS TERÇAS, QUINTAS E SABBADOS.
1

PUBLICAÇÕES
Correspondências
partic. cada linha
Í0
Annuncios
cada
linha....................... 20
Repetição
.

10
Assignanles,

20
p,
c. d’abatimento
N.° 1:013
EXPEOlE.WTfi
Toda
a
correspondência deve
ser
remettida,
franca
de
porte,
á
administração
do jornal—O
«Commercio

do
Minho», rua No­
va, n.u
4.
SABBADO

22 DE NOVEMBRO DE <879
ImiHortalidade da
alma.
(Continuação)
III
A

humanidade,

emtim,

culta
ou bar­
bara,

publica

unanime

a
immorlalidade,
a

ponto de
que

Deus
e

a

vida

futura

são
as

seutenças

mais
arraigadas na con
­
sciência
humana,

cuja universalidade é

prova

inequivoca

da
sua verdade:
desde

as

raças
que
jazem nas
trevas da igno­
rância
e
parecem condemnadas
a
certa
degradação, até

ás

que

occupam

o
mais

alto

posto

social,
sempre

e

em toda
a
parle
se

acha
a
noção

fundamental
da
immorlalidade
confundida
com a

ideia da

Justiça

de
Deus.

Na

America

e
Oceania,
semi-sel
vagens,
segundo

os viajantes
e

os

missionários, cujas
relações
compilou

Ro-

berston

(Hisloire
de

l’
Amérique,
liv.

IV),

não
ha

logarejo

ião

grosseiro

ou
ilha

ião

afastada
em

que
não

se
mostre

a
fé pri
miliva,

vaga

em
umas
partes, e desenvol­
vida
n
’ouiras. Na

Alrica,

idolatra,

ao
mor­
rer
o negro suas mulheres

se

disputam
a honra
de

o

acompanharem

á

outra

vida,

gloria
que
se

outhorga

á

mais virtuosa

como
uma

recompensa.

O

índio
cifra a

sua
piedade

em
arrojar-se

debaixo
das
rodas

do
carro
Jo

idolo
cruel,
persuadido

de

que,
se

morre

destroçado,

reviverá

no

Paraíso
sem
fim.

U

Korão

é

uma

descri
pção
encantadora
do

céo das
huris, so
­
nho

do fatalista musulmano.
O

chino

vi
­
ve,

mais

do
que

com
a

sua
posteridade,
I

com

os

seus

antepassados,
a

quem
sauda

e
invoca,
sonhando com

a
eterna

morada
da
virtude.

Os

aidvinhos

e sacerdotes
dos

antigos

germanos
cantavam

aos guerreiros,
nas

vesperas
da

batalha,

as delicias
da
immorlalidade; todos

os monumentos

da

epoca

cellica,

bosques,
tumulos,
pedras
sagradas,
conservam

os
vestígios

da

tra-
dtcção
das

raças

bellicosas

que
sabiam

bater-se

e morrer
com
o
rosto

voltado

para
o

céo.
Cicero,

enlre

os romanos,

declara

qoe
o

dogma
da

immorlalidade

é

professado

em
todas

as nações: permanere

ânimos
arbilramus

consunsu
omnvum

na
,
lionum

(Tusculah.,
20);

a

incredulidade
do político
Cesar

e
do

perverso Catilina
não

desce

ao fundo

das
crenças

popula­
res;
Virgílio canta

as
penas
do

Tartaro,
e

as

alegrias

do

Elyseo.

(Eneida, liv
VI).

Os

heroes
romanos,
como
Scipião,

Fabio,
Calão,
consolam-se

nas
suas

adversidades

com

o
pensamento

das
suas

apolheoses
futuras,

e
a

paixão
da

gloria,

que

tão

alto

elevou

o

povo-rei,

não

íica

salisíeila

até
collocar
enlre

os

deuses

os
que

contri­
buíram para

converter

Roma

em

senhora
do

universo;
os
mais
bellos
cantos
da
lingua

grega, como

da

latina,
estão
in­
spirados

pela

immorlalidade

da

alma,

a
cuja

crença
deve

Homero
as

suas
mais
poéticas

descripções,
Pericles

e
Demons-
thenes

os

seus

acenlos
mais

pathelicos,
Pindaro as

suas
odes

melhores,
Simoni-
des

a sua saudação,

Pithagoras

o

encanto

da

sua
philosophia,

e

Platão
a elevação

da

sua moral. Emquanto
Socrates
viver

na
memória

de

homens,

será
representado

com

a cicuta

em
uma
mão
e

apontando
com

a

outra
o

céo

a

seus
discípulos com

este

texto

de

Cicero ao


da
sua

está­
tua:

Socrates,

in
supremo

vitre
dioe,

cum

\jam

in
manibus

pesliferum

proculum

le-
I
neret,
loculus
ita

esl
ut
non ad
mortem
!

tradi,

verurn
ad

coelum

ascendere videre-

\lur... O

Egypt»
deixou

indeievel

imagem
ida

immorlalidade,
um

tanto
mesclada
com

ia fabula
da
meiempsicose,
em
suas
py-
ramides

e

obeliscos,

cheios

de
hieroghti-
cos, onde

se
fazia

a

historia

da

alma
depois

da

morte

Que

diremos
do

povo

hebreu,

o

mais

illuslrado
neste

ponto da
antiguidade,
sem

eclipses
em

seus dogmas
e

tradicções?
Crê

na

vida

futura

em

tem
­
po

dos

Macabeos,
«cujo
chefe

celebra

sa
­
crifícios
no

templo
pelos

valentes

mortos

nos

campos
de

bataha»; em
tempo

do
captiveiro

de
Babilónia, onde

Daniel,

sen­
tado

nas
ribas
Jo Eu
trates,

consolou

aos
seus

compatriotas,
dizendo-lhes:

«Os

que
dormem

no

despertarão-
na
vida
eler
na,

e
os
outros no
opprobrio
da

morte»;
em
tempo
de
Izequiel,
que,
em

sua
ce
­
lebre
visão,
promette
a
ressurreição

ao

povo judeu;

em

tempo de
Isaias

que

pinta

os
impios
em
«thronos

de

fogo,

ruidos
pelo

gusano,

sendo

o

horror

de

toda

a

carne»;

em

tempo

de

Elias,

que,

ao
re-

suscitar
o

filho

da

viuva
de
Sapepta,

pede
a

Deus

que

volva

a
alma ao

corpo

do
menino.

Os
seus

reis,

não
menos

que

os

seus

prophelas,

expressam

com
solemni-
dade
a

santa crença;

Izequiel dá
graças

a

Deus por
o

er

livrado

do
abysrno,
onde

não
podia louval-o; Salomão
con­
cilie

o seu

Ecclesiastes com

esta phrase:

«Temei a

Deus

e observae
os

seus
man
­
damentos,

pois

tudo
o
que

faz

o homem,

bom
e mau. será

levado
ao juizo
de
Deus»;
David, nos
seus

psalmos,
exprime
o seu

desejo

de

tomar

azas,

sair

da

terra
e

voar
ao

seio

de

Deus,

que
chama

e
perdoa.

Entre

os

Patriarchas,

Job
disse
com es
­
perança

certa;

«Eu sei que o

meu Re-

demplor
vive,

e

no ultimo
dii

resusci-
larei,
vendo

o Senhor

com

esta
mesma

carne,

e estes
mesmos

olhos».

Abraham
julga-se
viageiro

na

terra, contente
por

morarem tendas

que

se

pregam
pela

ma
­
nhã e

se

despregam

pela noite;

Enoch

é

arrebatado

vivo

a
um
mundo
melhor
por

um

privilegio
especial;

e

se

na
decaden
cia

da
nacionalidade

judaica

a

seita

dos

saduceus

nega
a

vida futura,

o

Divino

Mestre

lhes
diz:
«Deus
não
é o

Deus

dos

mortos,

mas

dos vivos...»

Que

imporia

que
blasphemos

hebraizanles,

allemães

e

francezes,

pretendam

confundir

as
paginas

divinas
da

Bibha com as

d

um
romance,
se são impotentes

para
desarraigar

o do
­
gma
da

vida

futura
da
consciência
da

humanidade? Que
intentam

os
pérfidos
sophistas?
Querem

pegar
fogo ao

mundo
pelo

infernal
prazer
de contemplar
um
bello

incêndio?
E para
que?
Ah!

Para

que
um

novo

Robespierre,
depois
de
gui
­
lhotinar

meia
nação,

exclame
com

cómi
­
ca

solemnidade:

«O

mundo

reconhece

a

existência

de

Deus

e

a

immorlalidade da
alma»!
LHboa, 30 de

novrmbro de lb79.
(Correspondência
particular).
Tem-se
debatido

nestes

últimos dias

entre
regeneradores

e
progressistas

uma
questão
qoe
elles qualificam

de operaria,

e

que

realmente
póde

trazer comsigo
con
­
sequências

muito graves.
Tracta-se

d

om grande
numero

de ope
­
rários,

a

quem

se

tem

negado
trabalho,

ou

cujos

salario
foram

reduzidos
pelo

minislerio

das

obras
publicas.
Estes,
vendo-se

privados

de
ganhar

o

pão

para si
e
para
as

suas

famílias,
di
­
rigiram-se primeiramente

ao
Marianno

de

Carvalho,
que.

como sabeis, é

a
mola
real
do
machinismo

progressista,
a

pedi
­
rem-lhe

trabalho
e

o

cumprimento
não
sei

de

que
promessas.
Parece
que

o

Marianno

os

recebeu

de

modo
pouco
bsongeiro

para
os pobres

Operários,

em
vista

d

umas
cartas

que

al
­
guns
d

elles fizeram

publicar

no

«lllus-
trado».
Mais

tarde,

.

reunidos

em

numeroso

bando,
foiam esperar o Saraiva

de
Car­
valho,
a

quem

expozeram

a

sua

situação;
mas
nada adiantaram.
Passaram

as
eleições, meu
bom

amigo,
porisso

agora
não

sao

precisos os

po­
bres
illudidos,
a quem tantos
e
tão
lon­
gos

annos

de

decepções

e
de burlas
ainda
não

conseguiram
abrir

os

olhos

ácêrca

do

que
seja a

mal

fila

obra
de

34.
Como
vèles,
os
progressistas

são
tão

bons

como

os
regeneradores.

Se lodos
são

filhos

da mesma
escola...
*
Foram
extraordinariamente

concorri­
dos,
não
obstante a

inclemência
do
tem-
FOLHETIM
AFIONSO b' ALBUQUERQUE
E
DIOGO

MENDES DE VASCONCELLOS
(1510)
Poucos
dias
depois

de
haver
tomado

a
cidade

de

Gôa,
pela

segunda
vez,
Af­
fonso
d

AIbuquerque

mandou

Nuno Vaz

de

Castello

Branco

ao

rei

de Cochim, nosso

alliado
e

amigo desde

os

primeiros

dias

da

conquista,
com
uma
carta
em
que
lhe

dava aqueila
importanlissima

nova.
Quando
A

uno
Vaz,

appresentando

a

men

sagem

ao
rei,

narrou

os

promenOres de
aquelle

feito,

estavam,

entre

outros, pre­
sentes

dois
Moiros
de muita
influencia,
e,
estremecendo

ao
ouvirem

o

que

ti­
nham

como
grande
desastre,
um
d
’elles

disse:

Agora acabou

o

Governador

de
dar
volta

á

chave

da

Índia
em
favor

do

seu

rei.
Esle
dito
d’um

adversário que

sabia

o
alcance

d

aquella

victoria

dá,
n’
um

tra
­
ço,

a
elevada

estatura
de
Aflonso
d

Al-
buquerque.

Puz-ra
de
lado ao
cinto

de
■el-rei

D.

Manuel

a chave

da
índia;
oxalá

que

annos
antes,

D.
João

11
tivesse
posto

â
cinta

a chave
do
Mediterrâneo


não
tão

doirada

e
appaiatosa,

porém
muito

mais

segura para

Portugal!
Como

lodos

os

homens
superiores,

Albuquerque

era

invejado

e
profundamenle

odiado por um
grande numero

dos

que
o
cercavam,

e só

a

rigissima
tempera

da

sua

vontade,
apanagio

dos
grandes

espíritos,

podia
ter
força
para

vencer
e

dominar as
intrigas

latentes,
e
a

resistên
­
cia,
que,

ás

vezes aberlamente,

lhe

op-

punham

homens

comparáveis
pelo

valor,

inlelligencia

e

popularidade
entre

os

sol­
dados,

aos

primeiros
cabos de
guerra
que

serviram
com

Napoleão

Bonaparte.
O

segundo
assalto
a

Gôa foi

uin
dos

lances
que

mais
lhe

regatearam
e

em
­
peceram

alguns
dos

seus
capitães,

fidal­
gos

e

cavalleiros.
Diogo
Mendes

de Vasconcellos

chegára
á

Índia

quando

Albuquerque,
vencendo

temíveis

obstáculos,

esperava
ensejo

fa­
vorável

para

a

segunda
arremetida.

Diogo

Mendes trazia

quatro navios e
trezentos

homens.

Este

auxilio
vinha

como
provi­
dencial.
Diogo

Mendes

de

Vasconcellos,

capi-

tão-mór da
frota, recebêra

grandes

hon
­
ras

d’
el-rei
de Portugal

e trazia
ordem
para
ir

sobre

Malaca.

Era homem
de

muitíssima
importância.

Affonso

d’
Albu-
querque conseguira
d
’elle

que

o

ajudasse
no

feito

de
Gô»,

sob

condição

de

o
pro­
ver
depois

com
os
meios
que

tivesse
para

seguir

na sua

derrota.
O compromisso

d

Albuquerque
suppu-
nlia,

tacitamente,
que

o
auxilio seria

prestado
caso
não
sobreviessem

dillicul-
dades

imprevistas.
Goutra
a

vontade

de

muitas das suas
melhores
espadas,

Affonso
d'Albuquerque
deu
o
assalto
em

dia
de

Santa
Cathari-

na

do Monte

Siiiay—
25
de

novembro de
1310

e

venceu.

Os

prodígios
que

se li-
zeram

n’
esse

combale,

prodígios

que



se
podem

accredilar pela evidencia
dos

factos,

serão contados

n

um

capitulo

es
­
pecial

d

estes
episodios.
Mendes

de

Vasconcellos

preslára
ao

Governador

da
Índia
os

mais altos

ser­
viços
n’
aquella

jornada.

Quando

chegou
o

momento,
Diogo
Mendes
pediu
a
Albu­
querque

o

cumprimento
das

suas pro­
messas.
A

situação

era

gravíssima.

Segundo
uma

phrase

do Governador
«Gôa

estava
rota
por

todos
os

lados».

Ou largar

por

mão

aqueila
preciosa

conquista
ou

não
perder um
momento

em

a

consolidar:
para

isso todas

as

suas
forças
eram

poucas
e

como

repartil-as

por

outras
empresas?
Aflonso
d

Albuquerque

recebêra
uma

carta

de

Ruy

d

Araujo,

captivo
em
Ma­
laca,

carta

em

que

lhe

pedia,

com

vivas

e

encarecidas

instancias,

que
se fosse

a

tomar

aqueila

cidade
«mais
rica

do

que

cem"

veneras»
porém
que

para
isso

se

apercebesse
com

grande
frota,

material
de

guerra

e
o
melhor
das

suas

forças,

quando não,
por

maior

que

fosse
a
von­
tade

e

a

coragem,

a

empreza
seria

fru
­
strada,

porque

o
inimigo
era
muito
po
­
deroso.
Affonso
d

AIbuquerque

apresenlára

esla

carta

aos
do

seu

conselho.
Alguns

d
’elles

disseram

entre
si
que

a carta era

simulada

e

obra
do

Governador. Affonso

d

Albuquerque, além

de notar

a
Diogo

Mendes

a
falta

que
lhe fazia em

Gôa,

lembrou-lhe

que


com

quatro
navios

em

mau

estado,

e trezentos

homens,
in-

fallivelmente
lhe

sairia

mallogrado

o

seu
feito

de
Malaca.

Apezar

d’islo

Diogo

Men
­
des apertava
com
o
Governador

para que

lhe
cumprisse

a promessa-
Albuquerque
apresentava,
moderadàmenle,
as

razões

claras

por

que

não

podia

cumprir.

Al­
buquerque

linha

diante

de

si
um albleta;
elle,

porém,

era

um
gigante. O
dialcgo
começava

a

empolar
como
as

ondas

pi
­
cadas

pelo
vento.
Diogo
Mendes,

com
voz

alterada,

di­
zia:

Senhor,

não
sei

por

que,

sem

ne
­
cessidade
que
de
mim

lenhaes

nem de

meus
navios,

nem

de
minha
gente,

me

fazeis
detença,
com

que

me
não
fique
tempo

para
em
Cochim
me concertar

e








po,

os
suffragios
que
em
vários

templos
costumam

annualmente

celebrar-se
no
dia

anniversario

do

fallecimento
do
Senhor
D.

Miguel
I.
Nas

exequias solemnes
que

tiveram
logar na egreja

parochial
dos

Anjos,

es-

peciahnente,
a

aíflnencia
de

íieis

de

todas

as
classes
da
sociedade
era
tão

distincta

quanto
numerosa.
Olficiou o

reverendo

parocho,
assistin­
do
também

muitos

ouiros

parochos
e

bom

numero

de

respeitáveis

sacerdotes.
Não

vos

posso

dar
a

relação

de

todas

as

pessoas
que
alli
estiveram,

porque

com

isso vos

tomaria

largo

espaço.



deveis

saber,
comquanto
isso

pou­
co

vos

importe,

que

está

marcado

o
dia

29

para

o

casamento

de

D.
Maria

Chris-

lina

e

de
D.

Affonso.

que

por

obra

da
Revolução

occupa

o

throno
de
S. Fer­
nando.
A

respectiva

commissão

fixou

em dois

milhões de

pezetas
a
somma
destinada
aos

festejos
em

Madrid.
A

occasião
não

póde

ser
mais
propicia

para
as

festanças
do

revolucionarismo,-
na
desditada

palria do
Cid

!
Ouvem-se

ainda

os

clamorosos

gritos
de

suprema
afllicção
das

victmas

das re­
centes

catastrophes,

que
levaram
o
luto

da viuvez e
da

orfandade

a

milhares

de

famílias;

ainda
não

seccaram
as
lagrimas

de
fogo
que
a
miséria
e
o

abandono
ar
rançam

a
povoações

inteiras;

a

fome
e

a

nudez

ostentam

o

seu
cortejo

de horro
­
res
n

um

vasto

trado,

onde
ainda
hontem
imperava
a abundância
e
a

alegria,

e

por

onde

hoje esvoaça

o
j»enio

das

ruínas
e

da
desolação.

Mas

que

significação
tem

este

lugubre
quadro

para

os

homens
d

essa

maldicta seita
hodierna?
Porventura
não

é

a

destruição o lem-
ma da
sua

bandeira?
Não ha,
pois,

que estranhar
n

essas
folias com

que

os

liberaes

de Madrid
res­
pondem

aos

gemidos

e

á
dôr
dos

seus
compatriotas.

Não
ha

que
estranhar

para

nós,

que

vivemos

nesta

epoca

de

com
­
pleta
corrupção
e

esfacêllo.

Os

vindouros,
porém,

diílicilmente

darão
credito

a
este
retrogradar
vertiginoso
para

épocas
da
mais

nebulosa

barbarie.
«
O
filho

primogénito

do

conde
de
Casal

Ribeiro,

lambem
agraciado
agora

com

o

titulo

de

conde
de

si
mesmo,
casou

com

a
filha
do

abastado

negociante
Thomaz da
Costa

Ramos.
Dou os

parabéns

aos

noi-
,vos,

por

certo
dignos

de

muitas

ventu
­
ras,
e
ás

suas
respeitadas

famílias.
«
A
guerra

que o

«Popular»

declarou
á

camara

municipal,
por
causa

d

umas
raivinhas
de
comadres,



produziu

o

que

se

esnerava,
se

attenderrnos ao
predomí
­
nio que o
Marianno
de
Carvalho

tem

na

situação.
Dizem

me,
e
assim

o annunciou

aquella

folha,
que
nestes

assumptos

é

orá
­
culo

infallivel,

que
ji

começou

uma
syn-
dicancia

aos
actos

do

senado

lisbonense.
O Roza Araújo,
porém,
mostra-se muito
senhor

de
si.
como

inquestionavelmente
o
é
do

seu nariz,
e
promette
fazer
estalar
a

castanha
na bócca

ao

Marianno.
Veremos.

Se tendes,
como

supponho,

o
«Uni-

vers»,



será

do

vosso

conhecimento

a
persiguição
movida
pelos

republiqueiros
contra esse
valoroso

caudilho

da

Religião
e

da
Legitimidade.
O

gerente
d’
aquelle

jornal

acaba

de

ser

condemnado em
1:000 francos

de

multa,

e
por

que

enorme

delicio?

Por

ler alludido
a

disposições militares
toma
­
das
pelo

governo,

como
prevenção

a

ma
­
nifestações demagógicas

em

Paris!
Que

me

direis,

meu excedente

amigo,
da

liberdade
d

estes
snrs.
repúblicos?
*
Rebentou

novamente

a

insurreição

de

Cuba.

Eis
mais

una

motivo

de

gáudio pa
­
ra os que
na

coronada

villa
se

propõem
gastar

dinheiro a
rolo

(da

magra
bolsa
do
contribuinte,

é claro),
nas

festanças
orgiacas
que
estão

a approximar-se
Pobre

Hespanha
!
«
Tem

estado

algum

tanto

enferma,

se
­
gundo
noticias
recebidas
aqui,
S.
A.

I. a
Senhora
Archiduqueza
Maria Thereza,

es­
posa
do
Sereníssimo
Archidnque

Carlos
Luiz,

e
2.a

Irmã
do Senhor
D.
Miguel

de
Bragança.
y.
GAZETILHA
1'hronlea Beligiosa.


A

manhã,
23:

De
manhã
procissão

da

Corrêa

no
Populo;

de
tarde exercícios do SS.
Co
­
ração

de
Maria
nos
Remedios.
Exposição
do

Santíssimo
no

Salvador.
Novena.

Na segunda-feira

começa
nos

Remedios

a Novena
de S. Francisco

Xavier.
Audieneiaa
geraea.—
Principiaram
hontem
as

audiências

geraes
no tribunal

judicial
d

esta

comarca.
Oeapaelioa eeelesiaNtieox. —-
Eis

os

despachos
effectuados
por

decretos

de
15,
23
e
30
de

outubro

e
6
e

13
do
corrente

mez:
O

presbytero
Antonio
Maria
Gomes

da

Costa,

parocho
collado
na
egreja

de
N.
Senhora

do
Rosário
de

Bismnla,

diocese
de

Pinhel, apresentado na

egreja
paro­
chial
de

S.
Sebastião
de
Rendo,

da

me
­
sma
diocese.
O
presbytero

Manoel

José

Thiago
Bar­
roso,
apresentado,

precedendo

concurso
por

provas

publicas,

na egreja

parochial
de

S.

Marcos
da

Serra, diocese
do Al
garve.
O
presbytero

Anlonio

dos

Santos
Mi

randella, parocho

collado

na

egreja
de

S.

Sebastião

de

Almaceda,
diocese
de

Ca-

slello
Branco,

apresentado na egreja
pa
­
rochial

de

S.

Pedro
do
Salgueiro, da
me
­
sma
diocese.
0 presbytero

Custodio

José

Guimarães,

parocho

collado

na

egreja

de
S.
Pedro
de

Manhouce,
diocese
de

Vizeu,

apresenta
­
do

na

egreja

parochial

de

-S.

Marlinho

de
Roriz, da mesma
diocese.
O

presbytero

Manoel

Tavares
da Sil
­
va,

parocho

collado

no

egreja

de

S. Car
­
los
de

Fataunços,

diocese
de Vtzeu, apre
­
sentado
na

egreja
parochial

de Nossa
Se­
nhora da
Purificação

de
Villa

Maior,
da
mesma

diocese.
O
presbytero
José

Maria
Henriques
Tavares,
apresentado

na

egreja
parochial

de

Santo

André

de
Mancinhata
de
Seiça,
diocese

de Aveiro.
O
presbytero

José
Domingues

Rosa,

apresentado,

precedendo
concurso

por

pro
­
vas
publicas,
na
egreja
parochial
de

Nos­
sa

Senhora da
Graça
de

Campello,

diocese
de

Coimbra.
O

presbytero

Manoel

Joaquim

do

Ama
­
ral,
apresentado

na

egreja

de

Nossa Se
­
nhora
da
Assumpção

do
Pedrogão

Gran­
de,

diocese

de

Coimbra.
O
presbytero
Antonio
da

Cruz,

paro­
cho
collado na
egreja

de

S.
Marlinho

do
Couto

de
Cima,
diocese
de

Vizeu,
apre
­
sentado

na egreja
parochial

de
S.

João
Baplista

do

Pinho,

da
mesma diocese.
Declarado
sem

effeito,
a
requerimento
do

interessado,
o
decreto
de
15
de
maio
ultimo,

pelo qual o
presbytero

José Ma­
ria da
Silva

Amorim,

parocho
collado
na
egreja
de
S.
João
de
Brito,

diocese

de

Braga,
foi

apresentado

na

egreja

parochial

de

Santa

Eulalia
e
sua
annexa,

Salvador
de

Arnoso,
da
mesma

diocese.
Fleiçõea.



Teem

ámauhã

logar
as

eleições

dos

Juizes

de Paz.
A
nni
versa rio Jornal tático.—
Com
o
n.°

3370

entrou na
passada

terça-feira
no
33.°

anno
da
sua
publicação
o
excel-
lenle

jornal

«Conimbricense».
Fallecimento.—
Falleceu

ante-hon-
tem

o

revd.
0

padre

Manoel
Couto, capel-
lão

do

côro
de
Santa
Cruz.
Teve
hontem

officios

na

eapella

da

Lapa.
Publicações. —
Continuamos
a

enu­
merar

as

recebidas:

REVISTA

DE
DIREITO
ADMINI
­
STRATIVO

PUBLICAÇÃO

MENSAL.

Está

publicado

o
n.°

23 correspondente
a

novembro

d
’esla

revista,

redigida

pelo

snr.
dr. Caetano Prelo
Pacheco,

escla
­
recido
advogado

nos
audilorios
no

Porto.
Annuncia
este
cavalheiro
um

impor­
tante

melhoramento
que
desde
o proximo
aneiro.
em

diante
introduzirá

no seu

pe­
riódico:

a
sua

publicação

quinzenal.
-MARAVILHAS
DA
CREAÇÃO,

por
PEDRO

M,

POSSER.
—Recebemos

as
pri
­
meiras
folhas
do

volume

II
d

esta

obra,

cuja
recommendação

se

torna

escu­
sa ia.

ATRAVEZ

D

AFRICA—
VIAGEM
DE
ZANZIBAR
A BENGUELLA.—O
fascículo
17.%

agora

recebido, contém

as

folhas
9
e
10

do

volume
II d'esta

publicação

por
lodos
os litnlos
notável.


DICCIONARIO

DE
GEOGRAPHIA
UNIVERSAL.—Distribuiram-se

os
íascicu-
los 87

e

88
que

comprehendem as

folhas

46.

47,

48
e
49

do
volume

V

tomo

II,

e
continiíi

de
lettras

TR1
a
GAL.
—O
AÇAFATE

DE COSTURA



PU­
BLICAÇÃO QUINZENAL DE
TRABALHOS
DE TAPESSARIA,

CROCHET.
BORDA
­
DOS,
LETTRAS,
ORNAMENTOS,
etc.


Recebemos
o n.°

1

d

esla
nova

publicação.

A

assignatura

está

aberta

no

escriptorio

do
«Commercio
Portuguez»,
rua

de
D.
Fernando,
Porto.

MUSEU

1LLUSTRADO.
—Recebemos

o oitavo fascículo
do
2.°

anno,
correspon
­
dente

a

outubro.
—GABINETE
PORTUGUEZ
DE
LEI
­
TURA
NO
RIO

DE JANEIRO.

Recebe
­
mos
um

exemplar

do
discurso
proferido
pelo
Presidente da
direcloria d’
esta sym-
palhica

instituição,
na sessão

de

posse
do
conselho
deliberativo
em
18
de
junho
de

1879.

TRAGÉDIAS

DE

LISBOA,

por

LEI
­
TE

BASTOS.


Recebemos
o
volume
IV
e

ultimo
d

este

romance,

editorado

pela

exeellente
Empreza

Horas Românticas,
de
Lisboa.
Ninguém
entre
nós

cultivou ainda
com

mais
felicidade

do

que

o
auctor

d
’este

romance
o
genero,

para
quem

escreve

estas

linhas pouco

sympalhico,
de
Ponson
du
Terrail

e
Gaboriau.
Para

os

amadores d
’esias
maravalhas,
as Tragédias

de

Lisboa

leem

todos

os

al-
tractivos

precisos.

Enredo

imaginosissimo,

mortes

e

resurreições,

roubos,
punhaladas

por

ca
aquella
palha,

raptos,

scenas
da

taverna,

asssociações
mysteriosas
em

subterrâneos
mais mysteriosos

ainda,

re-

vólvers, facas
e

venenos
em

barda,

in­
cêndios,

falsificações
desde

a

phisionomia

até

á
moeda

falsa,

clubs

terríveis,

etc.,

etc.,

etc.
Somma
total:

algumas

horas
de
distração,
para
quem
gostar.
A
> neyeliea «Aeterni
Patri».
—E

grande o

movimento

scienliíico
que
tem

produzido
e

continua
produzindo

a

notabilíssima

Encyclica

Aelerni
Patris
de
Sua

Santidade. Por

toda
a
parte

se

está

trabalhando
activamenie

na
refórma
do
ensino catholico,

segundo
S.

Thomaz.
O

numero de

Bispos
que
de

toda

a

parte

enviam

sua adhesão ao
acto
ponti­
fical
é



incalculável.

Na

Ilalia

quasi



não

ha

Bispo
nenhum

que
não

tenha

es-

criplo ou assignado
carta
de
felicitação
a

Sua
Santidade.
Em

França

acabam

de
ser

publicadas
as

cartas

dirigidas

ao

Santo
Padre

pelos

Exc.
m,s

e

Revd.'n
'
s
Snrs.
Bispos

d

An-

gers,

Mgr.
Freppel,
e

Arcebispo

de

Ren-

nes, Mgr.

Charles-Plnlippe
com
data
de
15

de
agosto.
A
«Unitã»

publicou
ha
dias
uma

carta
collectiva

dos

Bispos
da
Umbria

ao

Santo
Padre

felicitando-o

pela

sua

Encyclica
Aelerni
Patris.
A

«Ordem»
consta

que
em

Portugal
se

pensava

em

seguir
tão
louvável

e

de­
vido

exemplo.
Catadimpiie.

No
logar
da

Bouça,

freguezia

de
Creixomil,
succedeu

ha

dias

uma calastrophe,

duplamente

lamentável,
seguir

minha

viagem,

obrigando-me

a

perder
toda
a
honra
e
mercê
que
el-rei
me
fez, no

que lauto
encarregaes
vossa
consciência.
O

Governador

replicava,
correndo
a
mão
pelas
barbas

brancas,

que
lhe
che­
gavam

até

á cintura, e

carregando o
rosto

com

aquella

expressão que
fazia

em-

pallidecer
os
mais

valentes:

Até

aqui,
em tudo
que

me
reque
restes

da
parte
d
’el

rei
nosso senhor,

vos

tenho satisfeito;
mas
agora
que

me

amoes-

tais

com

minha
consciência

vos digo que

mais

não

aporfieis
em

vossa

contumácia

e

vos
torno

a

dizer
outra
vez

e

nove,

tudo o
que vos

tenho
dito.
Diogo

Mendes

de
Vasconcellos
retirou-

se, porém
resolvido

a
n

cssa

mesma

noi­
te,

com

a vasanle

da

maré,

sair
de

Gòa.

Os

trez

capitães

dos seus
navios

eram:
Balthasar

da

Silva,

de
nobre

linhagem
ou

fidalgo

honrado,
cotÈo

dizem

os

chro-

nisias
do
tempo,
homem

que

levava
o

valor

até

á temeridade;

Pero
Quaresma
e
Annibal

Cerniche,

(1)

estrangeiro,

ve-

nesiano

provavelmente. Pero
Quaresma
não

os

qmz acompanhar,

e

mettendo-se

no
batel,

veio
prevenir

Albuquerque

de
(1)
Dmiz,

lhe

chama

João

de
Barros.
Seguimos

n

esle
ponto

Castanheda,

que
íhe

chama

Annibal
e
diz

que
era

estran­
geiro.
que

Diogo
Mendes

com

os
seus
navios

e

a sua
gente
largara

em

secreto

do
porto.
Então,
Affonso
d

Albuquerque

montou

a

cavallo

e
chegando
ao
caes

mandou
Jayme

Teixeira
numa

galé,

com a

ban
­
deira

real
no
mastro;
Duarte
de
Mello
n

outra

galé;
Manuel
de
Lacerda
n

uma

caravella
e
Pero
d

Alpoim
n’
uma atalaya

do

Timoja
com
ordem
a

todos,

caso
j
Mendes
de

Vasconcellos

não

amainasse,

de
o
metterein

no

fundo como

traidor i
alevantado.
Jayme

Teixeira

achou
ainda
na
barra

Annibal

Cerniche

e

fèl-o

sur­
gir.

Foi-se
depois
a Diogo
Mendes,
que

andava

em

calma,

e

lallando-lhe

por
pô-

pa.
lhe

requereu
da

parte

do

Governador

que
amainasse quando não que
o
mellia
no

fundo.

Diogo

Mendes

respondeu:

D

isso

dará

contas

a

Deus,
que
eu

não

hei
de

amainar.
Jayme
Teixeira

mandou

lhe
em

segui­
da

um
tiro

de
camello
que
lhe
atraves­
sou

a
camara
e

matou
dois

homens.
Ap-

proximando-se

Duarte

de
Mello
na
outra

galé,

fez-lhe

alguns
tiros

deitando lhe
abai­
xo
as vergas.
Diogo

Mendes

surgiu. Bal-
thasar
da

Silva,
vendo
amainar
o seu

capitão
mór
amainou
lambem.

Então

trou­
xeram
ao Governador
Diogo

Mendes

com

os seus

capitães,

mestres
e
pilotos,

estes

já presos

em ferros.
Affonso d

Alquerque
estava

no

lerrei-
ro
das
suas
casas
com

muitos

fidalgos
quando

Diogo

Mendes

entrou

espumando
de
cólera
e

dizendo:
—Senhor,

por
que
me

não guardaes
usliça
e

verdade;
sou
tão

poderoso
em

meus

navios
e

gente
como vós sois
na
ndia.
Tendes poder
absoluto para

fazer

tudo; mas

se

u

esle

mundo

me
não fizer­
des

justiça,

Deus
no outro
m
’a
fará
de
vós.
Ó

Governador

olhando

ao

que
devêra

a
Diogo

Mendes
na

tomada

de
Gôa, ao
grande valimento que
linha

junto

a el-rei

de
Portugal,
supitou

os

impelos

do

seu

genio

e
disse
com apparenle

serenidade:

Muito
estou
espantado,
Diogo Men
des,
vos
regerdes

por cabeças
de

sandeus
que

trazeis

em

vossa
companhia.
Fugis­
tes
ao

vosso capitão mór

e
Governador
da
índia:
comettestes
grande

erro.
Diogo

Mendes

respondeu

com

altivez:

Meu
capitão

não

sois,

que

el-rei me

fez
isento

de

vosso mando
(2).
N

este

ponto,
Affonso

d’
Albuquerque,

o

velho leão

dos

palmares

da

Inlia,

deu

um

pulo

e

rugindo,
n

uma expansão de

furor,
mandou
melter

Diogo
Mendes
de
Vasconcellos

n
’uma
torre

do
castello,

com

uma
adoba

de

quatro elos.
Depois

procedeu

no

caso.
(2)

Estes

diálogos,
apezar
de

corta
­
dos

pela

indole
d

estes

episodios,
não teem

uma

palavra

que não
seja

textual.
Balthasar

da

Silva por

não
ter

n

elle

alçada,

(3) deixou-o

ir para
Cananor

e
depois
para o

reino.

Foi
este
um

dos
homens
que

mais

contribuíram
para

ini-

misar

Albuquerque

com

D.

Manuel.
Annibal

Cerniche

esteve
por

um
fio
a
ser

degolado
e commutou-se-lhe
a

pena
em degredo
perpetuo

para
a

ilha

de
S.
Thomé.

Aos

pilotos

e

aos mestres
orde­
nou

que
lhe

dessem

tratos,

e

foram
tão
espertos,

os
tratos,

que voltaram

aleija­
dos

para
Portugal.
Aos

pilotos

de
Diogo
Mendes e

Balthasar da Silva,

por
mais
que

enlercederam

em

favor

d

elles

os
fi­
dalgos,
mandou-os

enforcar

nas
vergas

das
naus.
N

aquelles

tempos

épicos,
não
se
po­
dia
ser
util
nem
grande

sem
esta

ener
­
gia,

a

que

hoje,

em

nome
da
civilisação

e
da
sciencia

graças

a

Deus!

chamaría­
mos
ferocíssima
barbaridade!
B
ulhão

P
ato
.
(3) F.
Lopes

de
Castanheda

e

João
de

Barros
são
conformes

em

que

Baltha
­
sar

da

Silva

estava

em

Cananor.
Gaspar

Correia,

auctoridade
suprema
porque

lhe

correu
lodo
este

negocio

pela
mão,

como
secretario
d

Albuquerque,

não



disse

que

Balthasar
estava

a

bordo

do seu

na
­
vio,

mas

transcreve

as

ousadas

e

violen
­
tas

palavras que
elle

atira
á

cara
de
Af
­
fonso
d

Aibuquerque.









se
é
verdadeira
a

cansa

que
nos
dizem
ter-lhe dado
origem, refere
o

«Ecco
Po
­
pular»,

de

Guimarães.
Na

casa

d

uus

pobres

casados

deu
in
­
gresso

a

infelicidade

com

todos
os
seus
horrores

a perturbar

a
santa

paz
e

boa

harmonia

que

n
’ella
reinava.
Não
foram
as
desintelhgencias.

nem
os
iresvarios,

nem

a loucura

de qualquer

dos

chefes

da

casa,
que
lhe
levaram

o cahos,

foi outro

mal
muito
mais
terrível



a

doença.
Atacado

o
primeiro,
que


causava

embaraço n’
uma
família
trabalhadora

e

de
mingoados

recursos,

foram-u

o

lambem
os
tres
restantes
íilhos!

Mas
ainda

não

era
tudo:
ullimamente

loi
a

mãe

repentina
­
mente
atacada

pela
mesma moléstia’
O

infeliz pae


magoado

com
a

doen

ça
dos filhos,

a

quem

talvez
tivesse
de
recusar
algum

medicamento

á
falta
de

re­
cursos

pecuniários, desalentado
por

vêr

cahidas
todas

as

suas

esperanças de um
futuro
viver
remançoso,
não

poude soflrer
o

ultimo
revez,
e
desesperado,
disse,

quando
viu que

sua
mulher

também

ia
augnentar
o

numero

dos enfermos:
-

Eu
não

posso
aturar

isto.

Qualquer

dia

deito-me
a
afogar.
A

doente
recebeu
a

queixa,

calculou
qual

o

desespero que

a

originou
e
calou-
se.

Em

um

dos

dias

seguintes levantou

se

muito

ceio,

sob
pretexto

de

Ir

buscar
o leite

para
um

dos doentes,

sahe...
e

não

volta.
Passam-se

dias,
o

infeliz marido

re­
volve

tudo,

acossado
pelo presentimento

d

uma desgraça

e

pela

falta

que
aquella
enfermeira

fazia

no seu

hospital,
mas

tudo

em

vão!
Ante-hontem,

15,

porém,

foi
encon
­
trado

o

seu
cadaver
n’
uma

nora,

aonle

de

certo

se

precipitou.
Expedição seientiflea
—O

«Golos»
annuncia

a próxima
partida
de
uma
expe­
dição scientilica
sob

a

direcção
do
te
­
nente

Onatsevitch para
lazer

estudos
hy-
drographicos
no
mar

do
Japão

e

no
de
Qkhosth.
Um dos

companheiros

de

Onatsevitch,

o

alfereres

de

Heller,

partiu



para

Ula-

dinoslok
a
bordo

do

cruzeiro

«Asia»,
le
­
vando

comsigo
muitos

instrumentos
com

que

a

repartição bydrographica

dotou

a
expedição.
O
guarda-marinha
Lanevsky
Volk

e

mais
quatro
oíficiaes
de
marinha
partirão

com o tenente

Onatsevitck por

via

da
Si­
béria.
O

fim
d
’esta

expedição

é

completar

os

trabalhos
de

Babkioe,
Bolchew,

Slavislky,
Yelaguine

e

outros,

explorando

as

embo
­
caduras

dos

rios

que
desaguam
no

mar

do
Japão,

praticar

trabalhos geodésicos
na

parle
sudoeste
dogolphode
Pedro

o

Gran
­
de
e

na
embocadura

do

rio

Aman,

e

estu­
dar as
correntes das aguas,
e
as
partes

Este

c

Sul da
ilha

Sokhalme.
O
Eminentíssimo Cardeal
San
guini.
—Escreve

a

«Esperança»

de
17:
Fomos

hoje
acompanhar

á gare
o

Emi

nentissimo

Cardeal
Sanguini.
Era

uma
homenagem

que

devíamos

ao
homem

que
por
tanto

tempo

e tão

bem

representou

entre
nós

o
Sutnmo
Pontífi
­
ce;
era
um

dever

que
nos

impunha

a gra
­
tidão

que
devemos
a
S.
Eminência.
O
Cardeal
Sanguini

deixa

em

Portu
­
gal

muitas

saudades.
Foi
imponente
e
respeitosa a

demon­
stração

que

hoje

lhe

fizeram

os
calholi-
cos

da
capital.
A

sala

da
estação
estava

completamen-
le

cheia,

vendo-se
n

ella

mui bem
repre
sentadas lodvs

as

classes
da
sociedade.
Quando
o
comboyo
partiu,

lodos

de

chapéu
na

mão,
e

com
o
mais
expressivo
assento

de saudade
e

respeito,
disseram

o

ultimo
adeus

a

Sua
Eminência,

dese­
jando-lhe

a

melhor

viagem.
Acompanhou
sempre
Sua

Eminência

o

novo

Núncio Monsegnor

Aloizi
Mazella.
O

Cardeal

Sanguini

aproveitou

a
occa-
aião

de

apresentar
a

Monsegnor Aloizi Ma­
zella

lodos

os

seus

amigos.

Foi
um

ul
­
timo

obséquio
que

nos
fez

o
Cardeal
Nada

mais

proprio
para

nos

suavisar
a
saudade, que nos

deixa

o
Cardeal

San
­
guini,

do

que
as

maneiras

tão

bondosas
e
finas, com

que

nos recebeu
o

novo

Núncio
de

Sua Santidade.
Na
gare

de
Santarém

foi

Sua
Etn.
ma

esperado

pelo

sor.

reitor
e
por
alguns
professores
do
seminário,
que
foram

alli
apresentar-lhe

os

seus

respeitos.
TSieaouro
aehatlo.

Proximo

de Ba-

siléa

(ez-se
agora
um
achado

archiolo-

gico.
Quando

se
arrasavam
uns terrenos
pa­
ra

a
construcção

da
ponte

inferior
do

Rheno,

arrancou-se
um
platano
entre

as
raizes
do
qual
estava

um
cofresinho, en­
cerrando
moedas
de
oiro e

prata
dos


­
culos

decimo terceiro
e

decimo

quarto,
devendo

valer
ao lodo
15:000

francos.
Prefo dos eereaes.—
Na

lerça-feira

ultima,
nesta cidade,
o

preço
dos
cereaes
foi:
Trigo
...........................................................
900
Milho
alvo...................................................680
Centeio.........................................................
530
Milho branco
.........................................
430
Milho

amarello
.........................................
400
Painço..........................................................
500
Cevada......................

...............................
520
Feijão

vermelho........................................
800
»
branco
........................................
700
»
amarello......................................... 600
»
rajado
.............................................
480
»
fradinho
........................................
500
Batatas
.........................................................
360
Azeite

(almude)....................................
60200
ExposiçAo de eamelina no H»-
Ineio
de
Crystal.—
'Deve

verificar-se
nos

dias

6, 7

e

8

de

março

do

proximo

anno

uma

exposição

de
camélias

no
Pa
­
leio

de

Crystal.

Outras

flores, porém,
serão

admiltidas

a
este
altrahente

certa-
men,
quebrando-lhe

a monotonia

que
porventura

podesse

ofierecer,

entre

essas
as

seguintes: rainunculos,

anémonas,

ja
­
cintos,
tolipas,
amores

perfeitos

e
violetas.
A
varíola em Londres.—
Um

pe
­
riódico
inglez

publica

uma

estatística

in
­
teressante

e

curiosa

ácerca
da

mais
ter
­
rível

epidemia
de
variola
que
tem

atacado
a

cidade

de

Londres,

a
de

1877-1879.
Desde

o
principio
do

flagello

até

.ao

principio
do

mez

corrente,

15:171
pessoas,

atacadas

d’
aquella

doença,

foram

tratadas

nos

hospitaes

do

Metropolitan Asylum
di-
stricl
lioard.
D
’estes
doentes,

11:417
eram

vaccinados

e

3:769

não
vaccinados.
A
questão
interessante
é
saber
em

qual

cathegoria

houve

mais

fallecimentos.
Ora
os
algarismos

oíficiaes

são:

vaccina­
dos.
1:008;

não

vaccinados,
1:669.
A
conclusão
lógica

d
’este

relalorio
é,
pois,
que
a

media

dos
fallecimentos

compre-

bendendo
as duas cathegorias,
é

de 17,6

por

cento.
Os

doentes

que não

haviam
sido
vac-

einados

falleceram
na proporção
enorme
de

44,4

por

cento,

ao
passo

que
dos que

eram

vaccinados


morreram
8,8

por

cento.
O

facto
mais curioso

verificado duran­
te
a

epidemia,
é

que:
«não
pôde
asseve-

rar-se
que

uma

unica

pessoa
entrasse
nos
hospitaes,
depois
de

ter

sido

bem

vaccinada
ou

revaccinada

com
exilo».
Mais
ainda:

de
mil

médicos,

enfermei
­
ros,

criados,

etc.,
que
formam o
pessoal

dos
hospitaes,



seis

foram
atacados

pela

doença,

e

esses

tinham
fugido
á

revacci-
na antes
de entrarem

no

desempenho das
suas

funcções.
Estes

factos, que não pódem ser

dis­
cutidos

constituirão
irrefutável

argumento
contra

as poucas

pessoas

que.se

oppõem
ainda

á
vaccina
obrigatória
Inundações.

Escrevem
de

Kingston
ao

«New-York

Ilerald»
que
a

parte

orien
­
tal

da
Jamaica
acaba de

ser
assolada
por

grandes
inundações.
No
dia 11
de
outubro,
chuvas
dilu-

vianas

transformaram
em torrentes

os

ribeiros

que
cercam

Kingston,

perecendo
afogadas

numerosas
pessoas
que
voltavam

do

mercado.

Desabaram

muitas

casas,
fo­
ram
levadas

muitas pontes e
arrancados

todos

os

fios telegraphicos.
Esta

inundação foi

tão

desastrosa

em

Siant-Audrew
e em Port-Royal

como

em

Kingston.
Exposiçõo belga
de
todas
as
obras
seientifleas
e litterarias.—
Vae

organisar-se pira

1880

uma exposi
­
ção
belga
de
todas

as

obras
scientificas
e

lilterarias,
escriptas
por

nacionaes

e

publicadas

na

Bélgica
ou
no

estrangeiro,

desde
1830.
A
commissão

direclora

fez



diversas

petições

a
escriptores
de
todas

as

nações

e

a

outras
pessoas.
N

essas

petições
pede-se

que
se

lhe

envie

uma

nota

com

as seguinte
indica­
ções:
Nomes, pronomes,
data
e logar
do
nascimento,

titulo

das

suas
obras, indican
­
do esse
titulo

completo,

com

o nome
do
editor,

etc.,

data

da publicação, formato,

numero
de paginas
e

de
volumes,

e

se

têem
rnappas

ou

figuras,

numero
de
edi­
ções com a data de

cada

uma

d’
ellas,

preço
nas

livrarias,

etc.
Anniversario
«lo

Primeiro de
Oezembro de 5610 — Ao publico
braearense.—
A
classe
académica
reu­
niu-se

no

dia
26

do

passado,

afim de

nomearem
uma commissão,
escolhida en
­
tre

os

proprios

académicos,

para

promo­
ver

os festejos annuaes do

l.°

de

De­
zembro.
Nós,
abaixo
nomeados,
membros

da

mesma
commissão,

unidos

com

uma


vontade e
desejando
abrilhantar

uma festa

que

é

e

deve
ser
d

um paiz
inteiro, vi­
mos por
este

meio
pedir

ao

povo

bra-

carense

o seu auxilio

e

valimento.
Temos visto

o brioso
povo

d

esta
ter
­
ra

proteger,

sempre
e
com

jubilo
as
em-

prezas
que
traduzem uma ideia
grande,

e

é

porisso

que

nós

appellamos
para
a
sua
protecção,

que

jámais

negou

ás

com-

tnissões
anteriores

e

que

de
sobejo

prova

o quanto
esta
cidade

é
briosa

e
patriótica.
Tomando

nós
por

iniciativa
festejar

com

luzimento
uma

empreza

tão

arrojada

e tão

nobre
como

foi

a
restauração

da

nossa
perdida

independencia,
parece-nos

que,
recordando

a gloriosa
data

de

1640,

não
haverá

ahi um

porluguez

que
dei
­
xe

de

nos

coadjuvar

tanto
quanto

possa.
Confiados

na

generosidade
e
mais

que
tudo
no

sentimento
do
patriotismo

que
anima

este

fiovo
bracarense, esperamos
uma

espontânea

coadjuvação,
sem
a qual

não

poderemos

levar

a

effeito
os
fins

a

que

nos
propomos.
Para
governo

de

lodos,

oulrosim,
ro
­
gamos

que

se
altenle

bem
para
as
sub-

scripções

que

se

vão

promover

alim

de
que

se
não falsifiquem;
devem
ellas
le
­
var

para

ser verdadeiras
uma

carta

im-,

pressa

junto

e
a

competente
rubrica
do
snr.

presidente.
Presidente

Antonio
José
de
Lima.
Vice-presidente



Narciso
Antonio Re-

bello

da
Silva.
Secretario

José

Maria

Rebello

da Silva.

2.®
secretario—
João
Antonio

Affonso B.

Thesoureiro



Adolpho

d’
Almeida
Bar­
bosa.
Vogaes:
José

Martins Peixoto,

3.®

anno
do
curso

theologico.
João

de Faria,
2.®
anno

do

curso

theo-

logico.
Manoel

José

Rodrigues Porluguez, l.°
anno
do curso
theologico.
Antonio

Faria
Peixoto
Braga.
Egydio
Herculano Carvalho Malheiro.
Fernando

Antonio Gomes
Ferreira
de
Oliveira.
Agostinho
Teixeira

da

Motta
Guedes.
José
Maria

Figueiredo.
Fortunato

d

Azevedo

Varella.
Julio
Baptista

da
Cunha

Braga.
Joaquim
Augusto

da

Cunha.
Manoel

Joaquim
Rodrigues

Pinto.
A
’s
almag
bemfazejas. —
Pede-se
por caridade
uma
esmola

para
o

infeliz

José
Maria,

morador

defronte
da
capella
de

S.
Miguel-O-Anjo,
casa n.°
3,
empre
­
gado que
foi
no

Seminário
de
S.

Cae­
tano,

e

hoje
se

acha

paralítico

sem
po
­
der

articular

palavra,
e
impossibilitado

de

todo

o
trabalho.
A's almas
caritativas.—
Recom-

mendamos

e

muito
ás

pessoas

caritativas

a

desventurada

Maria
José

da

Silva,
mo
­
radora

na
rua

dos
Sapateiros,
n.° 7.

Vive

em

extrema

penúria, e

padece

de
doen­
ça
incurável.
A
’ caridade
publica.—
Muito
re-
commendamos ás
pessoas

caridosas
o
in­
feliz

Antonio

Marques

da

Costa,

morador
na
rua

de
S.

Miguel-o-Anjo,

casa
n.°

4,

3.°

andar,
que
se

acha
na

maior neces
­
sidade

e

doente,

vivendo só da

caridade
das

pessoas
que
o soccorrem

com

alguma

esmola.
ULTIWAS 1UOTICIAS
Lisboa

19

«Diário»:

Foi

julgado
o

snr.
Pina,

correio

do
ministério

da

jus
­
tiça,
que
aggrediu o
capitão

de caçado
­
res

2,

sendo
provado
o
crime
por
una­
nimidade.

Condemnado
ao

minimo

da

pe­
na,

isto

é,

cinco

annos
de

deportação
militar.
O
advogado

do
reo

apellou

da
incom­
petência

do tribunal.
O
promotor
appellou

por

julgar
dimi
­
nuta

a
pena.
Diz

um jornal

que
será

nomeada
uma

commissão

de

inquérito

ao Banco
Ultra­
marino.
Roma
18

Os
snrs.
Cairoli

e

Depre-
tis

tiveram

novas conferencias em
que
chegaram
enfim

a
accordo
ácerca

do pro

gramma

do

novo

gabinete.
Esse
programma
comprehendè

a
abo­
lição

do

imposto
sobre a
moagem,
a
re­
visão
do

orçamento

e
a
discussão

do

pro-
jecto
de

refórma

eleitoral.
E


provável

que

seja adiada

a
data fi­
xada para

a

reabertura

da camara.
Londres

18

Dizem
de Cabul

que

houve
tumultos
em
Chagri.
Receia-se

que

seja prégada a guerra

santa
Constantinopla

18

O

sultão

nomeou
Bakers-Pachá

seu

representante

para

vi
­
giar
a

introducção

das
refórmas
na
Azia
Menor.
Bakers-Pachá
partirá
ainda

esta
se
­
mana.
Londres

18—
Muitas tribus
agitam-se
á

volta
de

Cabul.
O
general
Roberts

foi
nomeado

tenente-

general.
THEATRO
DE
S.
GERALDO
Segunda-feira

/.°

de dezembro
Espectacuto
de
gala
O

diama palriolico
em
3 actos
HEROÍSMO
pobtuguez
A

comedia

em
i

acto,

de

costumes
escolásticos,
ornada

de
couplels
0
woio
Principia
ás
8
horas.
Os bilhetes
desde já se acham
á
venda em casa
do encaderna­
dor MATTOS—
Biscainhos,
15.
ANNUNCI

OS
SYSTEJU

FELIZIR
ÍÍO
L1S4
CIIITILIh
WBfflL
Arte
de
aprender

a
escrever
e
ler
em

vinte

lições,

tanto
menores

como

adultos;

experimentado
em muitas
localidades <l<«
paiz com
optimos

resultados, e a

par

do<

últimos

progressos

da

filologia

e
linguística.
Preço

500

rs.
Aos

snrs.
professores

dá-se

a

commis
­
são
de 15 p.
c.
fazendo

seus pedidos aos
editores

do
SYSTEMA
FELIZARDO
LIMA
=
Fafe,
A


venda
nas

principaes

livrarias

do

Porto,

Lisboa,
Vienna, Coimbra,

e
em Bra
­
ga
na
Typographia

Lusitana

e em

casa
de
Julio
Mattos,

rua
Nova
de

Sousa

n.°

44.
Precisa-se
de empregados

de

ambos
os
sexos que tenham

reconhecido

bom

com­
portamento,

aos
quaes

se

dará
ordenado
não
inferior
a

1200000

reis,

depois
d

uma

pratica
de

dez
dias.

Dirigirem-se
a Fafe,

casa

de
Sá,
a
Felizardo
Lima.
&BHTA

0.
A
Camara Municipal
do

Concelho

de

Fafe
Faz

saber,

que

no
dia

14

de

dezembro
proximo,

pelas 10
horas
da
manhã,

tem
nos
Paços
do

Concelho

de

arrematar-se

os

impostos
municipaes

indireclos
votados

no
orçamento

do

anno

civil

de 1880;

a

saber:
Trinta

e

quatro

reis
em cada
kilo-

gramma

de

carne
de
boi.
vitella.

chiba­
to,

e

suino.
que

se
vender

n

esle

Con­
celho,
em

fresco

ou

salgada,
para
con
­
sumo,
calculado

em

2:2500000

rs.
Dois
reis
em

cada

litro

de
vinho, ex­
posto

á
venda

a retalho,

em armazém,

adega,
ou

taverna,

por

negociante,
taver-
neiro,
ou

particular,
calculado
em
reis
8500000
As

condições

acham-se

patentes

na

se
­
cretaria

municipal.
Fafe

18

de

novembro de

1879.
O

Vice-Presidente,
(2706)
Soares

Ferreira,













BILHETES,

SERIES

E
FIIÀCÇEÕS

JA
A


VEADA
RAPE
DA
6RANDE
lotkiia

m:

iorii
(ExtracçSo
a 93 de dezembro
de
189S)
Em

casa do cambista Antonio Ignacio
da Fonseca,
de Lisbca,
com filial

no Porto.
O

capita!
que

se

distribue
n
’esta

loteria

é,
em

moeda
porlugueza,
2
028:000^000 luJS
CERCA
DE
II»
ES MILCOVRhlll
O

cambista

Antonio
Ignacio
da
Fonseca,

com

casa

de cambio
e
loterias

na

rua
do
Arsenal,
56.

58 e

60,

Lisboa,
e

filial
na

Feira

de S.

Bento,

33,

34

e

35,
Porto,

faz

scienle

ao

respeitável

publico

da

capital,

províncias,
ilhas

e

Brazil,
que
tem

nos
seus

estabelecimentos

um variadíssimo sortimento

de
bilhetes

e
suas
divisões, como

abaixo

se

'ê,
da

loteria
MONSTRO

que
se

verifica

ein Madrid no

dia

23

de
dezembro
do
corrente
anno
de

1879.
O

annunciante satisfaz

todos
os

pedidos
que
se

lhe

façam,

quer
sejam

para

jogo

particular

quer

sejam
para
negocio

(porque



boas
commissôes/,

na

volta
do
correio,
recebendo em

pagamento
letras,

ordens,

valles,
sellos do
correio

ou

em

outra
qualquer

especie, que mais
convenha
ao
consumidor,
exceptuando
sellos

de
verba.
Remelte
em tempo
necessário

planos, listas

e

telegrammas.
Promptilica-se

a
fazer

o
pagamento

de

qualquer

prémio,

que

tenha

a

fortuna

de
vender,

nas recebedorias
das
comarcas, se
tanto

quizer
o
interessado.
Recommenda
ao

publico
a

leitora

do
plano
d

esla
grande

loteria,
e em

especial

a parte

em

que
garante

um

prémio
certo
a
quem

tiver
DEZ

numeros
seguidos!!!
nos
em

moeda hespanhola
em

moeda portugueza
1

de
2.500:000
pesetas
1 de
450:0000000

reis
1

de
1.250:000
1
de
225:0000000 >
1 de
750:000
>
1
de
135:0000000

»
2

de
250
000
2
de
45:0000000
»
4

de
125:000
>
4 de
22:5000100

»
20

de
50:000
>
20
de
9:0000000
»
30
de
25:000
30 de
4:5000000

»
1:758

de
2:500
>
1:758
de
4500)00

>
3:999

terminações

500
»
3:999 terminações
900000
»
99

approximações
2:500
>
99 approximações
4500000
»
99
»
2:500
>
99
>
4500000
»
99
>

2:500
>
99
»
4500000
»
2
»
50:000
2
»
9:0000000

»
2
»
34:000
i
2
»
6.1200000
>
2
>
22:500
»
2
»
4:0500000
»
6:119 prémios
6:119 prémios
Chama-se
a attenção
dos consumidores d’
este artigo, para
a imitação
feita pela fabrica BOA-FÊ do
Porto, dos rotulos do
rapé
da acreditada
fabrica de SANTA APOLONIA; imitação não
só dos desenhos e marca da fabrica, mas até dos seus dizeres,
resultando d

esta pratica tão pouco regular,
que alguns consu­
midores
menos escrupulosos
na apreciação
dos empapelos, com­
pram
como rapé da fabrica de SANTA APOLONIA, outro de
qualidade
infinitamente inferior.
(2695)
Arrema
ação
FGLHIHHâ

ROMANA
Pelo

juízo

de
direito

d’esta
comarca,

e

cartorio

de

Ribeiro,
no
dia

7

de

de
­
zembro

do

corrente

anno.

á

porta
do

Tribunal
Judicial. d
’esla mesma,
se
tem
de

proceder á
arrematação
de

uma

mo­
rada

de
casas
de dous

andares,
designa
­
da

pelo n.° 18,
sita

no

Largo

de

S.

Miguel

O-Anjo,
avaliada

na
quantia
de

8000000

reis,
de
que

é
actual
possui
­
dor

Francisco
Thomaz

Martins

da

Motta,

d
’esta
cidade,

por

força

de
execução

que
lhe
promove
o
juiz
e

mezarios da Con­
fraria de
Santo

Adrião,

nos

suburbios

d

esta

mesma

cidade.
O
solicitador
(2707)

Paulino

Evaristo
da

Rocha.
Communhão
perfeita
Este
novo

livro
tem
128 paginas

con
­
tendo
todas
as
petições
e

considerações

para
se

commungar
com

perfeição,

e mui
­
tas
orações concedidas

por
Sua

Santida
­
de Pio
IX.
Preço

d’
este
livro

60
reis;
pelo

cor
­
reio
80 reis,
a

quem
enviar

este

importe

em
estampilhas
á
imprensa

Pereira da
Sil
­
va,
Praça de
Santa
Thereza,
n.°
45


Porto.
CATECISMO
DE CONTROVÉRSIA
Contra os protestantes e
outros inimigos
da Religifto e da
Egreja
pelo Dr.

D.

João

Gonzalez
Traducção
de
A.

MOREIRA

BELLO
Com

permissão do
Em.m°
Cardeal

Bispo
do

Porto.
Vende-se

em Braga,

em

casa

dos

snrs.

Manoel

João
de Faria &

C.
a,
largo
de

S.

Francisco,
n.°

4.


se

acha

á

venda
para

o

anno

de

1880; em Braga

no
escriptorio

da Typo-

graphia

Lusitana,
rua

Nova
n.°
4,
e em

casa
do

snr.

Bernardino
José

da

Cruz,

Vesiimentana

Rocha

e

Viuva

Germano,
rua

do Souto,

e
na loja

do snr.

Clemente
José

Fernandes

Carneiro, rua
de S.

Vi-

ctor.
e

em
todas

as mais localidades do

costume:
preço
140 rs.
Nas

mesmas

casas

e
localidades
de­
vem

achar-se

opporlunamente
as

folhinhas

Bracarenses,

e
Almanach Civil
ou

de
al
­
gibeira.
BREVE COMPENDIO
DE
ORAÇÕES
E DEVOÇÕES
ADOPTADAS PELOS
MISSIONÁRIOS.
QUARTA

EDIÇÃO
Novamenle correcta
e

muito augmentada
com

novas
orações

e

devoções
indul-
genciadas,

e
concedidas

posterior-
mente

á

ultima

Raccolta.
Com
approvação

de

S.

Exc.
3

Bevm.3

o

Snr.

D.

Joáo
Chrysostumo
d'Amorim

Pessoa,

Arcebispo

Primaz.
Vende-se

em Braga, na
typograpbia
Lusitana,

rua Nova
n.°
4,

e

nas

livra
­
rias

de Manoel Malheiro,

rua
do Almada,

Porto,

e Catholica, de

Lisboa.
Preço=l60

em

brochura,

e

240
enca
­
dernado.
Na
rua

do
Campo

n.°

22

vende-se

ba-
ga de
sabugueiro,

legítima

do
Douro, por
preços

comrnodos;
a
quem

a
pretender,

dirija-se
á

mesma
casa.

(2640)
EXPLICAÇÃO
DAS APPROXIMAÇÕES
Os numeros

anterior

e
posterior
do
prémio
de

450.0000000

reis
tem,
cada
um,

approximação

de 9.0000000
reis,
além

de

outro
prémio que

lhe

possa
pertencer
no
sorteio.
Os

numeros

anterior
e
posterior
do

prémio
de
225:0000000
reis

tem

também,
cada

u.m,
approximação
de

61200000

reis,
independente

de

qualquer prémio
que

lhe
possa

pertencer.
Os

numeros

anterior

e
posterior
do
prémio
de 135:00001)00
reis
tem,

cada

um,

a
approximação

de
4:0500000

reis,
assim como

outro

prémio
que

lhe
possa
caber.
Nas

tres

centenas

dos
prémios maiores

são

todos

os
297 numeros
premiados
tom

100

libras

cada
um.

Quer

dizer:

se
sair

no
n.°

1:416
todos
<s

numeros

de

1:401

a

1:415

e
de

1:417

a
1:500

tem este
prémio.

Se
sair

no n
9
6:587

o segun
­
do

prémio

são

premiados

com 100

libras

os
numeros

de
6:501
a
6:586
e

de

6:588

a

6:600.

Se

sair

o

terceiro

prémio

no

n.°

7:731 são
premiados

com

100

libras

os

numeros
de

7:701

a
7:730

e
de

7:732
a
7:800.
Todos

os numeros
cuja

terminação
seja
igual
áquella
do
que
obtiver
o
prémio
de

450:0000000 reis

são premiados

com
20

libras;

quer
dizer se sair
o
prémio
grande

em

n.°

7:545,

todos

os

numeros

que
terminem
em

5

teein

este

prémio,

e

por

conseguinte

quem

tiver
DEZ numeros

seguidos,
uma
SERIE,

tem



certo o
prémio

de
20
libras,
e

póde
ter
tres

vezes

todos

os dez

numeros

premiados,
por

as

approximações

de

centenas,
além

do que
lhe

caiba

por

sorteio,

e

para
isso

ba­
stará
que

a

dezena

seja beneficiada

com

os

tres

prémios

maiores.
Creio

que
deixo

bem
explicada

a
combinação
das

approximações.
PREÇOS.—
Bilhetes

inteiros

a
930000 reis,
meios
a
470000,

quintos
a

190000,

décimos

a
90500,
fracções
de
60000,

40500,
30600,

20400,

10200,

600,
480,
240,
120

e 60

reis.

Series
de
10
numeros

seguidos,

tendo

cada
uma

um

prémio
certo

de

6Ò0OOO,

480000,

240000,

120000,

60000,

40800,
20100,

10200

e

600

reis,

ha­
vendo
grande

variedade

de
numeração
e

podendo
se

alcançar grande quantidade de
numeros
em

series.
Considerando

se

esta

casa
uma

das

mais
bem

sortidas

pede

aos
seus

numerosos
amigos

e freguezes

o (azerem os

seus

pedidos
com

alguma

antecedencia.
As
listas

chegam

no
dia
26

e

o
pagamento
dos

prémios

é

feito

em
seguida.
Pedidos
ao
cambista
Antonio Ignacio da Fonseca, rua do
Arsenal,

56, 58 e 60, Lisboa, ou á filial no Porto, Feira de
S.
Bento,
33,
34 e 35.
EUITOS
UE 30
DUS
Pelo
juízo
de
direito
d

esta

cidade
e

comarca

de

Braga
e
cartorio
do escrivão

do

4.°
officio
no

fim
assignado correm
éditos

de

30
dias
a

contar
da

publicação
do segundo

annuncio

na

folha
oflicial.

citando,

chamando

e

requerendo

lodos

e

quaesquer

credores incertos,

desconheci­
dos

e

residentes
fóra
da

comarca,

que
se

julguem

com
algum direito
á

herançár

do

finado Manoel
Joaquim
Ferreira
Braga,

prior
que
foi

da

freguezia

de

S.

Viclor.

d
’esla

cidade,
para

que

no
referido
praso

venham

deduzir

as

suas
reclamações,
sob

as

penas

da

lei.
Braga,
22 d

outubro

de

1879.
O
escrivão
do

processo
Gaspar

Augusto

d

Oliveira

Faria
Bastos.
Veritiqbei
a
exactidão.
(2705)
Adriano

Carneiro
de
Sampaio.
Caixa penhorista Braearenae na
Travessa de O. Gualdim d’eata
eldade.
Continua

a emprestar dinheiro
sobre
penhores

todos os
dias

desde

as 8
horas

la

manhã
até
ás
9

da
noute
na

mesma

caixa.
Vende-se

roupas
Pede-se

a

todos

os
mutuários

que

ti»,
verem
objectos

empenhados

na

mesma

caixa

com atrazo

de
juros

de

tres

mezes
os

venham

pagar

ou

resgastar,

senão
se
­
rão

ven

lidos.
N.
B.—

Grande
variedade
de
bilhetes

e suas divisões

para

os

sorteios
ordiná­
rios
das
loterias portugueza
e

hespanhola

pelos

preços


annunciados.
(2703)
No
dia 23
do

corrente

pelas
10
ho­
ras

da

manhã,

vende-se

em

leilão

parti

cular

a
boa

mobilia,

que
adorna
a

casa
n.°
53
na rua

de
S. Marcos—
compõe-se

de

excellentes

cadeiras,

sofá, commoda,
oratorio,

mezas,

cosmhas

de
ferro

e

mais
objeclos.
Appareçam,
que

é

pechincha.
(2702)
PEDIDO
A
Meza
do

Real
Sancluario

do

Bom

J
psus
do

Monte

roga a
todas
as
pessoas
amadoras

e

possuidoras
de
jardins,

que

te­
nham

superabundância d
’arvores

de

ador
­
no, arbustos,
camélias
ou

outras
quaesquer

plantas,

se

dignem
favorecer
com

ellas
o
mesmo
Sancluario,

para

embellezar
este

tão
piltoresco
local;

dando
parle

ao

the-

soureiro

o

snr.
Manoel
José

Rodrigues

de

MaceJo,

rua

do

Souto,
n.°
42,
n’esta
ci
­
dade
de

Braga,

para

a

Meza enviar
pes­
soa

competente que
do

sitio
que
lhe
fôr
indicado
as

traga

com
o

necessário
re­
sguardo.

A

Meza, esperando que
este

pe
­
dido

será

atlendido,

fica

desde



agra
­
decendo
qualquer oíferta

que

n

este
gene-
ro
lhe
fôr

dada.
Em nome
da

.Meza

O

procurador
Antonio
Alves

dos
Santos
Costa.
AMICSAM-SE
Os

altos

da
casa

da

rua do
Campo,

n.° 22,
com

bons comrnodos

para
uma

numerosa
familia,
agua
encanada
e
bellas
vista.

Quem
pretender
dirija-se

á mesma,

(2557)
PEDIDO
A
Meza

da

Santa
Casa
da
Misericór
­
dia,
de
Braga,

tendo
etn

consideração

a avultadissima

despeza

que
está

custan
­
do o
fornecimento
de

pannos e
lios

para

o

curativo

de

feridas

no

Hospital de
S.

Marcos,

empenha

n'este
aclo
de

caridade
a

devoção

de

seus
concidadãos.
O

escrivão
Lourenço
da

Costa
G.

Pereira

Bernardes.