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Parte de N.º 1016 de 29/11/1879

conteúdo
VII

ANNO
SABBADO
29
DE NOVEMBRO DE 1879
NUMERO
1:016
Jt&SHaLfiG-aosjk»
s:

tvoitichosa
..
REDAGTOR

D.
MIGUEL SOTTO-MAYOR
PREÇO

DA ASSIGNATURA
12
mezes,

com
estampilha

2^400
—12 mezes, sem
estampilha

1&800

Brazil,

12
mezes,

moeda forte

4$20(Í—
Avulso

20

rs.
PIBLIGA-SE
ÁS TERÇÃS, QEINTAS E SABBADOS
PUBLICAÇÕES
Correspondências
partic.
cada

linha
40

Annuncios
cada
linha
20
—Repetição
10

rs.

Assignantes,
20
p.
c.

d
’ahatimei
to.
BRAGA-SABBADO
29 DE
NOVEMBRO
Estão

na

berlinda

os

padres

de
S.
Bento,

Assim
o

resolveram

em
seus
con
­
ciliábulos as gentes do
«Jornal

do Com

mercio»,

da «Democracia»,
da
«Revolu
­
ção
de
Setembro» e do

«Diário
da
Ma­
nhã».
Assim

o

resolveram

e

bem

resolvido
está.

As

suas

resoluções

são

sempre

da
mais

profunda
sabedoria.
«E

assentem
lodos
n’
isto«

como
diz

o sentencioso

«Palito

Métri­
co».
Quem

mais

se
distingue, porém,
nos

vigorosos

allaques contra o
governo

por

fazer
eleger

farta

duzia

de tonsurados

é

a

matrona
«Revolução»

e o
peralta

«Diário

da Manhã».

Aquella

apresenta-se

em
publico

com

seu

longo

rosário

de
cautelas,
para

esconjurar
os

negregados

tonsurados.
Folgaria
muito,

que

pela
força
de

seus
exorcismos estes
dêmos
não
en­
trassem
em
3.
Bento

e

tivessem o triste
destino,

que
o

nosso
Garretl deu áqueile

celebre
porco

sujo, que
abandonára
pie
­
dosa
beata,
para

ir

mefter-se
no centro

de

gravidade

do
galiego
Tliiago.
Mas

os

padres
dêmos

lambem

são

ver­
sados

em
esconjures

e
a

historia

demon­
stra,

que
«Conhecem-se

os

grandes

homens
Nas
grandes
occasiões»
como diz
o
mesmo

poeta.
Deixemos,

porém,
que

a

«Revolução»

apregoe
livremente

as suas

cautelas,
e

passemos

a responder

ao

«Diário
da Ma­
nhã», já que

se

dignou
olhar
mais

at-
tento
para
nós



dos

paramos

celestes
da alta

política liberal.
Diz
elle

em
seu
n.°

1307:
«O

facto

de serem
eleitos

doze

dis-

tinctos

membros
do
clero

é
innegavel,
que

tem

tal
on

qual

significação.
Oh
se
temi

O
paiz

o reconhecerá

quando

se traclar

de qualquer

refórma,
que

jogue

com

as
coisas da

egreja».
Tem

significação

o

facto,
tem,
snr.

«Diário»,

s'gnitica

elle.

que
o
clero
não

é

tão

anthipatico

ao

povo

portuguez,
que
não

seja

vantaj

so

a

qualquer

situação
política
o propor

deputados

alguns de
seus
membros.
E que

imporia,

que

o

povo
reconhe­
ça,

que,
ao
agitarem-se

na

camara

haixi
as

questões religioso-sociaes,

a

clerezi

i

do

pai

lamento

advogue
os

interesses
da
sua
classe
d

ella

e
os direitos
da Egreja,
sem
trahir
os

deveres

sagrados de
sincero

patriotismo?!
Que

liberdade

é
a

vossa,
que
dizeis

synlbelisar
o direilo

de todas as
manife­
stações:

a
liberdade

de pensamento,
a
li
­
berdade

de consciência, a liberdade de

discussão,

e
que renegaes
quando

preten
deis
embargar

na

garganta
do

clero,

que
tem

entrada
na
representação

nacional,
a
voz
da

verdade

e
da
justiça,

que


pede

para
a

classe clerical

os

direitos,

as

re

galias

e
as

considerações,

que
vós

que
reis
para

a

vo-sa
classe;

que

exige
para

a
Egreja
a
liberdade,
que
vós

exigis
para

o

Estado?!
«Reformas,

que
joguem com

as

coisas
da

Egreja»!
A
proposito:

preíendeisjoi/urcotnascozsas
da

Egreja,

como

os
soldados

pretorianos

jo

garam

a
túnica
inconsutil
do
amoravel

Jesus,
e

prolubis,

que se

vos

brade:

a

casa

do

pai

lamento

não

é

casa

de

tabu

lagern?!
Pretendeis

jogar
com
as

coisas da
Egreja,
onde
ha

direitos e

riquesas,

que
vós

cubiçaes
e

não
consentis,

que
haja

em

volta

da
mesa quem
repare

pr

aquel-
les,

que

teem
todo

o

interesse

em

em
­
palmar

uma carta,

que
seria
a

vossa

rui-
na?l
Ignoraes,

talvez,

que
sois

cenfo
e

cincoenta

contra

doze,

ou amortece em

vós
esse

espirito

forte

de

que

tanto

vos

jactaes?!
«A
liberdade
1
...

exciamaqs

vós
era

ar­
rojado

transporte.

E

invencível
o

seu

po
­
derá!
Se não

quereis

parodiar

aqui

o
«Allah!
Allah!

Deus é
um!
Infinito

o
seu
poder!
E

não

é

dado

a nenhum
Sem sua

ajuda
vencer»
como
é
que
em

tão

breve
trecho
vos

arreciaes,

de

que

periclite

ao

som
da
voz

de

doze clérigos,

que
lambem

são
amantes

da

liberdade?!
Porque

é
que
não
resalta

ao

vosso

ora
lorte,
ora
meticuloso
espirito o

mesmo
receio
ao

considerardes,

que

na

camara
alia

teem

assento

os prelados
do conti
­
nente?!
Tereis
já,

talvez, protestado
contra a
intervenção

<10

alto

cLro
nos

negocios
da

publica
administração

ao

proclamardes,
que

é necessária,
para

salvaguardar a

li
­
berdade,

a

organisaçào
d

um

partido

con­
stituinte,
que,
ao

que

parece,

pretende
reformar
a
lei
organica do

paiz

e
n

essa

reforma

enxotar

da

camara

dos

próceres
os prelados
dj

grande
parte

da

egreji
lusitana?!
Respondei,
liberaes

theoricos

e
nunca
liberaes

práticos;

responl
i,
liberaes

de

boca

e

não

liberaes
de

coração.
Altente
o
clero

na

indole
dos

partidos
a

que

está
unido

e

descubra
com
o
es-

Icalpello da

boa

critica
as
intensões

dos

seus

alliados.
Não

é

necessário fazer
longa

peregri
­
nação
pelo paiz, para

mostrarmos,

que
muitos

membros

do
clero estão
a
auxi­
liar

aquelles
que
os abominam.
Consideremos
tão


o que

se
passa
na

cidade
de
Braga.
Em Braga
tem o partido constituinte

um

centro

político.

Os

seus

membros

mais

numerosos,
mais

dedicados

e
que

se

leem
deixado

arrastar
ao ostracismo

de

longos

annos

de

opposição
sómente
para

guar
­
darem

a

jurada

de partidários
leaes
p
ri‘
oce.n á

classe
clerical
E
’,
sem
duvila.

contra
elles

também,

que
não
são mais

libera
is,
do

que

os
no­
vos

eleitos,
que

não

são menos
clericaes,
do
que

os
doze
tonsurados

da
berlinda,
que
o

«Diário
da

Manhã»

brada

com
en-
tono

e
com

ve*>emencia:
Os crimes

da reacçào

podem
accor-
renlar

nos a
desgraças
irremediáveis.

Olhe

mos para
a

Bélgica.

O
partido clerical
tatnhem
conta
no
seio

dos

parlamentos

numerosos
representantes.

Pois
a
prepon
­
derância

clerical

nos
conselhos da
coroa,


por

mais

d

uma

vez
ia
trazendo
áqueile

ditoso paiz

nem

mais
nem

menos
que a
gravíssima

ameaça

á
sua
autonomia

e

in
­
dependência.
Que

os

partidos

liberaes

pro­
curem precaver
os

tramas

clericaes,

cujo

instrumento consciente
ou

inconsciente
o

governo é,
e

não

correremos

o

perigo
que

tern

ameaçado

outras
nações.
Falia
assim
o orgão

do

partido

consti
­
tuinte.
Que
lhe

agradeçam

os

padres Seus
correlegionarios.

Mas

não

esqueçam

de lhe

observar,
que
mesmo

entre
nós

os

par­
tidos
liberaes



por

vezes

pozeram em
risco

a

nossa

independencia;

que

a
Polo-
uia
foi
rasgada

até
ao

coração,
lambem

porque
os

socinianos,
os

espiritas
fortes

de


'quebraram

a

unidade

catholica;

que
os

Estados-Unidos,
segundo

a
opinião

de
um
político

liberal,
tem
na

liberdade de
cultos,

que

divide

os

cidadãos
e
que a
Egreja

conderana,

a
origem

da
sua
ruina.
Mau

sestro

é
o
dos
políticos,

quando
de

tudo pretendem
fazer

política

!
O

«Diário
da
Manhã»

envidando todos
os

exforços

para se
tornar

damninho

á
situação
actual,

esquece
os

recursos da
sua

muita

critica,

e
movido

por
ura

exa
­
gerado
despeito

quer convencer
o

povo

e

os
poderes públicos,

de que
o
clero

não

affaga

em seu

seio
o
amor

da

palria,

um

dos
mais
nobres
sentimentos

do coração

e que com

elle
nasce

e

que
com
a

vida

se

desenvolve
ao sol

explendido das
glo-

«ias

d

um

paiz

como

o

nosso,
que
tem
uma

historia

política, militar,

litteraria
e
scientifica,
que

faz

inveja

aos

povos

que
mais
se
avantajam

em

glorias

nacionaes
E

triste,
tristíssimo!
Alberto

de
Miranda.
CiMboa, 37
de novembro de IfsStl.
(Correspondência
particular).
Se eu
ignorasse

as
malasarles
de

que
os
ddferenles
grémios

liberaes

se

servem

quando
opposição,

dir-vos-hia que o

actual

governo

é

o

mais
nefasto d

entre
quantos

se

lee

n sentado
nas
fauces
escancaradas

do

revolucionarismo,
que

avassala
a

pa
­
lria
de
Affonso

Henriques.
Que

não

é,

ao
que
parece porora,

muito

agil

de

mãos,
o mesmo

dos mais

babeis

nas
manobras

do

chaveco

do
Es­
tado,

é

opinião
minha,
e de
tolos
os

que
nem

ao
menos

conhecem
os

convivas

dos
banquetes

liberdadeiros. .Vias

que
elle

seja

melhor
ou
peior

do

que

os

que

o

leem

precedido,
e

dos
que

lhe

succederein



se
Deus

ainda
procrastinar

as

nossas des­
venturas

,

é
o que
eu

não

posso

crer,

é
o

que
a
parte

do

paiz
não
crererá,

por

mais
que
se esfalfem

os
assanhados
berradores
da
opposição

regeneradora,

pi-

trulhisla,
avilista

etc.,
etc.
Õ

governo

granjola

tem

feito
coisas

horrorosas

desde

que
empolgou
o mando.

Exactamenle
crano
os
seus
predecessores.

Exactamenle como
os seus

successores,

saiam

elles

de

que

grupo
saiiem.
E’
esta
a razão

porque

eu

não

sei

des-
cubrir
o
mimmo
pretexto que
podesse

disfarçar
a
minha

inclinação

para
esta

ou

para
aquella

parcialidade
da
escola

min-
deileira.
Nada

temos

a
esperar

de

nenhu
ma

d
’ellas, porisso

conservemos

nos

em

o

nosso

posto

de
honra:

puros
legilimis-

las.
Causou

aqui
grande
estranheza
a
no
­
meação d’
um

filho
do

visconde

de Pindel-

la,
o
devotado

legitimisla

d’
oulras

eras,
para

governador
da
província
de
S. Tho-


e

Príncipe;—
não
tanto

por

ser

o

pri
­
meiro
governador

que não

é

militar, co
mo
pelo
nomeado

ser

ainda
um

moço,

aliás
de

qualidades
estimáveis,
mas
eslre-
memente

inexperto

em

negocios

da
vida
pubiica.
Parece-me
que

o caso

é
grave, e
as

consequências
que
d

elle
podem

resultar
incalculáveis.
Deveis

estar
lembrado,

meu

caro

di
reclor, que



em
tempo

houve
tentativas

de
emancipação total
do
governo

da

me
­
trópole,
entre

os

indígenas

d
’aquella

pro
­
víncia.
O

governo
de

S.

Thomé

e

Prin

cipe
é dos
mais

espinhosos,
e

requer

um

homem

de

grande prestigio,
muita

ener

gia
e
experiencia dos negocios,
circum-
stancias
que,
na
phrase

sacramenta!
do

«Diário
do

Governo»,

não
concorrem
na
pessoa
do

nomeado
Como vêdes,
associo

me
perfeitamente
ás

folhas liberaes

que

teem
combatido

a
nomeação

de

Vicente

Machado;—não

para
mostrar

que

alguma
vez
possa
estar
de

accordo com
ellas,

mas

como

um
pro
­
testo
contra

actos

que

possam
acarretar
futuros desastres para
a

teria
que
estre­
meço.
*
Alguns
jornaes
d

esta
cidade

teem

pu­
blicado

o
anuuncio
d

um

collegio
que ter
­
mina

por

estas
palavras:
«Ha

mais
a condição

para
paes

ou
tu­
tores

de

não poderem
le*ar

os

seus

ti
lhos
ou

pupilos
a
ver

o repugnante diverti
­
mento

das
touradas».
O

bom-senso
que

denotam

estas

pala­
vras,

é
superior

a
todo
o
elogio,
se

atlen-
derdes

ao
fanatismo
degradante que

Lis­
boa

tem

pelas
touradas.

Eu

abomino

esse
divertimento
inqualificável,
que

nos
faz
retrogradar
aos

tempos
ominosos

do

pa
­
ganismo.
Uma só vez
na
minha


longa

e

cançada
vida

eu

fui

presencear
tão

repugnante

espectaculo.
Fiquei

edificado
para
sempre.
Se
não

fossem

uns

certos
senões

que

deixo

no
tinteiro,

havia

de

escrever

mais

d
espaço

ácèrca

do
collegio
em

questão.
Mas
na

verdade
existem uns quês...

e

porisso
adiante.
Como

na
ultima

carta
me
referi
ao
estado
miserando

da
flespanba,
dae-me
que

transcreva

d
’um

diatiu.

insu.-peito,

porque

é
ultra

liberal, as seguintes
linhas

que
pintam

ao vivo

a situação
do reino
visinho:
«Os

negocios

de Cuba,
as

festas

dos

desposorios,

e

vários
roubos descobertos

em

to

las
as

administrações
económicas

das
províncias, a

miséria

e

a

escassez
do
trabalho

dizimando

as

povoações

poupadas
pelos

phenotnénos

da natureza,
a

emigra
­
ção em

larga escala, eis o
quadro
itn-

menso
em

que

se
desenrola

a vida

social
e
polinca hespanhola».
Estas palavras
veem
na
«Democracia».
Nada
mais
é

preciso

accrescentar.
*
Tenho visto com

indignação
o

des­
plante

singular

com

que

o

#
correspondente
madrileno

para
a

«ICIavra»

calca
aos

pés
todas

as
considerações
para

desafogar
a

vontade

que
tem a Carlos VIL
A
minha

indignação,
porém,
sobe

de

ponto
agora ao

ler
as
seguintes

linhas

que

elle

relere
a
D. Carlos,
transcriptas
em
a
«Nação»:
«Príncipe
que

anda

pelo

mundo
dando

escândalos

como

os

estudantes

bre-

getros»!!!
Quem

poss

ue

a

coragem

de chamar

bregeiro,

a

um
Príncipe
como

Carlos

VII,

ou é
louco, ou em

nada

Um

a

dignidade

própria
e

a
alheia:

o

jornal
que
publica
taes

asquerosidades
está

julgado
Em

paz

e
ás
moscas.
*
Falla-se

vagamente

á

ultima

hora

n

uma

séria
dissidência
entre o governo
e alguns

prelados.

Não

sei

até que

ponto
sejam

verdadeiros os
rumores

que ouvi, e

dos
quaes

me

limito a
ésla
allusão
fugitiva,

porque

sou

avêsso aos
desmentidos°

Ten­
do

dados
seguros,

serei

então
mais

ex
­
plicito.
*
O

«Illustrado»

transcreve

alguns

perío
­
dos

da
minha
ultima

carta,
referentes
á







questão

operaria,

e

chama

ás

palavras
que
os
fechavam,
uma phrase

que
o

«Coimnercio

do
Minho»

costuma
escre­
ver...

com

agua
benta.
Valha o

Deus,
irmãosinho.
Antes

que
nós,
os
que
militamos

no

campo

do

di
­
reito,

do

funesto
e
do

justo,

nos

lem­
brássemos
de
qualificar

de maldita

a

vos

sa

obra,


vós

tínheis

esgotado o
voca

bulario

das
execrações
ao
apontai
a

tal

qual
é.
E’
nos

actos

com

que

tendes

aniqui­
lado
a
prislina

grandeza

da

nossa

palria,
é

no
vosso

anli

patriótico
e

nefando

e

criminoso

empenho

em

reduzir

o

gigante

do

occulente

ás
proporções

de anão
de
farça.
é

nos longos

e

crescentes

infortú­
nios
que
trabalham
o

nosso
povo

tão

sin

gularmenle
soffredor,

é
nas

vossas
pró­
prias

confissões
diuiurnaraente

assoalha­
das

com
ruido

no

meio

das

contendas

que

vos

dividem,

que

nós
vamos
procurar

a
qualificação
da

vossa
obra.
Quando
escrevemos
do

liberalismo,

que
é a

origem

de

todos

os
nossos males,
soemos

escrever

com
tinta
bem negra

da

negridão

da

mágoa profunda

que

nos

vae

n

alma,

ao

ver
a nossa

querida
patria ro­
lar

vertiginosamente
no

plano

inclinado

do abystno.
Vós,

é
que dizeis

e

fazeis

maldita

a
obra

de
34.
«
E’
ámanhã
dia
de
gala
nos
nossos

arraiaes,

por

ser
anniversario

natalício de
S.

A

R.

a

Senhora

Infanla

D.
Maria

Antonia
Uno

ás

vossas

as

minhas

cor-

deães
felicitações

á

augusta
Familia

Pro

scripla.
y.
GAZETILHA
Ciironien
Religiosa, —
A

manhã,
domingo:
Exposição
do
Santíssimo
no
Salvador.
Segunda-feira:
Na


procissão

em
tração

de graças

pela
feliz

acclamação
de

D.

João

IV

em

1610!
Anniversario.—
Fez

hontein 17

an­
nos
a
Sereníssima

Senhora

D. Maria
An-

tonia,

6

a

irmã do
Senhor

D.
Miguel de
Bragança.
Te-Detim.—O
que

a classe

acadé­
mica manda
celebrir

no
dia
l.°
de De
zenibro,
lerá
logar

no
templo

de

Santa
Cruz,
á
meia
hora
depois
do

meio

dia.
Correio

entre Hrn<j>* e 4. «»>»-
«•es


Desde segunda-feira em diante
o
serviço

postai

enire

esta

cidade

e
a

villa!

oe
Amares
é

feito
por
carro.

As

horas
de
saida
sã>:
de Braga ao

meio-dia,

e

d

Amares ás
5

da larde.
Crrjj

us-zii» de Frossoi.—
A
junta

de

parochia de S.

Miguel de
Frossos
vae
dar
principio

a grandes
melhoramentos
j
n

aqtiella
egreja
para

o que

requereu
um
subsidio,
visto

que

tem

1:000$000
reis

[tara costear
as

despezas,

que
estão
or
­
çadas

em

4:500^000

reis.
Praça. —
Vae
ser
posta

em praça a

condução

das

malas
do

correio

para
S
Jeronymo,

Prado
e

Penella,

estabelecen
­
do-se

um
novo
horário,

conforme ás

exi­
gências
d

eslas

povoações.
Partida.—
Parte

por
estes

dias para

a
Madeira
o snr. dr.
Rodrigo

Lobo

d
’A-
vila,

delegado

do
procurador

regio
n’
esta

comarca.
S.

exc.
a
vae

acompanhar
a
sua
vir
­
tuosa

espoja, cujos

padecimentos

se
leem

aggravado
ultimamenle.
donativo.—
O
snr.
José Antonio

Ro
drigues,

da

freguezia

de

Soutello,

offere-
ceu
a
quantia

de
lOff^OOO

reis

para
as
obras

do

sancluario
de

N. Senhora
do
Allivio,
n
’aquel!a

freguezia.
Theatro.

Vae

no
logar

competente
um

annuncio

do

espectaculo

que

hoje
deve
ter

logar

no
theatro

de

S.
Geral
­
do,

dado

pela
companhia

do

Baquet.
Preço
dos cereaes.—
Na lerça-feira

ultima,

nesta

cidade,
o

preço
dos cereaes

foi:
Trigo

....

850
Mdho

alvo................................................. 800
Centeio
.........................................................
530
Milho

branco.........................................430
Milho

amarello........................................
410
Painço
..........................................................
500
Cevada
..........................................................
520
Feijão

vermelho
.........................................
800
»
branco
.........................................
700
»
amarello..........................................
560
»
rajado..............................................480
»
fradinho.........................................
480
Batatas
..........................................................
360
Azeite

(almude)
.....................................
6$000
Fgrejas
n eonenrg». —
Foi
manda­
do

abrir
concurso

para

provimento
das
seguintes

egrejas
parochiaes:
Villar

Formoso
(S.
João
Baptista).
con
­
celho

de
Almeida,

diocese
de

Pinhel.
Carvoeira

(Nossa Senhora

do

0/,

con­
celho

de

Mafra. diocese
de

Lisboa.
Runa
(S. João

Baptista).

concelho
de
Torres
Vedras,
diocese

de

Lisboa.
Missiona rios.

Em
2

de

novembro

corrente embarcaram
ein

Marselha

mais
II

missionários

da

congregação

das
mis­
sões

estrangeiras
de
Paris
para
as

mis­
sões

do

extremo
Oriente.
Atravez
da
província.—
0

diligen­
te

corpo
gerente

do
Asylo

dlnfancia
De
­
svalida
da

villa

de
Ponte

do

Lima, diri­
giu

circulares aos
parochos
do

concelho

pedindo que
estes

promovessem,
nas
suas
respectivas

freguezias,
donativos

de
ce-
reaes

para

subsidio

da
sustentação
d

aquel-
le

tão

util estabelecimento.

Os

preços

dos

cereaes no
ultimo

mercado

semanal
da

cidade de
Guimarães

são
os
seguintes:


(Duplo

decai

i

tro)—trigo,

900—
centeio,

700

milho

alvo,

760

mi
­
lhão
branco,

560

milhão
amarello,
550—

painço,

550—feijão
vermelho,

800
—feijão
branco,

720

feijão
amarello,

560

feijão
rajado,
550
—feijão fradinho, 549—batatas,

360—
azeite

(litro),

280

vinho

(litro),
60.

Em
Ponte

do

Lima
lambem
se

pro

jectam ruidosos
festejos para commemo-

rar
o

anniversario

da
nossa

independên
­
cia.
Eis o

seu
programma;
Ao

romper

da aurora

uma salva de

21

tiros
annunciará aos

limarenses

que
festejamos

com

jubilo
o
anniversario
da
nossa

restauração. Em seguida,
depois de

ler
locado

na

praça
da

Rainha,

percorrerá

as
ruas
d

esta

villa, a bande
de

musica.
A
’s
9
horas

da

manhã
desempenhará

em

fren­
te
dos
Paços
do Concelho,

a

mesma

mu­
sica

algumas

peças,

tocando
depois ao

meio

dia

no

largo da Matriz,

e

em

seguida

per­
correrá

as
ruas
da villa. A’
s
3
horas da
larde

a mesma musica
annunciará

o

co-
meço

do Te-Deum, no meio

do qual
o

snr.
dr.

José

de
Castro

Sousa
e
Silva,

thesoureiro
da

mesma

commissão,
subirá
ao

púlpito, recitando

uma

oração congra-
tulaloria, commemorando

o

feito
d’
esse
dia.
A

s
7

horas

da
tarde

a
banda
de
musica

percorrerá
as

ruas,

estacionando
ás
8

no
largo
da

Matriz, onde
desempe
­
nhará

variadas

peças
até
ás

1
I,
subindo

por

essa
occasião
ao
ar
variado

fago.

Dizem

de

Guimarães:
Não
se

publicou
na
passada
quinta

e

segunda
feira,

e
diz-se que

suspendera

a
sua publicação o
«Ecco

Popular»,

orgão
do

centro

progressista
d

e-ta

cidade.
Parece que
o motivo
da

suspensão
lôra

o
desgosto
do

referido
centro

pela

consi
­
deração
havida para
com

esta
cidade

pelo

governo no

facto
da

transferencia
do

batalhão
de
caçadores

7, depois

dos
so-

lemnes

compromissos
do mesmo governo

para ali

o

conservar.


Parece

que

vae

melhor
do

incommo-
do

que

ultimamenle

o

accommetleu,

o snr.

conde

de
Villa Pouca.
-

Em

Ponte
do Lima

grassa

com gran
­
de

intensidade
o
sarampo,
doença
que
se

tem
tornado
epidemica.
feão

numerosos


os

casos

falaes, nas

creanças.
O
plionograjtSig».

A

cerca

d’
esla

recente
invenção
que
os
bracarenses
ti
­
veram

occasião

de

observai

no
espectaculo

dado
por
Mr.

Bargeon, escreveu
um
col-
lega:
Ao

ouvir

as

surpreheudenles

proprie­
dades

do

phonographo, poder-se
ha

sup-

pôr
que
elle

seja

de

um

mecanismo
com
­
plicado;

engano,

porque
não
ha

nada,
no
seu genero,
mais

simples.
Um

orificio

com um diaphragma ap-

penso;
collado a
este

um pequeno

pon

ção,

a

breve
distancia

de uma
delgada

folha
de

estanho
enrolada
n

um cylindro-

movel

a

manivella,

e
uma
corneia
acústi­
ca

adaptada

ao

orificio,
eis os

elementos
por

meio

dos quaes
se

consegue

no

pho
­
nographo

uma

reproducção
bastante

com
­
pleta.
O

ponção,
ás
vibrações
coinmunicadas

ao
diaphragma
por

qualquer

voz

ou

in­
strumento,
produz

umas tantas
reinlran-
cias
na
folha
metallica,

reintrancias que
actuando

a

seu

turno

sobre

elle

quando
por

ellas

repassa,
põem

indireclamente

em vibração
o

diaphragma,

que

assim

re­
pele
o
som

emittido

alravez
do

orifi­
cio.
E

isto
apenas.
As
experiencias

sor
­
tiram bom exilo:

voz
humana
e

voz
de
um

cornetim,

reproduzidas

com

uma

fide­
lidade

notável
—mormente
os
sons
pica
­
dos.
Çue

feral—
Nos
suburbios
da
cidade

da

Vicloria

appareceram por

diversas
ve
­
zes algumas mulheres
estranguladas

e
vio
­
ladas,

sem

que

fosse possível descobrir-

se
o auctor

de
tão horrendos
crimes.
Afinal,
porém,
caiu
nas

mãos
da
po
­
licia.
E


um

monstro

de

perto de

60
annos
de

edade,

que
se

chama

Garaio.
A

confissão

do

seu
crime
e
de
seus
ruins

intentos

é

de

tal

ordem,
que

a
im­
prensa
recua
ante

a sua

publicação.
Que

fera!
Houho
do
lhesoiiro jsponez —
Prisão
de
81» negociantes.—
O

the-
souro

japonez
acaba de
soffrer
um
gran
­
de
roubo.

Fujita,

um dos
mais
impor
­
tantes
negociantes

do

Japão,

mandou
en-

commendar

na

Allemanha

uma
grande
por
­
ção
de

papel
moeda do
Japão,
e

tão

bem

falsificado

que conseguiu
fazer
venda
d

el-
le

no
valor superior

a

3:000
contos
de
reis. O

papel
estava tão

bem

falsificado

que
o thesouro
japonez,
e outros
estabe
­
lecimentos

do
estado tiveram
difficuldatle

em

dislinguil-o
do

verdadeiro.

Fujita

foi

logo

prezo

e
confessou

o

crime,
e

mais
60

negociantes

japonezes

foram
também

prezos
como

cúmplices
n
’este

grande

rou­
bo,

por

cuja

causa

havia

grande

crise

fi
­
nanceira
em

Yokohama,
Osaca,
e
mais
portos
do

commercio,

sendo
numerosas

as
fallencias.

Julga-se

lambem que
os
ne­
gociantes

europeus

soffreram

graves
pre-

juizos.
O
governo

japonez


pediu pro
­
videncias
ao

governo
allemao.
Jtfotieias agrieolas,

Dizem
de
Coimbra

que
estão
quasi
concluídas

as

colheitas,

sendo
a

producção
melhor

do

que se esperava.

No

districlo

de
Beja
as
chuvas
torrenciaes

ultimamente

caidas

fi
­
zeram

paraiysar

os
trabalhos
agrícolas.

Está
concluída

a

vindima,

sendo
a

novi
­
dade maior do que
a

do
anno

passado.

Os

vinhos
devem

ser

bons.

Os olivaes

uns
promellem
boa safra,

e

outros

nada.

No
districto
de Vianna do
Castello
o

preço do
gado

bovino
tem
baixado mui
­
to
Os

marchantes
baixaram

20
reis

em

kilo
no

preço
da

carne,

e

ultimamente
estabeleceram
se

mais dois

talhos

com

uma

reducção

de

40
reis

em kilo.
As

casta
­
nhas
estão

a

6í0

reis
o

alqueire.
As

oli­
veiras

umas
estão
carregadas
de

fructo

e

outras

nada

leem.

No

Funchal
tem cho­
vido

copiosamenle.
Caminho

<3e
ferro
«3a Keira.—
Vae

grande
actividade

na
conslrucção de
aqueila

importante
via

ferrea

Sobe
a
110
o

numero

de
obras
d

arte,
sendo
91

aque-
duetos

até

2,n de luz,
3
pontões

da
3™,
3

de
4™,

1
de

6
m
sobre
a

ribeira

de

Fornos,

uma

ponte

de 16
(n

sobre

a
ribei­
ra

de
Muxagata, I

viaducto
sobre

a

ri
­
beira

de

Canh
<r

la. uma

passagem
sobre

a

estrada

de

Vizeti
á

Guarda,

e

9
muros

de supporte
importantes.
Em

fins

de outubro

estavam

construí
­
dos
20
aqueductos.
Aaeite i<nis»j»estad®. —

No

sabbado
appareceram

dois
almocreves

a
vender
alguns
odres

de
azeite a
um

negociante

de Vizeu.
O azeite
mostrava
uma

côr

fóra
da
uzual
e
estava
turvo.
Desconfiou o comprador;
deu
parle
ao
delegado

de

saude;

o azeite
foi

mandado
apprehender.

Depois

fez-se-lhe

um

rápido

exame

e foi

declarado
bom
para con-
summo.
Parece
ter

se

attribuido

o
estado

do
azeite

á
circumstancia
de ter sido aca
­
bado
de

fazer
ha

poucos dias. A guia
de

transito
dava-o
como comprado
ao

snr.
Vaz

Preto.
E

necessária

toda

a

vigilância da

parte
da

policia.

O
azeite
presta-se
a
muitas
falsificações,

lembra o
«Jornal

de
Vizeu».
A fome
na
Allemanha.—
A
pro­
víncia
manufactureira

por
excellencia

da
Prussia,

a
Silesia,

está sériamenle

amea
­
çada

pela fome.

Em

consequência
da

pa
­
ralisação

dos

negocios
e
da

exiguidade
das

encomtuendaas,

o

preço

da mão
de
obra

baixou
constanlemenle,
mas

o

pre
­
ço

das

matérias

alimentares

manteve-se
na

mesma
altura

que
depois

da

guerra,
e

mesmo

depois

que as

centenas
de
mi­
lhares

da

indemnisação
franceza abriam

aos

allemães
perspectivas

seduetoras
e
li

sonjeiras.
O

principal
elemento

da

nutrição
dos

operários
silesianos
é
a

batata;

ora

a co
­
lheita
foi

pouco

mais
ou

menos

nulla,
e

os
rigorosíssimos
regulamentos que
foi
urgente

adoptar
em presença
da

peste
bovina
da Rússia,

oppõem se á inlroduc-
ção

das
batatas
de
procedência russa,
que constituem

em tempos

normaes um
recurso

considerável

para
o

alimento de
estas
populações.
No

estado
aclual,

as

provisões

são

stillicientes
até

o
Natal;
mas se,
a

par­
tir
do

novo

anno, o
estado
e

a caridade

publica
não
vieram

energicamente
em

au
­
xilio, e
n

uma

escala
larguíssima,

aos
ope
­
rários

da
Silesia,
estão

expostos

aos
hor­
rores

da

fome
centenas
de
milhares

de

indivíduos.
Ha


bastantes casos
de

doença

ori
­
ginada pelas privações,

doença que

é

uma

humilhação
para

o

nosso

século

e

para

o
paiz
que
a
produz,

o

lypho

da

fome,



que
provém

da
debilitação
dos

estomagos.
As

folhas

de
Berlim,
sem

distincção

de
cores,
perguntam
com

anciedade
se

o
governo

tomará medidas

para

obstar
que
uma

vasta
província

d

esse
império

allemão,
tão

orgulhoso
dos

seus triumphos

militares
e

da

sua
preponderância

políti­
ca,

se

transforme

em

cemiterio.
Tumulto.

No dia

23
do

corrente
houve
tumultos

em

Bustello,

a

5

kilome-

tros
de
Chaves,
em consequência

da
op-
posição,
feita
pelos
habitantes da
locali
­
dade,
á

posse

de

algumas
propriedades,
alli
vendidas

pela fazenda

nacional.
Os desordeiros
foram

acalmados
por

uma
força
que partiu de

Chaves,

haven­
do

ainda

assim

a

lamentar
a
morte

d

um

paisano,
e

(içando ferido um

furriel

de

cavallaria 6.
Experieneiai seient Ifletis, — No
dia

13
do

corrente,
de

manhã

cedo,
foi
executado
em

Beauvais

(França)
o
réu
Théotime
Hippolyto Prunier,

de
vinte

e

ires

annos

de
edade,
condemnado

á

pena

de

morte

pelo

tribunal
de

Oise,

a

11

de

setembro

passado,
pelos

crimes
de

viola
­
ção

e

assassínio
comrnettidos

em

circum-

stancias

essencialmente
horríveis

na pes
­
soa de Maria
Felicia
Deshayes,

casada
com

Jobin.
Os

dois pedaços
do cadaver

foram
logo

depois
da
execução
transportados
para

o

cemiterio, onde os
drs.
Evrard

e
Lesage,

de Beauvais;
Chevallier
e

Lesguillon,
de

Compiégne;
Rochu

e
Decaisne,
de Paris,

procederam

a

experiencias

quanto

á

pos­
sibilidade

da

continuação

das
iuncções

vi
­
lães

depois

da
degolação.
Havia

cinco

minutos

que
a

cabeça

es
­
lava
separada

do

tronco
quando

a puze-

rãm

sobre
uina
pedra

ao
ar

livre,

diante

de
capellinha
do
cemiterio.
Submettida
ás

mais

dolorosas

expe
­
riencias

a cabeça

não

se
moveu,
as

faces
conservaram-se impassíveis, nenhum
mus-

culo
estremeceu.
Calcinaram
completa­
mente

a

orelha e-querda

á

luz
de

uma

véla,
e

não

obtiveram

a

menor

apparen-

cia

de

sensibilidade.
Levantaram
depois

a
parte
superior

da
caixa

óssea;

tiraram
o
cerebro,

e

sub-

mettido

então

á

pilha

electrica,
aquelle
resto

da

cabeça

teve
umas

cohtracções

nervosas.
Com

o
corpo

houve

o

mesmo

resul­
tado.

Litacto,

conservava-se
insensível.

Tiraram o coração,

o
íigado,
os

pulmões

e
todavia, ao

contado
da
pilha,

os

braços

e

as

pernas

fizeram movimentos.
A

esse

tempo,
havia

quarenta
minu
­
tos que se
tinha
eflecluado

a degolação.
A

conclusão
dos

doutores
é,

pois,

que

os

movimentos

observados
nos

corpos
dos

guilhotinados,

sob

a acção

da
pilha,
são

absolutamenle

mechanicos e não
demon
­
stram
nem vida
persistente,
nem

sensi
­
bilidade.
O

dr.
Evrard

vae
proximamente

apre­
sentar

um estudo
sobre
estes assumptos
á

academia
de
medicina.
% eum
do
eosaepo.

Parece

qui
se
descobriu

finalmente o meio da

cura
radical

do

cancro

até
hoje considerado
irremediável,

na
Europa.
Assim
o

declara
o
«Figaro»
n’um

lon
­
go

artigo
a
proposito
da

chegada

a

Paris
do

dr.
Vou

Schmilt,

que
veio

da
índia
ha

pouco
tempo

com uma planta

mara
­
vilhosa.

o
guaco,—remedio iufallivel d’
a-
quelle
mal

pavoroso.
Segundo
a

mesma

folha, os

facultati
­
vos

ile

Paris

olharam

a

principio

o

recem-

vindo
com
uma desconfiança

manifesta,

senão
até

com hosiilidade;
hoje,

porém,
todos
são unanimes
em reconhecer

as
es­
pantosas
virtudes

lherapeulicas

do guaco,

e
recommendam

o

dr.
Von
Schmitt
com

a

maxima
confiança,

pois que o

seu

tra-

ctamento
ainda

não falhou uma
vez

se
­
quer.
O

que
não

padece

duvida,

ainda

para

os

mais

clássicos

professores
europeus
de

therapeutica,

é que

a
nossa pharmacopêa,
o nosso

Codex e
os nossos

formulários,
tudo

isto
será

proscripto

no

dia em

que

a
sciencia

Occidental

explore

em

globo
a

mysteriosa
e

opulentissima
natureza
do

Oriente.
Anniversario
«!«
Primeiro de
Dezsmbro
de
1640 — A®
publico
braearenae. — A
classe

académica

reu-
niu-se

no
dia

26
do

passado,

afim

de

nomearem
uma
commissão,
escolhida
cn-










re
os

proprios
académicos,
para

promo
­
ver

os

festejos

annuaes

do

1.®

de

De­
zembro.
Nós,

abaixo

nomeados,
membros

da

mesma

commissão,

unidos

com

uma


vontade
e desejando abrilhantar

uma festa

que
é
e

deve

ser

d
’um
paiz

inteiro,

vi
­
mos por

este

meio

pedir

ao

povo

bra-

carense

o
seu auxilio
e

valimento.
Temos

visto
o

brioso

povo

d’
esta

ter
­
ra

proteger,

sempre
e
com

jubilo

as

em-

prezas
que

traduzem

uma ideia grande,

e

é
porisso
que

nós

appellamos

"para a
sua

protecçào,

que

jámais

negou ás
coin-
missões
anteriores
e

que

de
sobejo
prova

o

quanto esta

cidade

é
briosa

e patriótica.
Tomando

nós por

iniciativa festejar
com

luzimento

uma

empreza
tào

arrojada

e tão
nobre
como
foi
a

restauração

da
nossa
perdida

independência,

parece-nos
que,

recordando

a
gloriosa

data
de
1640,

não
haverá

ahi um



portuguez

que
dei
­
xe de

nos

coadjuvar tanto
quanto

possa.

Confiados

na
generosidade

e
mais

que
tudo
no

sentimento do
patriotismo que
anima

este
povo

bracarense,

esperamos

uma
espontânea

coadjuvação,

sem
a
qual

não
poderemos

levar

a
effeito os

fins a

que

nos

propomos.
Para

governo
de

todos,

outrosim,

ro­
gamos

que
se
atlente

bem para

as

sub-

scripções que se
vão promover
afim
de

que
se
não
falsifiquem;
devem

ellas
le
­
var

para ser

verdadeiras

uma
carta

im­
pressa
junto
e
a

competente rubrica

do

snr. presidente.
Presidente—Anlonio
José
de

Lima.
Vice-presidente


Narciso Antonio
Re-
bello
da

Silva.
Secretario

José

Maria

Rebello

da
Silva.

2.®

secretario
—João Antonio

Affonso

B.

Thesoureiro



Adolpho

d
’Almeida
Bar­
bosa.
Vogaes:
José
Martins

Peixoto,
3.®

anno

do
curso
theologico.
João

de Faria,
2.®
anno
do
curso
theo-
logico.
Manoel

José

Rodrigues

Portuguez, 1.®
anno

do curso

theologico.
Antonio
Faria Peixoto

Braga.
Egydio

Herculano

Carvalho

Malheiro.
Fernando

Antonio
Gomes
Ferreira
de
Oliveira.
Agostinho

Teixeira

da

Moita
Guedes.
José
Maria
Figueiredo.
Forlunato

d

Azevedo Varélla.
Julio

Baptista
da

Cunha
Braga.
Joaquim
Augusto

da

Cunha.
Manoel

Joaquim Rodr-gues
Pinto.
,4’w ulnt»H
bevnfttxr
— Pede-se

por
caridade
uma
esmola

para

o

infeliz

José

Maria,
diorador
defronte
da
capella
de

S.
Miguel-O-Anjo,

casa
n.


3, empre­
gado
que

foi
no
Seminário

de S. Cae
­
tano,

e

hoje

se

acha paralítico sem
po
­
der

articular palavra,

e

impossibilitado de

todo
o trabalho.
almas
carilitti vitn.—
Recom-

menlamos

e

muito

ás

pessoas

caritativas
a

desventurada

Maria José
da
Silva,

mo­
radora

na
rua

dos

Sapateiros,
n.°
7.

Vive

em

extrema

penúria,
e

padece

de

doen­
ça

incurável.
A

ererídade psiísíica.—
Muito

re-
comtnendamos

ás pessoas

caridosas
o

in
­
feliz

Antonio

Marques
da

Costa,
morador
na
rua

de
S.

Miguel-o-Anjo,
casa

n.°
4,
3

°

andar,
que se acha
na

maior
neces
­
sidade

e

doente,

vivendo
só da
caridade

das

pessoas

que o
soccorrem

com
alguma
esmola.
5Ft»8letintento
e
õ<*s
t*-
stnmentnrinR. —
No

dia
21
do

corren
­
te

fadeceu

na

vdla

d

Espozen

le
o
snr.
José

Antonio
Ferreira

da Cunha,
medico-
cirurgico,

solteiro,

natural d’esta

cidade,
filho

de
Francisco

José Ferreira
e

de
D.
Joaquina

Rosa
dos

Prazeres,



fallecidos

e
também
naturaes
d

esta
cidade.
Do

seu
testamento

constam

as
seguin­
tes

disposições:
Quer

que seu corpo

seja
depositado
na

egreja

matriz d
’aquella

villa,

e

que
se
fi­
zesse

um

olíicio

com 30

padres

de

missa;
que se

dissessem

missas

geraes
na

me
­
sma
egreja

no

dia
do

seu

funeral, e

que
no
íim
d’isto fosse
conduzido

ao
cemile,
rio acompanhado por 6

pobres,

aos quaes
deixa

uma esmola.
Lega
lambem
para que

fossem

ditas

20
missas

por

alma

de
seu
pae
e
outras
tantas

pela de sua
mãe.
Por

alma

de

seus

avós,
tanto

paternos

como

maternos,
10

missas

por
cada

uma.
Por

alma
de
3

irmãos

seus,


lalle-
cidos,
3
missas
por

cada

uma.
Deixa que no

3.°

dia

do

seu
falleci-

menlo
se

diga

uma

missa
no

altar

privi
­
legiado

de

S. Pedro de Rates,

na



d
’esta

cidade
Deixa

a

sua

creada,

Seraíina

Rosa
de

Barros,
senhora
usufructuaria

em

quanto
viva

fôr
de
lodos
os
seus
bens

de
raiz
que

tem na
cidade

de

Braga e
seu

con­
celho,
quando
esta

creada
se

achasse ao
seu

serviço
na
hora
do

seu fallecimento;
além

de uma

morada
de
casas

torres

si­
ta
na rua

da

Cruz
de

Pedra,

as
quaes
póde
vender

ou
empenhar,

ou

deixar,
bem

como

outros

quaesquer
bens,

que
de fu
­
turo

lhe
possam pertencer.
Deixa
mais
á
dita sua
creada todos

os
moveis

que

se

encontrarem

dentro

da
sua

casa
na hora

do

seu
fallecimento,

bem

como

todos

os

titulos

particulares, escri-
pluras
e
leiras que

se

encontrem
com

o
seu
nome
;

uma
inscripção

de

500^009
reis

nominaes
que

tem o

n.°

38160—
tudo

isto

com

a

condição
que
a
dita
Seraíina
sua
creada

faça
todas

as
despezas

com

o

seu funeral,
cumpra

todos
os
seus

bens
d

alma,
e

pague
todas as

dividas,

quando
estas

sejam
feitas

em

seu
nome,
ou

de

seu
pae.
Ficará
mais obrigada
a

cumprir

os

seguintes
legados:
Dará

a

sua
sobrinha

D.
Maria

Emilia

de

Jesus

Silva
Guimarães,
residente

no
Império do

Brazil,
a

quantia
de

200$000

reis

por
uma


vez.
Se

esta

fôr
viva
na
hora

do
seu
fal­
lecimento,
mandará
dizer
annualmente,

em-
quanto

viva

fôr,
uma
missa

rezada,

e
no
dia
do

seu
fallecimento,

no altar

de

N.
Senhora

das

Dores,

da

Congregação,
mais
outra
missa
rezada

no
dia
23
de
setem
­
bro

de
cada

um
anno,
por
alma

de Fran
­
cisco

José

Ferreira.
Outra

annualmente
no
dia
14
de

mar
­
ço,

por
alma
de D.
Joaquina

Rosa

dos

Prazeres,

sendo
esta
dita

no
altar
de

N.

Senhor
dos

Passos,

da

real
capella de
Santa

Cruz,

de

Braga.
Comprará

uma
catacumba
para
seu

cor­
po

ser

depositado,
se

na occasião
do
seu
fallecimento

não

houver


feito
jazigo

de

família

no

cemilerio

da

terra
onde

faí-

leça.
Dará

á

sobrinha cTella,
Serafina
da
Conceição
Barros

e Silva,
filha

de
Custo­
dio
José da Silva,
da

cidade

de
Braga,
por
uma



vez, a

esmola

de
200^000

reis,
quando

ella

tenha

20
annos,
e

esteja
na

sua

companhia

em
quaolo
viva
fôr,

e se

sahir
da

sua companhia

sem

motivos,

ou

tome
estado

sem

seu
consentimento,

sua
lia


lhe

dára
de esmola a

quantia

de

tOO$OOÔ

reis

por
uma



vez.
Depois
do
fallecimento

da

dita
sua
creada,
quer

que

os

bens
de
que

ella

era
usufructuaria

sejam repartidos
da

fôr­
ma

seguinte:
Deixa
o

moradas
de

casas
terreas

que
tem

na

rua
de

S.
Bernabé,
na

cidade

de
Braga, á
Irmandade

de
N.

Senhora
das
Dore-,

da
Congregação
d

aque

la

cidade,

com

a

obrigação d’aquella
Irmandade

man
­
dar

dizer
annualmente.

com o rendimen
­
to
das

ditas
casas,
uma

missa
rezada

no
altar da

mesma

Senhora,

e

um

oílicio
de

10
padres,
tudo

por

alma
de
D.

Joaquina

Rosa

dos

Prazeres,
sendo
as sobras

do
do rendimento

applicadas
em
veneração
da

dita Imagem.
Deixa

2

moradas

de

casas
torres

que
tem

ua

rua
de

S. Vicente

da

mesma

ci
­
dade, á

Irmandade

de N.
Senhora
do
Car­
mo d

esla

mesma,

com
a
obrigação
de

mandar

dizer
annualmente.

com

o

rendi­
mento

das
ditas
casas,
uma

missa

rezada

no

altar

da

mesma
Senhora, e um
ofii
cio
de

10
padres, tudo

por

sua

alma,
e

no
dia

do
seu

fallecimento,

sendo

as

sobras

dos
rendimentos

applicadas
para
a
veneração
da
mesma

Imagem,
N.

Senhora

do
Carmo.
Deixa,

finalmenle,

á
Confraria
do
SS.
Sacramento,
da
freguezia

de

Santa
Maria
de

Ferreiros,

do concelho

de
Braga,

lodos
os

seus

bens

que
tem
n
’aquella freguezia,

com
a

obrigação
da

dita
Confraria
man
­
dar

dizer
annualmente.

no

dia
23

de
se­
tembro,

com

o

rendimento d
’aquelles bens,

uma
missa rezada

no

altar

do
SS.,

e
um
oílicio

de
10

padres,

por

alma
de
Fran
­
cisco
José

Ferreira,

sendo

as
sobras

do
rendimento
applicadas

para

a
veneração

do
mesmo

SS.
Quando

estas
propriedades
deixadas
se
­
jam

algum

dia
vendidas, as
confiarias
fi
­
carão

da

mesma
maneira

obrigados a
cum
­
prir

os mesmos legados
com o

rendimento

do

producto
das
mesmas propriedades.
E

se

algum
dia
estes
legados

deixa
­
rem

de

ser

cumpridos,

ou
as

Confrarias
os

não
queiram
acceitar
com

tal
obriga­
ção,

então

quer

que os

seus
bens

sejam

vendidos,

e

o
seu
producto
distribuído

da

fórma

seguinte:
Ao
Bom Jesus
do
Monte
1:000^000
reis,
para

ajuda

das

suas
obras

e

venera
­
ção.
Ao

Hospital
de
S.
João

Marcos
reis

1:500$000,

para
ajuda
da sustentação

e

tratamento

de

seus
doentes.
Ao

asylo

dos
entrevados

de
S.

José

500$000

reis, para a
conservação

do
asylo
e sustentação

dos

seus
entrevados.
Ao

recolhimento

das

Meninas

Orphãs

da Tamanca 100$000
reis para
sua

con­
servação
e
sustentação.
Ao

asylo
de
D.
Pedro
V
100^000

rs.
para

a sua

conservação

e
augtnento.
Ao
Semimrio

de
S.
Caetano 100$000
reis para ajuda
da

educação
de

seus

or-

pbãos.
Se,

depois

de

cumpridos

estes
legados,
houver

algumas

sobras, quer

que

sejam

repartidas pelos
cegos
e

aleijados,
dando-

se,
até
onde

chegar,

500

reis

a cada

um,

sendo
contempladas

lambem
as

viuvas
que
forem
pobres
e

não

possam

trabalhar.
Nomeia para

seu

testamenteiro,
fal-

lecendo

n
’esta
villa, o
dr.

Lourenço

da
Costa
Leiião.
para

que

lhe

faça
cum­
prir

esta
sua

disposição

lestamenlaria;

e

se

fallecesse

em

outra qualquer
terra, no
­
meava

seus

testamenteiros:
em

primeiro
logar,

a
Manoel

José

de Faria,

negocian­
te

de

panos
da

rua

Nova

de
Sousa;
em

segundo

logar,

a

Custodio
José
da Silva,

proprietário,

do
largo

da

Porta Nova,
pa­
ra

que
ambos fizessem cumprir

esta
sua

disposição
teslamenlaria,
remunerando-se
cada

um

dos

seus

testamenteiros

da
quan­
tia
de

50$000
reis pelo
seu

trabalho.
(27
I5)
ILTITUS
VOT1CIUS
Lisboa,

27.


Na

Bolsa

venderam-se:
10

acções
co B>nco
Lusitano,

a

68$000
reis;

34 do

Banco
Commercial

a

25$000;

obrigações prediaes a

94$000;

20

dos

ca­
minhos

de
ferro

do

Minho

e
Douro

a
reis

91$300
A

alfandega

rendeu
a

quantia

de
reis

10:899^623.
Paris,
24.

Dizem

de

Btienos-Ayres

que
os

chilenos
tomaram

Iquique.
Roma

25.
—O

novo

ministério
foi
as
­
sim
formado:
Cairoli,
presidente
e

ministro

dos
es-

trongeiros;
Deputy,
do interior;
Magmani,

das finanças;
Villa,
da
justiça;
Bancadine,

das

obras
publicas;
Beneli,

da
guerra;
Abson,
da
marinha.
Rio

de
Janeiro,

26.

O

cambio
regu'a-
va

h"je

a

23

3/4.
Paris, 26.

Foram
prorogados

até

ao
fim

de
1880

os
tractados

commerciaes

da

França

com

Portugal,

Italia,

ISuissa

e

Sué­
cia.
Bruxellas,

26.

A
camara

dos repre
­
sentantes

rejeitou

a
emenda

de
Goblet,
propondo

a

reducção

do
orçamento
dos

cultos.
Londres,
26.

O «Daily

Telegrap»

pu

blíca

um
projecto
de
accordo entre o
go
­
verno

do Peru

e

os
direclores

da So
­
ciedade Geral para

o

adiantamento de

20
milhões

de

fr.

ao

Perú
No
dia 10

do
corrente

houve

um
gran­
de
temporal

no

isthmo

de
Panamá,

cau­
sando
grandes
prejuisos.
Naufragaram

quatro

navios.
THEATRO
DE
S.

GERALDO
Companhia dramatica e cTopera
cómica do Theatro
Baquet
do
Porto.
Sabbado

29
de
novembro
A

representação

da opereta

em
1

acto
OS
NOIVOS
A

representação da

comedia

em

1

acto
ESPEHTKZ4S »» VICE Ai TE
A
representação

da
opera

burlesca
em

2

actos
O
PIWCESSO BA LUZ ELECTHICA
Principia

ás

8
horas.
Segunda-feira

l.°

de
dezembro
Espeetaeulo de gala
O

drama patriótico
em

3

actos
HEROÍSMO PORTUGUEZ
A

comedia

em
1

acto,

de
costumes
escolásticos,

ornada

de
couplets
o

woão
Principia ás

8
horas.
Os bilhetes desde já se
acham
á

venda em
casa
do encaderna­
dor
MATTOS—Biscainhos, 15.
...................

......
»ESPE»I»A.
Havendo-me

o
governo

de
S.

M.
con­
cedido
licença por
sessenta

dias

e
sendo
urgente

o

partir

quanto
antes,

vou

por

esli

fórma

despedir-me
de
todas

aquellas

pessoas, que

de

mim
se

acercaram
du
­
rante'as

magoas,

que

me
tem ulcerado

o

coração.
A

lodos
em
geral e

a
cada

um
em

especial, offereço

o

meu

limitadíssimo
préstimo

na

Ilha
da
Moleira, para

onde
tenciono

seguir

no^paquete de
5

de
de­
zembro

proximo.
Braga
28
de
novembro

de

1879.
(2718)

Rodrigo Lobo
d

Avila.
DESPEDIDA
Vicente
Pindella

tendo
de

partir

para
a

África

no

desempenho

d’
uma
commissão

que

lhe

foi

confiada
pelo

governo

de
S.

M. F.

e
não
podendo,

pela

estreiteza
do

tempo,

despedir-se

de

lodos
os
seus
bons
amigos
da
cidade
de

Braga,

a

todos pro
­
testa,

por

este
meio,

a
sua

estima
e
gra
­
tidão.
Braga, 26
de

novemfeo
de
1879.
Ammiimos
&
Domingos

José

Alves
Braga
e
sua

es
­
posa

Maria

Julia

da

Silva
Braga, penho-
radissimos
para
com to las
as
pessoas
de

sua
amisade,
que

se
dignarim

assistir

aos
responsos

de

Gloria,
de sua
querida

filhi-
nha

Adelaide,

que
tiveram
logar
na

ca
­
pella
do
cemilerio
no

dia
14
do

corrente,

veem

por

este
meio

manifestar

os
seus
agradecimentos

e os

protestos
de
sua
gratidão.
Braga,
27
de

novembro
de

1879.
(2723)
As abaixo

assignadas
veem

por
este
meio

agradecer

a

todis as

pessoas

das
suas

relações
que

se
dignaram

comprnnen-
tal-as

por occasião
do

fallecimento

de

seu
sempre

chorado
filho e irmão

Joaquim

Augusto

Marques da Costa,

especialmente

ao
lll.
mi


Snr.

Manoel

José
da
Rocha

Graça,

aos

III

“ws

e
Revd.,nos

Snrs.

Ecciesiasticos

que
se

dignaram
assistir
gratuilamenle

ao

officio

de sepultura que
leve
logar
na

Real

Capella

de

Santa

Cruz, e
aos
seus

colle-

gas
pelos
relevantes
serviços

que
lhe
pres
­
taram

durante

sua

enfermidade

e

pela

parte

activa

que

tomaram

no
seu

funeral.

A

todos
protestam
sua
eterna
gratidão.
Candida

Angélica
d'Abreu.
Emilia

da

Cosia.
Maria

Augusta

da

Cosia.
Candida

Maria
da

Cosia.
(2709)
ANNUNCIOS
VELLAS
DE
GEBO.
Quem

pretender vellas

de ceb;
0
(j
e

su
.
perior
qualidade,
vendem-se


p
Or

j
(in
to

e

a

retalho

no

largo

de

S.
Francisco,

n.


14,

a
2-3700

reis

a
arroba.
(2714)




















BILHETES, SEIUES

E

FRACÇEÕS
JA
A

VENÍM
RAPÉ
DA
wi

LOTIRIA

1
MADRID
(Kxtrtveçfto
a 33
<le

dezembro de 1819)
Chama-se a attenção dos consumidores d’
este artigo, para
a

imitação
feita pela fabrica
BOA-FÈ do Porto, dos rotulos do
rapé
da acreditada fabrica de
SANTA APOLONIA; imitação não

dos
desenhos e
marca da fabrica, mas até dos seus dizeres,
resultando d’
esta
pratica tão pouco regular, que alguns consu­
midores

menos
escrupulosos
na

apreciação dos empapelos, com­
pram como
rapé
da fabrica de SANTA
APOLONIA, outro de
qualidade infinitamente inferior.
(2695)
Em
casa
do cambista Antonio
Ignacio da Fonseca,
de
Lisbca, com
filial
no
Porto.
O

capita!

que
se
distribuo

n

esta

loteria
é, em moeda
portugueza,
2.6’28:000^000 âíEIS
CEKCA DE
1 «ES
MIL
COITOSHl
O

cambista Anlonio
Ignacio
da

Fonseca,
com

casa de cambio
e lolerias
na
rua

do

Arsenal, 56.
58

e

60.

Lisboa,
e

filial
na

Feira
de
S.

Bento,

33,
31

e

35,

Porto,

faz

sciente

ao

respeitável

publico

da

capital, províncias,

ilhas

e Brazil,

que
tem
nos
seus

estabelecimentos

um variadíssimo
sortimento
de
bilhetes
e

suas

divisões,

como

abaixo
se 'ê.

da

loteria
MONSTRO
que

se

verifica

em
Madrid no

dia

23

de
dezembro
do
corrente
anno

de
1879.
O

annunciante saúsfaz todos

os

pedidos

que se
lhe

façam,

quer
sejam

para
jogo

particular
quer

w<m

para

negocio

(porque

boas commissõesj, na

volta
do
correio,
recebendo

em pagamento letras,

ordens,

valles,
sellos do
correio

ou

em

outra
qualquer
especie,

que
mais

convenha
ao
consumidor, exceptuando

sellos de
verba.
Remette

em tempo
necessário
planos,

listas
e

telegrammas.
Promptiíica-se
a fazer

o

pagamento

de

qualquer

prémio,

que

tenha

a

fortuna
de

vender, nas recebedorias
das

comarcas,
se

tanto

quizer
o
interessado.
Recommenda

ao

publico

a

leitora

do plano
d

esta

grande loteria,
e
em

especial

a

parte
em

que
garante
um prémio
certo
a
quem
tiver
DEZ
numeros

seguidos!!!
Pelo
juízo
de

direito

d
’esta

cidade

e

comarca

de

Braga,
e
cartorio
do

escrivão
do

l.°
officio,

Freitas,
se

faz
publico

que
no dia
30

d

este corrente

mez

de

novem
­
bro

do

anno
de

1879,

hade

ter
logar

a
arrematação

em
hasta
publica,

de

todas

as

fazendas
e

utensílios

de

negocio,

por
arnetade

do

seu valor,

á

porta
do

tribunal

judicial,
situado
no

largo

de
Santo
Agos
­
tinho,
d

esta
mesma cidade,
pelas

10
ho­
ras
da

manhã,

sendo

as ditas

fazendas

e

utensílios

de

negocio
pertencentes

ao
exe­
cutado

Paulo
Dias

da

Moita

Braga,

nego

ciante

fallido

nesta
cidade.
Braga

25

de
novembro
de

1879.
O

Escrivão
José
Firmino
da
Costa
Freitas.
Verifiquei

a

exactidão.
(2721) Adriano

Carneiro

de
Sampaio.
bém
de

concertos
e

reparações

d

outros.
para
o

que

tem
preparos
do

mais

apri­
morado

gosto.
(2717)
OKCKi&RAÇÃI»
O

abaixo

assignado declara,
para
os

fins

convenientes,
que n’esta data
tres­
passou

o

seu
estabelecimento

de

ferra­
gens,
situado
no

largo

de S.
Francisco,
na

antiga

casa

denominada

do

Cachapuz

,

aos

snrs.
Joaquim

da

S.La

Campos

e
Ma­
noel Joaquim Machado Brandão,

confor­
me

consta

da

escriptura lavrada

nas

no-
las

do
escrivão,
d

esta

cidade,
o
snr.

José
Luiz
d
’Oliveira

Pessa,
ficando

a

car­
go

dos
mesmos
e

sob

a

firma

commercial
de
Campos

&

Brandão,
todo
o

activo
e
passivo
do
dito

estabelecimento.
Braga, 20
de

novembro
de
1879.
Francisco

José

Vieira

de

Carvalho

Júnior.
EXPLICAÇÃO DAS APPROXIMAÇÕES
em
moeda hespanhola
em

moeda portugueza
1 de
2.500:000
pesetas
1 de
450:0000000 reis
1
de
1.250:000
1
de
225:0000000
»
1 de
750:000
1
de
135:0000000
>
2 de
250

000
2 de
45:0000000
9
4
de
125:000
4 de
22:5000000
9
20
de
50:000
20 de
9:0000000
9
30
de
25:000
»
30
de
4:5000000
»
1:758
de
2:500
1:758 de
4500000
»
3:999
terminações
500
3:999
terminações
900000
9
99
approximações

2:500
>
99 approximações
4500000
D
99
»
2:500
»
99
»
4500000
9
99
2:500
>
99
»
4500000
»
2
>
50:000
2
s
9:0000000
2
D
34:000
»
2
»
6

1200000
>
2
>
22:500
2
4:0500000
9
6:119
prémios
6:119
prémios
MUITA
ATTEAÇÃO.
Vende-se a

casa

que

tem

sido

occu-

aada
pelo

Banco
Commercial
da
cidade
de

Braga,
sita

no

campo

de
D.

Luiz

I.

com

grande quintal

com um

anel
d

agua
permanente,

do
aqueducto
geral
da

cida
­
de,
com grande poço
e
nora, e
sabida
para
a

praça
do

Salvador,

ou campo

da
feira

do
gado.
Para
traclar-se

no
escriptorio

da mesma

todos
os

dias
desde

as

9

horas

da
manhã
ás
4

da
tarde.
(2720)
vivin.-st.
A

casa
n.
9

21

da
rua
do Souto,
d

esta
cidade

de

Braga.
(1722)
AO

PUBLICO.
Joaquim
da

Silva

Campos

e

Manoel

Joaquim Machado Brandão,

participam

que
tomaram

de trespasse
o estabelecimento

de
ferragens
do
snr.

Francisco
José

Viei
­
ra de Carvalho

Júnior, situado
no
largo
de

S.

Francisco

na
antiga

casa

denomi­
nada
do

Cachapuz

,
sob

a

designação

commercial

de
Campos
fk Brandão,
fican
­
do

a
cargo d
’esla

firma
todo
o

activo

e
passivo

do

mesmo estabelecimento,

segun­
do a

escriptura
lavrada,

n

esta

data, nas
notas

do
escrivão, d’
esla

cidade,

o

snr.
José

Luiz

d
’Oliveira Pessa.
Braga,
20

de novembro

de

1879.
(2711)
Os

numeros

anterior

e
posterior
do
prémio

de

450.0000000

reis tem,

cada
um,

approximação

de
9
0000000

reis,

além

de

outro
prémio

que
lhe
possa pertencer

no

sorteio.
Os

numeros

anterior

e
posterior
do prémio
de

225:0000000

reis
tem

também,
cada
um.

approximação

de

6:1200000
reis, independente
de qualquer prémio
que

lhe

possa
pertencer.
Os

numeros
anterior
e
posterior

do

prémio

de
135:0000000

reis

tem,

cada
um.

a

approximação
de

4:0500000
reis,

assim
como

outro

prémio

que
lhe
possa
caber.
Nas

tres
centenas

dos

prémios maiores

são

todos
os
297

numeros

premiados
com

100
libras

cada

um.

Quer
dizer:
se
sair no

n.°

1:416 lodos
<s

numeros
de
1:401
a

1:415

e

de

1:417

a

1:500

tem

este

prémio.
Se
sair
no

n.
9

6:587
o
segun
­
do

prémio

são
premiados

com

100
libras
os

numeros

de

6:501

a

6:586

e

de 6:588

a

6:600.

Se sair o
terceiro

prémio
no

n.°

7:731

são
premiados

com

100

libras

os
numeros
de 7:701
a

7:730
e
de
7:732

a

7:800.
Todos

os
numeros cuja
terminação

seja

igual áquella
do que

obtiver
o
prémio
de 450:0000000

reis
são premiados

com
20
libras;
quer

dizer se sair
o

prémio

grande
em

n.°

7:545.

todos

os

numeros

que
terminem em

5

teem
este

prémio,
e

por

conseguinte

quem

tiver
DEZ
numeros
seguidos,

uma
SERIE,
tem



certo

o
prémio

de
20
libras,
e

póde

ter

tres
vezes
todos

os

dez

numeros
premiados,
por
as approximações

de

centenas,

além
do
que lhe
caiba

por sorteio,
e para

isso

ba­
stará

que a
dezena
seja

beneficiada

com os

tres

prémios
maiores.

Creio

que

deixo

bem
explicada
a

combinação

das

approximações.
PREÇOS.
—Bilhetes
inteiros

a

930000
reis,

meios
a

470000,

quintos

a
190000,
décimos

a
90500.
fracções
de

60000,

40500,30000, 20400,

10200,
600,
480,240,
120

e 60

reis.
Series
de 10
numeros
seguidos,
tendo

cada
uma
um

prémio

certo

de

600000,

480000,

240000, 120000,

60000, 40800,

20100,
10200
e

600

reis,
ha
­
vendo
grande

variedade

de numeração
e

podendo-se
alcançar

grande
quantidade
de
numeros
em
series.
Considerando
se

esta

casa
uma

das
mais bem sortidas pede

aos

seus

numerosos
amigos e
freguezes

o

lazerem

os

seus
pedidos

com

alguma
antecedencia.
As

listas

chegam

no
dia

26

e
o
pagamento

dos
prémios

é

feito

em

seguida.
Pedidos
ao

cambista Antonio
Ignacio da Fonseca, rua do
Arsenal,

56, 58 e 60, Lisboa, ou á filial no Porto, Feira de
S.
Bento,
33,

34 e 35.
N.

B.
—Grande
variedade
de
bilhetes

e

suas

divisões

para

os
sorteios

ordiná­
rios
das G

erias

portugueza
e

hespon/tola

pelos

preços

já annunciados.
(2703)
SUCCESSORES D0 CAC1IAPUZ
Largo de

S. Francisco n.° 6.
braga
Receberam grande
sortido

de

ferragens

nacionaes
e

estrangeiras,
que

vendem

por
preços
limitadíssimos.

Pedem

ao

grande

numero

de
seus
amigos
e

freguezes

o
di
stincto obséquio da

sua

preferencia,

á
qual
corresponderão

com a

maior
siuceridade
e

boa

Muito

breve
chegará

grande
sontido

de
fogões decosinha,

bombas

de

systema

mui
­
to
aperfeiçoado

para

poços,
e

que

dão

magnifico

resultado,
provado
pelo grande

numero



vendidas, armas
e
rewolversdas
melhores
fabricas,

grande sortido
de

ferros

a

vapor

do
melhor

fabricante
conhecido.
Preços
sem
competência.
(271
9)
Banco
Commercial
de Braga em
liquidação
A

Commissão

liquidalaria
d

este
Ban
­
co,

para

facilitar

a
liquidação
de
lodos

os

créditos a

si

confiados,
convida

todos
interessados
a
virem
levantar
os mesmos

créditos

a

saber=»deposilos á
ordem=-sa-

ques
de
qualquer

proveniencia
=

notas

do

Banco=dividendos

a
pagar=depositos

ju-
diciaes.

e

outro
qualquer
que
se
julgue

com direito

a qualquer
quantia, até

o
dia
5

do

futuro
mez

de
dezembro;

e
quan­
do
não

compareçam,

a

mesma

Commissão
fará
entrar
em
deposito
o

dinheiro
cor
respondenle
aos
referidos
créditos,

para

d

este

modo

declinar

de
si

qualquer re­
sponsabilidade que

lhe

podia
caber

por

tal

omissão.
Braga

27

de novembro de
1879.
Modas
de
Pariz e
Lisboa
M.
me

Marguerita
Delrieux

previne

a
to
­
das
as
exm.
as
snr.
as
d

esta
cidade,

de
que
brevemenle
aqui

chegará

com

um
com­
pleto

sortimento

de

chapéus

para snr.as

e
jCreanças,

bem

como
se

encarregará

tam­
a
LOMBRIGA
SOLITARIA
Cura
segura pelos
GLOBULOS
teniafugos (ao extracto verde
de rhizomos frescos
de feto
macho
das Vosges) de 3KCRETÃN»
Pharmaceatico, laureado
e me­
dalhado.
Unico remedio infalli-
ír e
digerir; experimentado com
i adop
tado
nos hospi taes de Paris,
successo.Deposito
:
SEGRETAN,
and, PARIS,
e

nas

boas

pharma
-

)i.

(Evitense
as falsificações.}
Preço,

em

Paris, 10 Iramos.

Depo­
sito no

Porto.
Ferreira
&
Irmão
—Ba­
nharia—77

e
79.
Braenrense na
Travessa de 1>.
Ctualdim d’
esta
cidade.
Continua
a emprestar

dinheiro
sobre

penhores
lodos os dias

desde

as 8

horas

la manhã
até
ás

9

da
noute

na

mesma
caixa.
Vende-se
roupas
Pede-se

a

lodos
os
mutuados
que
ti
­
verem objeelos
empenhados
na

mesma
caixa

com
atrazo

de juros de
tres

mezes

os

venham

pagar

ou resgastar,

senão

se­
rão

vendidos.
PEDIDO
A Meza
do

Real

Sancluario
do
Bom
Jesus

do

Monte

roga

a

todas

as
pessoas
amadoras

e

possuidoras

de

jardins,

que
te
­
nham
superabundância

d

arvores

de
ador­
no,

arbustos,

camélias

ou outras

quaesquer

plantas,
se
dignem
favorecer
com

ellas
o
mesmo

Sancluario,

para

embellezar

este

tão

piltoresco

local;
dando
parle

ao

the-
soureiro

o

snr.
Manoel

José

Rodrigues

de
MaceJo,
rua

do
Soulo,

n.°

42, n’
esla

ci
­
dade

de
Braga,
para
a
Meza

enviar
pes
­
soa
competente

que
do sitio

que

lhe
fôr

indicado

as traga

com
o

necessário

re­
sguardo.
A

Meza, esperando

que

este
pe
­
dido
será

atlendido,
fica

desde



agra
­
decendo

qualquer

offerla

que
n

este

gene-

ro

lhe
fôr

dada.
Em

nome
da

Meza—O precurador

Anlonio
Alves
dos
Santos

Costa.
RESPONSÁVEL
—Luiz Baplisla da Silva
BRAGA,
TYPOGBAPHIA LUSITANA—1879