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Parte de N.º 1018 de 04/12/1879

conteúdo
VII
ANNO
QUINTA-FEIRA 4
DE DEZEMBRO DE 1879
NUMERO
1:018
EtESuISlOS^,
POMTICJk
SE ItOTICSOSAL.
REDAGTOR

D.
MIGUEL SOTTO-MAYOR
PíiEÇO
DA ASSIGNATUBA
12
mezes,

com

estampilha
2^400—12

mezes,

sem
estampilha
l§8í)0

Brazil,

12
mezes,

moeda
forte
4&2ÍIU—
Avulso
20

rs.
PUBLICA-SE
ÃS
TERÇAS, QUINTAS E SÃBBADOS
PUBLICAÇÕES
Correspondências
partic. cada
linha
40
—A

núncios

cada

linha

20—
Repetição
10

rs.

Assignanles,

20
p.
c.

d'abatimer:to.
BRAGA—4 DE
DEZEMBRO
que

as

leis
impõem como

uma
obrigação
a

lodos
os

funccionarios
públicos desde

o

chefe

do
Estado até

ao
obscuro

cabo

de

policia da

freguezia
mais sertaneja
?
(

Não

o
diz,

e

de um

modo

bem
claro
a
'
lei

fundamental

do

Estado?
Logo,
porque
tanto

se
admiram?

Por
que

tanta
bulha
e tanto
escandalo?
julgara

porventura,
que a

circunstan
­
cia
de
ser

o

paiz

catholico

não

seria
ra­
zão

bastante
forte para

reco.mmendar

ás

auctoridades

ultramarinas,

que

não

tra-
ctassera
como

escravos
os

pobres
indí
­
genas

?
Que
outro

argumento

de

maior
força
entendem
pois

que

deveria

adduzir
o

no

bre
ministro, quando

prescrevia
áquelles
seus
subordinados

os
princípios

humani­
tários que

elles

parecem

desconhecer?
Ignoram

porventura,

que
a

religião
catholica

é
a
mãe
da

caridade;

e

que,

onde

aqueila

falta,

não
ba
palavrô

s

que
a

substituam.
Não

sabem

que

foi
o
calholicismo
e

só elle

que suavisou
os costumes

bárba­
ros

dos
povos

immersos na

idolatria,

o
que

lhe

dá direito
a

ser
invocado
sem
­
pre

que
se
trata

de

partir

nas

mãos

da

tjrannia

o

knul do
despotismo.
E

todos

se
zangam
e
todos

se

amo
­
finam...
pois

não

vale

a
pena.
Quando os
sentimentos
religiosos

do
ministro
lhe
não

dictassem

o

emprego
d

aquella

palavra,

diclavam-no

a
lei
que
reconhece

no

calholicismo
a
melhor

ga
­
rantia da

civilisação

e
o
paiz

inteiro
que
a

despeito

da vontade

de
poucos,

é

e
continuará, por
favor de
Deus,
a

ser
catholico.
Felicitamos
o nobre

ministro
da

ma
­
rinha
por

se constituir objecto

de uma

ta!

accusação.
E’

ella
uma
prova do

estonteamento

de

seus

adversários,

que não

tendo

a

que;

aler-se
para

satisfazerem

os'

caprichos

da)
própria

ambição,
julgara

poder
illudir

o

Um»
aectiaação por
sj-Hteina
E

realmenle

edificante
o

modo

como

tercêam

na

política

os

jornaes
dos
diffe-

rentes

partidos.
N
jo

são
em

geral

as
grandes

questões
de
interesse

publico
as
que
os
preoccu-
pam

para os

illudirem

e
esclarecerem
com

uma

discussão

serena

e
desapaixonada.
Attendendo

de
preferencia

ás
miseras
ambições
dos
grupos

que
representam,

tudo

lhes
aproveita

para
fazer

política,
menos

aquillo
com
que,

para
o

bem

ge
­
ral,
mais
importa

que

a

política
se

en­
tretenha.
Assim

não

é
raro
ver

que
uma

ba­
nalidade

serve

muitas

vezes

para
guindar
ao

capitolio

da

fama

um ministro,

assim

como
acontece

que
um

acto

qualquer,

por

mais
justo,

uma
palavra

ou
phrase,
por

mais
aceitada,
servem
frequentemen­
te
de
motivo

para

amarrar

ao
pelourinho)
da mais vehemente accusação
o

estadista

I
das
melhores
intenções.
Procuram-se
os

fins,
não
se
escolhun
meios.
E


a

norma

de quasi lodo

o
nosso

jornalismo

político,

que neste caso,
como

em
muitos

outros.—
e ainda

bera

que

jul­
gamos

podei-o
atlirmar—
não

representa
mais
que
a
opinião

do proprio jornalista.
Quem

diria

por
exemplo,
que
o
adje-

ctivo

catholico
—empregado
com

relação
ao

paiz
e
n

uma
portaria
justíssima,

pelo

ministro

do ultramar,

serviria

de
texto
e

motivo

para

acres

censuras ao nobre es­
tadista

que
a

referendou?
Pois

acaso não

é

Portugal
utn paiz

catholico?
Não o
tem

sido

e
não

o
está
sendo
lodos os
dias
afiirinado
oíficialmente
co­
mo tal?
Que

outra

coisa

significa

o

juramento
paiz com os

devaneios
de
seus

mal
soffri-
dos

odíos.
Somos

insuspeitos

no

que

dizem<s,

porque

nos

não

movem affeições

parti
­
dárias.
Julgamos

ser
justos,
sendo
imparciaes.
E

se

estranhamos,

que alguns

de nos

sos
collegas
descessem

a
fazer

questão
do
que não

admiltia
duvidas,

é

porque

entendemos

que

a

missão
da
imprensa
não
consiste
em
louvar
por
sympathia
ou
disvirtuar

por
odie.
M.
MARINHO.
-----
-

Damos hoje
publicidade
a

parte

d

uma

revista

política, publicada ha
pouco
pelo

«Progresso», orgão
semi-olTtcial
'
do

parti­
do progressista.
Merecia
da
nossa

parte
alguns

com-
mentarios
sobre

pontos, em

que
a

histo
­
ria
é

deturpada

e
a
critica
mal

applica-

da;
preferimos,
porém,

publical-a

nua

e

descarnada,

para

que

nossos
leitores
sai
­
bam
pela
bocca
dos

jortiaes

menos

afiei-
çoados

aos

catholicos qual

é
o
grau de
hombridade,
que

o
z
s

catholicos
da
Bélgica
revelam

em

sua altitude
energica,

len
­
do

á
sua

frente os

pioprios prelados
da

Egreja.
Bélgica.
O
estado

das

relações

do

governo
bel
­
ga

com o

Vaticano,

constituiu
o

assum­
pto
de

uma
interpellação
no

parlamento,
á
qual
respondeu
o

snr.
Frere

de

Orban,

ministro
dos
estrangeiros.

Desumiremos
quanto

fôr
possível

a

resposta

«lo
inter-
petlado,
e
reproduziremos

alguns

trechos
dos

documentos que
fáram
fidos

á

cama
­
ra

belga.
O

snr.

Frere

d

Orban

começou

recor
­
dando qual

o

estado
da
situação

na

epo
ca
em

que
subiu
ao

poder.

Desde oito
annos, sob o
ministério

dos
catholicos.

que
se
estava trabalhando
por

parle
do
clero
n’um

movimento

hostil

ás

institui­
ções

da
Bélgica.
O
Papa
Pio

IX

exaltava
os

adversários

de
todas

as

liberdades
que
­
ridas

ao
povo
belga,

e

vibrava

golpes
terríveis

aos
que
se
levantavam

para
as
defender.
Os

catholicos
liberaes

eram

par
­
ticularmente

o

alvo dos

seus
anathemas.
A

imprensa ao serviço
do
partido
ca-

tholico
intransigente
repetia

esses
anathe-

mas,

e

empregava
nas
polemicas

e
di
­
scussões

a

maior
violência

e acrimonia.

A

Bélgica, terra
de liberdade
absoluta,
era
singularmente

favoravel á
política

bel-

licosa
que

o papado

praticava.
Não
havia

coisa
que
se

oppozesse

ás

mais

audacio
­
sas

tentativas

para minar
a
constituição.

A

propaganda
invadia

as

próprias
escolas,

e

em
breve

os professores

se

tornaram
tristemenie
notáveis
pela

violência
dos
seus
ataques.

E quanto
mais

forte era
o
ataque,

menos
lardavq

de

Roma

um

bre
­
ve
de
approvação,

incitamento

e

estimu
­
lante
coragem.
As
coisas

chegaram

a ponto

dos

ca
­
tholicos

liberaes

não
ousarem

pronunciar

este
nome,
e

refugiarem-se
na
sombra

do

juramento

constitucional;
mas

a
imprensa
ultra
catholica,

que não
pres'a

esse
jura
­
mento,
atacou com
maior
furia.

Viu
se
então,

diz

o snr.
Frere
Orban,

praticar-

se
a
respeito
dos

membros

das

associa­
ções
liberaes
o

systema
de

perseguição
que

ruais
tarde,

devia
de

ser
appiicado
ás

escolas

publicas.
O
burgomesire de
um

districto
de
província,
catholico

fer­
vente,

foi
expulso
ignominiosamente
do
seio

da
Egreja



pelo

facto

de

perten
­
cer

a

uma

associação
liberal,
e

pelo

de
­
licio

de
amar
e defender

a
constituição
do

seu
paiz.
A

inquietação
era
tal

que

o
governo
belga

entendeu

ser

necessária

uma

sa­
tisfação
á

opinião

publica, na vespera

das
eleições
de
1878.
O
discurso

do

throno,
na

abertura
da
sessão

de 1877,
continha
este

trecho:
FOLHETIM
O

2&2Z
H
2^2"
Z-S

<O
Solo
d
’encaoto,

onde

a videira

abraça,

Com

terna
graça,

o
castanheiro
em
flôr!.,.
Abre-meoseio,
em que
um
vergel
se
apinha,
O

palria

minha,

d

encantado

amor!...
Quero

cantar-te
como

a

rôla
ausente,
Canta,

plangente,
os

africanos

eéos;
Como

ella aspira
ao

seu

distante

ninho
Aspiro,

ó

Minho,

aos

attrativos

teus.
Amo os

teus

campos,

com
perfumes

vários,

Verdes sacrarios d

um constante

abril,

Amo
os
teus

montes,

colossaes
na

altura,

E

a

luz,
tão

pura,

do

teu

céo
d
’anil.
Veias

de

prata
em

leu

fecundo

seio

Passam-te,
em

tneio,
rios, não
caudaes,

E
d

enlre
as

flores, que o

leu

chão guarnecem,
Cidades
crescem

que
não
leem

rivaes.
Braga,
a

princeza
de

remota

era,

Virtude

austera
ainda

conserva

e
a

E
eleva

ás

nuvens,
em
padrões

de

gloria,

A
nobre

historia
de

que herdeira
é.
Assenta
o

throno

de
entrançado
arbusto

No

monte
augusto

do

seu Bom

Jesus
E

tem

por
corôa,

de

opulência tanta,
A

Virgem
Santa
do
Sameiro,
e

a
cruz.
Amares

veste

laranjaes
floridos,
Fartos

vestidos

com

dourado
véo,
E
solta

as tranças de
verdura
infinda

Na

espadua

linda
ás
virações

do
céo. I
E'
Guimarães

uma

fidalga
idosa
Rica,
e
orgulhosa

em

seus

gentis maineis,
Que

diz

ao

inundo,
em

derredor

disperso;

«Eu

fui
o

berço do
maior

dos

reisj».
Caminha
é

a
joven
marinheira

bella

Em



na

ourela
do
espumoso

mar:

Monsão,

envolta

nas
senis

muralhas,

Conta

as

batalnas
que
logrou

ganhar.
Villa

dos
Arcos

que
o

sorrir

desatas
D’enlre

cascatas que
dehcias

dão.

Barcellos,

lyrio,
adormecido
em sombras,

Sobre

as

alfombras
do virente chão.
Pinha

de

flores,

que

a

frescura
anima,

Ponte
do

Lima,
que
ideal

tu

es!

Finges

o

cysne

a

retratar

a

lace

N’
agua,
que

nasce,
e
que
te

corre
aos

pés
Vianna
foge

ao

incessante

beijo.
Que
o
Lima
vejo

a lhe

tentar depôr,

E

da

montanha

na

materna
costa

A

face

encosta com

gentil
pudor.
/
Eu

sou
suspeito

porque

sou teu
filho,

E
assim

teu

brilho
não
direi

jámais;
Que

o

diga

quem,
ao respirar-te
os

ares,

Te

entrou

nos

lares

e

passeou

leu

caes»
Solo
d
’encanto,

onde

a
videira
abraça.

Com

terna

graça,
o

castanheiro

etn
flôr!...
Abre-me

o

seio,
em
que
um
vergel
se apinha,

O


patria

minha,
d’
encantado amor!...
Sebastião

Pereira
da
Cunha.
A

EXPERIENCIA
Melhor

mestre
não

ha

do que

a
ex-
periencia,
diz

nos que os

livros

calam,
e

com

mão firme

e

austera

nas
paginas
da

vida nos

apaga
as

illusões

mais
bri
­
lhantes.
A

muitos

tem

iliudido

o
liberalismo,
não

a

mim
que

cora
elle
antipalhisei,

sempre,

apezar
dos

elogios
dos
seus

apo
­
logistas,

especie
de

bombas

aspirantes

que
soltam

jorros

de
palavras,

hoje porém

muitos

são
os

desenganados.
E porque?
Chegou

a

pratica

e

a experiencia,

e

ambas

lhes

mostráram
de

perto
o que

valia

o
que

admiravam de
longe,

e
aquel-
les
pobres

deram
razão

á

minha

antipa-

thia.
E

que
viram?
O

poder

e

as
leis
continuadamenle

aviltados
pelos

escândalos

da

tribuna

e

entregues
sempre
ao

desprezo,

á irrizão

e
ao

odio pela
imprensa
..
e

com

razão,

porque

leis

e
poder

não
eram
mais

do

que

emmaranhada

tea
de

intrigas, especu
­
lações

e
mentiras.
Conheceram
pois
os desenganados

que
o

liberalismo
é
uma
epidemia
fatal

aos

povos,
epidemia

que

tem

a

grandeza
da

peste,

para

viver

necessita
de

vis
mane­
jos

que
protejam

interesses abjectos,

bai­
xezas,
mesquinharias,

cabalas,
artifícios e

corrupção
asquerosa.
Mesquinho

arranca
ao

faminto

povo

o

produclo

do

trabalho,

prodigo
o
espa
­
lha

com

odaliscas

e

aulicos.
O

liberalismo

é uma

orgia
sumptuo

sa,
uma

bachatial

indecente
em
que

se
consome

a
vida

e

a
inlelligencia...
Falia

de

progresso!...
mas

não
anda,
arrasta-
se

entre

as
immundicies
que a demagogia
lhe

lança.
Não

reconhece
direitos,

sonha


com

nivelações
ineptas.
Debaixo

do seu
dominio
a mediocri
­
dade

floresce, as

profundas

inspirações
do

talento
morrem

escarnecidas

e
não
ob­
stante

vaidoso levanta
a

voz

proclamando
grandes
emprezas.
Quaes

são

ellas?
Buscam
se

não

se

encontram

a

não
ser

a

miséria nos

povos,
a ruina
nos

mo­
numentos.
O
liberalismo


na
ruína
é
grande!
Eis

o

que

a
experiencia

mostra
aos
que

hoje
se
confessam

desilludidos,
mas

deixam
elles

de
sustentar

o monstro

que

tudo
devora?
Não,

sem

pejo
o

snleniam
porque

a



d
’ontr
’ora

em

especulação

se

lhes
tran
­
sformou.
O

liberalismo
para
com
çjles
foi

ge­
neroso,

com

elles

repartiu

os

despojos
dos

vencidos

e

os

levantou

opulentos
so­
bre

o seu

pedestal

de ruinas... mas o

pedestal

vacilla porque

a
demagogia

o

mina.
Os desenganados
hão

de
cair
precipi
­
tados,
mas

não
arrependidos;

porque
co­
nhecem

a
falsidade
do

ideio

que
servem

e
regeitam

derrubal-o

para

reconhecer o
direito

em

que-

está

a
salvação
social.
F. P.






«Quando

se
agitam
as

questões que
dividem

os

espíritos,

não
esqueçamos

já-
mais

os

sentimentos,
os princípios
e

as
ideias

comuns

que
os

unem:

o
amor

da
nossa

autonomia nacional,

a
dedicação

sin­
cera,
profunda, inalterável

a
todas as nos
­
sas
liberdades constitucionaes,
a

firme
vontade

de

todos,

deve
manlel-os
inta-

cios,»
A

s
palavras

elevadas

do

rei,
respon­
deu

a imprensa catholica:
«Nós

somos

sinceramente
dedicados
ás
liberdades
constitucionaes...
como

um
ca-
vallo

prezo

aos
varaes
de

uma

carreta,
e

juniamente

com

a
carrada

de
direitos
preciosos

arrastamos

uma

gran
le
quanti­
dade

de

excrementos

legaes
e
sociaes,
que
exhalam

o
mais horroroso

fétido!...
Resignamo-nos

a

deixar
que

laes
immun-

dicies

exhalem

a

inlecçào,

com
medo
de
vêr

entornadas,
ao

longe
do cami
­
nho,

as

liberdades
verdadeiramente boas».
A
taça

trasbordava.

Foi
então

que o
snr.

Frere
Orban
tomou
a

palavra,
na

camara
dos deputados
para

declarar que,
pela

situação

que
se
fizera

ao

governo
pela
suppressão
do

poder

temporal
do
Pa
­
pa,

uma legação belga
junto

do

Vaticano

não

se
justificava.
Comtudo,
o

ministro

in

ficava

como

possível,

eventualmente,

uma

missão

de
pura
cortezia

junto
do

Vaticano. Mas,

em
presença

do

que oc-
corria,

essa
missão
não

era
possível: «A
manutenção
da
legação

belga,

dizia
o
snr. Frere

Orban, é uma

irrisão,

se

o

poder

pertence
aos
liberaes;
um

perigo,
e.e
o
poder

é
dos

catholicos».
E,

accenluando

e

desenvolvendo

mais

esta

ideia,

o
ministro
ajuntava,

na

re
­
sposta

que

dava
no

dia
20
do
corrente,
á

interpeliação
que
lhe
fôra feita:
«Uma
irrisão,

com

effeilo,

era
entreter

relações

com

um

Papa

que
todos
os

dias ataca­
va
as

nossas
instituições nacionaes;

uma

irrisão,
porque

o nosso

representante



poderia

oppor
a
esses

ataques

protestos

inúteis

e

ridículos;

um

perigo,

porque
o

mudo

agente

dos nossos
adversarias

da­
va-se

a

appaieu ia

de
os

patrocinar,
de
os
approvar.

Nós

insistíamos
pela sup
­
pressão».
Comtudo,
isto
apenas

era
um

ponto
secundário

das preoccupações
do

gover­
no
belga,

uma

manifestação

pclilica,
mas

sem

utilidade pratica.

A


guerra
movida

contra

os
direitos
do
poder

publico,

lo
­
dos
sentiam
que

era

preciso

levantar
uma energica
resistência, organisar

me
­
smo

uma

«defeza
nacional
no
interior».

Foi
então
que

a

palavra

se
pronunciou.
Tal

era

a

situação,

quando

os eleito
­
res

deram ao partido

liberal

no

dia
II

de

junho

de

1878,

a
maioria
nas
duas

cainaras.
O

governo
novarr.enle

chamado
aos
con­
selhos
da

coroa,
apresentara,

quando

<>p-
pasição,

nm

programma.

Tratou
imme-

diatamente

de
o

realisar.
E’

esse

pro­
gramma que o snr.
Frere

Orban,
em

nome

dos

seus
collegas,
declarou
estar

decidido
a

cumprir

até

«a
ultima

pala­
vra».
O

facto

é

que,

apenas

constituído
o
governo,

o
ministro

dos

estrangeiros
pre­
veniu

o

ministro

junto
da
Santa


que
a

suppressão
da

legação

eslava

decidida
no
animo
do governo, e

que

não

era
mais

do

que
uma

questão

de

tempo,

de
opporlunidade.
Passava-se

isto
em

21

de
junho

de

1878.
Cerca
de
um
mez
depois, o

snr.

Reu­
sens
escrevia

ao
seu
ministro
que

o

car
­
deal secretario

de Estado
desapprovava

e

deplorava

a

polemica

dos
jornaes
catho­
licos, na

Bélgica,

e

que
n
’esla declara
­
ção

não era
mais do
que
«o

echo
de
uma

voz ainda
mais
auctorisada».
Por

occasião
d’
estas
occorrencia

i,

o
cardeal Franchi
foi
substituído

pelo

car
­
deal
Nina.

Idênticas

declarações

da

parle

do

novo

secretario

d

estado,
que

aífirtnou
que

Sun

Santidade

deplorava

allamente

esses
ataques

contra

o governo
belga.
Leão

XIII

resumiu
o

seu

pensamento
n

estas palavras:
«Esses

ataques

prejudi­
cam

muito
a

Bélgica,

assim

como

a
Egre
­
ja;

é

absolutamenle

necessário
desappro-

val-os

e

condemnal-os.»
A
caria

do
snr.
Reusens,

que
con
­
tinha
estas
declarações,

era

datada de
Roma,

em
20

d

agoslo.
O
snr.

Frere

Orban
permaneceu

silen
­
cioso.
Vieram
as

festas

do
25

anmversario
do

casamento

do

rei dos belgas.

Troca­
ram-se

novas cordialidades

entre
a
côrle
e

o
Vaticano.
Sem

embargo,

as

doutrinas

das
encyclicas

e

do

Syllabus
eram

mais
do

que

"nunca

oppostas

pela

imprensa
ca­
tholica

aos
princípios
da

constituição

bel
­
ga.

Convidado a

explicar-se,
o

ministro

dos

estraneiros,

declarou,
em fórma
de

desapprovação, á

camara,

que
uma

lega­
ção
junto

da

Santa



unicamente

se ju
­
stificaria «pelo

facto
de

incumbir

a

essa
missão

dizer
ao

Pana

que
os
catholicos
da
Bélgica

>
estavam
de

accordo

com

aquelles
que
se

arrogavam

o

direito
de

fallar-lhe
em
seu
nome.»

E

o

ministro
oíficioii

ao

seu
representante
em

Roma,

para solicitar
do

Pontífice
mais

efficaz in
­
tervenção.
«Se

o
Pontífice,

dizia elle, quer

entravar as
emprezas que
nós
receiamos,
e

a

que
estamos
firmemente
resolvidos
a
resistir,
convém

que

falle
e

mande

proce­
der

como

é

indispensável

e
conveniente.
Do
contrario, produzir-se-ia
uma

situação

realmeme nova.»
Em

consequência

d
’esta
cotnmunicação,
novas

instancias

da

legação

belga

no

Vati­
cano,

e

sempre
as
mesmas
seguranças
da
parte

do
secretario
d

estado
de
Sua

San
­
tidade,

ajuntando
que
as
ordens

de

mo
­
deração,
prudência
e
socego, anleriormen-
te
expedidas,

acabavam

de

ser
reiteradas,
«se

era possível, de maneira

ainda

mais
calhegorica,
afim de
serem

partilhadas

e

respeitadas

pelo

clero

e

fieis belgas,

as
ideias

que
Soa

Sanlilade

desejava

vêr

po­
stas

em

acção.»
A

imprensa
catholica

belga

respondeu
a
estes

sábios conselhos

por

uma

repre
­
sentação,

que

foi
elevada
á

presença

do

Santo

Padre,

assignado por
114 jornaes.

Além
d

isto,
apresentaram

se

em

Roma

grande
numero

de

delegados
seus.
O

snr.

Frere
Orban

fez

novas recla­
mações,

e
o

snr.

de

Reusens,

depois
de

conferenciar

com

o
Papa, escreveu-lhe
di
­
zendo

que
Sua

Santidade
eslava
perfeita
­
mente

inteirado

das

difliculdades

da situa
­
ção, e

que
elle,

por

seu proprio
punho,

«ajuntou

algumas

palavras
ás

notas expe
­
didas
para

Bruxellas,
afim de
correspon­
der
mais

eflicazmenle

aos

desejos

do

snr.

ministro
dos

negocios
estrangeiros.

Desejo

ardentemente

a

tranquilidade

na

Bélgica,

linha

dito

Leão XIII,
e

recentemenle
ain
­
da
tive occasião
de

me

explicar

primeiro
n

esle

sentido
aos

delegados d’
um
grupo
da

imprensa
catholica
belga».
O

Papa

explicou-se
ainda
no
mesmo

sentido,

quando recebeu
o barão
d
’Ane-
than,

quando

reasstimiu
o
seu

cargo

em

Roma.
Não

obstante, como
a agitação,
ao
contrario

do

que

se

esperava,

ia sempre

crescendo,

a

proposilo

das
leis

sobre

o
ensino

primário,
o snr.
Frere Orban,

man­
dou

declarar

com

a maior

firmeza

e ni
­
tidez

que
a

actilude

passiva

da

Santa



não

bastava

nas

circumslancias
especiaes
do

momento.
Ao

mesmo tempo,
o
ministro

dos
es­
trangeiros

chamava
sériamenle

a

attenção
do
núncio

apaslolico

em
Bruxellas,

dizen
­
do-lhe
que
se
a

situação se
não

modifi­
casse,

adviriam
«difliculdades

invencíveis
para

as

relações
da
Bélgica com

a

Santa
Sé».
Esta

nola

comminalosa

era datada de
2

de
setembro

ullimo.
No
dia
17

do
mesmo mez, Frere
Orban

recebia a

res­
posta

do

snr. Reusens.
O

cardeal

Nina, primeiramente, lançou

mão da
negativa completa,
e expressou-

se

com

allivez.
Mais
tarde,
porém,

pro-
melteu
usar

da

sua
influencia

no

animo

do

episcopado
belga,

pedindo,

comtudo,
ao

snr.

Frere
Orban

que
guardasse
abso
­
lutamente segredo
ácerca
da promessa.
A

votação da

lei

sobre
o

ensino
pri
­
mário
fui
aguaraz

no

lume.

Os

bispos
ex­
pediram

pasloraes
mais bellicosas do que
nunca.
Protestos

do

governo

belga;

ten­
tativas
de conciliação.
Nova
intervenção

da Santa
Sé,

sempre

sob

o
cunho
do
mais

profundo

sygillo.
A
acção

de

Leão
XIII

devia

especial­
mente

visar a

que

os

bispos não
se

afas­
tassem

de

modo

algum

das

manifestações
nacionaes

que

se

preparavam

para
o

pro­
ximo

futuro

anno.
São
conhecidos

os

resultados

d
’estas

negociações.
Com
despreso

completo

da

constituição

que
consagra
o
principio

da
irresponsabilidade
real,
a
imprensa

calho­
lica

começou a

discutir
pessoalmente

o

rei.
O

snr.

Frere
Orban
deu

conhecimen
­
to
para Roma dos
artigos
dos
jornaes

belgas.

Essas

virulências

foram

ainda mais
censuradas

pelo

Papa,

e
sobre

isto

dirigiu

ao

barão..

d
’Anethan
um

despacho,

com
a
data

de

27

de

julho
ullimo.

No

Vaticano

havia
resistência

em
se

acreddar

nos

ma
­
nejos

e

nas
decisões

tomadas

pelo
episco­
pado

belga.
E


o
que
se
deduz
de dois

outros

des­
pachos
do

barão d’Anethan
para

a
chan-
cellaria
belga.
Restabelecemos,

em

todas as

suas

par
­
tes
essenciaes,
se

bem
que
nos

afastás­
semos
dos
debates
e
do
extenso
discurso

do

snr.
Frere Orban.
O

ministro

espera

que

a

publicidade
da

correspondência

que

irocou

com
Roma,
derramará
brilhante

luz
sobre

a situação,

exercendo

considerável
influencia
sobre
a
opinião. Em todo
o
caso, com
a
publi
­
cidade



dada

aos

factos,
disse

elle, os

catholicos

são

os

juizes

da
situação.
Seria injusto

não

levar
em conta
as
difliculdades

do Papa,

nas
quaes
tropeça.
Se
o

clero, sob
a

sua

própria responsa­
bilidade,
continúa

a
mostrar-se
excessivo,

a

Santa Sé

procederá

de

modo
diverso».
Tal

é

o

resumo
fiel
da

grave
discus
­
são
que
teve

logar

na

camara

dos

depu
­
tados
da

Bélgica,

perante

uma

concorrên
­
cia

enorme

e
estando

presentes

todos
os

representantes

do
paiz.
O
corpo
diplomático

assistiu,

todo,

na

respecliva

tribuna,
a
essa

memorável
ses
­
são.
GAZETILHA
JPartída.
—O

snr.

Vicente
Pindella
partiu no dia
30

d

esta
cidade

para a
África,
onde

vae

exercer
a honrosa

e

espinliosissima
commissão,
que

o governo

lhe

confiou.
Desejamos
ao
esperançoso

moço

todas

as
venturas,

que merece
pela

sua esme­
rada
educação

e

provada

inlelligencia.
O
commetimenlo a
que
se

propoz
é

arriscado,
porque

é

elle
proprio

de
quem
possue
inlelligencia
e

prática

dos

negocios
públicos;

mas

a

sua
muita

dedicação

pe

las

glorias

do

nome

porluguez

e

o
amor
á

gloria do seu
proprio nome
lhe
darão

forças,

para
que a patria lhe

agradeça

mais

tarde
os

seus valiosos

serviços

e sua

familia o

receba

no

seu
regresso
com

to
­
das

as
elfusões
do

sentimento,
que

um
coração

delicado
entorna

sobre

os
filhos,
que se não esqueceram

do

iliustre

nome

de
sens

paes.
Foi
um transe
doloroso
aquelle
porque
passaram

os
viscondes

de
Pindella

ao
darem o adeus
de

despedida

a
seu
eslre-
moso
filho,
que vae

tão
longe

exercer

um

cargo

honroso,

mas

dillicil;
a
imagem

da patria. porém,
presente

ao

seu
espiri-
rito,

lhes

suavisará

tão

justas mágoas.
Recordem
aqnellas

memoráveis

pala­
vras,

que

o

nosso Jacintho

Freire
põe

na

bocca de D
João
de
Castro
ao
enviar
este
a
seu
filho

em

soccorro

á

fortaleza
de

Diu:

«Pelo

que

toca

á

vossa pessoa
não

fico cem
cuidado, porque
por

cada
pedra
d
’aquella fortaleza
arriscarei
um

filho».
Recordem

estas

memoráveis

palavras

e

menos penoso

será

para

seus corações
tão

longo

e arriscado
apartamento.
Clu-oníea Sieligiotji».—
Hoje:
Expo­
sição
do

Santíssimo

no

Salvador.
Começa

a
Novena
de
Santa
Luzia,
na

Sé.
A
’manhâ:

Festa

de
S.
Geraldo,

na
Sé.
Exposição

do
Santíssimo
na
egreja
das

Therezas.
Para
o
snr.
Francisco Perei-


«lo.—
D

um

nosso

iliustre

as­
signante, o
exm.°

snr.
José
Leite

Ribeiro
Freire,
de

Coimhra,
recebemos
a

quantia
de

1$600

reis

para
serem
remettidos

ao
nosso

infeliz

collega o

snr.

Francisco
Pe
­
reira
d

Azevedo.
^o««i®wçsio.--Diz

se
que
foi
nomeado
chefe
da
estação
telegraphica
d

esta

cida­
de
o

snr.
Luiz
Leite
Duarte.
A

Semana SSeligio^n Bracaresí-
h
».
—Referindo-se

a

este
nosso
illustrado
e
importante

collega,

lê-se

no

«Boletim
Ecclesiastico
dos Açores»:
A

«Semana

Religiosa»

de

Braga,

que
tem

por
direclor

e

principal

redactor

Mon­
senhor
João
Rebello
Cardoso

de Menezes,



bem

conhecido na
republica

das

let-

tras
por

seus

escriplos
interessantes

e
zelo
incansável,
é

orgào

olficial

do

governo da
vastíssima
diocese

de

Braga,

que
tem

actualmente
a
fortuna
de

ser
presidida
por

um

sabio

e

virtuoso
Prelado,
que

aii

faz

publicar suas
interessantes

providencias
go-

vernativas

e
allocuções
pastorães.
Fazemos

votos

pela

sua
conservação

e

prosperida­
des.
Faris-fíurcia.—
Vae

publicar-se,

com

este

titulo,
em

Paris,
um

jornal

de
que


sairá

um n.°,
para o

seu
producto

ser

applicado
a
soccorrer
os inundados

das
províncias
hespanholas

do

Levante.
Diz

um

jornal
que

S.
Santidade

Leão
XIII

contribuiu

para
a

dita
folha

com

um
aulographo
constante

de

versículos

do

capitulo

8.°
do

Genesis,
e

do

psalmo

109,
cujos
textos

são
apropriados

ás

ctr-

cumstancias.
O

jornal custa

apenas 250
reis par,
os

subscriptores.
Concurso.—
Está
aberto
concurso
para
o

logar de
guarda
do

gabinete

de physica

do

lyceu

d

esta
cidade.
Iliustre doente.—
Acha-se
perigo-
samente

doente,

na
sua

casa

de
Ponte
do

Lima,

a

ex.
ma

snr.

D.

Emilia
Correia

Leite,

esposa

do
nosso
cônsul

em Marse
­
lha,
e
lia

dos
snrs.
conde

d’
Azenha

e
visconde
de
Pindella.
Fazemos

votos

pelas

suas

melhoras
e
d
’aqui

enviamos
as
nossas

consolações

ao

seu

desvelado
esposo.
Temporal.—
Ein a

noite
d

ante-hon-

tem

e

em
todo

o

dia

d
’honlem

tem rei­
nado

um
temporal
desfeito, cujos

estra
­
gos
são

importantes.
De

desgraças
pessoaes,

só sabemos
que
hontem
de

manhã

indo
o arrendatario
do

kiosque

que fica
junto

da

egreja

do

Po-

pulo

a
tirar
a

porta

do

mesmo,

um

tu
­
fão
de
vento

o

arremessou
d

enconlro

a

uma

arvore
ficando
gravemente

ferido na
cabeça
por

efleito

do
embate da

porta

que

segurava

nas

mãos.
Falleeimento.—
Falleceu
honlein

de

tarde

o

snr.
Borgos,

negociante

de lumes

morador

á
rua
dos

Sapateiros.
Festejos «lo
l.° «le Dezembro.


Foram

brilhantes

os

festejos

com

que
n
’esta

cidade
se

commemorou o
dia

anniversario da

restauração
da

indepen
­
dência

portugueza.

promovidos

principal­
mente

pela
classe
académica.
Em

a

noite

da

vespera
uma

excellenle

serenata
composta

d

estudantes
percorreu
as

principaes
ruas,

sendo
por

essa

occa
­
sião lançados

em Guadelupe

dois

bouquets
de

fogo?
Na

madrugada
de
tão

memorando

dia

foi

queimado

muito

fogo

e

cinco

bandas
de
musica

tocaram

pela
cidade.

demon­
stração
que

se

repetiu

ao

meio
dia

e

á

noite.
Depois

das
2
horas

da tarde começou

um

solemne
Te-Deum
no
templo

de
Santa
Gruz,
que estava
esplendidamenle
deco
­
rado.
A

oração,

em

tudo
notável,

foi

reci­
tada
pelo
joven

e talentoso
orador

o rev.°

Porphirio
da
Silva.
A

este
acto

assistiram
muitas

senho­
ras,

os

snrs
governador

civil,

secretario
geral,
oflicial
maior,
presidente

da
cama­
ra

e

vereadores,

administrador

do

conce­
lho,
commissario

de

policia,
visconde
de

Carcavellos,
commissão
promotora
dos

festejos,

conselheiros

de
dislricto,

camara
ecclesiastica,
professorado
do

Seminário
e

lyceu,

delegado

do

thesouro,

generaes
Lermont

e
Lacueva;

commandante

e ofli-

cialidade

de infanteria

8,

ofliciaes refor
­
mados,
chefes
de
repartições
publicas,

the-

soureiro

pagador,
membros
da
imprensa

periódica

d
’esla

cidade,
visconde
de

Car­
cavellos
(Francisco),

empregados
de

diffe-

rentes

repartições,
communidade

de
S.

Pe­
dro

e
orphãos

de

S.

Caetano,
etc.
A

noite

estiveram

illuminadas
algumas

repartições
publicas

e muitas

casas

par­
ticulares.
Na

Sociedade

Democrática

houve

uma

explendida

soirée.
No thealro

alguns curiosos levaram

á

scena

um
drama
intitulado

Heroísmo
Por
­
luguez

em 1640,

que

teve

um desempe
­
nho

geralmente

regular.

Os

alumnos
do

collegio

do
Espirito

Sanlo,
solemnizaram

a
lesta
nacional
de
este
dia
com uma

linda
representação
dramatica,
precedida

e
entermeada
de

di
­
versas
peças
de

musica,

discursos

e

com
­
posições

poéticas
allusivas

ao

grande
feito

da

restauração

da

nossa independencia na­
cional.
w<o«In llliiHtrada.


Publicou

se

0

n
0

23,
correspondente

a

1
do
corrente

e

cujo

summario

é

o

seguinte:
Gravuras.



Corpo-Camargo;

Pa'etots

para
creanças

(seis modelos); Trajo
para
rapasinho;

Quatro
espiguilhas
de crochet;

Vestidos para
creanças

(oito modelos)
Ren­
da
de

crochet;

Duas

guarnições
bordadas;
Guarnição bordada
com
applieação

de tulle

de
Bruxellas;

Romeira-Charpa
(frente

e

costas);

Capa

comprida

para

passeio

e

viagem;

Casaquinho
Lauzun:
Corpo

casa-

quinho;
Trajo

enrto,
(frente
e

costas);
Trajos

para creanças

(cinco

modeles);

Enygma.
Artigos:



Correio

da
moda;

De

relan­
ce;
Entre-actos;
Ao
fogão;

O

romance
da
Moda;
Mil
e

uma

receitas;

Correspondên­
cia.
Supplementos:—Figurinos

coloridos;

fo
­
lha de

moldes
e

debuchos.
Como



dissemos,
a

partir
do

n
0 24,
que

deverá
ser distribuído

no

dia

15
do
corrente,

passa
este

excellenle
jornal
a
ter

doze
paginas

a

tres columnas,
illus-






















Iradas
com

desenhos

numerosos
de

veslua-
rios

e

trabalhos

de
agulha.
Acompanhará

também

cada
numero

uma

folha
de

grande
formato

com

moldes de

tamanho

natural, e

um
figurino colorido.
A

Moda
lllustrada

oílerece
portanto

todos

os

annos

ás suas

assignantes:
Vinte e

quatro numeros illustrados,
formando
no
fim
do
anno
um magniíico

volume,

contendo
912 colutnnas
de
texto
e
mais

de-

1:000
desenhos
de

vestidos,

chapéus,
casacos,

etc.
Vinte

e

quatro
fo­
lhas

de
grande
formato
com

moldes,

for­
mando

uma

collecção
de mais

de
600
modelos,
de
tamanho
natural,

e

vinte
e

quatro

gravuras
de
modas,

em
aço,
colo
­
ridas
a
aguarella,

formando

o

album
mais

completo
dos

vestuários

do anno.
a
’reço
<!os cerenes.—
Na

terça-feira
ultima, nesta
cidade,
o

preço

dos

cereaes

foi:
Trigo...........................................................850
Milho

alvo
...................................................
700
Centeio
.........................................................
550
Milho

brarnco
.........................................
430
Milho

amarello
..........................................
420
Painço...........................................................550
Cevada.......................................................... 520
Feijão

vermelho.........................................
900
»
branco
.........................................
800
»

amarello
...........................................
600
»
rajado...............................................520
»

fradinho
..........................................
500
Batatas..........................................................
360
Azeite
(almude)
.....................................
6$000
-Votieina ag
r
i® »1 as.—
Transmi
itera

da

Bairrada:
Teem-se
feito

algumas

podas.
--Os

campos
estão

bellos:
leem

boas
e

abundantes
pastagens;
bons nabaes e

outras

hortaliças.

Algumas podas se

teem

feito ás

vi­
nhas.

O

vinho

da

ultima

colheita
tem
pou
­
ca
procura:

o que
se

tem

vendido
não

subiu
do

preço

de
3'),$000

reis

por

pipa

de
589

litros

(31
almudes)
e
tudo
para
baixo.
Em

Oliveira

do

Bairro,
onde
é

mais
ordinário,

tem
corrido

a 9Ò0
reis
o
al
­
mude.

O

milho da terra
correu

nos

mer­
cados

d

alii
a
500
e

520

reis

por cada
alqueire

(14
litros 80
centilitros'.

Idem,

de

Maiorca:
lemos

chuva
aturada.

O

tempo

corre
propicio

para
as

pastagens
e

hortas.
E

provável que
encha
o

Mondego.

Foram
péssimas

as

colheitas

das

terras
altas,

algumas

das

quaes

nem
a

se-
meme

produziram.

Azeite
não ha

por aqui
este
anno.

Os

batataes,
atacados

pela

moléstia,

pouco
produziram;

e os
tubérculos,

que
pareciam
sãos,

apodreceram
muito

depois
de reco­
lhidos.
Em

conclusão:

foi
ruim

o

anno,
por

qualquer

lado que

se

encare

a
vida

dos

que
mourejam para

satisfazer

as
necessi­
dades
crescentes

da

subsistência.
PhenAmeno.

O

observalori)

de
Berlim
chama

a
atlenção
sobre

o estado

actual
de

Júpiter,

a maior

das

eslrellas
e

mais

brilhante

depois

de
Venus,
sendo

o

seu

diâmetro
onze

mil
vezes
maior
que
o

da

terra.
Uma
mancha

de
côr
avermelhada
so



bre

a

quinta
parle

da superfície d’aquella

eslrella,

o que,

segundo

os astronomos

allemães,

indica
uma
profunda
perturba
­
ção
n’
aque!le

planeta.
A
’«

almas
bemfazejas. —
Pede-se

por
caridade
uma

esmola
para
o

infeliz

José
Maria,
morador
defronte

da capella

de
S. Mtguel-O-Anjo,

casa

n.°
3,
empre
­
gado
que

foi
no

Seminário

de
S.
Cae­
tano,

e
hoje
se

acha

paralítico
sem

po
­
der

articular

palavra,

e

impossibilitado
de

lodo

o

trabalho.
A

a
nJttsas caritativas.—
Recom-
meniamos
e

muito
ás
pessoas

caritativas
a

desventurada Maria

José

da

Silva,

mo­
radora na

rua

dos Sapateiros,

n.°

7.

Vive

em
extrema

penúria,

e

padece
de

doen­
ça
incurável.
A’ cavidade publiea.—
Muito re-

commendamos
ás

pessoas

caridosas

o

in
­
feliz

Antonio

Marques
da

Costa,

morador

na
rua
de
S.

Miguel-o-Anjo, casa
n.°
4,

3

°
andar,
que se

acha

na

maior neces
­
sidade

e

doente,
vivendo

só da
caridade

das

pessoas
que o soccorrein
com

alguma
esmola.
SUBSGRIPÇAO.
Nunca

nos

dirigimos

com

mais
acerba

mágoa
aos
nossos

leitores,

como

ao

escrevermos

estas

linhas.
Como

por

vezes

temos
dicto,
o

snr.
Francisco

Pereira

d’
Azevedo,
antigo
proprietário

e

redactor do
«Direito»
e
d

outros

jornaes
catho-

licos,

e
aclualmente
da
«Propagan­
da

Catholica»

e
«Libertador

das
Al
­
mas do Purgatório»,
acha-se muito
doente

no

Porto,
e

sem

meios

para

se tractar!
Este
respeitável

cavalheiro

vê-se
reduzido

a

tão

triste

estado,
por
­
que
sempre sacrificou todos
os

seus

haveres e
forças

na
propaganda
das
mais
sãs
doutrinas.
Alguns
amigos do snr.
Francis
­
co

Pereira
de Azevedo,
fervoroso

apostolo

dos

verdadeiros

princípios
religiosos

e
sociaes,
abrem

uma

sub-
scripção

em seu

favor,

e

pedem

o

concurso de todos

os catholicos
para

suavisar

a

penúria
d

aquelle
infeliz
quão
benemerito
cavalheiro.
A

subscrição

fica

aberta

em
casa
do
snr.

Manoel
José

Vieira
da
Ro­
cha,

na
rua
do Souto,
n’
esla

cidade.
APPELLO

AOS
GATHOLIGOS
«A

Associação
de
jesus
,
maria

e

josé
,
erecta
na

cidade
do

Porto,
com
o
fim
de
abrir
escolas

gratuitas

para

edu­
cação de
meninos

pobres,
de ambos
os
sexos,

vendo-se
obrigada

a
deixar o
edi
­
fício

onde

se

achara

funccionando,
em

Villa
Nova

de

Gaya,

as
duas
escolas,

uma

de

meninos

e

outra
de

meninas,
resolveu,

em

sessão

de

14
de

setembro

do
corrente
anno
de

1879,
mandar
construir
uma

casa
apta

para
receber

as

duas
mencio­
nadas

escolas.


lhe
foi
dado,
para

este

fim,

terreno

por
pessoa
caritativa;
mas

fallecem-lhe
meios pecuniários

para

levar
ao
cabo

obra
tão

ulil

á

humanidade.
A

Associação
confia
muito
nos
senti­
mentos generosos

dos snrs. associados

e

mais
pessoas

amantes
da
humanidade

que
a

coadjuvarão
de bom grado

em

uma

empreza
que tem
por

fim

arrancar

da

ignorância

e
do vicio

a
tantas
creanças

que,

sendo
bera educadas,
podem

vir
a
ser

bons

cidadãos

e
prestar
relevantes

serviços

á sociedade».
A
subscripção

fica

aberta

na
redacção
d

este
jornal.
tATItllS
AííSTICIAS
Lisboa

2—Na bolsa
venderam-se:

30
acções
da
Companhia
Carris

de
Lisboa

a

82$500; 4

contos
em
inscripçõss

a

51,75;
2
a
51,72.
A

alfandega
rendeu a
quantia

de reis

7:532^573.
Paris

29
—Na

reunião das mezas

dos

quatro
grupos

da

esquerda discutiu-se a
questão

de

dirigir
uma
inlerpellação

ao
ministério.

Vários
membros
das

mezas

observaram

que

era illogico

e

perigoso

derrubar
o actual
gabinete,

quando

não
se
sabe
como
subslituil-o,

pois

que

os

grupos

da
esquerda

não
possuem

um pro-

gramma
commum.

O

snr.

Brisson

acon­
selhou

que
elaborasses
primeiro
um

pro
gramma

commum.
Esta
proposta

foi
ap-
provada
por

grande maioria.
Londres

29

A

Inglaterra

estabeleceu
uma
assembleia legislativa

no
Traanswaal.
Os

albantzes

assassinaram
setenta ho
mens
da escolta
de Moukhtar-Pachá.
Edimburgo
29—
0
snr.

Gladstone

disse

n
’um

meeting

que
o
paiz
dos

Bilkans

deve pertencer
ao
povo
dos Balkans.
E’
necessária

vigilância

contra
a

Áustria, que
quererá

succeder
á Rússia

na
supremacia
em
Pera.
Desmente-se

agora

a
morte de
Mouklar-Pachá.
Paris

1—
Houve
nova

reunião

nas
me
­
zas

dos grupos

da esquerda.

Começou

por

elaborar

o progranima
commum

para
a
esquerda.

Parece
assegurada

a

conserva­
ção

actual

do
gabinete.
Londres

1

Houve

em
Hyde
Park

um
grande
meeting

irlandez,

pronunciando-se
discursos
sediciosos.
Quem
pretender

vellas

de

cebo
de su
­
perior
qualidade,
vendem-se
por

junto

e
a

retalho
no largo
de

S.

Francisco,
n.°

14,

a
2$700
reis

a
arroba,
(2714)
A611BECIMEST0S
Domingos

José
Alves Braga

e

sua
es
­
posa

Maria Julia
da

Silva
Braga,
penho-

radissimos

para

com

todas
as

pessoas

de

sua amisade,
que
se

dignaram

assistir

aos

responsos

de

Gloria,
de

sua

querida

filhi-

nha

Adelaide,

que

tiveram
logar na
ca
­
pella
do
cemilerio

no dia

14

do

corrente,

veem

por

este
meio
manifestar
os seus

agradecimentos

e os

protestos
de

sua

gratidão.
Braga,

27
de

novembro
de

1879.
(2723)
.
t
FF
H
H
H
FFFí
FF

H
FF
FF
ANNUNCIOS
Banco

Commercial
de Braga em
liquidação.
E


convocada
a

assembleia

geral
dos

snrs.
accionistas

a

reunir-se

no

dia

15

do
corrente, pelas

11 horas
da

manhã,

afim
de
lhe
ser

aprezentado

o
relatorio dos

trabalhos
da

Commissão
liquidalaria

do
Banco

Commercial

de Braga,

e
rezolver-

se

sobre

o

modo
de liquidar
o
activo

do

mesmo

Banco.
Braga

2

de
dezembro

de

1879.
DINHEIRO

A JURO.
Na

confraria

de Santo Amaro,
da



Primaz,
ha
200^000
reis

para

dar
a juro.
(2726)
EDITAL
A
Camara
Municipal

d
’esla Cidade

e

Con

celho
de
Braga
Faz saber
que
no

dia

12

de

dezembro
proximo

futuro

pelas
11

horas

da
ma­
nhã,
no
Paço
do

Concelho,
se

hão

de

arrematar
por

tempo
de
um

anno,

com

principio em
1
de

janeiro

seguinte

os

ren
­
dimentos

seguintes:
Barco

d’
Ancede;
Quintal

do

Matadouro;

e
Sala da
casa
do

dito.
O que
se

faz
publico

para

conheci­
mento

de lodos

nos

logares
do

costume.
Braga

22

de

novembro
de
1879 E
eu

Anlonio
Manoel
Alves Costa,
Escrivão

da
Camara,
o
subscrevi.
O

Presidente
Joaquim
José
Malheiro
da

Silva.
»
Blapé
meio

grosso,

botes
de
250
grs.
Kapé
vinagrmho

fftapé
secco

íSapé

Rosa
240
250
250
250
»
»
»
MB

và.

G7

.Ak.
MM

tf

A
RUA

DO
CARVALHAL
N.°

50
BRAGA.
(2724)
Banco Commercial de
Braga em
liquidação
A

Commissão
liquidalaria

d’
este
Ban­
co,

para facilitar

a liquidação
de
lodos
os

créditos
a
si

confiados, convida

todos
interessados
a
virem
levantar
os

mesmos

créditos
a
saber=depositos
á
ordera=-sa-

ques

de
qualquer
proveniencia=nolas
do

Banco=dividendos

a pagar=deposilos
ju-

diciaes,
e

outro
qualquer
que
se
julgue
com direito

a

qualquer quantia,

até
o
dia
5

do

futuro mez

de
dezembro;

e

quan
­
do

não

compareçam,
a mesma

Commissão
fará
entrar
em

deposito o
dinheiro cor
­
respondente

aos referidos créditos,

para

d

este

modo
declinar
de
si

qualquer

re­
sponsabilidade
que

lhe

podia

caber por

tal omissão.
Braga
27

de novembro de

1879.
VELL vS DE CEBO.
MUITA
ATTEXÇÃO.
Vende-se a

casa

que
tem

sido

occu-

pada

peio

Banco
Commercial

da

cidade
de

Braga,

sita

no

campo

de

D.

Luiz I,
com grande
quintal
com
um
anel d’agua
permanente,

do aqueducto

geral

da

cida
­
de,

com
grande
poço

e

nora,

e

sahida

para
a
praça
do

Salvador,
ou

campo

da
feira
do
gado.
Para

traclar-se
no escriptorio

da
mesma
todos os

dias

desde

as

9

horas

da

manhã
ás
4

da

tarde.

(2720)
successo
R
es

do

cachapuz
Largo de S.
Francisco n.°
6.
BRAGA
Receberam

grande

sortido

de

ferragens
nacionaes
e estrangeiras,

que

ventem

por

preços

limitadíssimos.

Pedem

ao

grande

numero
de seus amigos

e

freguezes
o

di-
stincto

obséquio

da sua

preferencia,
á

qual

corresponderão

com

a

maior

sinceridade
e

boa


Muito
breve
chegará
grande

sortido

de

fogões

de

cosinha,

boinbas

de
systema

mui­
to
aperfeiçoado
para

poços, e
que
dão

magnifico
resultado,

provado

pelo grande

numero



vendidas,

armas
e
rewolversdas
melhores fabricas,

grande sortido

de

ferros
a

vapor

do

melhor

fabricante

conhecido.
Preços sem
competência.
(2719)
Modas

de
Pariz e Lisboa
M.me
Marguerita

Delrieux

pievine

a
to­
das

as
exm.as snr.as
d

esta
cidade,

de

que

brevemente
aqui chegará

com

um

com
­
pleto

sortimento
de

chapéus

para

snr.
a


e
creanças,
bem
como

se

encarregará

tam
­
bém de
concertos
e
reparações

d
’oulros.
para
o
que

tem

preparos
do

mais

apri­
morado

gosto.
ç2717)
SYSTEH4

FELIZARDO

1014
Arte

de

aprender
a
escrever
e
ler
em

vinte

lições,

tanto

menores
como adultos;
experimentado
em
muitas

localidades
do

paiz
com

oplimos

resultados,
e

a
par

dos

últimos
progressos

da

filologia

e
linguística.
Preço
500

is.
Aos

snrs.

professores

dá-se

a
commis­
são
de

15
p. c.
fazendo
seus

pedidos aos
editores

do

SYSTEMA FELIZARDO LIMA

—Fafe.
A’
venda
nas
principaes

livrarias

do

Porto,
Lisboa.
Vianna,

Coimbra,

e
em
Bra­
ga

na
Typograpiiia Lusitana
e

em

casa de

Julio
Mattos,

rua
Nova
de

Sousa

n.°
44.
Precisa-se

de
empregados
de ambos

os

sexos

que

tenham
reconhecido

bom

com­
portamento, aos
quaes

se

dará

ordenado
não
inferior a
120^000

reis,

depois

d

uma
pratica

de dez
dias.
Dirigirem-se

a

Fafe,
casa

de
Sá, a
Felizardo

Lima.
Arrematação volunta ia.
No
dia

21

do

prezente
mez

de
dezem­
bro,

pelas

10
horas

da

manhã,
tem

de

arrematar-se
particularmente

uma

morada

de

casas

com

seu
eido

junto,
que
pro­
duz

pão,

vinho,
e

ímcta,

sito
do
logar
do

Souto,
por

delraz

da egreja de

S.

João

de
Semelhe,

pertencente

a
D.
Adria
­
na

Rosa

de

Mello,

da
Cidade

de
Braga.
Os
pretendentes

pódem

comparecer
no

local
da
mesma

freguezia,

no

dia
e

hora
acima
indicada,
e

se

entiegará,
se

o
ulti­
mo
lanço
convier
á vendedora.
Braga

1 de
Dezembro
de
1879.
(2725)

D. Adriana

Rosa de
Mello.
Csíãxa penlaorista Braearenge
nn
Vravessa
«le E>. Gualdim
d’esta
etalade.
Continua
a

emprestar

dinheiro
sobrt

penhores

todos

os

dias
desde
as
8
horas

ia

manhã

até
ás
9 da

noute
na

mesma

caixa.
Vende-se
roupas
Pele-se

a

lodos
os

mutuaiios que

ti
­
verem
objectos
empenhados
na

mesma
caixa

com

atrazo

de

juros
de
ires

mezes

os

venham

pagar
ou
resgaslar,
senão
se
­
rão

ven

lidos,



















BREVE
COMPENDIO
DE
ORAÇÕES

E
DEVOÇÕES
ÀDOPTADAS
PELOS
MISSIONÁRIOS
QUARTA
EDIÇÃO
Novamente
conecta
e
muito

augmenlada

com

novas

orações
e
devoções

indul-

genciadas,

e concedidas
posterior-
mente

á

ultima
Raccolta.
Com
approvação de S. Exc.a

Revm.a
o

Snr.

D.
João
Chrysostomo

d

Amorim
Pessoa,

Arcebispo

Primaz.
Vende-se
em

Braga,
na
typographia

Lusitana,

rua

Nova

n.°

4,

e

nas

livra­
rias

de
Manoel Malheiro,
rua

do

Almada,

Porto,
e

Catholica,

de

Lisboa.
Preço=!60

em

brochura, e 240 enca­
dernado.
BILHETES,

SERIES

E

FRACÇEÕS

JA

A’

VENDA
DA
GBAADE

LOTIIIK
Dl
HAURIU
(Extracção a «3 de dezembro de 1819)
Em
casa
do cambista Antonio Ignacio da Fonseca,
de
Lisbca, com filial no Porto.
VESTDE-SE
A

casa n.®
21

da
rua
do

Souto,
d

e,sta

cidade
de
Braga.
(1722)
-.,.
- w
&
ri
FOLHIHHA

ROMANA


se

acha

á
venda

para

o
anno

de

1880;

em
Braga
no

escriptorio
da
Typo­
graphia

Lusitana,

rua
Nova

n.°
4,

e

em

casa do

snr.

Bernardino

José
da Cruz.

Veslimenlaria
Rocha

e

Viuva Germano,

rua
do

Souto,

e

na

loja

do snr.

Clemente

José

Fernandes

Carneiro,
rua

de

S.
Vi-
clor, e
em
todas

as

mais localidades

do
costume:

preço

140

rs.
Nas

mesmas

casas
e localidades

de­
vem
achar-se

opportunamente
as
folhinhas

Bracarenses,

e Almanach
Civil

ou
de
al
­
gibeira.
O
capital

que

se
distribuo
n

esta loteria
é,
em

moeda

portugueza,
2.628:000^000
i-US
CERCA

DE

TRES
íflL

COVÍOSl!!
O

cambista

Antonio

Ignacio

da Fonseca,
com
casa

de

cambio
e

loterias
na

rua
do
Arsenal,

56.
58

e
60,
Lisboa,
e
filial

na
Feira

de

S.
Bento,

33,
31

e

35,

Porto,
faz

sciente

ao
respeitável

publico

da
capital,

províncias,

ilhas
e
Brazil,

que
tem

nos

seus
estabelecimentos
um

variadíssimo
sortimento

de

bilhetes
e
suas
divisões,
como

abaixo

se

'è,

da

loteria

MONSTRO
que

se
verifica

em

Madrid

no

dia
23 de
dezembro
do
corrente
anno

de

1879.
O annunciante
satisfaz todos
os

pedidos
que
se

lhe façam,
quer sejam

para

jogo
particular
quer

sejam

para

negocio (porque

boas

commissõesj,

na

volta

do

correio,
recebendo

em

pagamento
letras,

ordens, valles,

selios do correio ou

em

outra

qualquer especie,
que mais
convenha
ao

consumidor,
exceptuando

selios

de

verba.
1RU.\
IV

S.

MARCOS,

5.4
ÍJ

Vende
papeis

pinta-

$9 dos
para

guarnecer
sallas,

||

lindíssimos gostos,
a

prin

cipiar

em
80
reis
Vende
olio,
tintas

e
vernizes para

pinturas

vernizes
para

pinturas íè
j

casas, tudo de

boa qiiMi-
1

dade.e
preços
muito

resu-
$

mi

dos.
i
45

Vende
cimento
roma-
.
no

para

vedar

aguas,
ges- i
§

so

para

estuques

de

ca-

).

O
sas,

tudo
de
primeira
qua-
J
psdido
A
Meza da

Santa

Casa
da

Misericór­
dia,

de

Braga,

tendo

em consideração

a
avultadissima

despeza que
está

custan
­
do

o
fornecimento

de pannos e
fios

para
o

curativo
de

feridas
no

Hospital de
S.

Marcos,

empenha
n

este

acto

de

caridade

a
devoção
de
seus concidadãos.
O

escrivão
Lourenço

da

Costa
G.

Pereira
Bernardes.
PEDIDO
A

Meza

do

Real

Sanctuario
do
Bom
Jesus

do

Monte

roga
a

todas

as
pessoas
amadoras

e

possuidoras
de
jardins,

que

te­
nham

superabundância d’arvores

de ador
­
no,

arbustos,

camélias
ou
outras
quaesquer

plantas, se

dignem
favorecer com

ellas

o

mesmo
Sanctuario,
para
embellezar

este
tão

piltoresco
local;

dando

parle

ao

the-

soureiro
o
snr. Manoel

José
Rodrigues
de
Macedo,
rua

do
Souto,
n.° 42, n’
esla

ci
­
dade

de
Braga,

para

a
Meza

enviar
pes
­
soa
competente

que

do
sitio

que

lhe

fôr

indicado
as

traga
com

o
necessário re­
sguardo.
A

Meza,
esperando

que

este
pe
­
dido
será

attendido,
fica
desde

agra
­
decendo

qualquer oíferta

que
n’
este

gene-

ro

lhe
fôr

dada.
Em

nome
da

Meza—O

procurador
Antonio

Alves

dos

Santos

Costa.
ÁHIZEli » MK
DO ALTO
DOURO
»A

CASA DE VBI.I.A POUCA
RUA

DO SOUTO

N.°

15

Braga.
N
’este

armazém

se
encontram a retalho

as

seguintes
qualidades de
vinhos
engar-

a
fados:
Vinho

tinto

de
meza. (sem garrafa)

150
>

>

»

»

.
190
*
Lagrima...................................
20Q
»

Branco

de

meza........................
210
»

tinto

de

meza fino.
.

.
.

246
»
de
prova

secca.

....

300
»
Malvasia

de

2.
a
.............................
300
»
»
velho.....................................
400
»
Malvasia

Bastardo
e

Moscatel a

500


»
Roncão.........................................
700
»
Velho

de

1854
....
600

>
a
retalho para meza

60

e 80,

o
quartilho

tinto,
e
branco
120.
Responde-se

e
garante-se
a
pureza

e

boa

qualidade

de

todos

estes

vinhos,
po

dendo

todo

e qualquer
consumidor
man-
dal-o
experimentar

por
meio

p

ocesso

cbymico.
de
qualquer
Remette
em
tempo

necessário

planos,
listas

e

telegrammas.
Promptiíica-se

a

fazer

o
pagamento de
qualquer
prémio,

que

tenha

a

fortuna
de vender,

nas
recebedorias

das
comarcas,

se

tanto quizer
o

interessado.
Recommenda
ao

publico
a
leitora do
plano
d

esta

grande loteria.

e

em

especial

a
parte
em

que garante

um

prémio
certo

a
quem

tiver

DEZ
numeros
seguidos!!!
EXPLICAÇÃO

DAS APPROXIMAÇÕES
em moeda hespanhola
em

moeda portugueza
1
de
2.500:000
pesetas
1
de
450:0000000 reis
1 de
1.250:000
1
de
225:0000000
D
1 de
750:000
1
de
135:0000000
>
2 de
250

000
2 de
45:0000000
4
de
125:000
D
4
de
22:5000600
20 de
50:000
20 de
9:0000000
D
30
de
25:000
30 de
4:5000000
1:758
de
2:500
1:758 de
4500900
3:999
terminações
500
»
3:999 terminações
900000
»
99
approximações 2:500
>
99
approximações
4500000
»
99
2:500
>
99
»
4500000
D
99
d
2:500
>
99
»
4500000
2
»
50:000
>
2
»
9:0000000
))
2
31:000
2
»
6

1200000
>
2
»
22:500
u
2
»
4:0500000
6:119
prémios
6:119
prémios
Os numeros
anterior
e

posterior
do

prémio

de

450.0000000

reis

tem,

cada
um,

■approximação
de

9
6000000

reis,

além

de

outro

prémio

que

lhe
possa

pertencer
no
sorteio.
Os

numeros

anterior
e
posterior
do
prémio

de

225:0000000
reis

tem

também,

cada

um,
approximação

de

6:1200000

reis, independente
de

qualquer prémio
que

lhe
possa

pertencer.
Os

numeros

anterior
e

posterior

do

prémio

de
135:0000000 reis
tem,

cada

um,

a

approximação

de

4:0500060

reis, assim

como

outro prémio
que

lhe
possa

caber.
Nas

tres

ceTitenas

dos
prémios

maiores

são
todos

os
297

numeros

premiados

com
100
libras

cada
um.
Quer

dizer:

se

sair no
n.°
1:416 lodos cs
numeros
de
1:401

a 1:415

e
de
1:417

a
1:500

tem

este

prémio.
Se

sair
no n.°

6:587

o

segun
­
do prémio
são premiados
com

100
libras

os

numeros

de
6:501
a

6:586

e

de

6:588
a
6:600.

Se sair

o

terceiro
prémio
no
n.°

7:731

são
premiados
com

100

libras

os

numeros

de

7:701

a 7:730

e
de

7:732
a

7:800.
Todos

os

numeros

cuja

terminação
seja

igual
áquella

do
qne
obtiver
o
prémio

de
450:0000000

reis

são
premiados

com

20

libras; quer
dizer
se

sair

o

prémio

grande

em n.° 7:545. todos

os numeros

que
terminem

em 5
teem

este

prémio,
e

por

conseguinte

quem

tiver

DEZ numeros

seguidos,
uma
SERIE,
tem



certo

o

prémio

de
20

libras,
e

póde

ler

Ires

vezes
todos

os

dez numeros
premiados,

por

as

approximações

de centenas,
além

do

que lhe

caiba
por sorleio,

e
para

isso

ba­
stará
que

a

dezena
seja beneficiada

com

os

tres

prémios

maiores.
Creio

que
deixo

toem
explicada
a

c.ombinação

das

approximações.
PREÇOS.

Bil

hetes

inteiros

a

930000

reis,
meios
a

470000,
quintos

a

190000',

0'ecimos

a

90500,
fracções

de
60000, 40500,
30600,

20400,
102QO,
600,
480,

240,
l"
^0
reis
-
Se

iries

de
10 numeros

seguidos, lendo

cada
uma um

prémio cerlo.
de

600000,

48000

0, 240000,
120000,
60000,

40800,

20100,
10200

e
600 reis,
ha­
vendo
grande varfi
jdade de
numeração
e

podendo
se

alcançar

grande

quantidade

de
numeros

em

series.
Considerando
se

esta

casa

uma

das
mais

bem
sortidas

pede
aos
seus
numerosos

amigos

e íregnezes
o
fazerem
os

seus

pedidos

com alguma

antecedencia.
As
listas

clieg;
mi

no

dia

26

e o
pagamento

dos prémios é
feito
em seguida.
cambista Antonio Ignacio
da Fonseca, rua
do
J e 60, Lisboa,
ou á
filial no Porto, Feira de S.
35.
Pedidos

ao
Arsenal,

56, 51
Bento,
33,
34 e
rios
N G
,and
e
rat
bilhetes
e

suas divisões

para
os

sorteios
ordina-
aas

ciei

ias

poilugu(za
g
liespiynhoia
pelos

preços



annunciados.

(2703)
Fabrica

a vapor
de fundição
de
ferro
e
metaes
Travessa <ie S. JnSo—EJraga.
N

esla fabrica,
única
na
província

do

Minho,
fabrica-se

toda
a
qualidade
de

obra,

tanto
de

ferro como de
metal.
O
proprietário

da
mesma

não

se

tem

pou­
pado
a

sacrifícios
para

poder

elevar

este

melhoramento

de
industria á altura
de

poder
compelir em

tudo

com

as

fabricas

de

igual

genero
do

Porto
e

outras
loca
­
lidades,

pois

que

no

seu
estabelecimento
se
fazem

obras
de todos

os

tamanhos
e

quali­
dades

pelos
preços

que

possam

ser

encontra
­
dos
no
Porto
N’
esla

fabrica
fumlem-se
peças

de

pezo

de 5:000

kilos
e

maiores,

sendo preciso,

achando-se



muitas

obras

fundidas,
avul
­
sas,
como
são:
buxas

para

eixos

da

carrua­
gens.
moinhos

para

moer

tintas,

pés
para
me-

zas de
mármore

ou de

madeira,
bancos

para
jardins,
bombas
de
qualquer
pres
­
são

até
á
altura
de

200
palmos,
grades
para sacadas
ou

jardins,
columnas e
con
­
solas
para
lampeões,
prensas para

copia­
dores,

fuzos de novo
systema
para la
­
gares,
ferros
para
alfaiates

e

chapelleiros

tapetes e ventiladores

para
soalhos,
canos
e
joelhos
para

agua,

de
todas
as grossu­
ras,
guinchos

de
pedreiro
de todos

os

tamanhos.

Além d
’eslas

obras,
que
ha
feito,
toma
encommendas

para

todas
que
possam
fazer-se

de
ferro,
aço
ou
metal.

Também

concerta
todas
as

obras

d’
este

genero
principalmente

bombas
de

poços.
<9
proprietário
Antonio

Germano Ferreirinha.
JOSE’ DA SILVA FUNDÃO
Com loja ile
fato feito
13—
Largo
do

Barão

de
S. Martinho
—13
t

Participa

aos seus

amigos

e fre-

guezes, tanto
d'esla

cidade

como
das

províncias
que
tem

um
bonito
e variado sortimento
de

falo

fei­
to,
casimiras

para

fato

muito

baratas,

cortes
de

calça
a
10500, 20000
e
20500
reis;

tudo fazendas

modernas.
Guarda
pós

de

casimira
e

de alpa-

ques
inglezes, roupa
branca, assim

como

camisas
de 600
reis

para

cima,

ceroulas

de

400
reis

até
800,

de

panno

familiar,
e

meoles,
bonets
de
gorgurão

de

seda
e

de

casimira

de todas
as qualidades,

de

500 rs.

até

809;

manias

de

seda
de

to­
dos

os feitios.
Encarrega-se

de
fazer
qualquer

obra

que
lhe

seja

encommendada,
e

prompli-
fica-se

a

ficar

com
ella

quando não
fique

á

vontade
do

freguez.

(2219)
RESPONSÁVEL
—Luiz Baplista
da

Silva
BRAGA,
TYPOGRAPHIA
LUSITANA —1879