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Parte de N.º 1019 de 06/12/1879

conteúdo
VII
ANNO
SABBADO 6
DE DEZEMBRO DE 4879
NUMERO
1:019
££ J» STIC ..«*>>»,Vk
-
REDACTOR
—D.
MIGUEL SOTTO-MAYOR
PliEÇO
DA
ASSIGNATUIIA
12

mezes,
com

estampilha

2^400—12

mezes,
sem
estampilha
1&800—Brazil,
12

mezes,

moeda

forte

4&200
—Avulso 20
rs
PUBLICA-SE
AS
TERÇAS, QUINTAS E SABBADOS
PUBLICAÇÕES
Correspondências
partic.
cada
linha
40

Annuncios

cada

linha

20

Hepetição

10

rs.—
Assignantes,

20
p.
c.
d

ahatimento
w
——
BilAGA—6 DE DEZEMBRO
A
FÍSTA D\ IMMACULADA CONCEIÇÃO
Antonio Mendes Bello, Bacha­
rel formado em
Direito

pela
Universidade
de
Coimbra,
Desembargador
da Relação

Ecclesiastica
e
Guria Patriar-
chal de Lisboa, Vigário Ge­
ral e
Governador do Bispa­
do de Pinhel,
pelo Ex.™0 e
Revd.,n0

Snr. Arcebispo Pri­
maz
etc.
etc.
Aos
Reverendos

Parochos,

mais
Clero
e
fieis
d'esla

Diocese,

satiie

e paz
em Jesus

Chrislo,

Nosso

Senhor
e Salvador.
No

dia
8
de Dezembro
celebra
a Santa

Egreja

Calholica
uma
das

suas

festas
mais
sympalhicas

e
brilhantes.
Ánmversario faustíssimo da solemne
definição
dogmatica
da
Immaculada

Con­
ceição

da

Virgem Maria, Senhora Nossa,
não

ha,

não

póde

haver
n’
esse
dia
me
­
morável,
coração

verdadeiramente
religio
­
so,
que
não

se

sinta possuído
do

mais

férvido

enlhusiasmo,

da

mais
santa

ale­
gria,

ao render cultos sinceros
A
’quella

que

sendo
predestinada
ab celerno
para
sacrario

vivo
do
Filho
Unigénito
de

Deust

veio,
chegada

que

foi

a
plenitude
dos

tempos,

esmagar
a
cabeça do

infernal
dra
­
gão,

e

levantar-nos
dos
abysmos

da

cul

pa,
annunçian

lo

ao

homem
captivo,
que
breve

lhe

seriam

abertas as

portás

do

céo.
Não

tinha
ainda

nascido,

e



a
Vir
­
gem

Santa

era

a

esperança

do

mundo.
Escolhida

para

Mãe
de
Jesus, desde
ogo
o

Omnipotente a

proclamara

con
­
cebida

em graça
e
isempla

de

toda
a
macula
de
peccado.

Tal

foi
sempre
a
crença
da

Egreja Universal

allestada

e

solemnemente

delinida
no

dia
8
de De­
zembro

de

1854
pelo
Soberano
Pontífice

Pio

IX,
de
saudosissima

memória
Mãe do

Verbo humano, a
Virgem Pu
­
ríssima

recebera
lambem

nas

serranias

do
Golgolha,
junto

d

i

Cruz,

onde
expi

rava
o Filho

dilecto
do

seu

seio,

a

heran
­
ça
de
ser
Mãe

da

humanidade;

e

desde

então
irmãos caríssimos,

Ella

tem

sido
o

refugio

dos
peccadores,

a

consolação

dos

aílliclos,

a

nossa

maior proteciora

e

amiga
nos
angustiosos
transes

d
esta

exis­
tência

mortal.
O

nauta

nas

procellas
do
mar,

o

pro

scripto na
terra
do

exilio,
o
enfermo
no
auge

da dòr,

o

infeliz
em

suas

mágoas
ingentes,

todos
supplicarn
o

pairocinio
da
Virgem

Mãe de
Deus

e

dos
homens,
lodos
se

prostram

reverentes

ante

a
magestade
da

Rainha

dos

Anjos,

e

celebram
com

exirema
devoção
a
sua

misericórdia

e

amor

para
com

os

homens.

Assim
o
al-
testam

centenares
de
templos,

capellas

e

sãnluarios

em

toda
a

parte
erguidos pela
piedade

dos

lieis

em
honra
*de

Maria

San
­
tíssima.
E,

pelo

que

respeita
á
Sua
Conceição

Immaculada,
se
em
todos

os tempos
foi
esta

singular
prerogativa

da
Mãe

de

Deus

valorosamente

defendida,
e

publicamente

professada

pelos

povos
da

terra,
é

certo
que

o
nosso
Portugal

se

distinguiu

sem
­
pre

de modo

notável n’
esta

cruzada
glo
­
riosa,
não

cedendo a
nação
alguma

em

lestimunhos
de

homenagem

e

devoção
pa

ra

com
a
Virgem

Santíssima

sob

o
titulo
de

sua
Conceição

Immaculada;

mas

paiz
algum
ha

lambem sido

tão
protegido

co
­
mo

elle pela Rainha

dos

Céos

e
da
terra.
Pois bem,

presados
irmãos; não
vos

mostreis

ingratos
para

com a

vossa

Me­
dianeira

junto do

throno

do

Altíssimo;

não deixeis amortecer em

vossos

corações

os
sentimentos

de respeitosa
homenagem
para

com Aquella
que

o

Filho

de

Deus

nos
deu

por

Mãe:

segui
o
exemplo
legado
por

vossos

maiores
que

nos

deixaram
padrões

valiosissimos

de
sua
crença,

cren­
ça profunda

na

poderosa intercessão
da
Virgem
Santa,
e

grandiosos

monumentos
dos muitos

beneticios
que

a
Divina

Pro
vidência
lhes
liberalisa

por
intermédio

da
Virgem.
A

historia

palria diz-nos

como,
nos

momentos

em
que
mais

perigo

corria

a
liberdade e

independencia da

terra em

que

nascemos,
e
que

tanto
amamos,
os
nossos paes
supplicavam,

piedosos,
o va
­
limento
d

Aquella

que

é
a nossa fortaleza

e

nosso

refugio,

e,
depois
de

generosa
­
mente

attendidos,

iam
curvar-se

reveren­
tes

deante

dos
altares
de

Maria e
depu
nharn a
seus

pés

os

tropheus

dos

com
­
bales
pelejados
com

os

inimigos da
nossa
iranquillidade

e

segurança.
Proximo
está
a
complelar-se

o

viges-
siino
quinto
anniversario

do

dia

em
que
foi

definido

o dogma da
Immaculada
Con
­
ceição

da

Virgem
Puríssima.
N’
esse

dia

de

tão

jubilosa

recordação

para

os
fieis

da Christandade,

vamos lo
­
dos,
irmãos

dilectissimos, vamos

ao

tem­
plo

do

Deus

vivo
oflertar

á
Mãe

santís­
sima
os
lestimunbos

de
nosso filial
afleclo
e

religiosa

veneração;

e,
unindo
nossas

fervorosas
orações
aos
hyranos e

cânticos
com
que
os
Anjos a
celebram

na
gloria

eterna,
suppliquemos

por

sua
poderosa

intercessão
remedio

para
os

nossos
males,
allivio

para

as

nossas
dôres.
a

conversão
para

tantos

filhos
que,
esquecidos

dos

preceitos

do

Senhor,

rebeldes
ao

ensino
da Egreja,
andam transviados
dos

cami­
nhos
da

verdade

e

da justiça.
São
trislemenle calamitosos

para

a
San­
ta

Egreja

de
Deus

os tempos
que vão
correndo:
roguemos para

Ella

a
desejada
paz
e

a

tão

necessária
independencia

para

poder
desaffrontadamente, em

beneficio

da

Religião
divina
de que é

depositaria,
e

a

bem

da
tranquillidade

e
prosperidade
dos

povos,

oppôr

á

iniquidade

a

justiça,
ao

êrro

a
verdade,
ao
scepticismo

a
fé,

e
confundir

com
o

sublime

prestigio
da

doutrina,
que

ensina,

todos
os
inimigos
da Cruz
sacrosanla.
E

será

possível, meus
irmãos,

que

as

grinaldas

de

flores

que

com



viva
e
ardente

devoção

for
;>os
depositar

no

thro

no
da
Virgem

deixem
de

ser

gratas

a
Je
­
sus

Chrislo?
Pois
não

é para
crer,
que

todos
qs

cânticos e

louvores

que

elevarmos
aos
pés
da
Santa

Mãe

sejam

agradaveis

ao
modelo

dos
filhos,

ao
symbolo

da vir
­
tude,

da pureza e

da

innocencia?

E,
co
­
mo

poderá

então

deixar

de

ser
altendi-
da,

quando
por
nós
interceda,

a
Virgem
Immaculada,

a

Mãe

de

Deus

e
Mãe

nos­
sa,

E!la
que

é

o

nosso

refugio e

a

nossa

esperança!
Como
eloquentemente
diz S.

Bernar­
do

nunca

constou

que
alguém
pedisse

o

socconu
da
Virgem
Santa,
implorasse

o

seu

auxilio,

e

ticasse

desamparado:



Me
­
morar

e

piissima
virgo

Maria,

non

esse au-

dilurn

a
soeculo,

quemquam

tuum curren-
tem
praesidium,
tuum
palenlem
suffragium,

tuum
imploralem auxihum,

esse

dereli-

clum.
Mas, caríssimos

irmãos

em

Jesus
Chri
­
sto,
para
que
nossos
logos
sejam

atlen-
didos,
necessário

é

que

façamos

fructos

dignos

de penitencia,

que
conservemos

a

preciosa
virtude
da
Caridade
que
do
ceu

recebemos
pelo
baptismo,

e

procuremos

recuperal-a,
sendo
infelizmenle
perdida,

por

meio

do

sacramento

da

penitencia.
Purificados

de
toda

a

culpa
e
pena,

a
Virgem

Santa,

nossa

intercessora, ou­
virá
benigna
as

nbssas

supplicis.
Sejam,
pois,

cada

vez

mais aílecluo-
sos

e

devotos
os
nossos
louvores

e

os

nossos cultos

para

com a
Virgem

Imma-
culada:
assim
o

exige

a

dignidade
excel
­
sa

da
Bamba
dos
ceus

e
da

terra,
e
a
isso

nos

exhorla

com sua

voz

paternal
e

carinhosa

o nosso
Santo

Padre

Leão
XIII,

digno successor
do
Pomifice
da Im-
maci

lada.
que, segundo

agoia
mesmo
aca­
bo

de
saber,
para mais

e

mais
accen-

der

em
nossos

coiações os
sentimentos

de

religiosa

devoção

para

com
a

>anta

Vir­
gem,

abriu os

thesouros

da

Egreja,

e
concedeu

libcralrrente

Indulgência
plená
­
ria a
lodos
os
fieis
de

um

e

outro se
­
xo,

que

cumprirem as
eiras
por

El'e

pre-
FOLHETIM
.vK.

a-UJB-CKB
Para

os

lados
do
Oriente

continua

a
trovoada.

Foi

um ponto
negro
que se
alastrou
n

uma
nuvem,

uma
nuvem
que
se

transformou
n
’um
vendaval,

e
o
ven­
daval
que,

como
um

abutre
enorme
e

caliginoso,

desdobrou

repenlinameiile

so
­
bre
a
metade

do

mundo
as
suas

azas
in-
commensuraveis.
No

pólo

fia noites

de

seis

mezes.

Pois

a

guerra

está

talvez

preparando
para
a

civilisação
uma

noite
de

um

século.
A

civilisação! pobre
utopisia!...

A

ci

vilisação

é

a selvageria
aperfeiçoada.
Um

pelle vermelha
assassina

tres
ou
quatro

missionários
por anno,

emquanto
que

um

europeu

glorioso
assassina trinta

ou
quarenta

homens

por

minuto.
A
civilisação

é

a

adaga
do
negro,
que
dezenove
séculos

de

chrislianismo

tem

transformado

n’
uma
espingarda

de Re-

mington.
A

civilisação,
n'este momento,
é
La-
place
ao
serviço

de
Tropmann
E


New-

ton
a

collaborar

com

Lacenaire,

é a
chi-

mica

applicada

ao
assassinato,
é

a

fabrica

transformada
em

matadouro,

é
Lavoisier

em

cumplicidade

com
Lacoste,
é

o

la-
boralorio

a
descobrir

a

dynamite

para ar-

rebar

rochedos, e o

homem a
applical-a

para

rebentar

os monitores;

é,
emíim,
tudo

o

que ha

de

mais

ulil—
a

sciencia


posta

ao serviço de

tudo

o

que ha de
mais
prejudicial—
a
guerra.
Se a natureza
produz
féras,

a

civili
­
sação .produz

canhões.

E

o

que
é um

covil
ao


de
um arsenal, e

o que
é
um tigre
ao
pé de
um

obuz de cento
e

cincoenta
toneladas?!

Onze

mil

e
quinhen
­
tas

arrobas!
A

hydra

de

Lerna
com

cer-

tesa

que
não
pesava

tanto.
E

como
se

gera

esse

colosso


a

hy­
dra

de
Krupp?
Arranca
se

o
ferro
dos
abysmos
da na­
tureza,
arroja-se

para
dentro

de
um
for­
no

crepitante, põe-se

em

braza,

em
laba­
redas,

causlica-se,
inllamma
se,

derrete-
se,
e vae

em

borbotões

purpureos

e

in
­
candescentes
soliditicar-se
e empedernir-

se

n

um
bloco
compacto,

que estaria

para

a

massa

de
Hercules,

como

uma

pyrami-

de
do
Egypto
está

para

a
pedra
de
uma

funda.
Em

seguida

brocam-lhe

as
goelas
com

um saca-rôlhas titamco
movido

a
vapor,
batem-n’
o

com

martellos

prodigiosos,

cin-

tam-n

o com
vergas de

bronze,

e,

depois
de

estriado,
polido, laminado,
assentam-
u’o tinalmente

n’
uma

cadeira

de
rodas
gigantescas,
como
um grande
elephante
paralytico.
Desta

vez

é
o
rato

a

parir

a
mon

lanha.

0
ralo
é

o
homem.
Continuemos.
Nasceu

o

monstro;

pre­
cisa

um
berço.

Promplo.

Mandou-se-lhe
fazer
n’
um estaleiro
de

Inglaterra, possue
a
força
de

sete

mil e
quinhentos
caval-
los,

tem
duzentos e
cincoenta

metros de
comprido

e

custou

um

milhão

e

meio
de
libras

esterlinas,
isto

é.

o

dinheiro

ne
cessario
para

remunerar

condignamente,
durante
um

anno,

qualorze

mil professo
­
res

de inslrucção
primaria,

que

incutis­
sem
no

espirito
de

cento

e
quarenta
mil
creanças
esta simplicíssima
verdade
do

Evangelho:
Amae-vos

uns

aos

outros.
E,

depois

de
commodamente

inslallado
no

seu berço
de
ferro,
a

civilisação
põe

ainda
ás

ordens

do
monstro,

para
o

ser­
vir

a
toda a
hora
e

a todo
o

instante,
uma

equipagem
de
setecentos

homens

ro
­
bustos
e

corajosos,
setecentos reis

da

creação,

feitos

á

imagem
e similhança
de

Deus,
segundo

assevera a
Bíblia

e conlirma

o

prior
da

minha

freguezia.
E,

agora por
Biblia. Diz
ella

que

N.

Senhor
fez

este

pobre
mundo

que
habi­
tamos,
no

breve
espaço

de

seis

dias. Eu
acredito.
Um
mundo

lao

reles
como

este

não

podia

levar
mais
tempo

a
alinhavar.
E


uma

obra

de

feira,

um

globo

de
fan­
caria;

tinha
sido
muito

melhor
que
o

Su­
premo
Architecto

do

Universo,

em

logar

de seis

dias
gastasse seis
mezes

ou

seis

annos,

mas
fizesse
no

fim

de

contas

um

planeta,



não
digo

perfeito,
mas

de
­
cente,

onde

não

houvesse
tantas

pulgas

e

tantas
calamidades,

e

onde

Nero
não
vivesse
n

um throno e

Jesus

Chrislo
não
morresse
n
’uma

cruz.
Emíim,
não insultemos
a

Providencia.

Ella

no principio

linha

arranjado
isto de
uma

maneira
mais

digna

e
confoítaveL
Adão

e

Eva

é

que

tiveram

a
culpa.
Por
sua causa

fomos
expulsos

para

sempre
da

bemavenlurança
inefíavel,
da felicidade

di
­
vina

e
da juventude sem
limites.
Do

paraizo
resta-nos

simplesmente

as
ma
­
cieiras.
Perdôa
me, meu
Deus,
eslas
irreverên
­
cias

blasphemas,

que
eu

escrevo indigna­
do,
não
contra
a tua misericórdia,
que

é

infinita,
mas
contra
a

nossa

sehageria
tanto
mais

revoltante
quanto

mais

inlelli-
gente,
selvageria

que
-mantém
hoje em


de
guerra,


na

Europa, nove mi
­
lhões
de
soldados,
roubo

espanlcsissimo

feito
ao
direito, á

justiça,
ao
trabalho,

á

dignidade
humana,
á
civilisação.
Voltemos
ao
monstro.
Deixamol-o

formidavelmente
acocorado
no

tombadilho
do seu
berço,
com
sete­
centos
lacaios

solícitos

á

roda d’
elle

e

promptos

a
satisfazerem
lhe

<s

minimos
caprichos,
sob
pena

de

levarem
quatro­
centas

vergastadas,

ou

espernearem como
marionetes

de

cortiça
no
mastro
grande
do

navio.
Feliz
bebé!

Nunca

íilho

de

príncipe

foi

cercado
de

tantos
disvelos,

de

tantas

honras,

de

tamanha

e

tão

brilhante

comi
­
tiva.

O

berço,

quer dizer
o

monitor,

tem

«ete
andares,

os
sele

circulos
tenebrosos

do
inferno
de

Dante,
em
cujas
espiraes

subterrâneas
resfolgam

com
um

(estrcndo

apocalyplico
vinte

ou

trinta

machinas

in-















scriptas.

e

que

são


conlissã»
e

commu-

nbão
no
dia

da

festa

da

Virgem Imrni-

culada,

,ou

em
nm

dos

dias

da
oitava
da
mesma

fes'a.

e
a

visita

de

nma
egreja
ou

oratorio

publico, n’
aquelle

mesmo tem
po,
devendo

ahi

orar-se piamente
segundo

a
intenção de

Sua

Santidade.
E, para que
chegue ao conhecimento
de
todos,
será

esta
lida

e

explicada
á
estação
da
Missa
Conventual
pel

>s Reve
­
rendos

ParocJios,
os
quaes

exhorlarão
os

lieis,
seus
parochianos

a

que

procurem
lucrara

Indulgência,
que
o

Vigauo

de
Je-
sús
Christo
na

terra

tão

liberalmenle

nos

dispensa.
Os
mesmos

Reverendos

Parochus

re
­
gistarão

esta
nos

livros

competentes.
I
Dada

em

Pinhel,

sob

nosso

signal e|
sello

da
Diocese,
aos
17

de

novembro
|

de

1879.
Antonio

Mendes

Bello.
SAabna,
4 de dezembro de
ÍS49.
(Correspondência
particular).
Começo
esta
carta

por

uma
triste

no­
ticia, que
por
certo vos
magoará,
se

não

a

sabeis

ainda.
Quero

referir-me

ao

passamento

de
Monsenhor
Giume,

nm

dos mais
valentes
e

incançaveis

e

sábios batalhadores

da

causa da
verdade
contra

o

êrro,
xla

luz

contra
as trevas.

de

Deus
contra
Satanaz.
A

morte
do formidável
polemista

ca-
tholico.

do

illustre au
tor

do
Calhecismo

de
Perseverança,

e
de

tantissiinas

outras

obras

admiráveis,
é

uma

grande
per

la

que
lamentamos

proíundamenle

todos

quan­
tos

logtâmos

a
dita
de

viver
no
seio

da

Religião

unica

verdadeira.

,
*
Preparam
se

novas
caçadas
em

Villa

Viçosa,
para

distrair

as

melancolias

da

còrte.

Acho

muito

justo
que
os
sobera­
nos

liberaes
se

divirtam

em
festins, bai
­
les
e
caçadas, quando
o

povo

geme

na

tniseria
Assim
procede el nino

Aflbnso, assim

procede

o snr.
D.

Luiz,

assim

procedem
lodos

os
que

se

assentam
em
thronos

especados

pelo
liberalismo.
Ao

que

eu acho graça,

é

ao
alvoroço
com

que

os
jornaes
do

governo
dão e

repisam

satisfeitíssimos

a
noticia.
Se
elles
estivessem
na

opposição, que
berreiro
por
hi
não

haveria,
como
em

tempo

se

viu?

Agora,

porém,

que
estão

no

poleiro

os

seus

amos,

o

snr.

D.

Luiz

já não é
aquellas coisas
feias

que
o
«Po­
pular»,

o

«Progresso»,
o

«Primeiro

de

Janeiro»,
etc.,

disseram

com
a audacia

do
desespêro,

quando

os

seus

congeneres

regeneradores

tinham

larga

falia

nas

pi-

tanças

da

Ajuda.

Que
bellos

clowns

não
são

estes
snrs.
liberaes

!
*
Os

festejos
commemorativos

do

glorio
­
so

quanto

arrojado

commeltimento

de
d
|

jar

paes

da

palria,
não

são

tão

feios
como
os

pintam,

pois que ha

entre
elles
repu
­
blicanos,

etc.
Quem

o
duvida?
Sós



sabíamos
isso

e

a
«Revolução»
lambem.
Mas

a

confissão não

é

para
se
desprezar.
Como
isto
vae,

meu
dilecto

amigo !
y.
u
i

ii
hmi

m
in
i
i
»<•■■■ rwriwwr
■■mm

i
i
mg—
n


i
GlZETILHA
de
dezembro
de
1610. não desmereceram
dos

dos
annos anteriores, comquanto
se

esperasse
que

fossem
mais ruidosos,
pelo
facto
de
estarem
no

poder

alguns
indiví
­
duos que
a

opposição
aponta

como
aflfei-
çoados

ao

iberistno.
Dizem

hoje

alguns
jornaes que
o
go­
verno

vae
proceder

contra
o
snr.

vigá
­
rio

capitular

da

diocese

da

Guarda,
por

causa d
’uma

pastoral
(Faquelle

respeitá­
vel

ecclesiaslico.
A ser

verdadeira

a
noticia,
hei

de
ajustar
umas
continhas

com

uns

certos

nossos
amigos,
que

se

deixaram

embelecar

pelas

promessas

e

pelas

caricias

traiçoei
­
ras

d

um

grupo



das
arraiaes contrários.
Os

liberaes

são

todos e em toda a

parte
os mesmos.
E mal vae
áquelle

que
adormece
aos cantos da
sereia.
*
Como

protesto contra
umas

asserções

genuinamente
liberaes

do

«Popular»,

a
«Nação»

publica

as

duas

seguintes

decla
­
rações,

ás

quaes,

é
claro,

annuo

intei-

ramenle:
«Eu,
João

Miguel

Moreira

de Seabru,

presbylero
secular

do

hab
ta de

S.
Pedro,

lendo"
lido

no

«Diário

P.-pular», de

hoje,
que

os

padres

porluguezes

não

podem

acceitar
o

Syllabus

e

que

nem porisso

deixam

de

ser

calholicos,

venho

declarar,
em

meu

nome,

e
em
nome
de

todos
os
sacerdotes

legitimistas,

que,

não


acceilo
o
Syllabus

e,

bem

assim,
todas

as
de
­
terminações

ponliticiar,

embora

não

te­
nham
o

exequatur (chamado
regio);

mas

que

não
considero
como

padre
catholico

aquelle
que

regeilar
esse codigo sublime,
emanado

da

auctoridade do

P
ontífice

I
nfallivel
»
.
«Gomo
redactor do
jornal
«A

Nação»,
orgão
ofliciai
do

partido
legitimista
na
imprensa,

declaro que
acceito
o

Syllabus

e

todas
as determinações pontifícias,

em
­
bora

não

tenham

o

erequalur
(chamado
regio).»

E

como
considero

os

princípios
legitimistas, essencial
e
indissoluvelmente,

ligados

aos

princípios

calholicos,

não

du­
vido

fazer
a
mesma

declaração

em

nome
de

todos

os

legitimistas,

porisso

que
não

póde
ser
legitimist
»

quem não
acceitar
as
determinações

do
P
ontífice

I
nfallivel
.
Lisboa,
28

de
novembro

de

1879.
D.
Jorge

Eugênio de

Locio».
*
0

orgão

semi-ofíicial

do

governo
(ramo

reformista)
declarou
muito
despapadamen
te,
para acalmar os
sustos
emaneis da
matrona

«Devolução
de

Setembro» e do
menino

«Diário
da
Manhã»,

que trazem
uma hydra

a

cavallo no

nariz,

e

que
al
­
moçam,
jantam
e
ceiam

reacções

cleri-
caes;

o
citado

orgão

declarou
que

alguns

dos

padres
ultimamente

eleitos

pelo
syste-
ma

com
que

o libeialismo costuma

arran
Fests» da
Ksn»nt»euln<lt« Coneei-
ç:»o

nn capei Is* <lo
Arehie-
piscupiti.

llistribuãção g»re-
isaioH.

Na
segunda-feira
haverá
a

festa

que

annnalmenle

se
costuma

fazer
na

ca­
pella

lo

Paço

Archiepiscopal,
de
que

é

Pa
­
droeira
a

SS.

Virgem
no

myslerío

da

Sua

Immaculada
Conceição.
A

missa

será
cantada

pelo
revd.n10
Cabida

em
presença

do
SS.

Sacramento
exposto,

e

haverá
&ermão; sendo

esta

festa

precedida

de solemnes vesperas

etc.,

na
forma

do costume.
No

fim
da

missa cantada

proceder-se-
ha
á distribuição dos

prémios
aos

estu
­
dantes,

que
no
anno
passado

mais
se
di
­
stinguiram
no estudo

nas

aulas

superio­
res—
amo
a
que presidirá S. Exc.a Rev.nia
o
Snr.

Arcebispo

Primaz.
Os estudantes,
que

foram
classifica
­
dos

com
melhores
notas

no

anno

pas­
sado,

são
os

seguintes
:
1.

°

ANNO:

—l.°

Accessil—Manoel Ri­
beiro
Coutinho;
2.°
Accessit—
Bernardino

dos

Santos
Portella:
—l.
a

Dislincção
—An
­
lonio
Martins
Palhares.
Dislinctos

pela
ordem
da

matricula:


Anlonio

Gomes
Pereira,

Antonio
Luiz
da
Costa
Machado
Villela, José
Joaquim d
’Olj-

veira.
2.

°
ANNO:—
1.°
Accessit
—Manoel

An
­
lonio
Borges,
collegial;

2.°

Accessit

An­
lonio

Lopes
Casavedra:

1.°
Dislinclo



José Augusto
Ferreira;

2.°
dito

Manoel
Joaquim
da
Costa

Faria;

3.°

dito



José
Joaquim
Rodrigues
Peixoto;
4.°

dito—
Ma
­
noel

José

de
Carvalho,
collegial.
3.
°
ANNO

:


Prémios
pela
ordem
da
matricula:

Francisco

Augusto

Martins

Vi
­
cente,

collegial; Joaquim
Antonio

da

Sil
­
va:—!.
0

Dislinclo — Manoel
José
Antunes
Barboza;

2.°

dito

Alfredo José
Ferreira,

collegial;
3.°

dito


Manoel

José d
’Araujo

Faria.
Assoeiaçilo
Catlioliea.—
0

dia 8
de

dezembro,

festa

da

Immaculada

Conceição
da
Santíssima

Virgem, Padroeira

da

As
­
sociação,
e

vigésimo

quinto
anniversario

da

definição dogmalica
d’
esle

mysterio,
é

pata
lodos
os

associados
dia de

graças

e

indulgências,
e
de

grande

regosijo
para
todo
o orbe.
No
dia

7, desde o

anoitecer,

terão

os
snrs. associados

na casa da

Associação
confessores

para

dignamente
se
prepara­
rem
para

a
sagrada

Comniunhão,

que
terá

logar

ás

8

horas
da
manhã
na
egreja

do

Populu.
Para

lucrar

a

indulgência

é necessá
­
rio

visitar a
egreja

do
Carmo,

e orar
conforme

a
intenções do Soberano

Pon-
(ifice.
A

casa

da

Associação estará brilhan­
temente

adornada

para
a

reunião das
noi­
tes.
—No

dia

14
será
a sessão

solemne
da

Associação,

devendo

todos

os

snrs.

as­
sociados
apresenlarem-se

aceadamente

tra
­
jados,
e

podendo

acompanhar
se

de

quaes-
quer

pessoas

de sua

familia decentemente

vestidas.
Vários

oradores

discursarão

sobre

as
­
sumptos

importantes.
Collação

Fez exame

synodal
e col-

lou-se

can

nicamente
na

parochial egreja
de

S.

Paio

de
Melgaço,

o

revm.


snr.
José

Augusto

Ferreira
que
era

parocho

de Parada,

do mesmo
concelho.
A proficiência
com

que
sua
reveren­
díssima

desempenhou o
munis

pastoral
n

esta

egreja,
é
d

gna d’elogios
a

todos
os

respeitos.
Não só
instituiu

ali
a

associação

das
Filhas
de
Maria, mas
lambem
concorreu

ellicazmenle
oara
o
estabelecimento
d

uma
cadeira d

ensino

primário,

que

tào
neces
­
sária

se

tornava,
poisque

os
povos
d
’aquel-

la

freguezia jaziam
como

que

adormecidos,

por assim

dizer,
nas sombras da

morte.
0
seu

tirocínio

no

Seminário
Conciliar

como

estudante,

como
prefeito

e
secrela-
lio
revelaram desde

logo

os
seus

gran
­
des

dotes

pasloraes.
Damos
parabéns aos
habitantes

de
S.
Paio,

que
vão

receber
no

seu

seio

um

pastor

tao

digno

e tão

zeloso.
Bulia da Santa Cruzada.—
Eis

a

relação

dos
círculos

em que

ha
de

ter

logar

a solemne publicação
da

Bulia
da

Santa

Cruzada,
relativa
ao
anno

de
1879-
1880

n

este

arei

prestado

de

Braga:
Braga,

no

dia
14
do

corrente

ás
10

horas

da
manhã:
Bom

Jesus

do
Monte,
no
dia
21

ás

10
horas

da manhã:

Crespos,

no

dia

21

ás

2

horas

da

tarde:
Palmei
­
ra,
no dia
25
ás 10
horas da

manhã:

Me-

relim (S.
Pedro),

no
dia
25
ás

2
horas
da

tarde: Tibães,
no

dia
26 ás
10

horas
da
manhã:
Sequeira,

no

dia
26

ás

2

horas
da

tarde:
Tadim,

no dia

28

ás

10
horas
da

manhã:

Penso

(Santo

Estevão),

no
dia

28

ás

2

horas

da

tarde.
IVaeionalidades.

E’
este O
titulo
d’
um

novo

jornal
que

começou

a
sair

em

Lisboa.

E


escripto
em

hespa­
nhol
e
portuguez,
e

propõe-se
defender

os

interesses

moraes e
materiaes

d
’Hes-

panha
e
Portugal
Damos
as
boas

vindas

ao novo

col-

lega.
Ai» «Oiario do
Minho».—
Queixa-
se

esta
folha de

não ter

recebido,

ha

mais
de duas

semanas,
o
«Commercio

do

Mi
­
nho».
Aíliançamos

ao

collega
que o

nosso

jornal
lhe

é

mandado
entregar

com
toda

a
regularidade.
A


ex."ia cumura.-O
empreiteiro
do

aqueducto

abeno

junto

á
capella de
S.
Miguel-o-Anjo,
arrumou com

a

terra
toda

sobre
os

degraos

da
capella
e

parede
fatigáveis.

dragões da

mechanica

a

de­
vorar

soífregamente,

implacavelmen

e
com

as
maxilas

de

bronze, centenas
e

cente
­
nas

de

toneladas

de
cok—
uma especie
de

treva impedernada,
partida
aos
bocados.
Essas
machinas,

esses
monstros

se
ciindanos.
produzem

a
luz,
distillam

a
agua,

fabricam
o

ar

e
fornecem
ao

ar-
chi

monstro
que
está
no

tombadilho, gro
­
sas

de

pilulas
de

ferro

de quinhentos
ki-
logrammas

cada

uma,

pilulas
que

um

braço
enorme

de

ciclope

um
guindaste


vae

agarrar

ás
profundidades
do

porão,'
meltendo-as

em
seguida

uma
a

uma,

co
­
mo

confeitos,

na

bocca
escancarada

do
enfanl

galé

do snr.
Krupp.
Ditoso monstro.

Lavamo

todos

os

dias

com
pelroleo, por

causa
das

doen­
ças

herpelicas

e
do
rheumatismo

nas

jun­
tas.

E


esfregado

com

azeite;

brunido

como

um
espelho.

Lampeja.
Para

o
experimentarem

atocharam-lhe

a
barriga de
polvora,

inelteram-lhe

no
bandulho
um

globo
de

aço

de

35 arro­
bas,
assestaram-n
’o

contra

uma
fortaleza,
disseram-lhe

ao
ouvido,
com
o
morrão
acceso


estoira

I

e
no
mesmo

instante

flammejou

um

relampago
e

rebentou

no

meio
de uma
nuvem
caIIiginosa,

listrada
de
fogo,

um
trovão formidável

que

o

proprio

Júpiter

não

poderia
ouvir

a

san
­
gue

frio,
sem
ler
calafetado
previamenle

as

orelhas olympicas
com algodão em

rama.
Foi

o primeiro

vagido

do bebé.

Ou-

viu-se a

nove

léguas
de

distancia.
Admirável!

O

monstro

excedeu

todas
as
espectativas.
Depois

eloquentíssimo.

Leva
a

persua­
são

aos

espíritos

mais

rebeldes,

desfaz

to
­
das
as duvidas,

aplana

todas as

diílicul-
dades.
E’
um
doutor
fundido

em

direito.

Para

elucidar

um

negocio intrincado,
não
ha
como

eile.

Que
vigor,
que
alcance,

e

penetração! Um
fura-paredes!
Ha

conílicto

entre
duas

nações?

resol
­
ve-se n

uma hora.

Volta-se
o

monstro
para

o
inimigo,
e

diz-lhe:


Veja
bem
quem
eu

sou,
veja
o

meu

calibre,

olhe
bem
para

mim,

e
concorde

que o

seu

pio-

cedimento

foi

algum
tanto

inconveniente.

Andou

de
leve,
estava

mal informado,

acredito.
Vamos, assigue-me

aqui

esta

re-

tractação.
E

se
o
adversário é
pirrhonico:

Ah,

o

senhor

é teimoso?
Pois bem,
discuta
­
mos

o

negocio.

Lá vae o

meu

primeiro
argumento.
E

depois

de meia

hora

de
dialética

é raro

que
o

adversário
se

não

dê por

inleiramente
convencido.
Monstro
monstruoso!

Devora
ferro

e

vomita

lava.

Cem
mil

homens
não

reedi
­
ficariam
n
’um dia

o
que
eile
deslroe
n

um

segundo.

Cada

tiro

rasga
uma

brecha

profunda

na

civilisação.

brecha
por

onde

entra
a carnificina,
a

miséria,
a

fome,
a
peste,

o

roubo, o
assassinato.
Atira-se

uma

bala

contra
uma fortaleza,
mas

a
bala

vem
de

ricochete

bater

no
peito

da

ju­
stiça.

Um

bombardeamento

ao
mesmo

tempo
que
desmorona

os
baluartes,
des
­
morona
as
ideias.
Arrasando
uma

cidade,

arrasa-se
o
direito.
Um
canhão
de 150

toneladas

faz-me
lembrar
a

alma

de Laplace
dentro

de

um

tigre

da
Zambezia.

E


o homem

encarna
­
do
na

fera.
O
tigre

estrangula

por

instincto,

fata
­
lidade
organica:

comprehende-se. O
ca
­
nhão
assassina
com.inleiligencia,
impassi­
bilidade
malhematica;

horrorisa.
Eu
estou

convencido

que d’aqui a dois
ou
tres
mil
annos, quando
os

naturalistas
encontrarem
utíia,

lança
de

silex

no

car
­
ro

funccionario
de

um

gaulez,

e

um
ca­
nhão
de
150
toneladas n
um

campo

de

batalha

do

nosso

tempo,
hão

de

attribuir

o

canhão

monsiruoso

á
selvageria

da Gal-

ha

primitiva,

e

a lança

de pedra
como
um

progresso

humanitário

á
civilisação
do

século

dezenove.
E no

tim
de

tudo
a

guerra
ha-de

terminar

por

ser injusta?
talvez.
Por
ser
cara,

com

certeza.

A

prganisação econó­
mica
do
mundo

moderno
leva
nos

a

essa
conclusão.

As
fortunas
hoje
estão
em

le
­
tras

de
cambio,

em apólices, em coupons,

em

armazéns,
em
navios,

em

machinas,

e
bastava que

uma

bumba

russa
mettes-

se
a
pique
um
encouraçado

inglez

para

que
o commercio

de
todo
o
mundo

nau
­
fragasse

immediatamente n

esse
mesmo

instante.

O globo

lornou-se
solidário.
Uma
batalha no

Bosphoro produzia
viclimas
na
America.
Conhecem

de

certo
a

historia
dos
dois

grilos,
que
mettidos

na

mesma

gaiola,
se
devoraram
um

ao outro?

E
’ o

que acon­
tece

com

a
gueria.
E’ a

morte

recipro­
ca.

E

ás
vezes
o
que

triumoha

é que

morre

primeiro

Nas

carnificinas

lia
um

vencedor

o

abutre.
Se
ha
tribunaes

para
decidir
as

que­
stões
entre
os

cidadãos,
porque
não

ha-
de

haver também
um tribunal,

um gran
­
de
tribunal
da
humanidade,

para

decidir
as

pendências

entre as nações,
e

onde
o
principado
de
Monaco
ou
republica
de



Marino

podessem

fazer

sentar
no

mocho

dos

réus

o

império
de
todas
as
Russias,
como

um

malandro,
no caso-

de
terem

a
justiça

pelo

seu

lado?!
Conlradicção

estupenda

do
nos*o
tempo!
Quem

resolve

as questões

entre

os

indivíduos?
A

espada
da

justiça.

E

quem
resolve

as

questões

entre
os

povos?

A

espada
de

Brenno.

O
direito
internacional

é leccionado
na

Calabria.
Nas

encruzilhadas
da

historia
ainda
não
ha
segurança

para
esses

viandantes


as
nações.

E’
por

isso

que

ellas
an
­
dam armadas.
Guerra

Junqueira.













lateral,

vedando

a
passagem

publica

e

estragando as
paredes

que estão
mettendo

a

agua
para dentro da

capella.

Isto

ac-

cusa
uma

certa negligencia
da
parle

dos

empregados que devem fiscalisar
as ob^as

municipaes,
e porisso

pedimos

providen
­
cias,

e
o desapparecimento
do
lamaçal
junto
ao templo.
Tendo
um vasto
campo

para
lançar

a
terra

e o
entulho, não deveria o

snr.

empreiteiro obstruir
o transito

para

uma

capella
publica
Pedimos

providencias.
CSseia
ean Pont» Delgada.—
Con
­
ta

o
«Diário

dos

Açores»,

de

S.

Miguel,

em

8
do

passado:
A

cidaue

teve
um

despertar

horrível
na
madrugada
de

sexta-feira

ultima.
As
ruas
principaes

estavam

submer­
sas
por

um

volume
considerável

d

agua.
O

pânico-
publico
era
augmentado

por

uma

medonha trovoada
Enormes
pedras

eram
arrastadas
pela
furia
da

corrente.
Grandes
levas
de

(erra,
animaes,

uten
­
sílios
de

lavoura,
fructas,
cereaes
e
le
­
gumes,
do
tudo que

a

agua
encontrava
na

sua

passagem

impetuosa,
levava
com-
sigo.
Por
emquanlo

nào

sabemos

se

morreu

alguma

pessoa.
Na

rua

da
Canada,
onde a

agua
che­
gou
a

attingir

uma
altura

de
cêrca de
75
centímetros,
algumas

pessoas

vimos

nós
em perigo,

mas

felizinente valeu-lhes
serem
promptamente
soccorridas.
Ainda
na

rua

da

Lanada,
se

póde

ver,

agora
que

a cheia

passou,
os
montões

de
pedra

e

entulho
que

a

agua
deixou
apoz

si.
A
rua

direita

de
Santo

André

ficou

toda descalcetada.
As
ruas

d

Arquinha, João

Moreira, di­
reita
de

S.
Joãosinho

de

Deus,

largo
da

Misericórdia

Velha,

e largo
da
Matriz,

soflreram

muitíssimo.
Apresentam

grandes
valados e
depres
­
sões,

e,
se
a
cheia
se
tivesse
prolongado
por

mais

algumas
horas,
muitas

casas

corriam

o
risco
de

serem
derrocadas.
Em vários

silios

cairam
muros,

tapu
­
mes,

e
algumas

casas
ficaram grandetnen-

te

damnificadas,
e,

por
emquanlo, igno

ramos se

algumas

firam
lançadas por

terra.
Suppõe
se

que

a

cheia
foi
effeito
de
duas
trombas
de

agua

que
rebentou

na

serra.
Prejuisos

ha

muitos,

e
não
é
facil
avalial-os
por
ora.
Hoje, 8,
de

madrugada,

choveu

e

re
­
bentou
grande
trovoada,
mas sem
causar,

que

qos

conste,
roais

ruinas.
Coniinúa

a

chover
e
o
mar
está

muito

embravecido.
A
Inranjn <lo Ceará.—
Tem au
­
gmentado

consideravelmente

o
commercio
de

laranjas
do

Ceará para
a
Europa.
Desde
16 d

agosto

de

1876,

data
em

que

começa
a
exportação,
até
31

d’
agosto

ultimo,

foram

exportadas
19:512

caixas,

contendo

5.099:120

laranjas

no
valor

de

58:836^'100

reis,
moeda

brazileira.
Instrueção

publiei*.—
Por

despa
­
chos
de
28
de
novembro:
Antonio

Joaquim

Alvares
Vieira,
pro­
fessor

vitalício
da
cadeira

de ensino pri
­
mário
da

freguezia

de Santo

Estevão,

concelho de Chaves


transferido

pelo

re­
querer,

para
a

cadeira
da villa

de

Cha
­
ves,
vaga
pelo

despacho
abaixo

desi
­
gnado.
Bento

de

Oliveira

Pereira,
professor
vitalício

da
cadeira
da
villa

de
Chaves


transferido,

pelo

requerer,
para
a

cadeira
de

Bustello,

concelho

de
Chaves.
Cândido

da

Silva

Teixeira
Guedes,

ha­
bilitado

com

o
curso

da

escola

normal

primaria

de Lisboa



promov
ido
á
proprie­
dade

da

cadeira

de S.

Loorenço

do
Ar­
neiro

das

Milhariças,

concelho
de
San
­
tarém.
Joaquim

Eirmino

de
Aoreu,

habilita
­
do

com o curso
da

escola

normal

prima
­
ria de
L'sboa—promovido

á
propriedade

da

cadeira

de

Carapeços, concelho de Bar-

cellos.
Dellina

Pires de

Oliveira,
da

freguezia
de Travasso,

concelho

de

Agueda—
dispen­
sada

da

falta
da
edade

legal

para
poder

ser

adm.tnda

ao concurso aberto

para o
•magistério primário.
EiniLa
Rosa de
Jesus

e

Silva—
pro
­
movida

á propriedade
da

escola

de
me
­
ninas

de Alcanede,
concelho

de
Santa­
rém.
Sabina
Alta
Eliza
Teixeira,

habilitada
com

o
curso da

escola

normal

primaria
de

Lisboa—
promovida

á
propriedade

da

escola

de
meninas

da
villa
e
concelho

do
Cartaxo.
Approvado

para
uso das
escolas
pri
­
márias,
em
conformidade
com

o
parecer
da
junta
consultiva
,de

instrucção

publi
­
ca,

o

novo

abdecedario,

por

Zeferino
Mer-

cier

de

Almeida,
imprensa

da

universida
­
de,

1879.
Macrobio.



Morreu em
Vizeu, ha
dias,
José
Claro,

com

a
bagalella

de 109

annos
e

7
mezes
de
edade.
Enfiava uma
agulha

e
lia

sem oculosl
Contrnlmmlo
—No
dia
29 do mez
findo
foi apprehendido

no
sitio
-do
Arinho,
do

rio
Minho,
freguezia

de S.

Pedro
da
Torre,
concelho

de
Valença, pelos
empre
gados

da

alfandega.
uma

grande
porção

de

fazendas

de
algodão,


e
linho

no
valor
de

150 a
200^900

reis

aproximada-
mente.
.

Monstro naval


Foi

lançado

ao

m^r

em
Chatam,

o

«Agamemnon»,

cou
­
raçado
<le torres,
de
helice

duplo,

de
8:492

tonelladas

e

força de
6:000

cavai-

los.
U comprimento
é

de

85,
ra
3,
a

lar­
gura

de
20.1

e

o

deslocamento

de

8.492
tonelladas.

Terá

um

esporão

e

será
ar
­
mado com 4 peças

de

38

tonelladas po­
stas
em
duas
torres
girantes,

forradas

com

uma armadura
de ferro

de

40

c/m

5.
Poderá

lançar

torpedos

Whilechead.
O

«Agamemnona

é

couraçado de
reJu-
cto

central, cujos
flancos

serão

descober
­
tos por

uma couraça
de

45

c.

em duas

espessuras,

em

aço

no

exterior,
com

for­
ro de leca
e
relorços
verticaes
interpo
­
stos
entre
as
duas

parles

da
couraça.
Moderno
invento. —
D

um jornal

transcrevemos

o

seguinte:
Os

snrs.
Monicharmoni
e

Dumas

rea-

lisaram

uma
innovação

inleressamissima

na

typographia.

Trata-se de substituir
a
liga
de
chumbo
e antimonio

com que,

desde
Gutlemberg, se fabricam
os
caracteres
de

imprensa,

pelo

vidro

endurecido

ou

tem­
perado
Ha

alguns
annos

ninguém

poderia
sup-
por

que

se

conseguisse fabricar caracte­
res

de
imprensa

com
vidro,

o

qual

em

vista

da

sua
excessiva
fragilidade
facil­
mente

se

despedaçaria

pelo

esforço
da

prensa, ou nas

mãos dos
compositores!
Desde,
porém,

que

M.

de

Labaslie

conseguiu endurecer

o

vidro

por meio
da

tempera,

é
facil
aproveitai

o
na fabrica
­
ção

dos

typos,

substituindo

a

liga
metal-
lica
usada

até agora
nas
oíficinas

lypo-
graphicas.
Parece que
os

caracteres

fundidos
com

o
vidro
temperado

sabem

tão
perfeitos
como

o
typo

vulgar,

e

produzem igual­
mente

trabalho perfeitíssimo.
Deve-se

accrescentar

que

não
ha
que

fazer

modificações

na

michina

onde
se

fundem

os
caracteres
de

metal;
as

me
­
smas

matrizes

servem
indiíferentemente

para

uns

e
outros.
A
ajuslagem

do

typo

tal

qual
se
pra
­
tica

usualmente
nas
oíficinas,

deteriora
sempre
alguma

cousa

o caracter

metal-
lito.

Com
o

caracter

de
vidro
não

se



o

mesmo
inconveniente,
porque

o
typo

assim
fabricado
resiste
até
aos embates

de

um

martello. Quando se
pretende
ti­
rar
um
cliché

é

necessário

resfriar

subi

lamente
as
fôrmas
aspergindo-as,
como

é

sabido,

com

agua

fria.

Similhante ope
­
ração

não

altera

o
typo

feito
de

vidro
temperado.
Para

as impressões

feitas

a

côres
pre­
stam

os caracteres

de
vidro
um

serviço

considerável.

Ninguém
desconhece que al­
gumas

côres, taes

como

as de
base

de

cobre,
não

se

pódem

applicar

na
typogra
phia com

caracteres

de

chumbo,
porque

a

côr

seria
decomposta

chinrcamente

pela

acção

d
’esle

metal.

E’
preciso empregar

caracteres

de cobre
que se
obleem

pela
galvanoplastia.

Facil
é,

pofs,
de
reconhe­
cer

quanto

se

lucra

com

a

applicação

dos

caracteres

de vi

Iro
na

chromotypogra-

phia.
Finalmente

deve-se
applaudir,

igual
­
mente,

este
moderno
invento
sob

o

pon­
to

de vista
hygienico.
E’

de

todos bem

conhecida
a

funesta
influencia
que exer
­
ce

o

chumbo sobre
os

nossos

orgãos.

O

tidro,
substancia

completamente

inoflen-

siva,
virá

pois

substituir
o
chumbo

com

reconhecida

vantagem
para

a

saude

dos

fundidores

de

typo, compositores,

de

lodos,

emlim,
que

labutam

nas
oíficinas
typogra-
phicas.
A

b
«imas
bemfazejas.

Pede-se
por
caridade

uma esmola para
o

infeliz

José Maria,

morador defronte

da capella

de

S.

Miguel-O-Anjo,

casa

n.°

3,
empre
­
gado
que

foi
no

Seminário
de
S.

Cae­
tano,

e
hoje
se

acha
paralítico
sem
po
­
der

articular

palavra,

e

impossibilitado

de

lodo
o

trabalho.
A

o

almas
caritativas.—
Recom-

mendamos

e

muito
ás

pessoas

caritativas
a

desventurada

Maria

José

da Silva,

mo­
radora

na
rua
dos
Sapateiros,
n.°

7.

Vive

em

extrema

penúria,

e

padece
de

doen
­
ça
incurável.
A

cavidade
publica.—
Muito

re-
commendamos

ás
pessoas caridosas

o
in­
feliz

Antonio

Marques

da

Costa,

morador

na
rua

de

S. Miguel-o-Anjo, casa

n.°

4,

3

0

andar,
que

se

acha na
maior
neces
­
sidade

e

doente,

vivendo



da

caridade

das

pessoas
que
o
soccorrem

com
alguma
esmola.
l

LTIHA

i
NtíFICI

AS
Lisboa
3

-Foram

transferidos
os pri
­
meiros
verificadores
da

alfandega:

o

snr.
Carlos
Mendonça
para
o Porto, o
snr.



Carneiro

para
Lisboa.
Foi
promovido
a
aspirante
de
primeira
classe da
repartição

de

fazenda
de
Coim
­
bra,

o

snr.

Adriano

Moita.
Foi
nomeado

aspirante

de
segunda classe

para

a mesma

repartição
o
snr.
Abel
de
Freitas.

'
Foi
exonerado
o
escriptnrario

do

es­
crivão

de
fazenda

do

concelho

da
Feira

o

snr.
Margato

Calislo.
Foi
nomeado
escriptnrario
do

escrivão
de
fazenda

do
concelho

de

Trancoso
o
snr.
José Paulo

de

Macedo.
Na
Bolsa

venderam-se:
5
acções

do
Banco

Commercial

a

95$000;

6
obriga
­
ções

da
companhia
das
aguas

de

coupons

a

86$70t);

10

do

empreslimo

para

a

com
­
pra
de navios
de

guerra

de

coupons
a

89^550; 20
dos
caminhos de

ferro
do
Minho
e
Douro a
9($600;

2

contos
em

inscripções

de

coupons

a
51,80; 4

a
51.95.
A
alfandega

rendeu
a

quantia
de

reis

12:144^034.
S.
Petersburgo

2--0

czar
chegou
hon-
tem
á
tarde
a
Moscow.
O

frio

é intenso;

a

temperatura
des
­
ceu
14°.
Foi

commutada
a

pena de

morte
ao
nihilista
Mirk,
em

altenção
á

sua
pouca

edade
e arrependimento.
Desmente-se

o
boato de
que

o
snr.
Valanefl,
seja

nomeado

ministro
dos ex-
trangeiros.
Ate

ao presente

o príncipe

Gorslcha-

koíT
não pediu a

sua

demissão.

Mesmo

que

a
pedisse,
succeder-lhe-hia

o
snr.

Giers,

que
dirige
ha mais
de
um

anno

o

ministério
dos
estrangeiros.
Constantinopla
2


Hontem
entrou

um

indivíduo na

sala

do

concelho

de
medici­
na,

que

se

acha

estabelecido
no
ministé­
rio

da guerra,
e
feriu

quatro

pessoas
com

um
punhal.
O

atlenlado

é
devido
á

vingança e

não
á
política.

A
Moscow

2

Depois

da
chegada

do

czar
a
Moscow,

houve

explosão

no
segundo

comboio
imperial,
ainda

em

caminho
Foi

despedaçado
um

wagon,

mas
não
foi

ferida

pessoa alguma.
Houve

manifestações
de

sympalhia

a
favor do

czar,

o

qual
agradeceu.
Os abaixo

assignados,

inlimamenle

agra
­
decidos
a lodos

os

illm.
os

e exem.
05

snrs.
ecclesiasticos
e
seculares
e
excm.

s
senho­
ras,

que
se
dignaram

cumprimenlal-os

por

occasião

do

fallecimento

de

sua sempre
chorada

espoo,

filha,
nora,
irmã
e cu­
nhada,
D.
Adelaide
Josephina Martins Lo­
pes
d’
Oliveira,

e igualmente aos
que
tive

ram
a
bondade

de
assistir

aos
oflicios que

se

celebraram na

parochial
egreja

do
Sal­
vador
de
Fonl

Arcada no
dia

22

de

no­
vembro
proximo
passado,

veem
por este

meio

iribnlar-lhes o
seu

profundo
reco
­
nhecimento
e

indelevel gratidão.
Povoa

de

Lanhoso

4 de

dezembro

de

1879.
Antonio

Julio

Rodrigues
d

Azevedo

Coulinho
Francisco

Manoel Martins
d'Oliveira

Anna
Francisca
Martins

Lopes
Joào
Antonio

Rodrigues

d

Azevedo

Coulinho
Joanna
Adelaide
Rodrigues Alces

Carneiro

Maria

Angelina

Martins

Lopes
d'Oliveira
Felicidade

Amélia

Martins

Lopes

d'O'Áveira

Augusta
Maria

Martins
Lopes
d

Olive.ira

baurinda
Joanna Martins
Lopes

d’Oliveira
Manoel
Antonio
Vieira

Martins
Antonio

Joaquim Dias
de
Faria. (2728)
O

abaixo

assignado

protesta
a sua

eter
­
na

gratidão

a
lodos

os

illm.
os

e
exm.
os
snrs.
e
senhoras

que

se
dignaram
cum-
primental-o

por

occasião
do

fallecimento

de

sua

prezada
esposa,
e

especialmente

ás
pessoas

que
assistiram

ao
ofiicio
fúne­
bre

e
Acompanharam
o

cadaver

á

sepul
­
tura.
Antonio José Fernandes

de

Carvalho.
(2729)
ANNUNCIOS
Arrematação
Pelo

juiso
de

direito
d

esta

comarca
de

Braga

e

cartorio
do
E«cnvão

do pri
­
meiro
ofiicio,

Freitas,
se faz publico
que

no

dia
21
d’
este

corrente

mez
de de
­
zembro
por

10

horas

da

manhã,

á
por­
ta
do

Tribunal
Judicial,

situado
no

largo

de

Santo

Agostinho,
d’
esta
mesma,
se
tem

de
.arrematar

em
hasta
publica,

para
pagamento do

passivo

nos

autos

de

in
­
ventario
pnr

fallecimento

de

Bento

da

Costa-, morador
que

foi
no
logar

de

Ade-
gães,

freguezia

de
Semelhe,
d
’esla

co
­
marca,
a
leira

denominadi da

Veiga,
si
­
tuada

no logar
do

mesmo
nome,

de natureza

alludial,

ava iada
m
quantia

de

350$000

reis.
Braga

1

de
dezembro

de 1879.
O

escrivão
José

Firmino
da

Costa
Freitas.
Verifiquei

a
exactidào.
(2727)

Adriano
Carneiro
de

Sampaio.
EDITAL
A

Camara

Municipal d’
esla Cidade

e

Con
­
celho

de
Braga
Faz saber

que

no dia

12

de

dezembro
proximo

futuro pelas
11

horas

da
ma­
nhã,
no

Paço do

Concelho,
se

hão

de
arrematar

por

tempo
de

um

anno,

com

principio

em

1

de
janeiro
seguinte
os
ren-
dimemos

seguintes:
Barco
d
’Ancede;
Quintal
do

Matadouro;

e

Sala
da
casa

do

dito.
O
que
se faz
publico
para

conheci­
mento

de
todos
nos

logares

do
costume.
Braga 22

de novembro

de
1879 E
eu
Antdoo

Manoel
Alves
Costa,

Escrivão

da

Camaia,

o

subscrevi.
O

Presidente
Joaquim
José

Malheiro
da

Silva.
H
A PE

r
JT
BB
.

C
A. B®

A.
R«pé
meio

grosso, botes
de

250 grs.
240
vinagrinho
D
250
llapé

secco
)>
>
»
250
K«pé
Rosa
»
>
250
RUA
DO

CARVALHAL N.°
50
BRAGA.

(2724)
Banco
Commercial.
de Braga em
liquidação
A

Commissão

liquidalaria

d’
este
Ban­
co,

para
facilitar

a liquidação
de
lodos
os

créditos

a
si

confiados,
convida
lodos

interessados
a

virem levantar
os
mesmos
créditos

a

saber=depositos á ordem=-sa-
ques
de
qualquer
proveniencia=nolas
do
Banco=dividendos

a
pagar=depositos
ju-

diciaes,
e

outro

qualquer
que
se

julgue
com
direito

a

qualquer

quantia,

até
o
dia

5

do

futuro

mez
de

dezembro;

e

quan­
do
não
compareçam,

a
mesma

Commissão

fará
entrar
em

deposito
o
dinheiro
cor
­
respondente
aos

referidos

créditos,

para
d
’este modo

declinar

de
si
qualquer

re
­
sponsabilidade
que
lhe

podia

caber

por

lui

omissão.
Braga

27

de
novembro

de

1879.
VELL xS DE CEBO.
Quem
pretender

vellas

de

cebo
de

su­
perior
qualidade,

vendem-se

por
junto

e

a

retalho

no
largo de
S.

Francisco,
nsQ
14,

a 2$700

reis
a

arroba,













Banco

Commercial
de
Braga em
liquidação.
E

convocada
a

assembleia

geral

dos

snrs.

accionistas
a
reunir-se

no

dia

13
do
corrente,

pelas 11
horas
da

manhã,

afim

de

lhe

ser

aprezentado
o
relalorio
dos

trabalhos da Commissão
liquidataria

do
Banco

Commercial

de

Braga,
e
rezolver-
se
sobre
o

modo
de

liquidar
o
activo

do

mesmo Banco.
Braga

2

de dezembro
de

1879.
BILHETES,

SERIES

E

FllACÇEÕS

J.4
A

VEADA
DA
LOTERIA

MADRID
(ExtracçSo

a ®3 de
dezembro de 1899)
PEDIDO
A
Meza

da
Santa Casa
da
Misericór
­
dia,

de
Braga,

tendo
em

consideração

a
avultadissima

despeza

que

está
custan
­
do

o fornecimento

de

pannos

e
fios para
o

curativo
de
feridas

no
Hospital

de

S.

Marcos,

empenha

n

este
aclo
de

caridade
a

devoção
de
seus

concidadãos.
O

escrivão
Lourenço
da
Costa

G.
Pereira
Bernardes.
DINHEIRO A JURO.
*
Na

confraria

de
Santo

Amaro, da



Primaz,

ha
2000000
reis

para

dar

a juro.
(2726)
Em

casa do cambista
Antonio
Ignacio da Fonseca,
de Lisbca,
com

filial
no Porto.
VENDE
SE
A

casa n.®
21
da

rua

do
Souto, desta
cidade

de

Braga.
(2722)
SYSTEMA
FELIZARDO

L11H
C.liiiii.lh ffiMil
Arte de
aprender

a
escrever
e
ler

em

vinte

lições,
tanto

menores
como

adultos;
experimentado
em
muitas localidades

do

paiz

com

optimos

resultados,

e

a
par

dos

últimos

progressos

da

tilologia

e

linguística.
Preço

500
rs.
Aos
snrs.

professores
dá-se

a

commis­
são

de
15

p.

c.

fazendo
seus
pedidos aos
editores

do SYSTEMA
FELIZARDO
LIMA

«=Fafe.
A

venda
nas
principaes

livrarias

do

Porto,

Lisboa.
Vianna,

Coimbra,
e

em Bra
­
ga

na Typographia
Lusitana

e

em

casa

de

Julio

Mattos,
rua

Nova

de
Sousa
n.°

44.
O
capita!

que

se

distribue

n
esta
loteria

é,
em moeda
portugueza,


2.028:0(10^000 hí
LS
CHltCA DE 'IRES
MIL
CONTOS
!H
Precisa-se

de

empregados
de
ambos
os

sexos

que

tenham
reconhecido

bom com=-

porlamento,
aos

qnaes se
dará ordenado

não

inferior

a 1200000

reis,
depois

d

uma

pratica
de dez

dias.

Dirigirem-se

a

Fafe,

casa de
Sá,

a

Felizardo

Lima.
O
cambista

Antcnio
Ignacio

da

Fonseca,
com

casa
de
cambio

e

loterias

na
roa
do
Arsenal,
56 58
e
60,
Lisbca,

e

filial
na

Feira

de

S. Bento, 33,
31 e

35,

Porto,
faz

sciente
ao
respeitável

publico

da

capital,
províncias,

ilhas

e

Brazil,
que

tem

nos
seus

estabelecimentos

um variadíssimo

sortimento

de

bilhetes

e suas

divisões,
como

abaixo
se


ê,

da
loteria MONSTRO

que
se

verifica
em
Madrid
no
dia

23

de
dezembro
do

.corrente

anno

de
1879.
O

annunciante
satisfaz

todos

os

pedidos

que se
lhe façam,

quer

sejam
para
jogo
particular
quer

sejam
para negocio

(porque


boas

commissõcs;, na

volta do
correio,
recebendo

em pagamento
letras,

ordens,
valles,
sellos

do

correio ou
em

outra

qualquer
especie,
que
mais convenha
ao

consumidor,

exceptuando

sellos
de
verba.
Remetle

em

tempo
necessário
planos,
listas
e
telegrammas.
Prompti(ica-se

a

fazer
o
pagamento

de

qualquer prémio,

que
tenha

a

fortuna

de vender,

nas

recebedorias
das

comarcas,

se
tanto quizer
o

interessado.
Recommenda

ao
publico a

leitora

do
plano
d

esla
grande
loteria,

e

em

especial

a
parte

em

que

garante

um

prémio

certo
a
quem

tiver

DEZ numeros seguidos!!!
VAf.OIÍ
MOS PKB^YIIOS
Caixa
penhoriata
Bracarenee
»a
Travessa <Ie D. Gualdim <l’€Hta
eldade.
Continua

a
emprestar

dinheiro
sobre

penhores todos os

dias
desde

as 8
horas
da
manhã
até
ás
9

da

uoute

ua

mesma

caixa.
Vende-se
roupas
Pede-se

a

lodos

os
mutuaiios
que
ti
­
verem
objeclos
empenhados

na

mesma
caixa

com alrazo

de

juros

de
tres

mezes

os

venham
pagar

ou

resgaslar, senão

se­
rão

vendidos.
DO
ALTO DOURO
Í>A
CASA
»E V1I.I.A PÍHCA
RUA
DO
SOUTO
N.°

15—
Braga.
BREVE
COMPENDIO
DE
ORAÇÕES E DEVOÇÕES
ADOPTADAS PELOS MISSIONÁRIOS
QUARTA

EDIÇÃO
Novamente
correcta

e

muito
augmentada
com

novas
orações

e devoções indul-

genciadas,
e

concedidas

posterior-
mente

á

ultima

Raccolta.
Com

approvação

de
S. Exc.
A
Bevm.a
o

Snr.
L).

João

Chrysostomo
d
’Amorim

Pessoa,
Arcebispo
Primaz.
Vende-se

em
Braga,

na
typographia
Lusitana,
rua
Nova

n.°

4,

e

nas

livra
­
rias

de

Manoel Malheiro,
rua do

Almada,

Porto,

e

Catholica,

de

Lisboa.
Preço=160

em

brochura,

e
240
enca
­
dernado.
em
moeda

hespanhola
em

moeda portugueza
1
de
2.500:000
pesetas
1
de
450:0000000 reis
1
de
1.250:000
1
de
225:0000000
>
1 de
750:000
>
1
de
135:0000000
>
2
de
250

000
»
2
de
45:0000000
>
4
de
125:000
>
4 de
22:5000000
>
20
de
50:000
>
20
de
9:0000000
>
30
de
25:000
»



30
de
4:5000000
>
1:758
de
2:500
1:758
de
4500000
3:999 terminações
500
»
3:999
terminações
900000
>
99
approximações

2:500
>
99 approximações
4500000
99
2:500
>
99
»
4500000
99
2:500
>
99
>
4500000
2
>
50:000
>
2
>
9:0000000
2
»
34:000
>
2
>
6

1200000
2
>
22:500
2
»
4:0500000
>
6:119
prémios
6:119 prémios
N

esle

armazém
se
encontram

a
retalho
as

seguintes

qualidades
de

vinhos

engar-
afados:
Vinho tinto

de
meza.
(sem
garrafa)

150
>

»
»
»
.
190
>

Lagrima
.........................................
200
»

Branco
de
meza
.............................
210
»

tinto

de meza
fino.

.

.
.

240
»

de prova
secca.

....

300
«

Malvasia

de

2.
a
..............................
360
»

»

velho.....................................400
»

Malvasia Bastardo
e
Moscatel

a

500
»

Roncão..........................................700
»
Velho
de

1854
....

600
>

a
retalho

para

meza
60
e
80,

o

quartilho

tinto,

e

branco
120.
Responde-se

e

garante-se

a
pureza

e

boa

quaiidade

de

lodos
estes

vinhos,
po
­
dendo

todo
e

qualquer consumidor man­
dai-o

e.xpetimentar
por
meio

de qualquer

processo
cbymico.
FOLHIHHA

ROMANA


se

acha
á
venda

para

o

anno de
1880;

em

Braga

no escriplorio
da

Typo
­
graphia

Lusitana,
rua

Nova
n
®
4,
e
em

casa
do

snr.

Bernardino

José

da
Cruz

Vestimenlaria

Rocha

e
Viuva

Germano,

rua do Souto,
e

na loja
do
snr.

Clemente
José
Fernandes

Carneiro,
rua de
S.
Vi-

ctor,
e

em
todas

as

mais localidades

do

costume:
preço

140
rs.
Nas

mesmas
casas
e
localidades

de­
vem

achar-se

opportunamenle

as

folhinhas

Bracarenses,
e

Almanach

'Civil
ou

de
al­
gibeira.
PEDIDO
A
Meza

do

Real

Sancluario
do
Bom
Jesus

do
Monte
roga a

todas

as pessoas

amadoras

e

possuidoras

de jardins,

que
te
­
nham

superabundância

d

arvores
de
ador­
no,

arbustos,
camélias

ou
outras
quaesquer
plantas,

se

dignem

favorecer
com

ellas

o

mesmo

Sancluario,

para

embellezar

este

tão

piltoresco

local;

dando
parle
ao

the-

soureiro
o
snr. Manoel
José
Rodrigues
de
Macedo,
rua

do Souto,

n.°

42,
n
’esta ci
­
dade

de

Braga,

para

a
Meza enviar

pes
­
soa

competente

que

do
sitio
que

lhe
fôr

indicado

as traga

com

o

necessário

re
­
sguardo.

A

Meza,

esperando

que este

pe
­
dido

será
attendido,

fica

desdo


agra
­
decendo

qualquer

offerta
que
n

esle

gene-

ro

lhe

fôr dada.
Em

nome

da

Meza—
O

procurador
Anlomo

Alves
dos
Santos

Costa.
EXPLICAÇÃO DAS APPROXIMAÇÕES
Os

numeros
anterior

e

posterior do

prémio

de.
450

0000000

reis

tem, cada
um,

approximação

de

9
6000000
réis,

além

de

outro

prémio
que

lhe
possa
pertencer

no
sorteio.
Os
numeros

anterior
e
posterior
do
prémio de
225:0000000
reis tem

também,
cada um,
approximação de

6:1200000 reis, independente
de
qualquer prémio
que

lhe
possa

pertencer.
Os

numeros
anterior

e

posterior

do

prémio

de 135:0000000
reis
tem,

cada

um,

a
approximação

de
4:0500000
reis,

assim
como

outro
prémio

que

lhe possa caber.
Nas

tres
centenas

dos

prémios
maiores

são
todos

os 297
numeros
premiados

com 100

libras

cada

um.
Quer dizer:
se

sair no
n.°
1:416 lodos
os

numeros
de
1:401
a 1:415

e

de
1:417

a

1:500
tem

este

prémio.
Se

sair

no

n.®
6:587
o

segun
­
do

prémio

são
premiados

com

100 libras

os

numeros

de 6:501

a

6:586

e

de

6:588
a

6:600.

Se sair
o
terceiro

prémio
no

n.°

7:731 são
premiados

com

100

libras

os
numeros
de

7:701

a
7:730

e de

7:732

a

7:800.
Todos

os
numeros
cuja
terminação

seja

igual

áquella
do

que

obtiver

o prémio

çle
450:0000000

reis
são

premiados
com

20

libras;

quer

dizer

se

sair

o

prémio

grande
em

n.°

7:545,

todos

os numeros

que
terminem

em

5

leem

este

prémio,
e

por conseguinte
quem
tiver

DEZ numeros

seguidos,
uma
SERIE,

tem



certo
o
prémio
de
20

libras,
e

póde
ter

tres

vezes
todos

os

dez

numeros

premiados,

por

as

approximações
de

centenas,

além

do

que
lhe
caiba por sorteio,

e para

isso

ba­
stará

que

a
dezena
seja beneficiada

com

os

tres

prémios

maiores.

Creio
que
deixo

bem

explicada

a

combinação

das

approximações.
PREÇOS.—Bilhetes
inteiros

a
930000 reis,
meios
a

470000,

quintos

a

190000,
décimos

a

90500,

fracções
de

60000,
40500,

30000,

20400,
10200,

600,

480,240,
120

e
60
reis.

Series

de
10
numeros

seguidos, tendo cada
uma

um prémio

certo,
de

600000,

480000,

240000,

120000,
60000,

40800,
20100,

10200
e

600
reis,

ha­
vendo
grande
variedade
de
numeração
e

podendo

se

alcançar

grande
quantidade



numeros
em series.
Considerando

se

esta
casa

uma

das

mais
bem

sortidas

pede
aos
seus

numerosos
amigos

e freguezes

o

(azerem

os

seus
pedidos

com

alguma

antecedencia.
As
listas
chegam

no
dia 26
e

o

pagamento

dos prémios

é

feito

em seguida.
Pedidos
ao
cambista
Antonio
Ignacio
da Fonseca,
rua do
Arsenal,

56, 58 e 60, Lisboa,
ou á filial no Porto, Feira de S.
Bento,

33, 34 e 35.
Fabrica
a vapor de
fundição
de ferro e metaes
Trnve««a
<le
8.
JoSn

Braga.
N

esla
fabrica,
única
na

província
do
Minho, fabrica-se
toda
a
qualidade

de

obra, tanto

de

ferro
como de
metal.

O
proprietário da

mesma

não

se

tem

pou­
pado
a

sacrifícios
para
poder
elevar

este

melhoramento

de

industria

á

altura
de

poder

compelir
em
tudo
com
as

fabricas

de
igual

genero

do Porto e

outras
loca
­
lidades,

pois

que

no
seu
estabelecimento
se
fazem

obras

de

todos

os
tamanhos

e
quali­
dades
pelos preços

que

possam
ser

encontra­
dos
no
Porto.
N

esta
fabrica

fundem-se peças
de

pezo

de
5:000 kilos e
maiores,

sendo
preciso,

achando-se

muitas
obras

fundidas,

avul-,
sas, como

são:

buxas

para
eixos
de

carrua
­
gens,
moinhos

para
moer

tintas,

pés
para
me
­
ias

de
mármore

ou de

madeira,

bancos

para jardins, bombas
de
qualquer

pres­
são

até

á

altura

de

200

palmos,

grades
para
sacadas
ou

jardins,

columnas
e
con­
solas

para

lampeões,
prensas

para copia­
dores,

fuzos

de novo
systema
para

la
­
gares,
ferros

para

alfaiates

e

chapelleiros

tapeies
e

ventiladores

para

soalhos,

canos

e

joelhos

para
agua,

de

todas

as

grossu
­
ras,
guinchos

de

pedreiro
de

todos
os
tamanhos.
Além

d
’eslas
obras,
que

ha

feito,

toma

encommendas

para

todas
que

possam

fazer-se
de
ferro,
aço
ou metal..

Também
concerta

todas
as
obras
d

este

genero

principalmente

bombas
de

poços.
O
proprietário
Antonio

Germano Ferreirinha.
N.

B.


Grande

variedade de
bilhetes

e

suas
divisões
para

os

sorteios

ordiná
­
rios
das
loterias
portugueza
e

hespanhola
pelos
preços
já annunciados.

(2703)
RESPONSÁVEL—
Luiz Baplista da Silva
BRAGA,
TYPOGRAPHIA
LUSITANA—1879