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Parte de N.º 1021 de 13/12/1879
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-
VII
ANNO
SABBADO 13 DE DEZEMBRO DE
1879
NUMERO
1:021
PREÇO
DA
ASS1GNATUUA
12
mezes,
com
estampilha
2&Í00
—12
mezes,
sem
estampilha
1&800
—
Brazil,
12
mezes,
moeda
forte
4^200—
Avulso
20 rs.
PUBLIGA-SE AS TERÇAS, QUINTAS E SABBADO8
PUBLICAÇÕES
Correspondências
partic. cada
linha
40
—
Ai.nuticios
cada
Uni
a
20—
Repetição
10
rs.—Assignantes,
20
p. c.
d'abatimento
BRAGA-13
DE DEZEMBRO
A
correspondência
de
Madrid
para
o
nosso
collega
da
«Palavra»
tem
accusado,
com
pasmosa
insistência,
D.
Carlos
VII
de
indiferente
ás
desgraças
occasionadas
no
seu
paiz
pelas
recentes
inund
o
ções.
Ainda
na
sua carta
de
15
de
novem
bro
dizia o C.
de
A.
ao
referido
jornal:
«Conhecíamos
já
este
cavalheiro
(o
duque
de
Madrid),
e
quem
escreve
estas
linhas mais
do
que muitos
pensam; porém
desde
que
se
elevou
até
á
altura
de
Mompensier,
fechando para
as
viclimas
de
uma
terrível calaslrophe
uma
bolsa,
que
abre
facilmênle
para outras
muitas
cousas
nada
edificantes,
hão-no
aprendido
de
memória
até
os
mais cândidos,
ficando-
lhe
só
os
que
consideram
o
seu
sonhado
triumpho
um
negocio
lucrativo...
...D.
Carlos
e
Montpensier:
bom
par
de
candidatos
ao
throno,
cujo
amor ao
paiz,
que
quizeram
governar
(ia
a
dizer
explorar)
se prova
o
dia
em
que
occorre
uma
desgraça»!
Ora
o
nosso
presado
collega
da
«Na
ção»
acaba
de transcrever
da
«Union»
de
Paris,
um
artigo, que
encerra
o
mais
solemne
desmentido
a
essas
calumniosas
accusações
de
C.
de
A. Pedimos
venia
para
reproduzirmos
esse importante
artigo
em
nossas
columnas:
«O
desastre
das
inundações de
Murcia
excitou
1
as
mais
generosas
sympathias.
Todos
procuram
multiplicar
os
meios
de
soccorrer
os
infelizes
inundados. ■
«O
Senhor Duque
e
a Senhora
Du-
queza
de
Madrid,
feridos
pelo
golpe
cruel
que
feriu
as
populações hespanholas,
des
de
o
primeiro
instante,
os preoccupou
o
meio
de
darem
ás
viclimas
um
testimu-
nho
da
sua
real
caridade.
Os jornaes
ca-
tholicos
e
realistas,
de
França,
não
po
diam
deixar de
secundar
este
desejo,
e
assim,
convidaram
os
seus
leitores
a
di
rigir
sem
demora
as
suas
offerlas
ao
Bispo
de
Caríhagena.
«Per
este
meio já
teem
ido
sommas
importantes para
Hespanha.
Mas
a magni
tude
dos
estragos,
lodos
os
dias
nos
é
revelada
por
novos
e
bem tristes
porme
nores.
«Sabemos que
o
Senhor
Duque
e
a
Senhora
Duqueza
de
Madrid
acabam
de
mandar
para
Hespanha
mais
uma
sotnma
de
dez
mil
francos,
e para
satisfazermos
aos
desejos
que
se
dignaram
manifestar-
nos,
não
hesitamos
em
fazer
com
todo
o
empenho
um
pedido
aos nossos amigos,
oflerecendo-nos
a
receber
as
suas
subscri-
pções,
que
enviaremos
a
Monsegnor
o
Bispo
de
Carthagena.
«Cremos
que
este
pedido
será
allen-
dido,
e
que
a
generosidade
realista
virá
em
auxilio
do real pensamento,
de
que
temos
a
honra
de
ser
interpretes».
Eis
ahi
teem
os
nossos leitores
mais
uma prova
da
exactidão
com
que falia
o
C.
de
A.
quando
se rtfere
á
pessoa
do
illustre
Duque
de
Madrid.
Domina-o
sempre
uma
raiva
assás
tran
sparente
contra
aquelle
senhor,
raiva
commum
a
lodos
os
adoradores
das legi
timidades
pardas;
raiva
que
para
D.
Car
los
VII
é
mais
um
titulo
ao
respeito
e
veneração
dos
que
em
cousa
algurna
transigem
com
a
Kevolução
e
com
o
li
beralismo.
Fazendo
justiça
aos
sentimentos
reli
giosos
dos
directores
da
«Palavra»,
es
tamos
certos
de
que elles
procurarão
at-
lenuar
os
eífeitos
da calumnia
propalada
contra
o
Duque
de
Madrid
pelo
seu
cor
respondente,
dando
conhecimento aos
seus
leitores
dos
factos referidos
no
artigo
do
jornal
legilimista
de
Paris.
O
odio
é
sempre
mau
conselheiro.
Dominado
por
esta
ruim
paixão
póde
o
C.
de
A.
despeitorar
a
sua
alra-bilis
con
tra o
rival
político
de
Affonso
XII, que
hoje
é seu
ídolo,
apesar
de
não
ler
a
franqueza
de
o
confessar.
Não
sabemos
porém
que
a
«Palavra»
tenha
motivos
de
odiar
também
a
Carlos
VII.
Para
que
se presta
pois a
ser
ecco
responsável d’essas
objurgações
rancorosas
e
até
d
’
esses
insultos
grosseiros,
com
que
o seu
correspondente
de
Madrid
está
tão
repetidas
vezes
escandalisando
os
seus
leitores
?
Creia
o
collega
portuense
que
lhe
fal
íamos
com
toda
a
sinceridade.
E
’ impos
sível
que
a
grande
maioria dos
que léem
a
«Palavra»,
e
que
por
esse
unico
facto
nos merecem
o conceito
de homens
sin
ceramente
religiosos,
possam
vèr
com
bons
olhos
esta
obra
de
diffamação
ferrenha
mente
pioseguida
contra
D.
Carlos VII
por um
escriptor,
que se
d.z
catholico,
transgredindo
todavia
um
dos
mais
amo-
raveis
preceitos
da
Religião
de
Jesus
Chrislo,
qual
é
o
respeito pela
reputação
do
nosso proximo.
Convidamos
pois o
nosso
collega
a
expungir d
’
ora
ávanle
das
correspondên
cias
de
Madrid
o que
alli
houver
de
diíla-
malorio
e
insultante
contra
um
príncipe,
de
quem
a
«Palavra»
não
tem
decerto
a
minima razão
de
queixa.
Não
queira
ella
—
a
inimiga
do
voltereanismo
—
dar-nos
a
pensar
que
lhe
não
repugna
uma
das
mais
odiosas maximas d
’essa
infernal
escola
--a
que
tem
arvorado
a
calumnia
vil
e
torpe
em
arma
de
combate.
D.
M. J.
Foi-nos
remettido
pela
digna
Meza
do
Real
Sanctuario
do
Bom
Jesus
do
Monte
o
seguinte
documento,
que parece
ter sido
o inesperado
des
fecho d
’umacelebre
proposta,
de que
em
tempo
se
occupou
a
imprensa
d
’
esta
cidade.
x
Sessão
de
Meza
de 9
de Dezembro
de
1879.
Presidência
do
Exc.
mo
Snr.
Dr.
João
de
Paiva de
Faria
Leite
Bran
dão.
Aos
nove
dias
do
mez
de
De
zembro,
de
mil
oitocentos
e
seten
ta
e
nove, na
sala
de
sessões
de
Meza
do
Real
Sanctuario
do
Bom
Jesus
do
Monte,
ora
sita
na
rua
do
Souto,
se
reuniram
os
mezarios
abai
xo
assignados,
sob
a
presidência
do
Exc.
m
°
Snr. João
de
Paiva
de
Fa
ria
Leite
Brandão,
merelissimo
pre
sidente
de
meza
da
Real
Confraria!
do
Bom
Jesus
do Monte,
e
depois
de
lida,
discutida
e
assignada
a
acta
da
sessão
anterior,
foi aberta
a
ses
são.
O
Snr. Presidente
começou
por!
declarar
que
o
fim
da
presente reu-J
nião
era
procurar
vir
a
um
accor-j
do
com José
Pedro
d
’Oliveira,
acer
ca
da
proposta
por
elle
apresenta-'
da,
para continuar
a
pintura
do
Templo
do
Real
Sanctuario
do
Bom!
Jesus, começada
por
mr.
Lcfevre
e
deligenciar
realizar
este
contracto;
e
que
para isso o mandara
convi
dar,
para
compare
cer
na
presente
sessão.
Foi
em
seguida
introduzido
na
sala
o
referido pintor
José Pedro
d
’
Oliveira,
auclor
da
proposta
;
e
depois
de
demorada
discussão,
em
que
tomaram
parte
lodos
os meza
rios
presentes,
verificou-se
que
o
proponente,
dito
José
Pedro
d
’
Oli-
veira,
não
acceitava
a
condicção
13
apresentada
pela
Meza,
na parle
em
que determina
«que
os
peritos es
colhidos
de commum
accordo serão
antecipadamente consultados, sobre
se acceitam
ou
não
o
encargo
para
que
foram nomeados»
exigindo
o
mesmo
proponente
que
se
fizesse
a
obra
primeiro,
e
se
nomeassem
de
pois os
peritos
que
a
deviam
exa
minar.
Egualmente
não
concordou
o
proponente
com
a
condicção,
em
que
se
estabeleceu
segurança
de
fia
dores
e
deposito
de
cem
mil
reis,
para
o
caso
de
o
proponente
não
satisfazer;
e
outrosim com
a
con
dicção
21
em
que
a
Meza concede
a
gratificação de
200$000
reis,
se
o
proponente
concluir
a
pintura do
resto
do Templo,
nas
condicçõesajus
tadas;
declarando
porém que
sómen
te
se
subjeita
a
pintar
uma
parte
do
tecto
correspondente
ao
espaço
comprehendido
entre
duas
pilastras,
se
a
Meza
apostar
com
o proponen
te,
ou com
o
pintor
Carvalho,
que
também
se
achava presente,
a
quan
tia
de
1OO$OOO
reis.
E,
sendo-lhe
declarado
que
as
me-
zas
das
Confrarias
não
podem
con-
traclar
n’
estes
termos, porque
lhes
não
é
permiltido
por
lei
fazer
apos
tas,
mas
que
apenas
podem
conce
der
remunerações
condignas,
quan
do
julguem
isso
de
proveito
para
a
Confraria
que
administram,
como
de
facto
a
Meza
concede
a
elle
propo
nente,
insistiu
o mesmo
na
sua
pre-
FOLHETIM
0S
EXPLORADORES
PORTLGIEZES DE
HABITO
E DE ROUPETA
Da
diuturna
permanência
dos
portu-
guezes
na
Abyssinia
ainda
hoje
alli
se
conservam
hartos vestígios,
como
aflirma
Guilherme Lejean.
em
varias conslrucções
de
admiravel
solidéz. Effectivamenle
os
nossos
edificaram
alli
varias
egrejas,
mui
tas casas, e até um
palacio
para
habita
ção
do
gran-negús.
Por
ser
curiosa
tran
screveremos
aqui, do P.
Balthasar
Telles,
a
noticia
da
construcção
d
’
esse
palacio,
que
ficava no arraial
de
Gorgorrá,
em
uma
especie
de
península
cercada
pela
grande
alagóa de
Dambeá,
na
província
ou
reino
de Gojam.
«Muitas
vezes
tinha
o
imperador
pe
dido
aos
Padres
(da
Companhia
de Jesus)
que
lhe
edificassem
uns
paços
como
os
que
elles
lhe
gabavam, e
que
daria
lo
dos
os
gastos
necessários;
escusaram-se
os
Padres
com
a
falta
de ofliciaes,
e
de
aqui
vinha que
alguns
cuidavam
ser
o
que
os
Padres
contavam
méra
ficção,
até
que o
P.
Pedro
Paes
se
resolveu
a
se
fazer
archileclo,
pedreiro,
carpinteiro,
me
stre
de
obras e
mestre
dos
odiciaes,
que
fez
de
novo;
que
a
tudo
se offerece
por
amor
de Deus quem muito
do
coração
o
ama;
e
o engenuo
da
caridade
e suti
líssimo.
Animou-o
muito
a
dar
principio
á
obra
ter
alli
descoberto
uma
grande
pedreira
de
pedra
branca
muito
boa,
e
que
não
deve
nada
á
nossa
de Trigache,
ou
de
Alcanlara,
em
Lisboa.
Deu
logo
o
Padre
moldes
para
se
fazerem
picões,
pi
cadeiras,
situeis,
maços,
escôdas,
goivas,
e
lodos
os
mais
instrumentos
d
aquella
mecanica;
elle
mesmo
tomava o
picão
na
mão,
e
ensinava
os aprendizes a
cortar,
desbastar, p.car,
picoar,
escodar
as
pedras,
ensinando-lhes
a
seguir
as
medidas
das
réguas
e
bitolas,
por
onde
os
fazia
go
vernar».
«Da
mesma
maneira
fez
compaços,
moldes
para
enxós,
serras, marlélos,
gra-
minhos,
prainas, cepilhos
de
varias
castas,
goivas,
junteiras,
formões,
badanes,
ver
rumas,
garlopas,
guilhermes,
cantis, en-
sinando-os
a
cortar,
serrar,
aprainar ta-
bilhs,
traves,
aguieiros,
portas,
janellas,
teclos
e tudo
mais que
era
necessário
para
a
fabrica.
Faltava
lhe
cal,
e
não
achava
pedra
accommodada
para
a
cozer;
mas
achou
um
barro
muito
forte;
fez
umas
paredes
mui largas
e
fortes,
cujas
faces
de
fóra
e
de
dentro
eram
de pedra
qua
drada,
bem
lavrada
e
ajuntadas
as
fiadas
todas
por
sua
ordem,
e
como
era
a pe
dra
alva,
supria
bem
a
falta de
cal;
e
li
nalmente
se
acabou
a
obra,
e
ficou tão
perfeita, que podia
mui bem appafecer
e
servir
a
qualquer
príncipe
da
Europa
de
casa
de campo».
«Entre
outras
casas tinha
uma
sala
de
comprimento
de
70 palmos,
20
de
largura;
continuava-se
com
ella
uma ca
mara
quadrada,
ticando
no
meio
uma
es
cada
larga,
por
onde subiam da
logea
ao
sobrado,
e
sobre
esta
outra,
que subia a
um
terrado,
o
qual
tinha
seu
parapeito
muito
proporcionado.
No
topo
da
escada
se
levantava
uma
casinha,
como
guarita,
que
ao
imperador
caiu
muito
em
graça,
por
que
d
’alli
recolhido
estava
descobrin
do
tião
sómente
o
mar
ou
a
lagoa
toda
ao
longe,
e
os
fermosos
e
largos
campos,
que
por longo
d’
ella
se
estendem,
mas
também ao
perlo,
como
de atalaya,
via
lodos
os que entravam
e
sabiam
de
sua
casa,
sem
ser
visto de
ninguém
.
sNa
porta
da
escada,
por
onde
en
trava
no
terrado,
fez
o
P.
Pedro
Paes
um
fecho,
que
ao
sahir
fechava
de
pancada
quando
queriam,
e
vendo
e
imperador
a
primeira
vez este
modo
de
fechadura,
lhe
disse
que
parece
seria
melhor pôl-a da
banda
de baixo para
não
ser
necessário
Uoar
sempre
de
chave
para
abrir
quando
lá
subisse;
respondeu o
Padre
es
tas
formaes
palavras:
Aão,
Senhor,
que
algum
dia
poderá
assim
servir
a
Vossa
Magestade; e
logo
veremos
quanto
lhe
ser
viu.
Este
edilicio
por
então
fui julgado
peies
abexins
por
um
dos
milagres do
mundo,
e
re>'
nen
e
era
elle
tal
em
I thio-
pia,
que
o vinham
a
ver
das
mais
remo
tas
parles
do
império;
e
o
de
que
mais
pasmavam
era
de
ver
casa
sobradada,
tenção,
declarando
com
franqueza,
que
o preço
de
800
reis
diários,
que
estipulara na
proposta,
era
in-
suíTicienle
para seu salario,
e
que
se
assim o
estabelecêra,
foi
porque
tra
tando
elle
sómente
de
pintar
a
pe
quena
parte
do
tecto, a que
já
se
referira
e
ganhando
a
apósta
de
100$000
reis,
conseguiria
um
sala
rio
mais
avantajado,
que
o
remu
nerasse
do
seu
trabalho.
Mais
disse
o
proponente
que
não
desistia
da
idéa
consignada
na
sua
segunda
pro
posta,
a
saber: Que,
quando
o
s.*u
trabalho não
agradasse
ao
pintor
Car
valho,
este
o
poderia
despedir
e
substituir por
outro
indivíduo.
E,
depois
de
multiplicadas insistências
por
parte
dos
mezarios
presentes,
pelas
quaes.. se
procurou
convencer
o
proponente
da
impossibilidade de
realizar
um
contracto
fundado
em
bazes
tam illegaes,
e
inconvenien
tes
para
os
interesses
do
Real
San
cluario; e
em
vista
da
terminante
recusa
do
mesmo
proponente,
a
me
za
passou
a
deliberar
sobre
este
as
sumpto.
E,
considerando
que
não
é sé
ria
uma proposta
em que
o
propo
nente
não
quer
determinar
quaes os
peritos,
que
devem
ajuizar
do
seu
trabalho,
nem
permitte
que
os
me
smos
sejam
consultados
sobre
se
ac-
ceilam
ou
não
o
encargo
para
que
foram
escolhidos;
considerando
que
a
exigência de
que
a
Meza apóste,
além
de
illegal,
é
méro
pretexto
para
se
retirar
uma
proposta
impen
sadamente
feita;
consi
lerando que
o
proponente
apenas
deseja
pintar
uma
pequena
parte
do
tecto
do
templo
pelo
preço
que
propoz,
com
o
fim
de
expulsar
o
artista,
que
actualmen-
te
está
pintando
a
capella-mór,
e
re-
servando-sc
o
direito de
apresentar
muito
diversas
exigências,
quando
o
dito
artista
se
haja
auzentado
des
gostoso
com
esta
concorrência
adrede
feita
para
este
fim;
considerando
que
é
de
todo
absurdo
um
contracto
em
que
uma
das partes
póde
ser
substi
tuída
a
arbítrio
d
’um
terceiro,
fi
cando
assim
a
Meza ignorando
qual
a
pessoa
com
quem
definitivamente
contracla;
considerando
que
o
pro
ponente
nem dos seus proprios
fia
dores
e protectores
merece
conceito,
porquanto
elles
«exigem
a
condicção
de
que
o
poderão
pôr
fóra
do
tra
balho, quando
intenderem
que
não
cumpre;—a
Meza
resolveu por
una
nimidade
de
votos
que
não podia
contractar
com
o
refer
ido
José
Pedro
d
’
01iveira
nos
lermos
por
elle
apre
sentados;
e
que
da
presente
acta
se
extrahisse
uma
copia
para
enviar
a
um
dos
jornaes
da
localidade,
afim
de
que
o publico
tivesse
conheci
mento
do
resultado
da
proposta
do
dito
José
Pedro
d’01iveira,
visto
que
pela
imprensa
o
mesmo
lhe
tinha
dado
publicidade.
E
não
havendo
mais
nada
a
tra-
ctar
o
Snr.
Presidente
encerrou
a
sessão
eram
11
l
/
2
horas
da
noite,
da
cpial
se
lavrou este termo
que
vae
ser
assignado
por
todos
os
mem
bros
de Meza presentes
á
mesma
ses
são.
Era
ul
supra.
O
Presidente.—
João
de
Paiva
de
Faria
Leite
Brandão
—O Secretario.
—
Padre
Luiz
Gomes da
Silva
—
An
tonio
Brandão Pereira
—
Manoel
Go
mes da
Rocha
—
Manoel
José
Rodri
gues
de
Macêdo
—Antonio
Alves
dos
Santos
Gosta
—
João
Pedro
Soares
—
José
Pinto Barboza.
.4» fegtns
» Iin macula da.
Em
muitas
egrejas
se
celebrou
a festa
da
Immaculada
Conceição,
com maior
ou
menor
esplendor,
mas o brilho
d’
estas
festas
não
se
limitou
como
em
muitas
ou
tras
sómente
ás
pompas
e
magnificência
do
culto
e
adorno
dos
templos.
Esta
festa
foi
d
’
aquellas
em
que tam
bém o
espirito
teve
a
principal
parle,
porque
ao
aceio
e
gallas
do
templo
cor
respondeu
a
magnificência
da alm>,
que
na
finte
da penitencia
e
do
perdão
se
lavou
das
manchas
e
adornou
das vestes
da
graça
sacramental.
Quanto
não
era
para
desejar
e
estimar
que
ao
menos houvesse
no
anno
quatro
d
’
estas
festas,
em
que
a
maior
parte
dos
fiéis
se
preparasse
para dignamenle
as
celebrar
como
n
’
esta!
As
communhões
fo
ram
muitíssimas.
Na
cidade
houve
festa
no
Paço
Ar-
chiepiscopaI
como
é
costuráe;
no convento
da
Conceição;
no do
Salvador;
na
egreja
dos
Terceiros;
na
do
Populo,
e
na
capella
de
S.
João
da
Ponte;
e
fóra
da
cidade,
nos
suburbios,
na
egreja
de
S.
Francisco
e
de Lamaçaes.
Onde,
porém,
foram
mais brilhantes
foi
na
egreja
dos
Terceiros,
e
ainda
mais
na
do
Populo
Aqui
onde
está
a
primorosa
imagem
da
Virgem
do
Sameiro,
nada
faltou
para
a
completa
magnificência.
A
egreja,
de
si
mesma
vasta
e
ma-
gestosa,
a
ornamentação esplendida,
a
pro
fusão
dos
lumes,
a
afinada orchestra, e
o
concurso
dos
fieis
numerosíssimo,
im
pressionava
vivamenle
os
ânimos
e
os sen
tidos.
A formosíssima
imagem
da
Virgem
que
foi
tirada
do
seu
oratorio,
resplandecia
bella
e
encantadora.
A
benemerita Commissão
do
Monumento
do
Sameiro,
esmerou
se no
festejo
do
2o.
0
anniversario
da
definição
dogmalica
da
Conceição
Immaculada
da
sua
augusta
Padroeira,
e
deu
occasião
a
poder
admi
rar-se
aquelle
primor
d
’
obra
d
’
um
grande
talento
artístico
Por
falta
de
músicos
e
cantores
não
se
cantaram
as
matinas
solemnes,
mas
sómenle
vesperas.
São na verdade
muito
poucos os
ama
dores
da
musica n’
esta
cidade,
e
é
im
possível
organisar-se
um
coro
de
vozes
perfeito
sem
o
concurso
dos
particulares
que não professam
a
arte
Por
isso
a
ne
cessidade
obrigou
os
festeiros
a
sollicitar
a admissão
a
algumas
senhoras
no
coro
da
musica,
graça
que
não
poude
ser
con
cedida.
Nos
Terceiros
a
musica
era
da
capella
do
snr.
Lmz
Baptista,
que
desempenhou
uma
linda
missa
a
grande
orchestra,.
e
no
Populo
organisou-se
o
coro
de pro
fessores
como
os
snrs. Manoel João
de
Paiva.
Domingos
Paiva
e
Azevedo,
mestre
da
banda
regimental
e
outros
curiosos
vindos
de
fóra.
Executou-se
uma bella
composição
de
Santos
Pinto,
Missa
e
Tan
lum
ergo
Antes
da
missa
da festa,
ás
8
e
meia
da
manhã
houve
na
egreja
do
Populo
a
communhão
dos
membros
da
Associação
Catholica
e
muitos
outros
fieis.
Na
vespera estiveram
na
casa
da As
sociação,
desde
o
anoitecer,
Ires
sacerdo
tes
a
confessar
o§ socios
e ahi
se
prepa
raram
para
a
communhão
perto
de du
zentos
indivíduos,
homens
sómente.
Eis aqui como o
nosso
povo
solemni-
sou
a
festa
da
Immaculada
Pelas
descripções
dos
jornaes
se
vê
que
nas outras
cidades, principalmenle no
Porto,
se
celebrou
com
grande
enthusias-
mo
esta
festa.
Um
diário
d
’alli
já
nos
tinha
noticia
do os
preparativos
da
lesta
na
capella
de
Santo
Antonio,
e
na
qual
tomavam
parte
no
desempenho
da
musica
sacra
vários
curiosos
de
profissões
dislinctas,
como
doutores
e
outros;
e
agora vemos
que
em
muitas
outras egrejas
foram solem-
nissimos
os
cultos
prestados
á
Virgem
Mãe
Immaculada.
gazetilha
Sunta lauzia.—
Festeja-se
hoje
na
Sé
a
milagrosa
Santa
Luzia,
havendo
missa
solemne,
e
sermão
de
tarde.
Publicação
dw H
u
II
a
.
--Tem
átna-
nhã logar a
publicação
da
Bulia
da
Santa
Cruzada,
saindo
a
procissão
do
Collegio
e
recolhendo
á
Sé,
onde
haverá
sermão.
Exéquias.—
Na
segunda-feira
cele
bram-se
solemnes
exequias
na
capella
dos
orfãos
de S.
Caetano,
por
alma
do
im-
mortal
fundador
d
’
aquelle
pio
estabeleci
mento,
o
Arcebispo
D.
Fr.
Caetano Bran
dão.
A
esta
ceremonia assiste
S.
Exc.a
Revd.
ma
o
Snr
Arcebispo
Primaz,
a
com
missão
administradora
do
collegio,
e
a
communidade
das
meninas
orfãs
da
Ta-
manca.
Fallecimento
do
Snr. Arcebis
po
<i» Ilaiiin.—
D
’
um
artigo
que
o
nos
so
excellente
collega
do
«Apostolou
de
dica
a este
triste
acontecimento,
transcre
vemos
os
seguintes
paragraphos:
...Falleceu
no
dia
6
do corrente (novem
bro)
o Snr.
D.
Joaquim
Gonçalves
de
Azevedo,
preclaro
Arcebispo
da
Archidio-
cese
da
Bahia,
Metropolitano
e Primaz
do
Brazil.
Respeitável
por
suas
virtudes
e
apre
ciado
pelo
trato
ameno
e
delicado
que
lhe
era
natural,
mereceu
sempre
o
Snr.
D.
Joaquim
Gonçalves
de
Azevedo muita
consideração
e
estima
tanto
dos
seus
sú
bditos,
como
daquelles
que
tiveram a
ventura de cultivar
com
elle
relações.
Enérgico
no
desempenho
de
seus
de
veres,
eia
comtudo
alfavel
na
direcção
dos
negocios
públicos
e
incapaz
de
oílen-
der
áquelles
que
o
cercavam
ou
d
’eile
dependiam.
Bom
senso inestimável,
tino
adminis
trativo
nuuca
faltaram
nos
seus
mais
Jn-
significantes
actos.
Soube
sempre
conservar-se
na
altura
a que
o
elevaram
as
virtudes
e
dotes
que
constituíam
seu
inesgotável
thesouro.
Depois
de
um
largo
e
proveitoso
exer
cício
do
seu
magistério
sacerdotal,
foi
apre
sentado
por decreto
de
10 de
dezembro
de
1864,
Bispo
da
diocese
de Goyaz,
on
de
são
reaes
e
visíveis
seus
serviços
apostolicos,
não
obstante
aqpelles invios
sertões,
que
só
podem
ser
penetrados
pe
los
aposlolos
de
Deus.
Depois
de
12
annos
de
sacrifícios
e
privações,
foi
apresentado
para
Arcebispo
da
Bahia,
oor
decreto
de
14
de
março
de
1876.
A
Archidiocese
da
Bahia,
que
acom
panhou
á
sua administração,
lhe
faz
jus
tiça
proclamando
suas
virtudes
e
o
alto
tino
administrativo
que poz
em
pratica,
com
vantagem
real
de
suas
ovelhas.
Alquebrado,
mais
pela
moléstia
do
que
pela
idade,
resistiu
resignado
á
sua
per
tinácia e
loi
pouco
a
pouco enfraquecendo,
até
que
impossível
lhe
foi
resistir
por
mais
tempo.
Beinquisto
de
suas
ovelhas,
admirado
e
respeitado
por
todos,
cercado
dos
cui
dados
dos
seus mais particulares
amigos,
entregou
o
virtuoso
Arcebispo
a
alma ao
Creador,
expirando
na
graça
do
Senhor,
no
dia
6
do
corrente.
Na calamitosa
quadra
que
atravessa
a
Egreja,
bem
diflicil
vaga se
abriu.
Exmtieg
para o magistério.—
Começam
no
lyceu,
na
segunda-feira, 15,
os
exames
para
o
magistério primário.
Preço
«lo» cereaes.—
Na terça-feira
ultima,
nesta
cidade,
o
preço
dos
cereaes
foi:
Trigo
....
8o0
Milho
alvo
...................................................
700
Centeio.........................................................
540
Milho
brarneo
........................................
-440
Milho
amarello......................................... 410
Painço
...........................................................
530
Cevada
..........................................................
520
Feijão
vermelho......................................... 900
>
branco
.......
800
»
amarello
..........................................
620
»
rajado
..............................................
520
»
fradinho.........................................
550
Batatas..........................................................
400
Azeite
(almude)..................................... 6$000
Publicações.
—
Accusamos
a
rece
pção
das
seguintes,
que
muito
agradece
mos
aos
auclores
ou
aos
editores
que
nol-as enviaram:
—TIIEOLOGIA MORAL
DE
PEDRO SCAVINI,
— Vertida
em
portuguez sobre
a
7
2.a
edição
latina,
contendo
as
disposições
da
nossa
legislação,
principalmenle
em
matéria
de
contractos
pelo snr.
padre
josé
d
’
almeida
e
silva
.
(Fascículo
n.°
3).
—MARW1LIIAS
DA CREAÇÃO,
por
PEDRO
m
.
posser
.
(Fascículo
n.°
35),
— DA PROPRIEDADE
LITTERARIA —
Carta
ao
exm.
n
snr.
M
Pinheiro
Chagas,
por
JOÃO
PEDRO DA
COSTA BASTOS. —
Lisboa,
Livraria
Berlrand
—
1879.
—
DICCIONARIO
POPULAR. (Fascículos
n.
Os
156
e
157).
—O
AÇAFATE DE COSTURA—
Publicação
quinzenal
de
trabalhos
de tape<saria,
cro-
chet,
bordados
etc.
—
Assigna
se
no
escri-
plorio
do
«Commercio
Portuguez»,
rua
cousa
que
nunca
imaginaram,
e
por
isso
não
tem
nome
próprio na
sua
língua,
que
signifique
sobrado,
e assim
chamaram
lhe
habel
taybet,
quer
dizer —
em
cima
de
ca
sa.
Não
aproveitou
então
pnnco
este
tra-
ballie para credito
dos
Padres,
porque
vendo
com os
olhos
o
que
não podiam
crer,
inferiram
que
não
oram
mentiras
nem
exaggerações o
que
lhes
contavam
dos
edifícios
da
Europa
e
da
mageslade
de
Ruma
e
da
Egreja
Catholica».
Um
dos
que
mais
exploraram
áquelles
territórios
da
Abyssinia foi
o
jesuíta
P.
Manuel
de
Almeida,
natural
de
Vizeu,
que
fóra
mandado da
índia
á
Ethiopia
em
1622,
na
companhia
de
mais trez
Padres
do
mesmo
instituto.
Escreveu
elle
um
livio
das
cousas,
que
viu
e observou
n’
a-
queilas
regiões,
o
qual
serviu
de
base
á
obra,
que
sobre
o
mesmo
assumpto
pu
blicou
o
P.
Ballhasar
Tefles
com
o
titulo
de Historia
gerat da Ethiopia
Alta
ou
Preste
João
O
P.
Manuel
de
Almeida
e
outros
missionários
percorreram
a Alta
Ethiopia
me
diversas
direcções,
exploraram
o cur
so
do
Nilo
e
do Balir
el-Azrek
(rio
azul,
Aslapus
dos
amigos)
até
ás
fontes
d
’
este
ultimo,
que
erradamente
tomaram
como
nascentes
do
Nilo;
equivoco
aliás
descul
pável,
porque
o
Bahr-el-Azrek
era no
paiz
denominado
Nilo
azul.
O
P.
Antonio
Fernandez
penetrou,
por
meio
de
iin-
mensas ddficuldades
e
perigos,
no
reino
de Nareá,
ou
Enareá,
no paiz
dos
Gal
las, sobre cujos costumes
colheram os
nossos
informações
bastante
exaclas. De
alli
passou ao
r<õno de
Gingiró, atraves
sou o
rio
Zebeé
ou
Kibber,
entrou no
reino
de
Cambate,
detendo
se
alguns
dias
em Sangarah
e
em Alabáh,
d
’onde
foi
obrigado
a
retroceder
outra
vez
á
Abys
sinia.
Do
que
estes
Padres
escreveram
ou
informaram
ácerca
do
império
do
Presle-
João
ou
gran-negús,
podéram
os nossos
cosmographos
do século
XVII
colher
os
dados
sullicienles
para
levantarem
map-
pas
bastante
exactos
da
Abyssinia. E’
pois
uma
flagrante
injustiça
attribuir
aos
exploradores
do
século
XIX exclu-ivamente
a
gloria
de
nos
haverem
patenteado
as
altas
regiões
da
Ethiopia,
quando
é
certo
que
essa
gloria
deve
ser
partilhada
pelos
nossos
missionários,
corno
havemos
pro
vado. Respeitamos
muito
os
nomes
dos
Biirton,
dos
Speke,
dos Grant,
dos
Baker;
sabemos
mesmo
que
elles
foram
mais
adiante
do
que
os
nossos Alvares,
Al
meidas,
Paes
e
Fernandez
nas
suas
ex
plorações
pelo
ado
Nilo;
mas
também
cre
mos
que
estes
últimos
nomes são
igual
mente
respeitáveis
e
dignos
da
nossa
ad
miração;
pois
se
não
conseguiram
paten
tear-nos esses
terrenos
incógnitos
na
sua
totalidade,
exploraram-os todavia em
gran
de
parte,
deixando
apenas
aos
nossos
con
temporâneos
uma parte
da
tarefa,
que
estes,
apesar
do
incontestável valor
dos
seus
trabalhos,
ainda
não
conseguiram
des
empenhar
de todo.
São-nos
inspiradas
estas
reflexões
pe
las
palavras
de
um
geografo
francez
mo
derno; palavras
que
vamos reprodusir
co
mo
fundamento
do protesto,
qoe
contra
ellas
aqui
levantamos
da
maneira
mais
positiva
e
formal:
«Durante
trez
séculos só
as
praias
«(rivages)
da
África
foram
exploradas,
«ou
melhor
usufruídas
pela
política
egoísta
«dos
portuguez.es
,
e
pela
avidez
cruel
dos
«mercadores
negreiros.
Foi
sómenle
no
«século
XIX
que
se
emprehendeu
a
ver-
«dadeira
descoberta da
África,
e
que
se
«quiz
peneirar
os
myslerios
d’essas
vas-
«tas
regiões,
onde
se
procuram os
re-
«cursos,
que
ellas podem offerecer
á
in-
«dustria europêa,
e
a
sahida
que
devem
«abrir
ao
commercio,
esperando-se
ao
«mesmo
tempo
arrancar
os povos,
que
«as habitam, á
barbaria,
e
fazer penetrar
«alguns
raios
de uma
civilisação
superior
«entre
esses
homens,
que até aqui
se
«julgou
pertencerem
a
uma
raça desher-s
«dada, crendo-os
condemnados
a
uma
in-
«fancia
perpetua
ou
á escravidão
Geoqra-
nphia
Geral,
por
L.
Grégoire.
Paris,
1876.
«
—
Liv X.»
s.
(CouliHÚa]
de
D.
Fernando
—
Porto.
Preço
de
cada
n.°
40.
—
JORNAL DE
VIAGENS E AVENTURAS
de
TERRA
e
mar
.
—O
n.°
28, ultimo
pu
blicado,
comém:
Texto:
Costumes
e Religiões
dos
di
versos
Povos:
A
arvore
Antropophaga
—
Estudos
geographicos:
Os Estados-Unidos
da
America
—
Viagens
ás
Cidades
dos mor
tos:
Herculanum
—
Tragédias
do
ma>
Os
Mandarins Siainezes
—
As
novas
communi-
cações
pelo
Valle
do
Amazonas
—Historia
dos
Piratas,
corsartos
e
[Negreiros
—Estu
dos
geographicos:
Os
Aleiítos
—
Viagens
Celebres:
As
regiões
polares.
Chronica:
Uma
invenção americana;
Os
indios
na
Califórnia;
llluminação do
Nia-
gara;
A
granja
dos
abestruzes no
Cabo
de
Boa
Esperança;
O
Gulf-Slream;
Áfri
ca
Occidental;
a
Nova
Zembla;
Hindustão;
Estados
Unidos;
O
maior
dique
do
mun
do;
Um
conselho
de
guerra
entre canni-
baes; O
pescador
e
a
pérola
negra:
No
vas
minas
de
prata; Estatua de
Living-
gtone.
/Ilustrações:
Costumes
e
Religiões
dos
diversos
povos:
A
Arvore
Antropophaga
—
Estados-Unidos:
A
prisão
dos
Tumulos
—
Historia
dos
Piratas:
O
dey
dá
com
o
enxota-moscas
na
cara
do
cônsul
francez
—
Viagens
Celebres:
Diante
do
mar
po
lar.
A
’w
nlnatts betsafazrjtts.
—
Pede-se
por
caridade
uma
esmola
para
o
infeliz
José
Maria,.
morador defronte
da
capella
de
S.
Miguel-O-Anjo,
casa
n.°
3,
empre
gado que
foi
no
Seminário
’
de
8.
Cae
tano,
e
hoje
se
acha
paralítico
sem
po
der
articular
palavra,
e
impossibilitado
de
lodo
o
trabalho.
.
A'
b
almas
caritativas.—
Recom-
mendamos
e
muito
ás pessoas caritativas
a
desventurada
Maria
José
da
Silva,
mo
radora
na
rua
dos
Sapateiros,
n.°
7.
Vive
em
extrema penúria,
e padece
de
doen
ça
incurável.
A’
©aridade
publica.—
Muito
re-
commendamos
ás
pessoas
caridosas o in
feliz
Antonio
Marques
da
Costa,
morador
na
rua
de
S.
Miguel-o-Anjo,
casa
n.°
4,
3.°
andar,
que
se
acha
na
maior neces
sidade
e
doente,
vivendo
só
da
caridade
das
pessoas
que
o soccorrem
com
alguma
esmola.
H
<NÇD
OttCAimi íláE
BKAG
a
SOCIEDADE ANONYMA
DE RESPONSABILIDA
DE
LIMITADA
Resumo
do
aclivo
e
passivo
d
’este Rança
em
29
de
Novembro
de 1879.
Aetivo
Caixa
...................................
Letras
descontadas,
toma
das
e
a
receber
.
.
.
Letras
em
liquidação
.
.
Empréstimos
sob
penhores
Créditos
caucionados em
c/c
Operações
a
longo
praso
com
hypotheca
......................
Agencias
no
Reino.
Agencias no
estrangeiro.
Agencia
da
Madeira.
.
.
Devedores
diversos.
Acções
de
c.
própria.
.
.
Valores
lluctuantes.
EfFeitos
depositados
.
.
Installação........................
Moveis
e
utensílios.
Gastos
geraes
e
commissões
9:5895743
96:9565317
2:1055320
73:8525670
72:9665849
28:19959
1
4
42:4195245
11:0685199
16:1785338
7:2225384
200:0005060
80:7625090
49:2705900
3:5005000
1:4095300
3:8565431
699:3565800
Passivo
Capital
.......................
.
600:0005090
Fundo de reser>a
....
4:2445127
Reserva
para
liquidação.
.
4:5005900
Deposites
a praso
.
23:3165621
»
á
ordem.
.
.
4:9955235
Credores
d
’elfeitos
deposita
dos
......
49:2705000
Credores
diversos
.
.
.
1:4355153
Leiras
em
deposito .
.
.
1:1095635
Lucros
e
perdas. . . .
10:4865029
699:3565800
Braga
5
de
Dezembro
de
1879.
Os
Directores,
José
Antonio
d
’
Oliveira
da
Costa.
José
Joaquim
Lopes
Cardoso
Resumo
do
activo
e
passivo do
Banco
Commercial,
Agrícola
e
Industrial de Villa Real, em
29
de
novembro
de
1879.
Activo
Caixa,
dinheiro
existente
.
16:4295338
Letras
descontadas
e
a
rece-
ber.
.
.............................
631:6385525
Letras
caucionadas com
hy-
potheca
sobre
bens
de
raiz
62:1545000
Leiras
em
liquidação.
.
.
6:6085472
Leiras
protestadas
.
.
.
7:4225600
Letras
em
execução.
.
.
12:094^310
Titulos
e
obrigações
a receber
5:7365107
Empreslmos sobre penhores:
De
acções
deste
Banco.
.
3:9955000
De
diversos
objectos d’ouro
e
prata.............................. 1005000
Be
vinhos.............................
5005000
Operações
a
longo prazo com
hypotheca
sobre
bens
de
raiz...................
12:221^033
Acções
de
conta
própria
em
numero
de
417.
.
.
.
19:4985000
Contas
correntes
com
garantia
De
acções
deste
Banco.
.
3:4505000
De
letras
e
cartas
de
credito
5:5015695
De
vinhos..
7005000
Axentes
no
paiz,
dinheiro
e
letras
a
cobrar.
.
.
80:5915931
Agentes
no
estrangeiro
.
5:2735861
Diversos devedores
.
.
.
8:0335355
Moveis
e
utensílios
.
.
.
610$100
Despezas
<(e
installação
.
1:3505000
883:9145027
Passivo
ANKONCIOS
Capital
do
Banco.
.
.
.
800:0005600
Deposito
á
ordem.
.
.
.
19:8935038
Deposito
a
prazo.
.
.
.
6:8285040
Dividendos
a
pagar
.
.
.
921-5150
Fundo
de
reserva.
.
.
.
11:8205000
Quantia
destinada
para
o
im
posto industrial.
.
.
.
5:2005000
Reserva para prejuízos
even-
tuaes
...................................
8:0005000
Ganhos
e
perdas.
.
.
31:2515799
883:9145027
Villa
Real,
3
de
dezembro
de
1879.
Os
gerentes,
Agostinho
José
da
Costa.
Joaquim
José
d
’Oliveira
Guimarães.
João
Ferreira
Torres,
e mulher
Maria
do
Patrocínio
Torres,
agradecem
em
ex
tremo
reconhecidos
a
todas as pessoas
que
os
cumprimentaram
por
occasião
do
fallecimenlo
de
sua
innocente
filhinha
Ade
laide,
e
bem
assim
aos
que acotnpanhi-
ram
0 cadaver da
finada
para
a egreja
de
S.
Thiago,
assistindo
ahi
no
dia
7
aos
responsos
de
gloria,
acompanhando em
seguida
os restos
mortaes
para
0
cemité
rio
publico;
a
lodos,
pois,
protestam
0
seu
mais
vivo
e
verdadeiro
reconhecimen
to
de
gratidão
e
amisade.
Braga
10
de
dezembro
de
1879.
Maria do
Patrocínio
Torres.
(2739) João
Ferreira
Torres.
’
'XK-/
-‘
SXe*
gB?
-5«Of«K
Os
viscondes
de
Pinlella
summamen-
te
penhorados agradecem
por
este
modo,
|
por
não
0
poderem
fazer já
pessoalmen-
le,
a
10
ias
u
s
exç.
mas
snr.3
’
e
cavalhei
ros
que
se
dignaram
felicital-os
pelo
de
spacho de
seu
filho
Vicente
Pinheiro
pa
ra
governador
de
S.
Thomé
e Príncipe;
e
bem
assim
aos
q
te
tiveram
a
extrema
delicadeza
de
os
acompanhar
á
sua
de
spedida
na
gare
do caminho
de
ferro.
A
lodos
protestam
a
sua
estima
e
eter
na
gratidão.
Braga
5
de
dezembro de
1879.
(2730)
O
padre
Joaquim
Gonçalves
do
Valle
Souto,
de
Curvos,
concelho d’
Espozende,
summamenle
penhorado
pelas
cordeaes
e
inequívocas
provas
d
’estima
e
considera
ção,
que
recebeu
de
seus
exm.
0' e nu
merosos
amigos,
bem como de
muitas
pessoas
das
suas relações,
e
parentesco,
por occasião
da
grave
enfermidade
que
acaba
de
solfrer,
vem por este
meio
pro
testar
a
todos
o
seu
mdelevel
reconhe
cimento
e
agradecer
tanta
dedicação,
visto
que
pessoalmenle
ainda
0
não
póde
lazer.
(2733)
Os
abaixo
assignados,
intimamente
agra
decidos
a
todos
os
illra.
os
e
excm.os
snrs.
ecclesiasticos
e
seculares
e
excm.*
s
senho
ras,
que
se dignaram cumprimental-os
por
occasião do
fallecimenlo
*de
sua
sempre
chorada
esposa,
(ilha,
nora,
irmã
e
cu
nhada,
D. Adelaide
Josephina
Martins
Lo
pes
d’
Oliveira,
e igualmente
aos
que
tive
ram
a
bondade
de
assistir
aos
ofHcios que
por
sua
alma
se
celebraram
na
parochial
egre
ja
do Salvador de
FonCArcada
no
dia
22
de
novembro
proximo
passado,
veem
por
este
meio
tributar-lhes
0
seu
profundo
reco
nhecimento
e
indelevel
gratidão.
Povoa
de
Lanhoso
4
de
dezembro
de
1879.
Anlonio
Julio
Rodrigues
d
’
Azevedo
Coulinho
Francisco
Manoel
Mtrlins
d'Oliveira
Anna
Francisca
Martins
Lopes
Joào
Anlonio Rodrigues
d
’
Azevedo
Coulinho
Joanna
Adelaide
Rodrigues Alves
Carneiro
Maria
Angelina
Martins
Lopes
d'Oliveira
Felicidade
Amélia
Martins
Lopes
d
’Oltveira
Augusta
Maria
Martins
Lopes
d
’Oliveira
Laurinda
Joanna
Martins Lopes
d
’
Oliveira
Manoel
Anlonio
Vieira
Martins
Anlonio
Joaquim
Dias de
Faria. (2728)
Arrematação
Pelo
juiso
de direito
d’esta comarca
de Braga
e
escrivão
do
6.° oílicio,
Pessa,
no
dia
21
do
futuro
mez
de dezembro,
na
praça
publica
das arrematações
judi-
ciaes,
á
porta
do
tribunal
das
audiências,
no
largo
de
Santo
Agostinho,
d
’
esla
ci
dade,
se
tem
de
arrematar
e
entregar a
quem
mais der
e
lançar,
uma
morada
de
casas
de
nm
andar,
com
quintal
e
poço,
designada
com
0 n.°
102,
situada
na
rua
da
Ponte,
d
’
esta
mesma cidade,
allulial,
que confronta
do
n>scente com
a
rua
publica,
poente
com
herdeiros
do viscou
de de
S. Lazaro,
do
imrle
com
José
Maria
Trepos,
e
do
sul
com
João
de
Pai
va
de Faria Leite.
Brandao,
e
tem
a
entrar
em
praça
pela
quantia
de
reis
5005900,
livres
de
deducção
ou
despeza
alguma.
Procede-se
a
esta
praça
pelo
in
ventario
orphanologico
que
se processa
n
’este
juizo
e
carlorio
do
sobredito
es
crivão
por
fallecimenlo
de
’
Miguel
José
da
Silva
Franqueira,
morador
que
foi
na
rua
das
Aguas, d’esta
mesma,
no
qual
é
lingua
invenlariante
a
tilha
do
inventa
riado
Maria
Thereza
de
Jesus,
casada,
moradora
na
mesma
rua.
Por
este
an-
uuncio
e
pelos
edilaes
que
se
acham af-
íixados são cuaíos.
chama
los
e reque
ridos
lodos
os
credores
incertos
do
ca
sal
inventariado,
para
assistirem, queren
do,
a
esta
praça
e
usarem
do
direito
que
a
lei
lhe
faculta.
Braga de
novembro
de
1879.
O
escrivão
José
Luiz
de
Oliveira
Pessa.
Verifiquei
a
exactidão.
(2737)
Adriano
Carneiro
de
Sampaio.
Manoel Prim,
faz
publico
aos
seus
ami
gos
e
freguezes
que
a sua mala-posta
do
correio,
sae
de
Braga
da
casa
do
snr.
Ribeiro
Braga,
ás
11,45 da
manhã,
e
do
Correio
ás
12
horas
da
manhã;
chega
a
Guimarães
ás
2,45 da
tarde;
sae
de
Gui
marães
da
casa
do
Correio,
do snr. Au
gusto
Mendes
da
Cunha,
ás
2 horas
para
as
3
da
noite,
chega
a
Braga
ás
5
horas
e
45
minutos
da
manhã.
Preço
240
rs.
(2735)
Manoel
Prim.
SOCIEDADE
DEMOCRÁTICA
RECREATIVA
São
convidados
os snrs.
socios,
e
suas
exm.
3S
famílias, para
assistir
á
Con
ferencia
Familiar
pelo
exm
0
dr. Pereira
Caídas,
a
qual
terá
logar
no
salão da
Sociedade
pelas
7
horas
da
noite de
15
do
corrente;
cujo programma é
0
se
guinte:
Conferencia Familiar
sobre Edades Pre-
liistoricas
em suas correlações
Archeologicas
TOPICOS
DISCURSIVOS
Horizonte
prehisíoricot
Migrações
etimológicas;
Aborígenes
peninsulares.
Bases
de
exanaei
Mylhos
tradicionaes;
Monumentos
arcbaicos.
Doeiunentos
ethnologieoBt
Homem
fóssil;
.Industria
primigenia.
Critica
Itieratieat
Betylas
e
Brontias;
Ceraunias
e
Donnars.
Kstíiiloa paleantnlogieoBi
Paizes
estranhos;
Península
hispânica.
Edades
prehi^torlcasi
Divisão
archcologica;
Divisão
zoologica.
Bibiiograplila ivrrbeoíogteat
Escriplos
geraes;
Escriptos
especiaes.
(2749)
EDITAL
A
Camara
Municipal
do
Concelho
de
Fafe
Faz
saber
que
no
dia 4
de janeiro
proximo
pelas
10
horas da
manhã,
hade
nos
Paços
do Concelho
arrematar-se
o
fornecimento
das
carnes
verdes
que no
mesmo
Concelho
houver
de
cortar-se
du
rante 0
praso
que
se
accordar
no
acto
da
praça.
As
condições
estão patentes
na secre
taria
municipal.
Fafe
9
de
dezembro
de
1879.
O
Vice-Presi
lente
(2736)
Soares
Ferreira.
______________ ___ ____________»
LEILÃO
NAS
PALHOTAS
STa
Cata
Comiuereial
Penhorista
Domingo,
14 d’este
mez,
e
nas
dias
seguintes,
serão
vendidos
em
leilão lodos
os
penhores
que tiverem
mais
de 4
me
zes
de
juros
vencidos.
(2738)
Bapé
meio
grosso,
botes
de 250
grs.
240
Rapé
vinagrinho
»
»
»
250
ESapé
secco
»
»
»
250
Rapé
Rosa
»
»
»
250
TABACARIA.
RUA
DO
CARVALHAL
N.°
50
BRAGA.
(2724)
MUITA
ATTENÇÃO
Vende-se
a
casa
que
tem
sido
occu-
pada
pelo
Banco
Commercial
d’
esta
cida
de
de
Braga,
sita
no
«ampo
de
D.
Luiz
1,
com
grande
quintal
com
um
anel
de
agua
permanente, do
aqueducto
geral
da
cidade,
com
grande
poço
e
nora,
e
sahi-
da
para
a praça
do
Salvador, ou
campo
da feira
do
gado.
Para
traclar-se
no
escriptorio
da
me
sma
lodos
os
dias
desde
as
9
horas
da
manhã
ás
4
da tarde.
(2720)
VENDE-SE
A
casa
n.9 21
da
rua
do
Souto,
d
’
esta
cidade
de
Braga.
(2722)
DINHEIRO
A
JURO.
Na
confraria
de
Santo
Amaro,
da
Sé
Primaz,
ha
2*05000
reis
para
dar a
juro.
(2726)
EDITAL
Devendo
no
dia
31 de
dezembro
corrente,
verificar-se
nos
Cofres
Centraes
dos Districtos
do
continente
do
reino,
e
nas
Caixas
Centraes
do
Ministério
da
Fazenda
o
pagamento
dos
juros
do
segundo
semestre
de
1X79,
das
obrigações
das
seis
series
emittidas
do
empréstimo
para
os
caminhos
de
ferro
do Minho
e
Dou
ro:
são
prevenidos
os
possuidores
das
mencionadas
obrigações,
quer
de
assenta
mento,
quer
de
coupons, qne
pretendam
receber
o
dividendo
n
’
este
districto,
que
devem
apresentar
n
’
este
Cofre
Central
relações,
em duplicado,
das
obrigações
que
possuírem,
onde
se
descrevam pela
sua
ordem
os
numeros
d
’essas
obrigações.
Ambas
as
relações
serão
cheias,
segundo
as indicações
n’
ellas
impressas
á
mar
gem,
e
assignadas
pelos
indivíduos
possuidores
de
coupons,
ou
a favor
de
quem
tiver
sido
feito
o
ultimo
averbamento
das
obiigações,
ou
por
seus
legítimos
pro
curadores;
juntando-se
a
respectiva
procuração,
sendo
as
assignaturas
reconhecidas
por
tabellião,
em
qualquer
dos
casos.
Um
dos
recibos deve ser
devidamente
sella-
do,
com
estampilha
do
imposto
do sello,
nos
mesmos lermos que
os
recibos
de
juros
pagos
pela
Junta
do
Credito
Publico.
As
relações estão
desde
já
á
venda
no Cofre
Central
d
’
este
districto.
Juntamente
com
as relações
serão
apresentados os coupons
das
obrigações,
relativos
ao
segundo
semestre de
18'9,
ou
as
próprias
obrigações,
se
lerem
de
assentamento.
,
A
apresentação
das
relações
e
títulos,
nos
termos
antecedentes,
n
’
este Cofre
Central,
será
feita
desde
as dez horas
da
manhã
até
ás
ires
horas
da
tarde
da
maneira
seguinte:
Obrigações
n.os 1
a
1
’
4:000
inclusive
no dia
17
de
dezembro
14:001
a
28
000
B
18
B
28:001
a
■
42
000
19
B
42:001
a
56:000
»
20
-
»
56:001
a
70:000
f)
22
B
70:001
a
81:000
»
23
D
84:001
a
98
000
>
24
B
98:001
a
112:000
B
26
»
112.001
a
126:000
B
27
B
126:001
a
140:000
>
29
B
14H:OOl
a
154:000
))
30
»
151:001
a
166:677
31
>
Podem,
no
^entanto
os
possuidores
de
obrigações,
cuja
verificação, nos
lermos
da
tabella acima,
devesse
reolisar-se
em
mais
de
um
dia,
apresenlal-as
Iodas
no
mesmo
dia
e por meio
de
urna
ió
relação
(com
o
competente
duplicado}, comlanlo
que
alguma
ou
algumas
das
obgrigações
a
apresentar
no
grupo
d’
ellas
maior
com
nu
meração
seguida,
tenham
numeros
correspondentes
á
verificação
ordinaria d’esse
dia.
Em
todo
o
caso,
faz-se
saber
qne,
para
cada
semestre
e
para
cada
classe
de
obrigações
—ass<
ntamento
ou
coupons
—
é necessária
apresentação
de
relações
espe-
ciaes.
Não
é
admittida
cm
cada
relação
descripção
promíscua
de
obrigações
de
cou
pons
e
de
assentamento,
nem
de
juros
de
mais
de
um
semestre.
Depois
de
verificadas
e
notadas
as
relações,
serão
junlamente
com
as
obriga
ções
de
assentamento,
devidamente
carimbadas,
restituídas
aos
apresentantes
para,
no
dia
31 de
dezembro
corrente,
mediante
a
apresentação d’
essas
relações,
ser-lhes
pago
o
juro
respectivo
ao
segundo
semestre
de
1879,
effecluando
se
o
pagamento
das
dez
horas
da
manhã
ás ires
horas
da tarde.
O
possuidores de
obrigações
das
seis
series emittidas
do empréstimo
dos
ca
minhos
de
ferro do Minho
e
Douro,
que
não
se
apresentarem
para a
verificação
dos
seus
títulos
nos
dias
respeclivamente
marcados
acima,
só
poderão receber
es
ses
juros
ou
quaesquer outros
em
divida,
na
sexta-feira
2
de janeiro
de
1880,
e
primeiras
sextas-feiras
de
cada mez.
não
sendo
dias
feriados,
porque então
o pa
gamento
será
na
vespera. Outro
tanto
acontecerá
relativamente
aos portadores
de
relações
verificadas
e
carimbadas,
que
se
não
apresentarem
para
receber
os
juros
respeclivos
no
dia 31
de dezembro
corrente.
Repartição
de
fazenda do
districto
de
Braga,
aos
10
de dezembro
de 1879.
(2734)
O
Delegado
do
Thesouro
Henrique
Francisco
Bizarro.
BILHETES,
SERIES
E
FliLCÇEÕS
JA
A
’
VEADA
DA
(Extracção a 83 de dezembro de 1819)
Em
casa
do cambista
Antonio
Ignacio da Fonseca,
—
de
Lisbca,
com filial no Porto.
Ó
capital
que
se
distribue
nesta
loteria
é,
em
moeda portugueza,
‘
J.ÔUBIOOOÍOOO KMS
CERCA
!Hí
IRES Wl. COXTOSH!
O
cambista Antonio Ignacio da
Fonseca,
com
casa
de
cambio
e
loterias
na
rua
do Arsenal,
66,
58
e
60,
Lisboa, e
filial
na
Feira
de
S.
Bento,
33,
31 e
35,
Porto, faz
sciente
ao
respeitável
publico
da
capital,
províncias,
ilhas
e
Brazil,
que
lem
nos
seus
estabelecimentos
um
variadíssimo
sortimento
de
bilhetes
e
suas
divisões,
como
abaixo
se
vê,
da
loteria
MONSTRO
que
se
verifica em
Madrid
no
dia
23
de
dezembro
do
corrente
anno
de
1879.
O
annunciante
satisfaz
todos
os
pedidos
que
se
lhe
façam,
quer
sejam
para
jogo
particular
quer
sejam
para
negocio
(porque dá
boas
commissões),
na
volta
do
correio,
recebendo
em
pagamento
leiras,
ordens,
valles,
sellos
do
correio
ou
em
outra
qualquer
especie,
que
mais
convenha
ao
consumidor,
excepluando sellos
de
verba.
•
„
Remette
em
tempo
necessário
planos, listas
e telegrammas.
Promptifica-^e
a
fazer'o
pagamento de
qualquer prémio,
que
tenha
a
fortuna
de
vender,
nas
recebedorias
das
comarcas,
se
tanto
quizer
o
interessado.
Recommenda
ao
publico
a
leitora
do
plano
d
’
esta grande
loteria,
e em
especial
a
parte
em
que
garante
um
prémio
certo
a
qnem
tiver
DEZ numeros
seguidos!!!
VAa.Oit
MOS
HUSMIOS
em
moeda
hespanhola
em
moeda
portugueza
EXPLICAÇÃO
DAS
APPROXIMAÇÔES
1
de
2.500:000
pesetas
1
de
450:0000000 reis
1
de
1.250:000
1 de
225:0000000
B
1 de
750:000
»
1
de
135:0000000
>
2 de
250:000
2
de
45:0000000
B
4
de
125:000
»
4 de
22:5000
’100
D
20
de
50:000
»
20
de
9:0000000
B
30
de
25:000
30 de
4:5000000
1:758
de
2:500
>
1:758
de
4500000
D
3:999
terminações
500
»
3:999 terminações
900000
B
99 approximaçôes
2:500
>
99 approximaçôes
4500000
99
»
2:500
»
99
»
4500000
B
99
>
2:500
>
99
»
4500000
>
2
>
50:000
2
5
9:0000000
))
2
»
34:000
b
2
»
6.1200000
>
2
>
22:500
D
2
»
4:0500000
»
6:119
prémios
6:119 prémios
HOGG-, Pharmaceutico, rue Castiglioae, n°
2, em
Pariz, único proprietário do
OLEO
I
DE
HOGG
Os numeros anterior e
posterior
do prémio
de
450.0000000
reis
tem,
cada
um,
approximação
de 9.6000000
reis,
além
de
outro
prémio
que
lhe possa
pertencer
no
sorteio.
'
Os numeros
anterior
e
posterior do prémio
de
225:0000000
reis
tem
lambem,
cada
um,
approximação
de
6:1200000
reis,
independente
de qualquer
prémio
que
lhe
possa
pertencer.
Os
numeros
anteiior
e
posterior
do
prémio
de 135:0000000
reis
tem,
cada
um,
a approximação
de
4:0500000
reis,
assim
como
outro
prémio que lhe
possa
caber.
Nas
tres
centenas dos
prémios
maiores
são
todos
os
297
numeros
premiados
com
100
libras
cada
um.
Quer
dizer:
se
sair
no n.°
1:416
todos
os
numeros
de
1:401
a
1:415
e
de
1:4
’
7
a
1:500
lem
este
prémio.
Se
sair
no
n.
’
6:587
o
segun
do
prémio
são
premiados
com
100
libras
os numeros
de
6:501
a 6:586
e
de
6:588
a
6:600.
Se
sair
o terceiro prémio
no
n.°
7:731
são
premiados
com
100
libras
os
numeros
de 7:701
a
7:730
e
de
7:732
a
7:800.
Todos
os
numeros
cuja
terminação
seja
igual
áquella
do
que
obtiver
o
prémio
de
450:0000000 reis
são
premiados
com
20
libras;
quer
dizer
se
sair
o
prémio
grande
em
rf.°
7:545,
todos
os numeros-que
terminem
em
5'teem
este
prémio,
e
por
conseguinte
quem
tiver
DEZ
numeros
seguidos, uma SERIE,
tem
já
certo
o
prémio
de
20
libras,
e
póde
ler
tres
vezes
todos
os
dez
numeros
premiados,
por
as
approximaçôes
de
centenas,
além
do
que
lhe
caiba
por
sorteio,
e
para
isso
ba
stará
que
a dezena
seja
beneficiada
com
os
tres
prémios
maiores.
Creio
que
deixo
bem
explicada
a
combinação
das approximaçôes.
PREÇOS.
—
Bilhetes
inteiros
a 930000
reis,
meios
a
470000,
quintos
a
190000,
décimos
a 90500, fraeções
de
60000,
40500,
30000,
2^400,
10200,
600,
480,
240,
120
e
60 reis. Series
de
10
numeros
seguidos,
tendo
cada
uma
um
prémio
certo,
de
600000,
480000,
240000,
120000,
60000,
40800,
20100, 10200
e
600
reis,
ha
vendo
grande
variedade
de
numeração
e
podendo
se
alcançar
grande
quantidade
de
numeres
em
series,
l
Considerando
se
esta
casa uma
das
mais
bem
sortidas
pede
aos
seus numerosos
amigos'
e
freguezes
o
fazerem
os
seus
pedidos
com alguma
anlecedencia.
As
listas
chegam
no
dia
26
e
o
pagamento
dos
prémios
é feito
cm
seguida.
Pedidos
ao
cambista
Antonio Ignacio
da Fonseca, rua
do
Arsenal,
56, 58 e 60, Lisboa, ou á filial no Porto, Feira de
S.
Bento,
33,
34 e 35.
OLEO NATURAL
DE FÍGADO
DE
BACALHAO
As experiências
feitas durante mais
de vinte
annos,
tem provado que este
oleo é
de uma effieacidade certa,
contra as moléstias do peito, a
Tísica,
Itroncliiti
4,
Pri-òe-í
doventre,
CatarrJios, Tosses ehroni-
cas, AíFecçòes escrofulosas, Tumores glantlularios, Mo
léstias
<la
pelle,
fòinpigens, Fraqueza
geral,e
também efficaz
para fortificar as criahcas fracas e delicadas. E' agradavel e
facil de tomar.
Deve-se
desconfiar dos
oleos ordinários e prlncipalmente de todas as composições ínven-
aãas pela
éspeculaçdo para substituir o oleo natural, com o pretexto de tomal-ó mais effi-
az e mais
agra lavei;
cujo
resultado é cansar e irritar o e tomago inutilmente. EsLs
oleos
são até perigosos.
Para
se ter certeza de tomar o verdadeiro
oleo de fígado de bacalhao natural e puro,
c
' Ç-se
comprar somente o
oleo
de
hogg
,
que
se vende
em vidros triangulares (o
modelo foi depositado em Lisboa, segundo a regra da lei).
»eve-se
exiçiro
nome <le
, e de mais, o certificado do Snr LESUEUR, Chefe'dos traba
lhos
chimicos da Faculdade de Medicina de Pariz, que vai impresso no rotulo colado em cada
vidro triangular, o oleo de Hogg vende-se em todas as principaes Pliarmacias.
Dcpo&tarios
: Em Lisboa, Pharmacia
AVELLAR
rua
Augusta, 225-227:
No
Porto, FERREFRA
e
irmão
,
Bainharia,
77-79;—Em Coimbra, J.L.M.FERRAZ, largo
doCastello.
Arrematação
voluntária.
No
dia
2I
do
prezenle
mez
de dezem
bro,
pelas
10
horas
da
manhã,
lem
de
arremalar-se
particularmente
uma
morada
de
casas
com seu eido
junto,
que pro
duz
pão,
vinho, e frucla,
silo
do
logar
do
Souto,
por detraz
da
egreja
de
S.
joão
de
Semelhe,
pertencente
a
D.
Adria-
^osa
de
Mello, da
Cidade
de Braga,
na
..
'
,onies
pódem
comparecer
no
Os
preteriu.
'-««uezia,
no
dí3 e
hora
local
da
mesma
-.^gará,
se
v
ulti-
acima
indicada,
e se
em
mo
lanço
convier
a
vendeuuia.
Braga
I
de
Dezembro
de
1879.
.'27251
D-
Adriana
Rosa
de
Mello.
FOLHINHA
ROMANA
Já
se
acha
á
venda
para
o
anno
de
1880; em
Braga
no
escriptorio
da
Typo-
graphia
Lusitana,
rua
Nova
n.° 4,
e
em
casa
do
snr. Bernardino
José
da
Cruz
Vestimenlaria
Rocha
e
Viuva
Germano,
rua
do
Souto,
e
na loja do snr.
Clemente
José
Fernandes
Carneiro
rua
de S.
Vi-
ctor,
e
em
todas
as
mais
localidades
do
costume: preço
140 rs.
Nas
mesmas
casas
e
localidades
de
vem
acliar-se
opporlunamente
as folhinhas
Bracarenses,
e
Almanach
Civil
ou
de
al
gibeira.
jy.
B.
—
Grande
variedade
de
bilhetes e suas
divisões
para
os
sorteios
ordiná
rios
das
loterias
portugueza
e
hespanhola
pelos
preços
já
annunciados.
(2703)