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Parte de N.º 1024 de 20/12/1879
- conteúdo
-
Vil
ANNO
SABBADO
20 DE DEZEMBRO DE 1879
NUMERO
1:024
REDAGTOR
—
D. MIGUEL SOTTO-MAYOR
PhEÇU
DA
ASSlGNATUltA
12
mezes,
com
estampilha 2èi0b—
12
mezes,
sem
estampilha
1Ô800
—
Brazil,
12
mezes,
moeda
forte
4&2ÍK;
—
Avulso
20
rs
PUBLICA-SE ÁS TERÇAS, QUINTAS E SABBADOS
PUBLICAÇÕES
Correspondências
partic. cada
linha
iO
—
Annuncios
cada
linha
20
—Repetição
10
rs.
—
Assignantes,
20
p.
c.
d
’
ahatimerto
BRAGA
—20 DE
DEZEMBRO
A verdadeira
enfermidade da
ao>
eiedade
moderna.
A
enfermidade
que
afllige a
sociedade,
negada
com tanto
aflinco
por
lodos
os
inimigos
da
Egreja
quando
Leão Xílí
a
notou
e
deplorou
na
sua
Encyclica
In
scrulabili,
é
agora por
lodos reconhecida,
e
dir-se-hia
que
os
orgãos
do
liberalismo
repelem lextualmenle
as
palavras
com
que
os
calholicos
deploravam
o
estado
mise
rando
da
presente
sociedade
quando
de
fendiam
dos
assaltos
da
impiedade
a
En
cyclica
pontifícia.
De
lodos
os
lados
do
campo
liberal
se
ouvem
boje
vozes
magoadas,
por
toda
a parte
se
clama
que
se
vae
descendo
ao
abysmo,
que
é
urgente
necessidade
de
applicar
á
gravíssima
enfermidade
so
cial
um
eflicassíssimo
remedio.
Quem
quizer
contemplar
o
triste qua
dro
não podei
á
cerlamente achal-o
dese
nhado
com
sombras
mais
carregadas
do
que
nos
artigos
e
nos
discursos
dos
po
líticos
e
dos
jornalistas
liberaes.
«Por
toda
a
parte
se
respira
um
ar
pezado
e
mortífero,
dissolução
nas
famí
lias, depravação
nos costumes,
temores
no
futuro,
descontentamento
universal;
parece-nos
estar
moralmente
como
se
está
physic.amente
quando
a
athmosphera
car
regada
d’
eleclricidade ameaça
um
cataclis
mo
(1).
E’
indispensável que
os
estadis
tas
voltem
todas
as
alienções
ao estado
do
problema
social,
e
que
para
resolvei
o
se
lance
mão
de todos os
meios
moraes
e
maleriaes
que
convém á
natureza
do
mal
ao
qual
é
suprema
e
urgente
ne
cessidade
acudir
(2).
E
’
evidente
que
uma
corrente
túrbida
e
pestífera
atravessa
a
Europa;
é
evidente
que
a
acção
d
’um
governo
inteliigente
e
verdadeiramente
li
beral
deve empregar-se
em
desarraigar
com
todos
os
meios
que a
civilisação
for
nece,
a
má planta
qne
produz
tão
vene
nosos
fruclos
(3)».
E
’
esta
a
linguagem
hodierna do
jor
nalismo
liberal,
o
qual
cora idênticas ex
pressões
em
tqda
a
Europa
vae
lamen
tando
a
enfermidade
da
sociedade tuoder-
I
(1) Avvenire, 13
de
novembro
de
1878.
(2)
Liberlà,
24
de
novembro de
1878.
(3)
Dirillo,
21
de
novembro
de
1878.
na e
reclamando que
se
lhe
acuda
prom-
plamente.
E
já
é
sem
duvida um
grande
bem
reconhecer-se e
confessar-se
a
enfermidade
que
d
’anles
se
negava,
já
uma
grande
fortuna
que
a
infeliz
sociedade
moderna
se
queixe
da
sua
grave
enfermidade
e de
clare
a
necessidade
de
promptos
medica
mentos.
Estas
simples
queixas,
porém
nada
valem,
se
não
se
descobre
qual
seja
a
enfermidade.
Sem
o
perfeito
conhecimento
do
mal
os
remedios
podem
ser
contra
producentes
e
em
logar
da
vida
que se
procura
apressar
a
morte
que se
receia.
L'
portanto
mais
que
tudo
necessário
que
se
manifeste
a
verdadeira
enfermidade
da
sociedade moderna,
que
se
conheça
qual
é
essa
má
planta,
que
produz
fruclos
tão
venenosos.
Não
é
cerlamente
esta mortal
enfer
midade
u<n
paroxismo
febril
causado
por
passageiras
e
vivas
paixões
o
que
agita
e
aflige
esta
pobre
sociedade
que
se
con
torce
enlre
horríveis
convulsões
sem
uma
hora
de
paz sobre
um
leito
de
perma
nente
agonia.
Não
é
o
descontentamento
produzido
pela
miséria que
reina
nas baixas
classes,
o
que põe
em
imminente
risco
a
socie
dade.
Este
frémito
terrível do proletariado
que
ame.iça
renovar
as seenas
espantosas
da
communa
de Paris,
não
é
causa,
mas
effeilo
da
enfermidade
social,
é
nm
dos
effeitos
principaes
e
mais
perigosos.
Não
é
finalmente
questão
de
fôrmas
de
governo,
e
o
provam
os
symplomas
que
se manifestam igualmente terríveis
na
França
como
na
Prussia.
na
Italia
co
mo
na
Rússia. Sena
na
verdade
uma
il-
lusão
esperar
que
com
ulteriores
e
mais
amplas
concessões,
ou
sómente
restrin
gindo as
actuaes
liberdades
se
salvaria
a
sociedade
presente
dos
seus gravíssimos
males.
O
estado
presente
da
Europa
é
fructo
de
perniciosíssimas
sementes
lan
çadas
ha
muito
no
coração
e
na
mente
dos
homens,
é um
elfeito
e
não
a
causa
da enfermidade
social,
effeito
que
sem
duvida
é
origem
de
males
cada
vez
maio
res mas
que
não
cessará
emquanto
não
cessar
a
causa que os,produziu.
A
grande enfermidade
da
sociedade
presente,
da nossa Europa
contemporâ
nea,
é
o
terrível
raorbo
da rebellião.
E
’
esta
a
verdadeira
causa
de
todos
os
ma
les que ella
hoje
esti
soífrenio
e
de
ou
tros
aiuda
peiores de que
já
se
mostram
tristes
presentjmentos.
A
sociedade
pretendeu
temerariamente
separar-se
de
Deus,
emancipar-se
da
au
ctoridade
divina,
rebellar-se
contra o
seu
Creador
e
Senhor; não
quer
saber dos
seus mandamentos,
desprezou
os
seus
sa
cramentos,
conculcou
e
negou
os
seus
direitos.
Se
ainda,
como
sociedade,
não
nega theoreticainenle
a
sua
existência, é
o
mesmo
que
se
a
negasse,
porque
vive
como
se
Deus
não
existisse.
A
rebellião
formal
contra
a
primeira
auctoridade
é
ainda
sómente
de
poucos,
mas
não
é
de
poucos
a
rebellião para
assim
dizer
ma-
lerial
que
se
traduz
no
indifferentismo
practico
religioso dos
nossos
dias,
no
es
quecimento quasi completo
de
tudo
que
respeita
á
alma
e
á
eternidade,
nos
cui
dados
unicamente
da
terra
e dos
interes
ses
terrenos,
no
mais funesto
abandono
de
todos
os
negocios
mais
graves
da
consciência,
no
sarcasmo
de
tudo
que
é
sobrenatural.
Ora
quando se
começou
a
sacudir
oj
jugo da auctoridade
divina, quando
se
ousou
lheoretica
ou
praclicamente
levan
lar
o
estandarte
da
rebellião
contra
Deus;
era
natural
que
se
sacudisse
o
jugo
de
todas
as
outras
auctoridades
subalternas,
e
se
proclamasse
uma
independencia
sem
limites.
Quem
não
se
subnelte
á
auclo-
ridade
de
Deus,
não
póde
achar
corações
que
se
submetiam
á auctoridade
dos
ho-
,
mens,
e
assim
a
sociedade
devia natural-
|
mente desordenar-se progressivamente
até
parar
na
anarchia. na
sua
completa
dis
solução.
Desde
que se
abateu
a
auctoridade
de
Deus,
não
podia
sust-
ntir se
a
auctori
dade
paterna
na
familia,
e
ao
mesmo
tempo
na
sociedade
civil
que
resulta
do;
complexo
de
muitas
famílias
a
auclorida-l
de
pohtica
devia também
vacillar.
A
re-j
bellião
religiosa,
traz
comsigo
a
rebellião
j
domestica
e
a
rebellião
civil.
Todas
as|
auctoridades
se
ligam entre
si
até
á pri
meira
que
é
a de
Deus,
na
qual
se
apoiam
todas,
e
destruída
esta
todas
as
outras
devem
cahir
por
falta
de
fundamentos.
Eis aqui
a
verdadeira
enfermidade
da
presente
sociedade,
a
chaga occulta
que
lhe
lira
a
paz,
que
a
agita
nas
terríveis
convulsões
d
uma
mortal
agonia.
Se
esta
é pois
a
enfermidade,
não são
necessárias
grandes
lucubrações
para
en
contrar
o
remedio adequado
e
eflicaz.
Volte-
se
á
obediência
de
Deus,
reconheça-se
e
aceite-se a
sua
auctoridade,
obedeça-se
a
quem
faz
as
suas
vezes
na
terra,
acabem
os
direitos
do
homem
e triumphem
os
direitos
de
Deus.
Se
não
se
mudam
os
princípios,
é
lou
cura
esperar
que
se
mudem
as
conse
quências:
com
palliativos
e
com meios
termos poderão
retardar-se,
ruas não con
jurar
se
os
perigos
que
estão
iinminentes
sobre
a
cabeça
dos
reis
e
dos
povos.
E’
e
indifferentismo
religioso
que
reina
por
toda
a
parle
e
em
todas
as classes,
que
é
necessário
destruir,
são as
preversas
doutrinas
quç
se
devem
extirpar:
é ne
cessário
que
a
moral
publica
e
a
politi
ca
torne ao
decálogo,
que
as
nações
vol
tem
ao
Evangelho
do qoal
apostalaram.
Se
os
reis
não
reconhecem
a
auctoridade
de
Deus
e
não
rein.»in
em seu
nome
mas
pela
vontade
do
povo,
são
d
’
estes ou
es
cravos
ou
lyrannos;
se
o
povo
não
obe
dece
aos
príncipes
como
ministros
de
Deus,
mais
cedo
ou mais
tarde
quebra
o
freio
e
se
rebella:
se
esquece
a
lei
di
vina
que
justifica
a
divisão
das
classes
e
a
diversidade
das condições,
lodos
querem
elevar-se,
não
segundo
a
justiça,
mas
se
gundo
o
orgulho
humano
que
não
conhe
ce
confins; vem
a
lucla
pela
vida,
rom-
pein-se
os
vínculos
necessários
e
a
so
ciedade
se
dissolve
inevitavelmente.
Os
frutos
da rebellião
contra
Deus,
contra
Jesus Christo, contra
a sua
Egreja
são
esta
presente
enfermidade
social,
que
se
manifesta
nos
terríveis
symplomas
que
nos
estão
horronsaudo
e
nos
ameaçam
imminenles
catastrophes,
os
regicídios,
as
sublevações,
as
espantosas
estatísticas
de
delidos
qne
deshonram
as
nações
mo
dernas.— (G. de
R.)
A
tolerância
liberal
apparece
em
toda
a
parte.
A
miséria
não
visitou
só
as
provín
cias
de
Levante,
em
Hespanha,
visitou
lambem
muitos
pontos
da
França,
onde
a
auctoridade
tem
creado
commissões
de
beneficencia,
tendo
o
cuidado de
excluir
d
'ellas
os
kgilimislas,
os
calholicos.
Mas esUs acharam,
e
acharam
bem,
que
o
governo
não
tinha
direito
de pôr
obstáculos á
sua
caridade
e por
i.-so
crea-
ram
commissões
livres
de
beneficencia.
A
subscripção
do
«Figaro» a
favor
das
commissões
livres de
beneficencia
tem
co-
FOLHETIM
CREANÇAS E
FLORES
i
(Conclusão
do
n.°
1:022)
Nos
livros
santos
encontramos
em
bellas
allegorias
representando
o
Verbo
Eterno,
pela flôr
de
seis
folhas—
a
açu
cena,
o
amor
divino
pela flôr
da maciei
ra,
os
justos
pela
flôr
da
figueira
e
pelas
mandragoras
de
Lia
a fecundidade,
e
com
tal
presente
foi
Rachel
a
mãe
ditosa
de
José.
Os
pagãos
também
associaram
as
flô
res
á
sua religião
e
costumes:
os
sábios
eram
coroados
de
flôres
e
de
amaranto,
adornavam
as
estatuas
dos
deuses
e
os
sepulchros
dos
grandes
homens,
porque
esta
flôr
conserva
depois
de
secca
a sua
còr.
A
estatua
do
pudor
era
representa
da
com
uma
rosa
encarnada na mão.
Os
arabes
e
egypcios
dedicaram
a
acacia
ao
deus
do
dia,
porque
observaram
que
as
folhas
d’
esla
planta se abriam
e
fecha
vam
esperando
o
periodo
da
sabida
e
occaso
do
sol,
e
qne a
sua
flôr
resguar
da
por
uma
especie
de
plumagem,
imita
o
radiante
disco
do
astro
rei.
Os iniios adoravam o
lodão
que
ap?
parecia
á
superlicie
das
aguas
ao
nascer
do
sol
e
se
occnitava
com elle.
Os
budhistas,
que
professam
a reli
gião do
sintoismo, tinham culto
por
urna
flôr
particular,
á
qual
altribuiam
o
dom
de
prolongar
a
vida,
e entre
os
brahma-
nes
os
astrologos
escreviam o horoscopo
das
creanças
nas
folhas
da
palmeira.
Os
romanos,
desde
o
tempo
dos
An-
lonius,
orn
.vam
com
flôres
os
sepulchros,
e
semeavam
nas immediações
as
plantas
as
mais
odoríferas
Os habitantes
da
Asia
menor
plantavam
no campo
da
morte—
murta,
myrlo
e
perpetuas. Quando
entrou
na
Alexandria o
luxuoso
carro fúnebre,
no
qual
era
conduzido
o
conquistador
da
Asia,
vinha
adornado
com
pérolas
e flô
res.
O
pinheiro
era
consagrado
a
Cibele
em
tempo
remoio,
e
á
açucena
chamavam-
lhe
flôr
de
Juno.
Os
gregos, esses
povos
eminentemen-
le
civilisados,
que
souberam
surprehen-
der
o
momento
fugitivo
da
belleza
para
o
eternisar
no
mármore
e
no
bronze,
cha
mam
ás
flôres—
a fesla
da
vida.
Kl
As flôres
tiveram sempre
o seu
cul
to;
téem
inspirado
a
religião
mais
super
sticiosa.
O
freixo
de
Odin,
a palmeira de
La-
tona,
a
flôr
do
espinheiro
que livra de
maus
pensamentos
as
pastoras
de
Brie.
a
verbena
dos
gaulezes,
o
karenglo
dos
armoiicanos,
as
favas
pithagoricas,
a
es
piga azulada
dos persas,
que
cresce
só
mente
para
elles
no
paraizo,
o
kaki,
es
sa arvore
divina,
em
cujas
flôres elles
suppozeram
alma,
a
magica salameta,
a
arvore roxa
de
Homboum, cuja folha
re
produzia
em
relevo um
dos
numerosos
caracteres
do
alphabeto
tibeciano,
e
ou
tras
plantas,
foram
sagrados
poemas
mi
lagrosos.
Herodoto
refere
que
Xerxes sentiu
uma grande
alfeição por
uma
planta
—
acariciava-a,
estreitava-a
entre
os
seus
braços,
e
adornava
a
com collares
e
bra
celetes
de ouro.
Carlos
Magno,
legisla
dor
e
phylosoplio,
recommendava
do
seu
throno
Occidental
o
cultivo
das
plantas.
A
imperatriz
Josephina esqueceu,
mais
de
uma
vez os enfados
do
poder
contem
plando
a
extructura
de
uma coróla
das
suas
eslulas
de
Malmaison.
Estudava
as
plantas, e
embriagava-se
com
os
seus
per
fumes,
preferindo-as
ás
essencias
dos
seus
hsongeiros
cortesãos.
—
As
flôres
de
lodos
os
paizes
tinham
logar
nas
suas
estufas.
Nada
mais bello
do
que
a
porlica
repu
blica
formada
pela
soldanela
dos
Alpes,
pela
violeta
de Parma, peio
salgueiro
do
Oriente,
pela cruz
de Malta,
pelo
lyno
do
Nilo,
pelas keleiscas
da
Siria,
pela
rosa
de
Damieta
e
pelo
jasmim
da
Mar-
linica.
Os
povos
mais
selvagens
téem res
peitado
as
flôres;
os
mais
cultos
téem-n
’
as
prendido
aos
seus
sentimentos,
fazendo-as
fieis
interpretes
d
’
estes.
Frequentemente
costuma
ser
um
ramo
de
flôres
a
histo
ria de
um
coração
apaixonado
as
folhas
Ihido
oplimo
resultado;
a sexta
lista
é
no valor de
577.647
francos,
figurando
á frente
d
’
ella
o
Senhor Conde
de Chain-
bord
com a
verba
de
8:000
francos.
A
«Union»
annonciou
esta
snbscripção
real
nos
seguintes
lermos:
«O
Senhor
Conde
de Chamhord di
gnou-se
remetter-nos
uma
somma
de
8:000
francos
para os pobres
de
Paris;
depois
de
solicitarmos
a sua
auclorisação.
tive
mos
o
prazer
de
mandar
para
o
«Figaro»
este
dom
do
exilio».
Todos
os
Príncipes
da
Casa
de
Or-
leans
subscreveram,
variand • as
subscri-
pções de
mil
a
cinco
mil
francos;
os
snrs.
de
Rolhschild
man
taram
também
para
a
suhscripção
do
"Figaro» 25000
francos.
Folgamos
de
registrar
estes
actos.
Sempre
que
se
trata
de
acudir
ao
povo,
appirece
logo
a
mão
generosa
do
Príncipe, que
com
os
direitos
ao throno
herdou
o
dever
de
considerar
como filhos
proprios
os
filhos
do
povo.—
Nação.
GAZETILíl >
Artigo.
—
Em
o
n.°
seguinte
publi
caremos
um
magnifico artigo
do
esclare
cido
redactor
d’
esta
folha,
onde
se
reba
tem as
muitas
inexactidões
que
o
jorna
lismo
revolucionário
tem
propalado
ao
tractar
da
questão
do
ensino
na
Bélgica,
d
’
a!gumas
das
quaes
os
leitores
já
leem
conhecimento
pelos
dois
artigos
que
tran
screvemos.
tur bi<»s
—
Tem
havido
alguns en
tre
os
alumnos
do
curso
de
preparatórios
do
Seminário
Conciliar
de
S.
Ped.o,
dVsta
cidade.
Tinham
por
fim
desacatar
um
di
gno
professor
de latim
com
quem
os
estudantes
não
sympathisam.
Por
ultimo
resolveram
os
amolinadores tractar
a
que-
st
o
diplomaticamente.
E’
de
esperar
que
a auctoridade
superior do
estabelecimento
hade
proceder
em
harmonia
com
a
justiça
e
bom
credito
do
seu
importante
seminá
rio.
AcçSo
louvável.—
Consta-nos
que
mr.
Cazim
r
Lefebvre,
pintor
decora
dor do
templo
do
Bom
Jesus, propozéra
á
Meza
do
Real Sancluario
trabalhar gra-
mitamente
n
>s
domingos
e
dias
sanctifi-
cados,
para
mais
depressa
concluir
a obra
da
capella
mór.
Mr.
Lefebvre
deseja
por este
modo
contribuir
para o
engrandecimento
do
Real
Sancluario,
e
ao mesmo
tempo
dar
á
Meza
uma
prova da sua
gratidão
pelo
pro
cedimento
digno
que
a
mesma Meza
tem
usa
fo
com
este
artista.
A
Meza
vae
ac-
ceitar
esta proposta
logo
que
tenha
con
seguido
a
competente licença
ecclesiastica.
Víisss»
er>iiiui'iu.>ratlva
—
Os
de
votos
administradores
da
Devoção
do
SS.
Rosto
do
Senhor,
que
se venera
no
seu
oratorio
á
entrada
da
rua
do
Forno
ten
cionam
mandar
celebrar hoje,
pelas
9
e
meia
iioras
da
manhã,
na R.
capella
da
Misericórdia,
uma
missa de
requiem, a
instrumental,
para
commemorarem
a
in
stituição
d’
aqiiella Devoção,
pelas
almas
dos
fallecidos
no dia
20
de dezembro
de
1846.
Conferencia
familiar.—
Na
segun
da
feira
teve
logar na
Sociedade
Demo
crática
Recreativa, a
primeira
d
’
uma
serie
de
conferencias
familiares
inaugurada
pela
direcção
d
’
aquella associação.
Foi
conferente
o
snr.
dr.
Pereira-Cal-
das,
que
discorreu sábia
e
elegantemente
sobre
o
thema:
Edades
pre
kistoricas
em
suas
correlações
archeologicas.
Foi
no
fim
muito
victoriado
por
todo
o numeroso e
escolhido
auditorio. que o
escutou
no
meio
do
mais
religioso
si
lencio.
Antes da
conferencia
o
snr.
Fernando
Castiço,
illustrado
presidente
da
assembleia
geral
da
Sociedade,
declarou
o
fim
da
reunião;
e
que
fôra
esta
sociedade
a
ini
ciadora
das
conferencias
familiares.
Apre
sentando
e<n
seguida
o snr.
dr.
Pereira-
Caldas,
fez
o
merecido
elogio
dos
alevan-
lados
talentos
do
illostre
professor,
cu
jos
profundos
estudos
litterarios
lhe
teem
aberto as
portas
das
academias
estrangei
ras
com gloria
para o nosso
paiz.
O
snr.
Pereira-Caldas
agradeceu
elo
quentemente
as
expresso
s do
snr.
Casti
ço.
qualificando-as
como
recordação
de
relações
gratas
entre
antigo
condiscípulo
e
mestre
sempre
amigo.
Faremos
notar
que
na
explanação
dos
seus
estudos
o
erudito
conferente
ancto-
risou
se
de
preferencia
com
a
opinião
de
notavcs
escriptores
ecclesiasticos.
Findo
o
seu discurso, o
snr.
Pereira-
Caldas
sollicitou
que
a
direcção
e
a
as
sembleia
geral
se
dignassem
nomear
socio
honorário
da
casa
o
snr.
dr.
Francisco
Martins Sarmento,
por
ser
aqueila a
pri
meira
conferencia
d’esta especie no
dislri-
cto,
e ser o
indicado
cavalheiro
o
pri
meiro
explorador
de
ruinas
venerandas
no
mesmo districto,
quaes
são
as
da
Cita-
nia.
Esta
proposta,
que
o
snr.
Feruando
Castiço
defendeu,
foi
unanimemente
appro-
vada.
Durante a
discussão
o
snr.
Caídas
lembrou
a
aurora
e
a
evolução
dos
estu
dos
archeologicos
em
Portugal,
citanlo
com
louvor
alguns
dos nossos
mais
distinctos
antiquários.
Cora-igemla.
—
Ni
local
do passado
n.°,
a
respeito
da
academia
religiosa
que
teve
logar
na
Associação
Catholica,
na
parte
em
que
resenhávamos
o
discurso
do
snr.
dr.
Messias
Fragoso,
onde
se
lê:
Que
a
rasão era importante
para, etc.,
deve
emendar-se:
«Que
a
rasão
era
im
potente
para»,
etc.
Klluatre enferma.—
Tem
continua
do,
infelizmente,
enferma,
tendo
já
sido
sacramentada,
a exm.
a
snr.
a
D
Emiha
Cor-
reia
Leite,
esposa
dedicadíssima
do
snr.
D.
Santiago
Garcia
de
Mendoza,
nosso
côn
sul
em
Marselha.
Pedimos
aos
leitores
que
nas
suas
ora
ções
peçam a
Deus
que
restitua,
a saude
áquella
respeitável
senhora.
Saliío 4e recreio do Pavão de
oiro.
—
Assim
se
denomina
uma
exposi
ção
de vistas
stereoscopicas em
chrystal
que o snr.
Ramiro
Machado
tem
na
rua
Nova.
As
vistas
são
excellentes
e
muito
nu
merosas.
Jornal
«le Viagena.
—
Rebemos o
n.°
29 d
’este
exceilenle
semanario
di-
rgido
e
redigido
pelo
snr.
Emygdio
de
Oliveira.
Este
n.°
contém:
Texto: Costumes
e.
religiões
dos
diver
sos
povos:
Haréns
Ennucos
e
Odaliscas
—
Estudos geographicos: O
Colorado
—
O
Japão
piltoresco:
Fernão
Mendes
Pinto
e
a
descoberta
do Japão
—
Historia
dos
Piratas.
Corsários
e
Negreiros—
Aventu
ras
de
Terra
e
Mar:
O vulcão
nos
Ge-
los
—
Tragédias
do
Mar:
Os
mandarins
siamezes
—
Viagens
ás cidades dos
Mor
tos:
Herculanum
— Estudos
geographicos:
Os
Eslados-Unidos
da
America
—
Viagens
Celebres:
As regiões
Polares.
Chronica: O
príncipe
de
Monaco
na
África
—Uma
nova
estrada
—
New Castle
na
Nova
Galles
—
O
oásis
Dschofra
—O
ca
minho
de
ferro
dos
Andes—
Oceania.
Itlustrações:
Costumes
e
religiões
dos
diversos
povos: Hirens,
Ennuchos,
eOla
liscas
—
Historia
dos
Piratas:
Um
montão
de
cabeças
humanas e
explosão
do
forte
do
imperador
—Viagens
Celebres:
Enterro
do
capitão
Hall.
VIo<ln
lllustmda.
—
Publicou
se
o
n.°
24,
correspondente
a
15 do
corrente.
Conforme a
promessa
da empreza, con
sta
já
este
n.°
de
doze
paginas,
oito
das
quaes
cheias
de
gravuras.
O
summario
é
o seguinte:
Gravuras:
Vestido
de panno
e
pellu-
cia
(frente
e costas).
Vestuário
de
ca-
chemira
da
índia.
Vestido
de panno
pre
to.
Vestido
para
casa.
Malha
de
phanta-
sia
para chale.
Malha
de
phanlasia
para
saia.
Ponto
de
phantasia
feito
com
agu
lha de
meia.
Trajo
curto
(frente
e co
stas).
Trajo
feito
de
fazenda
de
phanta
sia
(frente
e
costas).
Tira
feita
a
ponto
russo.
Guarnição
a
ponto
de casa.
Bolsa
para
tabaco-
Capa
grande
para
loto
(fren
te
e
costas).
Entremeio
a
ponto
cheio.
Gmrnição
a
ponto
cheio.
Renda
de
ga
Ião.
Renda
de
malha.
Sete
vestuários
para
jantar,
saraus
e theatro. Guarnição
de
bordado
inglez.
Almofada
turca,
bordada
em panno
encarnado
Guarnição
bordada.
Duas
rendas
Renascença.
Tira
de
appli-
cação
Canto
para
lenço.
Trajo corto,
(eito
de
lã
e seda
(frente
e costas).
Qua
tro modelos
de
chapéus
Veste
Lafayette
e
chapéu
Frondista.
Enygrns.
Artigos:
Correio
da
muda.
—Enire-ados.
—
De
relance. —Ao
f>gão.
—
\
mãe
(poe
sia).
—Economia
domestica.—
Romance
da
rnoda.—
Carteira
do
doutor.
—
Mil
e
uma
receita.
—
Correspondência.
—
Reco
mrnen
da
ções
uteis.
Supplementos:
Figurinos
coloridos.
Fo
lha
de
moldes
e
debuchos.
Com
o
proximo
n.°
distribuirá a
em
preza,
como
brinle a
todas as suas
as
signanles,
um
supplemenio
de
oito
pagi
nas,
contendo
os desenhos
e
explicações
de
um
enxoval
completo
para creança.
AefJo «ligni* d uni Prelado. —
O
nosso
estimável
collega
«Commbricense»
publica
o
communicado
seguinte:
Snr.
redactor.
—Rogo avo obséquio
de
dar
publicidade
ás
seguintes
linhas,
que
tem
por
lim
pagar
urna
divida
de
gratidão.
Ha
dias pedi
ao
ex.™°
e
revd.‘no
snr.
Bispo
Conde
o
favor
de
permitlir
que
um
orphào,
meu
afilhado, da
diocese da
Guar
da,
se
matriculasse
no
Seminário
d’
esta
cidade
por
um
preço mais
resumido;
pois
lhe
pediam
14^000
reis
por
duas
matri
cuias,
segundo
os
estatutos
do
mesmo,
ê
que
o
orphão,
depois
de
ler comprado
capa
e
batina,
apenas
lhe restavam
8$000
íeis.
Sua
exc.a revd.111,1
sem
hesitar,
nem
querer
indagar
da
verdade
que
havia no
meu
pedido,
pega
de 5$50U
reis,
dá-os
ao
orphão,
dizendo
que
faltavam
alli
500
reis
para
prefazer
os
14^000
reis;
que
diga
ao
padre
procurador
lh
’
os lauce
á
sua conta,
e
que
o matricule.
Resplandecem
aqui
muitas virtudes
juntas:
La
A
sincera
boa
fé
de
s.
exc.
a
revd.
ma
2.
a
A caridade
e
generosidade,
ainda
para
um
orphão
de
bispado
alheio,
que
nem
conhece.
3.
a
O
seu
verdadeiro
espirito
de
justiça, não
permittindo
por
nenhuma
fôrma
que
soffram
quebra
os
estatutos
d
’
um
estabelecimento,
que lhe
faz
sutnma
honra
e
que
s.
exc.
a
revd.
m
*
tanto
ajuda.
4.
a
O
amor
pela
boa instruc-
ção,
e
educação
da
mocidade,
remedian
do.
como
póde,
os necessitados,
principal
menle
dos
pobres
orpbãos para
que
o
pão
do
espirito
chegue
a
todos.
5.
a
Finalmente
os
bons
modos
e
doçura
com
que
(ez
aqueila generosa
acção,
que
sem
duvida
lhe
centuplicou
o
valor.
Sua exc.a
revd.ma
primeiramente
mos
trou
com
gesto
doce,
mas
magoado,
que
não
poderia
remediar
nada,
mas
antes
de
responder-me
cabalmente,
pensou
um
mo
mento;
e
a
palavra
—
orphão
—
tocou
o.
e
respondeu-me
(inalmente:
appareça
no
Se
minário, e
d
’
algum
modo
remediaremos.
Deus
lhe
pague, pois, e
lhe
multipli
que
as
forças
physicas e
moraes
para
o
perfeito
desempenho
de
tão
alta
e
santa
missão.
Em
nome
do
orphão
agradeço
cordealmente
a
s.
exc.
a
revd.'“
a
,
bem
co
mo
ao
digníssimo
snr.
pi
I
e
vice-reilor
e
padre
procurador
do
Seminário
o
bem
aco
lhimento
que
lhe"
(izerara.
Arregaça,
12
de
dezembro de
1879.
—José
Antunes
dos
Santos,
Keformn de instrue^no sseun-
daria.
—
Segundo
refere
o «Diano
de
No-
liei
is»,
os
pontos principaes do projeclo
de
reforma
de
inslrucçào
secundaria,
que
o governo
deve
apresentir
ás
camaras,
são
entre
outros:
Novos
prograinmas
elaborados
sob
o
ponto
mais
elementar.
Reducção
do
curso
dos
lyceus,
haven
do
cursos
geraes
em
todos
os
lyceus
e
especiaes para
a
Universidade de
Coimbra,
em
Coimbra,
Lisboa
e
Porto
cursos
com
plementares.
O
curso
g-ral
ficara relu
zido
a
3
ou
4
annos.
As
bases
da
nova
reforma
serão
feitas
sobre
o
melhor
da Bélgica
e
Allemanha,
modificado
com
o
que a
experiencia
acon
selha
para
o
paiz.
Os
exames são
feitos
pelos
professores
das
cadeiras dos
lyceus.
Parece
que
o
snr.
ministro
do
reino
tem
ideia
de conceder
aos
professores
par
ticulares
o
interrogarem
o
examinando
na
presença
do
jury
do
exame,
quando
es
ses
professores
desejem
usar d
’essa
fa
culdade.
Os professores
do lyceu
serão
melhor
retribuídos,
mas
ser-lhes-ha
expressamente
prohibido
leccionar
parlicularmente
ou
receberem
propostas
para
os
collegios par
ticulares
Uma
belleza
«lo iinrlmni-ntari-
sm«».
—
Transcrevemos
do
«Diano
lllu-
strado»:
Assim
qoe
o
ministério
se
apresen
tou
no
senado,
e
em
seguida
ao presi
dente
do
conselho
declarar
que, com
pezar
seu,
se
Ora
obrigado
a
subsliiuir
o
gabinete
anterior,
que
apoiara
sincera
mente,
adverbio
que
er
>vocou
riso
e
rumor
nos
bancos
da
opposição, o
snr.
Pelayo
Cuesia,
senador
opposiciomsta do
partido
constitucional,
dirigiu
u
na
inler-
pellação
ao
governo,
ácerca
das
diflieul-
dades
com
que
tinha
tropeçado
o
mi
nistério
anterior nas
reformas
de
Cuba.
O
snr.
Cánovas
deu-se
por habilitado para
responder
immedialarnenté;
mas
pediu
ao
senado,
para
primeiro
fazer
a
sua
apre
sentação ao
congresso,
compromellendo-
se
a.
voltar
era seguida
áquella
casa do
parlamento,
para
se
empenhar
na
que
stão política
a
que
era
provocado.
de
ca
la
flôr
paginas
dos annaes
de
uma
alma.
A
mulher
enamorada
escolhe
as
flô
res
com
singeleza
infantil
para formar
com
ellas
ternas
allegorias
das
suas
im
pressões.
Se
a
acacia
significa amor plalonico,
o
goivo
encarnado
despeito,
a
azedeira
alegria, a arlemisa
felicidade,
a
hortence
amor
constante,
a
avelleira
reconciliação,
a calendula melancolia, o
narciso
egoís
mo,
a
ortiga
crueldade
e
o aconilo
vin
gança,
tres
flôres
podem
compor
uma
phrase,
uma grinalda
urna conversação,
um
ramilhete,
uma
carta.—
Os
botânicos
julgar
lêr nas flôres
e
conhecei
as,
por
que
as
classificaram,
e
porque
lhes
fize
ram
a autopsia,
porque
as
brptisaram
denominando-as
em
grego
e latim;
mas
este
estudo
physiologico
não
basta,
é
pre
ciso
esludal-as
moralmenle.
Linneo
foi
o
botânico
que
as analysou
psicologicamente;
descobriu
os
amores
das
flôres.
As
flôres,
como
as
creanças,
téem
sen
timento esthelico
e
amam
a
musica;
por
isso
ao
ouvir
o
canto
do rouxinol
se
ani
mam e
lhe enviam
os
seus porfumes.
A
corola
da
ílôr
é
um santuario;
no
fundo
dos
seus
pequeninos
tabernáculos
realisam
se
myslerios
santos
e
respeitá
veis
que
permanecera
vedados
aos
ho
mens,
e
que
talvez
não
se
occullem
aos
pinlasilgos,
aos
rouxinoes,
ás
mariposas
é
as
estreitas.
Quem
poderá
surpreheoder
na cala
da
da
noite
esse amor
diaphano, transparen
te
e
invisível, esse
amor
de
luz
e
fres-
cura,
de
fulgores
e
essencias,
de
aromas
e
scinlillaçôes
entre
as
flôres
e as
eslrel-
las!
Oh!
que
poema
tão
divino
se
poderia
escrever
cora
penna
de
cisne
em folhas
de
rosa,
depois de
snrprehender
os
se
gredos
das
vestaes
do
firmamento
e
das
rainhas
da floresta!
Talvez
esses
vagos rumores
do
bos
que, esses
sussurros
solemnes
e
myste-
riosos. esses
murmúrios
dulcíssimos,
es
sas
harmonias
das
espheras,
e
esses
quei
xumes
brandos
do
vento,
sejam
os
sus
piros
languidos
que
exhalam
ao
verem
se
as
flôres
e
as
estreitas;
talvez
essas pé
rolas
liquidas
que
chamamos
orvalho
se
jam
beijos
e
lagrimas
christalisadas;
tal
vez
ao
trocai
as
suas
essencias
6
refle
xos
se alcancem
no
espaço;
talvez
can
tem
um
iiymno
eterno
á
deusa
noctnrna
que
ao
accender
o
seu
facho
as
envolve
em
rede
de
prata. Se
eu acreditasse
na
melempsycose
ou
transmigração das
al
mas, asseguraria
que cada
flôr
encerra
a
alma
de uma
creança,
e
cada
estrella
a
alma
de
urna
flôr.
A
camélia
poderia
abrigar
no
seu
seio
uma
alma
sem
amor, a
dahlia
uma
alma
altiva,
a
açucena
uma
alma candida,
o
lyrio
uma
alma
pura,
a
rosa
uma
alma
de fogo,
a
saudade
uma
alma
pensadora,
a
violeta
uma
alma
modesta,
a
margari
da
uma
alma humilde,
o
jasmim
uma
alma
imma
ulada.
As
creanças
são canlidas,
sensíveis
e
ternas
como
as
flôres:
uma
creança
sem
doçura
na
alma,
é
uma
flôr
sem
orvalho,
uma flôr de
trap
>
e
arame.
Vós,
que
tendes
os
nomes
de
Virgí
nia,
Henriqueta,
Marianna
e
Pilar,
sois
quatro
flôres
bellissimas,
sensíveis
como
a
sensitiva,
delicadas
como
a
diamela,
e
aromaticas
como
a
magnolia,
quatro
flô
res de
salão
que
cresceis
viçosas
e esbel
tas
ao calor
da
estufa
do
sentimento,
es
maltando
as
asperas sendas
da
vida,
con
vertendo
os
baldios
d
’
esle
inundo
em
jardins.
Vós, ao
abraçar
com
os
vossos
tor
neados
e
nacarados
braços
o pescoço
dos
vossos queridos
paes,
formaes
uma ca
deia
de
amor,
um
collar
de
valiosas
pé
rolas,
uma
grinalda
de
flôres
immarcessi-
veis.
Vós,
ao
occullar
modestas
a
esplen
dida belleza que o céu
vos
concedeu,
sois
flôres
humildes,
que
não
podeis
pas
sar
desapercebidas,
ainda
que
o
tenteis,
porque
vos
traem as essencias
dos vossos
encantos.
Conlinuae
sempre
humildes
e brilha
reis mais;
conlinuae
sempre
assim,
mo
destas
como
a
michelii,
que
só
abre
a
sua
flôr encantadora
na
hora
das
som
bras,
e
delica
ias
como
a
flôr dos con-
volvulos
que
emmurchece
ao
ser
bafe
jada.
CONCPECION
GIJIENO DE
FIAQUER.
i&BÂDECIMEffTOS
0
senador
annuiu
a
esta
proposta.
Do
que
se
passou
no
congresso mais
adian
te
fallaremos.
Por
agora
limitar nos
he
mos a dizer que
o snr.
Cánovas
provo
cou
ali,
com
o
seu
proceder,
uma
tem
pestade
nunca
vista,
conduzindo as
mi
norias
a
abandonarem
o
parlamento
e
a
reunirem-se
todas,
sem
excepção
de côr
política,
para
exigirem
satisfação
do
go
verno
pela
aflronta que
lhes,
foi
feita,
e
de
que adiante damos
noticia.
Tendo
o
ministério
voltado
ao
senado,
iniciou-se por
esta
fôrma a uuestão
po
lítica:
y snr
.
Pelayo
Cuesta
—
Diz
que
re
presentando
este gabinete política
i
lenlica
á
do
anterior,
segundo
as
declarações
do
snr.
Cánovas, não
comprehende
a
crise
passada.
Ju
ga
que
a
ultima
crise
não
foi
mais
do
que
a
liquidação
da
de,
mar
ço,
que ninguém
soube
explicar.
Parece-
lhe
lambem
inexplicável que
uma
pessoa
da
importância d
>
general
Martinez
Cam
pos,
quando
contava
com
o
apoio
das
camaras
fosse
annullado
por dois
mini
stros
—
exactamente
pelos
que
lhe tinha
legado
o
snr.
Cánovas na
crise
de
março.
Entende
que
isto
não
é parlamentar
e
que
falsei
o
systema
representativo.
Re
corda
que
o
snr.
Cánovas
offereceu
se
pa
ra
ser
um
soldado
submisso
do
general
Martinez
Campos,
e
pelo
que
se
vê este
ve sempre
em
estado
de
rebelião.
Notando
as
dissidências
manifestadas
no
ultimo
conselho
de
ministros,
disse
que
outra
seria
a
situação do
general
Martinez
Campos
e
de
Cuba,
se
este
di-
stincto
general
em
logar
de
seguir
os
conselhos
do snr. Cánovas
os
não
tives
se
attendido,
como
succedeu
em
1874
quando
levou
a
effeito
o
pronunciamento
de
Sagunlo.
O snr.
Cánovas del
Caslillo
—
Eu
não
disse
que
a
questão
de Cuba
fosse
sim
plesmente
administrativa, mas
que
não
affeclava
os
princípios
do
partido
que re
presentamos.
O
general
Martinez
Campos
— Diz que
estranha
muito
que
o snr.
Cánovas
co
nheça
tão
mal
os
motivos
que
deram
á
crise,
quando
os
snrs.
marquez
de
Ora-
vio
e
conde
de
Toreno
lh’
os
podiam
ter
explicado
facilmente.
Declara
que
opinião
publica exige que
as
reformas
economi
cas
se
façam,
e
que
se
farão.
(Muito
bem!
muito
bem!)
pos
bancos da
oppo
sição.
(Vivas)
nas
tribunas.
Aílirma
que
a
sua saida
do
ministé
rio
obedeceu
á
dechração do
snr.
Silve
la,
ministro
da governação,
de
que
não contava
com
a
maioria;
e
aceres-
centa
que
não
se atreveu
a
apresentar-
se as
camaras sem
o ministro
que
diri
gia
a
política
do
governo.
Mas
se
tives
se
podido,
ter-se-hia
apresentado
com
elle
e
com
o snr.
Albacete, ex-ministro
da
ultramar,
porque
pelo
que
respeita
á
ciise
do
snr.
Orovio
linha
já
pensado
em
resoivel-a,
e
quanto
ao
snr.
Toreno
era
facil
substitui!-o.
Estranha
que
o
snr. conda
de
Tore
no
não
tivesse
usado
para
com
elle
ora
dor
da
mesma
deferencia que
leve
para
o snr. Cánovas,
a
quem
consultou
se
de
viaj
ou
não
acceilar
a
pasta
que
lhe
f>i
oflerecida
em
março.
0
snr.
conde
de
Toreno, ministro
dos
negocios
estrangeiros
—
Declara
que se
an
nuiu
a
formar
parle
do
gabinete
Mar
linez
Campos,
foi
porque
assim
o
exigiu
o
snr.
Cánovas,
e
accrescenta
que
nun
ca
'eve
empenho-em
ser
ministro.
(
Riso
e
rumores).
Depois
de
algumas
palavras
trocadas
entre
o ministro
da
fazenda
e
o
snr.
du
que
de
Teln.n
qui,
com
outros
senado
res
e
deputa
los,
se
declarou
opposição
ao
novo
gabinete,
o
snr.
Pelaya
Cuesta
per
gunta
ao governo
quan
lo
pensa
levar
á
camara
as
reformas
de
Cuba.
0 snr.
Cu
novas
del
Caslillo —Diz
que
não pód
í
precisar
o
dia,
por
ser
uma
qnestro
que
tem de
ser
estudada,
mas
que
será
quanto
antes.
0
general
Sanz
—
Estranha
que
o
snr.
Cánovas,
estando
ha
cinco
annos
no
po
der,
não
tenha
tilo tempo
para
estudar
uurr
questão
de
tanto
interesse
como
as
refórmas
do Cuba,
dait
lo
o
motivo
a
que
se
derrame
11’aquella província
sangue
he
spanhol. certo
c
uno
está
de
que
0
seu
não
'erá
vertíifo.
(Humor).
0
presidente
do
senalo,
0
snr.
mtr-
quez
de
B
irzanallana
.-Interrompe
0
ora
dor
11
>
seu
discurso.
0
general Sanz
—
Protesta
e declara
,
qu>
0
snr.
marquez
de
Barzanalíana
quer
impe
lir
a
discn-sào.
0
snr. marquez de Barzanalíana
—Cha
ma
á
ordem
o
orador.
0
general
Sanz
—
Renuncia
á
palavra.
(Grande
agitação
na
assembleia
e nas tri
bunas).
0
snr.
Cánovas del
Castillo
—
Declara
que
nunca
0
governo
outorgará
a
Cuba
mais
prerogativas
do
que
as
que
julgue
opportunas
para
a
irmanar
com
a
Hespa
nha,
e
muito
menos
sob
a
ameaça
de uma
guerra;
e
accrescenta: —
«Se querem
a
gnerra,
tel-a-hemos.»
(
Signaes de
appro-
vação
nos
bancos
da
maioria).
0
general
Sanz
—Observa
que no
sa-
ão
da conferencia
e em
toda
a
parle se
'diz
que
0
snr.
Cánovas
protege
os
assu-
cares
de
Malaga,
e
0
snr.
Romero
Roble-
do
a
escravatura
em
Cuba.
(Rumor
pro
longado).
0
snr.
Cánovas
del
Caslillo
—
Nega
ter
minantemente
as
asserções do
general
Sanz.
Declara
que
nada
tem
de
commum
com
Malaga
a
não
ser
0
ter
nascido n’
a-
quella
província, onde
não
tem
um uni
co
pé
de cana de
assucar.
0
snr.
Romero Robledo, minidro
da
govenação—
Protesta
contra
as
palavras
pro
nunciadas
pelo
general
Sanz,
e
declara
que
não
possue um
unico
escravo.
A
sessão
é
levantada
depois d’
este
epi
sódio
nada
edificante.
No
congresso
a
temperatura
esteve
muito
mais elevada. Depois
do
snr.
Cá
novas
ter
declarado
que
a
política
inter
na
e
externa
do
governo
eia
exactamen
te
a
mesma
que
a
do
gabinete
trans
ado,
declaração
que
levantou
grande
rumor
nos
bancos da
opposição
e
nas galerias,
0 deputado
constitucional,
0 snr.
Linares
Rivas,
pediu
para
que
lhe
fosse
conce
dida a
palavra—que
lhe
ficára
reservada
da
sessão
anterior
sobre
uma
questão
polilica,
questão que
0
snr.
Rivas podia
encaminhar
no
sentido
de pedir
explica
ções
ao
governo
ácarca
da
solução
da ul
tima
crise
ministerial.
0
snr.
Cánovas
esquivou-se a
tomar
parte
na
discussão,
allegando
que
0
go
verno
estava
empenhado
no senado
n’
u-
lua
interpellação.
0 snr.
Rivas ponderou
que,
sendo
nove os membros
do
governo,
podia parle
delle assistir
á
discussão
no
congresso
e
a outra
parte
apresentar-se
no senado. Mas 0
snr.
Cánovas
manteve
a
sua
primeira resolução.
0
snr.
Linares
Rivas,
porém,
não
se
deu
por
vencido.
Voltou
de novo
á
car-
ga,
e
excitando
0
•orgulho
<lo
snr.
Cá
novas
disse
que 0 que
elle
sustentava
era
tuna
verdadeira
herezia
constitucional,
que
mostrava
a decadência
intellectual
do pre-
isidente
do
conselho.
Depois,
atacando
a
j
questão
por outro
lado
não
menos
sensí
vel.
observou
que,
comquanto
0
ministé
rio
se
compozesse
de
nove
membros, t-Pe
orador
não
ignorava
que onde
não
es
tivesse
0 snr.
Cánovas
não
havia
gover
no,
não
havia
opinião,
não
havia
partido
conservador
liberal;
e
accrescentou
que,
tendo
0
pcesilenle
do
conselho
de
se
apresentar
no
senado
tinha
de
o fazer
com
os
seus
oito
collegas,
com
receio
de
que
houvesse
algum descarrilamento
en
tre,
aquelles
que
po
lessem
licar
no
con
gresso.
0
snr.
Cánovas,
excitado
pelos
tiros,
disparados
pelo deputado
constitucional
com
applausos
de
tola a
opposição
e
das
tribunas,
saiu
arrebatadamente
da
sala
das
sessões,
arrastando,
para
assim dizer,
atraz
d
’
elle
os
seus
collegas,
e
succedendo
isto
precisarneale no
momento
em
que.
0
snr.
Rivas
pedia
a
palavra
para
lhe
replicar.
0
que
se
seguiu
a
este
acto,
é
assim
contido
pelo
«Mundo
Político»:
«0
que
então
se
passou,
nem
a
pen
na,
nem 0 pincel,
nem
mesmo
a
pho-
tograpbia seriam
capites
de
reproduzir.
Ós gritos
das
opposições,
confundindo-se
com
os
das
tribunas
eram
taes,
que
obri
garam 0
snr. Ayali, presidente
do
con
gresso,
a
cobrir-se
e
a levantar
a
sessão,
depois
de
ter
aguado
em vão a
cam
painha
durante
largo
espaço
de
tempo
e
de fazer
inutilmente
repetidos
chama
mentos
á
ordem.
Longe
de
restabelecer
se
0
socego,
crescia a
confusão,
crescia
o
tumulto.
Os
deputados
de
pé,
increpavam
se
mutua
e,
dur.imente.
Oúviam-se
grilos
de viva
a
soberania
nacional!
vivi a
liberdade!
vi
vam
as
regalias
do
parlamento!
E
até,
se
gundo
diz
a
«Época»,
por
que
nós.
no
meio
d
’
aquella
barafunla
infernal
e
d
’a
quelle
supremo
labirinlho,
não
podemos
distinguir,
nao
faltou
na
montanha
demo
crática
quem
gritasse
viva
a
republica!
I
nem
nas
tribunas
quem
secundasse
este
1
grito
no
meio
de
assobios
horríveis,
co
Imo
não
se
ouvem
nas
mais agitadas cor-
!
vidas
da
nossa praça
de loiros.
A
presença
do governador
civil
e dos
agentes
da
ordem
publica
fez
desalojar
as
tribunas
e
poztermoa
este espectaculo^
que
sinceramente
deploramos pelas
causas
que
0
motivaram,
pelo
que
significa,
pela
im
pressão
que
ha
de
causar
não
só
em
He
spanha,
como
também na
Europa,
e
so
bretudo
por
prejudicar
interesses
que
estão
muito
acima
das
discórdias
civis».
Diz
0
mesmo
jornal
que
0
rei,
infor
mado
do
que
se
passara, determinou
que
lhe
mandassem
as notas
da
sessão,
se
gundo
0
texto tachigrapho.
0
snr.
Cáno
vas,
com
quanto
não
costume
rever
os
seus
discursos,
fez.
d
’
esta
vez excepção
á
regra,
assim
que
teve
conhecimento
do
pedido de
el-rei.
0
resultado
immedialo.
d’
esla
memorá
vel
sessão foi
as
minorias
resolverem não
tornar
a tomar
parle
nas sessões
do
con
gresso
emquanto
0 governo
não
lhes der
completa
satisfação.
A’«
almas bemfnzejns.
—
Pede-se
por
caridade
uma esmola
para 0
infeliz
José Maria,
morador
defronte
da
capella
de
S.
Miguel-O-Anjo,
casa
n.°
3, empre
gado
que foi no
Seminário
de
S. Cae
tano,
e
hoje
se
acha
paralítico sem po
der
articular
palavra,
e
impossibilitado de
lodo
0
trabalho.
A
’ íavidad?
pui)!
i®«.
—
Muito
re-
commendamos
ás
pessoas
caridosas 0
in
feliz
Antonio
Marques
da
Costa,
morador
na
rua
de
S.
Miguel-o-Anjo,
casa
n.°
4,
3
o
andar,
que
se*acha
na
maior
neces
sidade
e
doente,
vivendo
só
da
caridade
das
pessoas
que 0
soccorrem com
alguma
esmola.
A's
«alnina
caritativas.—
RecOm-
mendamos
e
muito
ás
pessoas
caritativas
a
desventurada
Maria
José
da
Silva,
mo
radora
na
rua
dos
Sapateiros,
n.°
7.
Vive
era
extrema
penúria,
e
padece
de
doen
ça
incurável.
Banco
Commercial
de
Braga em
liquidação em
10
de dezem
bro
de
1879.
Activo
Banco
do
Minho: Deposito
feito
pela
commissão
li
quidatária
para
pagamento
aos
restante
credores.
Caixa:
dinheiro
existente.
.
Papeis
de
credito.
. .
.
Ditos das cauções das
c.
cor
rentes liquidadas
Hypotbecas
de
Raiz
. . .
Acções
recolhidas.
Agentes
no
paiz.
Ditos
no
estrangeiro.
Leiras
descontadas.
Duas
a
receber......................
Ditas
de concordatas a
receber
Ditas
era
liquidação.
Contas
correntes
com
garan
tia
....................................
Empréstimo
sobre
penhores.
Diversos devedores.
Responsabilidade
de
José
Ignacio
Ferreira
Roriz.
Accionislas
por
prestações
a
receber
..............................
Moveis e
utensílios.
Despezas
de
syndicanúa.
Ganhos
e
perdas
.
.
.
.
5:0920785
4210066
179:87803
46
22:1500648
3:5900000
326:9060068
26:381019
2
6:1360147
3.9820900
4740510
2:3030900
128:1110856
107:7090702
21:5910.79
8980977
20:5100125
1:2420500
9880815
6130327
146:1060912
Passivo
1.005:0920785
Capital
..................................
1:000:0000000
Deposito
geral
no
Banco
do
alinho
para
pagamento
aos
restantes
credores
.
.
.
5:0920785
1.005:0920785
Braga
10
de
dezembro
de
1879.
A
commissão
liquidataria
do Banco
Com-
mercial
de
Braga
Manoel
Duarte
Goja.
João
Luiz
Pipa.
Francisco
José
d
’Araújo
Manoel
Antonio
da
S.*
Pereira
Guimarães.
Albano
da
Silva.
Antonio
José
Antunes
Reis.
Os abaixo
assignados
agradecem
por
esta
fórrna,
na
impossibilidade de
0
fa
zer
pessoalmente,
a
todas
as
pessoas
que
os
obsequiaram
com
as
suas
visitas,
e
que
se
dignaram
assistir
aos
responsos
e
oíficio
fúnebre,
que
tiveram
logar
no
dia 12 do corrente
mez
na
egreja
do
Martyr
S. Vicente, d
’
esta
cidade,
por
al
ma
de
seu
sempre
chorado
e
presado
pae
e
sogro
Conslantino
José
da Silva;
a lo
dos
protestam
a
sua
gratidão
Braga
18
de
dezembro
de
1879.
Custodia
Maria
da
Silva
Francisca
Rosa da
Silva
Maria
do 0'
e
Silva
Maria
José
das
Angustias
e
Silva
Urbano
Antonio
de
Sousa
e
Silva
José
Carlos Machado
d
’Almeida. (2718)
ANNUNCIOS
H4VCO
( OUTIRRCIAIi OE HR
iKt
EVÍ LIQUIO IÇÃ*?»
Em
virtude
da
omissão
no
pagamen
to
das
letlras
n.
os
3984,
4016.
3983
e
4017,
na
importância
de 16:9990000
reis,
saccadas
por
José
Ignacio
Ferreira
Roriz,
a
favor
de
João
d
’
Oliveira
e Silva, da
cidade
do
Porto,
e
por
este
endossadas
á
Caixa
Filial
do
Banco
Commercial
de
Bra
ga,
se
tem
de proceder
á venda das
me
smas
em
leilão
á porta
do
mesmo
Banco,
por
preço
que
convenha, no
dia
29
do
corrente
pelas
11
horas
da
manhã,
para
0 que
se
convidam
todos
os
interessa
dos.
Braga
19
de
dezembro
de
1879.
O liquidatário
effeclivo,
Manoel
Duarle
Goja.
Pelo
juiso
de
direito da
cidade
e
co
marca
de
Braga
e
cartorio
do
escrivão
Gonçalves,
passaram
se
éditos
citando
os
coherdeiros
Custodio,
e
João
Júlio
da Sil
va,
e os credores
e
legatários
incertos,
para no
praso
de
quarenta
dias
a
contar
'la
publicação
do
segundo
annuncio
na
;
folha
ofli ial
e
em
outra
folha
da
dita
ci
dade
assistirem, querendo,
aos
termos até
final do
dito
inventario
orphanologico
por
fallecimento
de
José
Luiz
da
Silva,
e
mu
lher
Maria
d
’Azevedo.
moradores
que
fo
ram
no
logar do Outeiro, fregnezia de
S.
Pai
de
Pousada,
da
dita
couarca.
ao
qual
é
inventariante
a
coherdêirá
Anna
da
Silva,
solteira,
de
maior edale, mo
radora
no
referido
logar
e
freguezia,
sob
pena
do
dito inventario
proseguir
seus
:
t'-riiios
ás
suas
revelias.
Braga
4
<)e
dezembro
de
1879.
O
escrivão
Antonio
José
Gonçalves.
Verifiquei
a
exactidão.
(2745)
Adriano
Carneiro
de
Sampaio.
EDITAL
A
Camara
Municipal
d
’
esta
Cidade
e
Con-
i
celho
de
Braga
I
Faz
saber,
que
no
dia
27
do
corren
te
pelas
11
horas
da manhã, no
Paço
do
Concelho,
se
ha
de
arrematar
a con
dução
dos
cadaveres
dos
pobres
ao
cerni-
teria
publico
com
todas
as condições
da
ultima
arrematação,
e
que
se
acha
pa
tente
na
secretaria
da
Camara
para
ser
examinada
pelos
licitantes
que
o
dese
jarem.
Braga
13 de
dezembro
de 1879.
O
Presidente
Joaquim
José
Malheiro
da
Silva.
AI.1GAM-SE
Os
altos
da casa
da
rua
do Campo
4
n.°
22,
com
bons
comrnodos
para
uma
numerosa
familia, agua
encanada
e
bellas
vista.
Quem
pretender
dirija-se
á
mesma.
(2716)
BILHETES,
SERIES
E
FI.ACÇEÕS
JA
A
’
VENOA
DA
Hl
iO
|
iif
(ExtraeçSo
a
«8 de dezembro de
AS»»)
Em
casa
do cambista
Antonio Ignacio da Fonseca,
de
Lisbca, com filial no Porto.
0
capita!
que
se
distribue
nesta loteria
é,
em
moeda
porlugueza,
2.628:000^000
HESS
irfUillftllii^Alffliilifliiiâ
.. .....
HOGG,
Pharmaceutico,
rue Castiglione, n° 2, em
Pariz, unico proprietário do
OLEOQHOGG
OLEO
NATURAL DE FÍGADO DE BACALHAO
®
b
As experiencias feitas durante mais de vinte annos, tem provado que este
°Ieo
é de uma efficaeidade cferta,
contra as moléstias do peito, a Tísica,
AVvs
Hronehiti^,
Prisões <!<>
ventre, Catarrhos,
Tosses clironi-
eas
,
Aífeeçôes
escrofulosas, Tumores glandularios, Mo-
jPWWB
lestias da pelle, Aímpigens, Fraqueza geral,
e também
efficaz
P
:ira
fortificar as
eriancas fracas
e delicadas. E’ agradavel e
facil de tomar.
Dcve-se desconfiar dos oleos ordinários e principalmente de todas as composições inven-
pela
especulação para substituir o oleo natural, com o pretexto de tornal-ó mais effi-
az
e mais
agradavel, cujo re ultado. 6
cansar e irritar o e tomago inutilmente. Esks
jr^WHsole<>s
são até perigosos.
!ara
se ler certeza de tomar o t-erãad iro oleo (Ve fígado de bacalhao natural
e puro,
;eve-se comprar sómente o
oleo
de
hogg
,
que se vende em
vidros triangulares (o
<
"
egs™
aamodelo foi depositado era Lisboa, segundo a regra da lei).
Depositários
: Em Lisboa, Pharmacia AVELLAR,
rua
Augusta, 225-227 ;
No
Porto, FERREIRA e IRMÃO, Bainharia, 77-79:—Em Coimbra, J.L.M.FERRAZ, largo do Castello.
weve-se exiair
o nome
<ic
HOGC,
e
de
mais. o certificado
do Snr LESUEUR, Chefe dos traba
lhos chímicos da Faculdade
de Medicina de
Pariz, que vai impresso no
rotulo colado em cada
vidro
triangular. O oleo de Hogg vende-se em todas as prlncipaes Pliarmacias.
t»
CERCA
RE
IRES
MIL
COATOSH!
O
cambista
Antonio
Ignacio
da
Fonseca,
com
casa
de
cambio
e
loterias
na
rua
do
Arsenal, 56.
58
e
60, Lisboa,
e
filial
na
Feira
de
S.
Bento,
33,
34
e
35,
Porto,
faz
sciente
ao
respeitável
publico
da
capital,
províncias,
ilhas e
Brazil,
que
tem
nos
seus
estabelecimentos
um
variadíssimo
sortimento
de
bilhetes
e
suas
divisões,
como
abaixo
se
vê,
da
loteria
MONSTRO
que se
verifica
em Madrid no
dia
23
de
dezembro
do corrente
anno
de
1879.
•
O
annunciante
satisfaz
todos
os
pedidos
que se
lhe
façam,
quer
sejam
para
ogo
particular
quer
sejam
para negocio
(porque
dá
boas
commissões
’,
na
volta
do
correio,
recebendo
em pagamento
letras,
ordens,
valles,
sellos
do
correio
ou
em
outra
qualquer
especie,
que
mais
convenha
ao
consumidor,
exceptuando
sellos
de
»erba.
Remetle
em
tempo
necessário
planos,
listas
e
telegrammas.
Promplifica-se
a fazer
o
pagamento
de
qualquer
prémio,
que
tenha
a
fortuna
de
vender,
nas
recebedorias
das comarcas, se
tanto
quizer
o
interessado.
Recommenda
ao
publico
a
leitora
do
plano
d’
esla
grande
loteria,
e em
especial
a
parle
em
que
garante nm prémio certo
a
quem
tiver
DEZ numeros
seguidos!!!
wos
raiaiiiiios
(
em moed:a hespanhola
em
moeda portugueza
1 de
2.500:000
pesetas
1
de
450:0000000 reis
1 de
1.250:000
1
de
225:0000000
>
1
de
750:000
>
1 de
135:0000000
>
2 de
250
000
2 de
45:0000000
>
4
de
125:000
>
4
de
22:5000000
>
20
de
50:000
>
20
de
9:0000000
>
30
de
25:000
30
de
4:5000000
>
1:758 de
2:500
>
1:758 de
4500000
>
3:999 terminações
500
»
3:999
terminações
900000
>
99
approximaçôes
2:500
í
99
approximaçôes
4500000
>
99
>
2:500
>
99
>
4500000
>
99
>
2:500
>
99
>
4500000
»
2
>
50:000
>
2
»
9:0000000
2
34:000
>
2
>
6.1200000
>
2
6:119
>
prémios
22:500
»
2
6:119
»
prémios
4:0500000
»
Arrematação
volunta
ia.
No
dia
21
do
prezente
mez de dezem
bro,
pelas 10 horas
da
manhã,
tem de
arrematar-se
particularmente
uma
morada
de
casas
com
seu
eido junto,
que
pro
duz
pão,
vinho,
e fructa, sito
do
logar
do
Souto,
por detraz
da
egreja
de
S.
João
de
Semelhe,
pertencente
a
D. Adria
na
Rosa
de
Mello, da
Cidade
de
Braga.
Os pretendentes
pódem
comparecer
no
local
da
mesma
freguezia,
no
dia
e
hora
acima
indicada,
e
se
entregará,
se
o
ulti
mo
lanço
convier
á
vendedora.
Braga
1
de
Dezembro
de 1879.
(272a)
D.
Adriana
Rosa
de
Mello.
(D
©wniâ
io
mniDî
Approvação
do
Exm.0
Cardeal Bispo
do
Porto
Concordando
plenamente
com
o
pare
cer
dos
outros
prelados,
como
elles
ap-
provamos este
substancioso
opusculo,
e
muito
recommendamos
sua leitura
e
me
ditação.
Porto
e
Paço
Episcopal,
11
de
novem
bro
de
1879.
Américo,
Cardeal
Bispo
do
Porto.
A’
venda
na
Livraria
Catholica
Por
tuense,
Praça de
D.
Pedro,
131,
Porto
—
em
Braga
na Livraria
da
Viuva
Germa
no
Joaquim
Barreto, rua do
Souto,
23.
(2741)
EXPLICAÇÃO
DAS APPROXIMAÇÔES
Os numeros
anterior e
posterior
do
prémio
de
450.0000000
reis
tem, cada
um,
approximação
de
9.0000000
reis,
além
de
outro
prémio
que
lhe possa
pertencer
no
sorteio.
Os
numeros
anterior
e
posterior
do prémio de
225:0000000 reis tem
lambem,
cada um, approximação
de
6:1200000 reis,
independente
de
qualquer
prémio
que
lhe
possa
pertencer.
Os
numeros anterior
e
posterior
do
prémio
de
135:0000000 reis
tem,
cada
um,
a
approximação
de
4:0500060
reis,
assim
como
outro
prémio
que
lhe
possa
caber.
Nas
tres
centenas
dos
prémios
maiores
são
todos
os 297
numeros
premiados
com
100
libras
cada
um. Quer
dizer:
se
sair
no n.° 1:416
todos <s
numeros
de
1:401
a
1:415
e
de 1:417 a
1:500
tem
este
prémio.
Se
sair
no
n.®
6:587
o segun
do
prémio
são
premiados
com
100
libras
os
numeros
de
6:501
a
6:586
e
de
6:588
a
6:600.
Se
sair
o
terceiro
prémio
no
n.°
7:731
são
premiados
com 100
libras
os
numeros
de
7:701
a
7:730
e
de
7:732
a
7:800.
Todos
os
numeros
cuja
terminação
seja
igual áquella
do
que
obtiver
o prémio
de
450:0000000
reis
são
premiados
com
20
libras;
quer
dizer
se
sair
o
prémio
grande
em
n.°
7:545.
todos
os
numeros
que
terminem em
5
leem
este
prémio,
e
por
conseguinte
qutm
tiver
DEZ numeros seguidos,
uma SERIE,
tem
já certo
o
prémio
de
20
libras,
e
|
óde
ler
tres
vezes
todos
os
dez numeros
premiados,
por
as
approximaçôes
de
centenas,
além
do
que lhe
caiba
por sorteio,
e para
isso
ba
stará
que
a
dezena seja
beneficiada
com
os
tres
prémios maiores.
Creio
que
deixo
bem
explicada a
combinação
das
approximaçôes.
PREÇOS.
—
Bilhetes
inteiros a 930000 reis,
meios
a
470000,
quintos
a
190000,
decimes
a
90500,
fraeções
de
60000,
40500,30100,
20400,
10200,
600,
480,240,
120
e
60
reis.
Series
de
10 numeros
seguidos,
lendo
cada
uma
um prémio
certo,
de
6000(0,
480(00,
240000,
120000,
60Õ6O,
40800,20400,
10200
e
600
reis,
ha
vendo
grande
variei
ade
de
numeração
e
pedendo
se
alcançar
grande
quantidade
de
numeres
em series.
Considerando
se
esta
casa
uma
das
mais
bem sortidas pede
aos
seus
numerosos
anigts
e ínguezes
o (azertm
os seus
pedidos
com
alguma
anlecedencia.
As
listas
tlirgam
no
dia 26 e
o
pagamento
dos
prémios
é
feito
em
seguida.
Pedidos ao cambista Antonio Ignacio da
Fonseca, rua
do
Arsenal,
56, 58 e 60, Lisboa, ou á
filial no Porto, Feira de S.
Bento,
33, 34 e 35.
O
D.
Pt?’
Rapé
meio
grosso,
botes
de
250
grs
Rapé
vinagrinho
»
»
»
Rapé
secco
»
»
Rapé
Rosa
»
»
»
N.
B.
—
Grande
variedade
de bilhetes
e
suas
divisões
para
os
sorteios
ordiná
rios
das
loterias
porlugueza
e
hespanhola
pelos
preços
já
annunciados.
^2703)
240
250
250
250
RUA
DO
CARVALHAL
N.°
50
BRAGA.
(2724)
VE1SWE-SE
A
casa
n.® 21
da
rua do
Souto,
d
’esta
cidade
de
Braga.
(2722)
Thesouro
do
cosinheiro, confeiteiro e
copeiro
ou
collecção
de
varias
receitas
com
applicação
á
arte
de cosinha,
con
feitaria
e
copa,
e geralmente
util
para
uso
de todas
as
famílias—Precedido
das
regias
que
se
devem
observar
em
pôr
a
meza
e
servir a
ella.
ainda
nos
banquetes
de
mais
etiqueta,
e
ampliado
com
o
melhodo
de trinchar
e
fazer
conservas,
fatias
douradas,
vulgo,
rabanadas—
3.
a
edição
muito
augmeutada.
Um volume
de
319
paginas,
com
gra
vuras
intercaladas
no
texto, 500 reis
bro
chado,
ou 8C0
reis
com
uma
linda
en
cadernação
de
paninho.
E’
o
mais
util
brinde
que
por occasião
das
festas
do
Natal
e
anno
Bom
se
póde
offertar
ás
famílias.
Para
a mocidade
lambem
lembramos
o
resumo
da
HISTORIA
BÍBLICA
ou
narrativas
do
Velho
e
Novo
Testamento,
pelo
Bispo
do
Pará,
illustrada
com
200
estampas
e um mappa
da
Terra
Santa.
Esta
utilíssima
publicação,
que
explica
com
clareza
todos
os
trechos
da
Bíblia,
está
approvada
por
todos
os
snrs.
bispos
da
Suissa,
França,
Ilalia,
Brazil,
e
pelo
exem.®
D.
Américo,
cardeal
bispo
do
Porto.
E
’ um
elegante
volume
de 290
pagi
nas
nitidamente
impresso
em
papel su
perior.
Preço:
Cartonado
400
reis; encaderna
do
em
paninho
com
o titulo dourado
na
pasta
700
reis;
a
mesma
encadernação,
dourado
pela
folha, 10000
rs.
Todas
estas
encadernações
são
de
bo
nito gosto.
Qualquer
d
’
estas
obras
será remeltida
pelo
correio,
franco
de
porte,
a
quem
en
viar
a
sua
importância
em
estampilhas
de
25
reis
á
livraria
dos
editores
Viuva
Ja-
cinlho
Silva
&
C.
‘
,
134,
rua
do
Almada,
138,
Porto.
BREVE
COMPENDIO
DE
ORAÇÕES E DEVOÇÕES
ADOCTADAS
PELOS
MISSIONÁRIOS
QUARTA
EDIÇÃO
Novamente
correcta
e
muito
augmentada
com
novas orações e
devoções
indul-
genciadas,
e concedidas
posterior-
mente
á
ultima
Raccolla.
Com
approvação
de
S. Exc*
Revm.
a
o
Snr.
D. Jocto
Chrysostomo
d
’
Amorim
Pessoa,
Arcebispo
Primaz.
Vende-se
em
Braga,
na
lypographia
Lusitana,
rua Nova
n.°
4,
e
nas
livra
rias de
Manoel
.Malheiro.
rua do
Almada,
Porto,
e
Catholica,
de
Lisboa.
Preço=f6O em brochura,
e 240
enca
dernado.
Caíxn
pcniiorigta Hrararrn»» na
Travessa
de
l>.
Gualdim d’
esta
eidade.
Continua
a
emprestar
dinheiro
sobre
penhores
todos
os
dias
desde
as
8
horas
da
manhã até ás
9
da noule
na
mesma
caixa.
Vende-se
loupas
Pede-se
a
lodos
os
mutuários
que
ti
verem
objectos
empenhados
na
mesma
caixa
com
atrazo
de juros de tres
mezes
os
venham
pagar
ou
resgastar,
senão
se
rão
vendidos.
FOLHINHA
ROMINÍF
Já
se
acha
á
venda para
o anno
de
1880;
em
Braga
no
escriplorio
da
Typo-
graphia
Lusitana,
rua
Nova
n
0 4,
e
em
casa
do
snr.
Bernardino
José
da Cruz,
Vestimenlaria
Rocha
e
Viuva
Germano,
rua
do Souto,
e
na
loja
do
snr.
Clemente
José
Fernandes
Carneiro
rua
de S.
Vi-
clor,
e
em
todas
as
mais
localidades do
costume:
preço
140
rs.
Nas
mesmas
casas
e
localidades
de
vem
achar-se
opporlunamente
as folhinhas
Bracarenses,
e
Almanach
Civil
ou
de
al
gibeira.
Esta
maravilhosa injecção,
como
cal
mante,
é
a
unica
que
não
causa
apertos
d
’
uretra,
curando
todas as purgações
ainda
as
mais
rebeldes
como
muitas
pessoas
o
podem
attestar.
Deposito
em
Braga
na
pharmacia
Bra
ga
—Esquina
de
Santa
Cruz
—
40.
Porto
—
Cardoso—Praça
de
D.
Pedro
—
113.
(2631)
RESPONSÁVEL
—
Luiz Baplista da Silva
BRAGA,
TYPOGRAPHIA LUSITANA—
1 879