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Parte de N.º 1026 de 25/12/1879

conteúdo
VII
ANNO
QUINTA-FEIRA 25 DE DEZEMBRO DE 1879
NUMERO
1:026
1OI.II K
KI2JLI<-IOSA, POÍ.í riCA
JE WOT1C1OSJk.
REDACTOR
—D. MIGUEL SOTTO-MAYOR
PREÇO

DA
ASSIGNATURA
12

mezes,
com estampilha 2&400—12 mezes, sem estampilha
1^800

Brazil, 12
mezes, moeda forte 4$20l*—Avulso 20 rs
PIBLICA-SE
ÃS TERÇAS, QUINTAS E SABBADOS
PUBLICAÇÕES
Correspondências partic.
rada linha
40
—Annuncios
cada linha
20
—Repetição
10
rs.—Assignanles, 20 p. c. d’abatimerito
BRAGA
—25
DE DEZEMBRO
Serií
verdade ?
Deu-nos,
ha

dias,

o

«Diário
Popular»
a

noticia

de

que
o governo,
segundo se
dizia,

havia
expedido
uma
portaria

ao
Ex.
rao
e
Revd.
mo
Prelado da
Guarda,

exigindo-lho a
copia
de uma
sua

pastoral,
ultimamente

publicada,

acrescentando,

que
se essa
pastoral
era

a
que
a
imprensa
publicára,

teria

logar...

não

sabemos


o
qoê.
Apesar

de

muito

auctorisado
que
é o
jornal
que deu
a

noticia,

não

podemos

acredital-a.
A

experiencia

deve

ter

feito

ver

ao

partido
progressista,
que
se
não gran-
geiam

por

taes
meios as
sympalhias

de

um povo,

que

na

sua
grande
maioria é

sinceramente

religioso,
nem
se
consolida

no

poder
um

governo

que tem
de estar

á
frente

de

uma

nação

catholica.
A

s

doutrinas do marquez

de
Pombal
passou-lhes

a
epoca.
Hoje
ou catholico puro,

ou
atheu

des­
carado.
O

cezarismo

é

na

actualidade
mais
repugnante

do
que
a

impiedade
franca

e

sem
mascara.
E
se

ao

primeiro
déspota

que
houve

em
Portugal

não
foi
possível
obter
então
o
que

ardentemente procurára,

presente­
mente

nem
quantos
políticos
ha
no
paiz

serão
capazes de
conseguil-o.
E
não
se
illudam, por

ser

o
numero
de
vollaireanos

maior

hoje

em

dia;
porque
também

hoje a


nos

que
a professam,

é

cem

vezes

mais viva.
O
paiz

acha

se

collocado
n’
um
declive
de
desgraças
sem
conta.
Envolvam-no
agora

no labyrinlho
de
uma

questão

religiosa,
e

vel-o-hão
despe
­
nhar-se
súbito

no

abysmo.
O

governo
deve
ter calculado tudo

isto,

e
a

não
baver
o

proposito
formado

de

dar

a
ultima

marlellada
na
machina

que
se

desconjuncta, cremos

não
se

ar
­
rojará

a
jogar

uma
cartada,

que

lhe

póde

ser

fatal.
Se
porém

nos

enganarmos,

que
venha

a
perseguição,

mas
sem
mascara,

pois

que



Tertulliano
dizia,

qne

o

sangue
dos marlyres
era
a
semente

de

novos
christãos.
Ficamos

de
atalaia,

e

cumpriremos
o
nosso

dever,
quando

as
circumslancias

nol-o

exijam.
M. MARINHO.
... -------------------------------------------
Estamos

vendo

e ouvindo
queixar-se
dos

snrs.

bispos

por
falta

de zelo e efiicacia

em
afugentarem

os

lobos,

que

assaltam
os
redis

das

ovelhas

confiadas
á sua

guar­
da,

deixando

campear
irapunemenle

o
lulheranismo,

esta

peste

da
sociedade
mo
­
derna
que
a

vae
minando
lentamenle.
Esquecem-se

os

snrs.

bispos

do re-

medio
que

o

Divino
Mestre

empregou
para

sacudir
os

vendilhões,

que trafica­
vam

no

templo;

e

dos

anathemas

com

que

a
Egreja

fulmina

os hereges,
e as
heresias,

e

lembram-se

de

oppor

escolas

de
infantes
christãos

a escolas

de
infan­
tes

protestantes,
que
por

fim

de

contas

darão

um
summo
de

hervas
que
se

con
­
fundirá

na grande

pia

social!
O remedio não

está
na tolerancia:
a
tolerância,

nestes
casos,
é
um
crime de
lesa

religião,
e

de

lesa

nação;
o
remedio
não
está
em
oppor

ensino
a ensino:

o

ensino
religioso
está

feito

ha
19

séculos,

o

remedio está

na
boa
vontade

de
cum­
prirmos,

nós

os
christãos,

os

nossos

de­
veres;

e
os

nossos

deveres
consistem
em
tirar
das
mãos d

esses
vendilhões

de bí
­
blias

a
mercadoria,
e
fazer
com

ella

uma

fogueira
para
se
aquecerem

os
que
tem

frio.
Se

receiam
peccar
por

excesso,
jun
­
tem-se,
representem
á

aucloridade,
e

fa
­
çam

por

sacudir
os

vendilhões
para

longe

do povoado.
Foi

esta
conducta
(e

ainda
mais) que

desenvolveu
quem

isto

escreve,

e
acon­
selha,

em um dos
mezes

do

anno

passa­
do

contra

um

maltrapilho,

que

aqui

em

Santarém

vendia
por lodo o preço as
taes

biblias,
e livros
a

que
elle

chamava

da

palavra
de

Deus

e

qae

o

honrado

admi

nistrador

d

esle

concelho

poz

fóra
para

nunca

mais

voltar,
como

não

voltou:
e

que

volte,
se

é capaz
!
Deverão

acaso

os

christãos

tornar-se
indifTerentes,

e
dormentes

na

guarda

das
Taboas
da
Lei!,

Quererão
que

no

Altar
do

Deus
Vivo

se

queime
incenso

ao

diabo!
De

que
servem

pasloraes?

Pois

não

sabemos

nós

a doutrina
do Christianis-

mo, e
as
mentiras

de

Luthero,

de

Calvi-

no,

e
de VViclef?
Obras,
e

não
palavras;

porque
tis

pro­
feridas
leva-as
o

vento;
e

as
escriplas são
bailas,
ou

bolas
de

papel.

Resistência
conlra

elles!-

Fóra,

fóra

do templo

quem

não

é
do

templo
!
Judieis

oflitium
est

res,

ita têmpora re-
rum
quoerere:

qitcesilo

tempore, tutus

eris.
Temos
debaixo

dos
olhos
o

que

é:
o

tem
po

de

obrar

é este:
não

esperemos que
nos

façam o

que
imporia,
qne

nós
fa
­
çamos:

a
vinha

do
Senhor

é

a

d,e
qne
lodos somos
operários,

e

d

onde colhemos
o

fructo
para
o
sustento

espiritual:
a

qual
­
quer
hora

do dia,

que

cheguemos ao

tra
­
balho,
o Senhor
da
vinha

nos

gratificará

do mesmo
modo,

que

aos
primeiros

sem
nos
descontar
horas nem

quartéis,
por
­
que

Elle

forças aos fracos,

e

eleva
os

humildes.
Nós os
christãos
compomos

uma
so
­
ciedade

externa unida

pelos

vínculos

sa
­
grados
do
amor
de
Deus

e
do

proximo:
o nosso
primeiro

cuidado

e

dever

é

estrei
­
tar

cada
vez
mais
estes
laços,
que nos

unem

com

a

Esposa

de

Chrislo:

todos

os

actos.
todas
as

concessões,
todas
as

con­
descendências

para

com

o
lutheranismo
serão outras

tantas

torpezas,
e

outras

tan­
tas

nodoas negras
e

indeleveis
nas vestes
purpurinas

do

Christianismo

Longe
de

nós a louca

pertenção
da

molber

de

Ze-

bedeu

que

pedia
para

um de
seus

filhos
um
logar
á

direita,

e
para
outro
á
es
­
querda

do
Divino

Juiz:
nós

nascemos,
e

estamos

no

lado
direito;
a

mudança
é

impossível,

e ser-nos-ia

fatal;
e
a

confu
­
são faria passar
da

luz
da vida

para
as
trevas
da morte.
O
Dedo

de

Deus

nos separou;

conser-
vemos-nos
separados,

e
peçamos

ao

Mar-

tyr
do
Golgolha

o

que
Dimas
lhe pediu

nas

palavras



memento

mei,

Domine,
cum

veneris

in

regnum

tuum e

compadeçamos-
nos

do
ladrão

da

esquerda
na

sua impe-
nitencia

e

cegueira.
José

de

Freitas
Amorim

Barboza.
GAZETILHA
AOS
NO3SO»
AS410M.4NTKS
Lembramos

aos

nossos
assignanles, que

ainda
estão
em
divida

de

suas assigna-
turas,

a
fineza
de

a

saldarem
até
ao
fim
do

corrente

mez
de
dezembro,

com

o

que

muito
nos

obsequiarão.
Mais

uma

vez
pedimos

aos que estão

em
atraso

de mais

d

um anno. o

prom-

pto pagamento de seus

débitos,

pois

nos

causam
grandes

embaraços,

como

devem

snppor.

Esperamos

que altendam

a

este
pedido justíssimo.
Fallecimento.


No

dia

21,

ás 6
ho
­
ras
da

manhã,

falleceu,
na

sua
casa

de

Ponte

do Lima,

a
ex.
raa snr.
a
D.
Emilia
Correia
Leite,

esposa
do

snr.

D.

Garcia

de

Mendoza,

cônsul
de
Portugal

em Mar
­
selha,

e
lia

do
ex.


governador
civil

d

este

dislricto, visconde
de

Pindella.
Era

a
nobre

finada
uma

das mais
virtuosas

e
illustradas

senhoras
que

temos

conhecido.
Magoou-nos
profundamente

esta

noti-
■cia,

por

sabermos
quanto

a

snr.
a

D.

Emi
­
lia

Correia era

digna
do
extremoso

cari

nho

com

que
a tractava

o

seu
desolado

esposo,
e

da
veneração

de

quantos
a

co­
nheciam.
Associamos-nos

á
dôr immensa
que
neste momento
alanceia o

coração

do
snr.

D.

Gircia,
e

ao
luto

que

este
acon­
tecimento

vae levar
a

algumas

das

mais

illuslres

familias do

paiz.
Ciu-oiiieu religiosa —
Hoje:
Na

Sé,

Pontifical.
No

Populo,
Absolvição
Papal.
Exposição
do

Santíssimo

na egreja
da
Misericórdia.
A'manhã:

Bênção

Papal
no

Carmo.


Festa

de
N.

Senhora

do
Parto,
na

capella

de

S. João
da

Ponte.
Sabbado:

Missa
cantada de

S.

João
Evangelista
nos
Remedios

e no Collegio.
Domingo:

Festa dos Santos Innocentes
em

S.

João
do
Souto.
Procissão

da
Correia

no

Populo.
Exercícios
do Puríssimo Coração

de

Maria nos

Remedios.
Exposição

do

Santíssimo
no
Salvador.
Um
poliria
modelo. —
Temos

sem­
pre
pouca

vontade

de

elogiar

os

policias
(Testa
cidade,

porque

na
sua

maioria
são
de
todo

insupporiaveis;
mas nunca ne
­
gámos

a
justiça

a

quem
a

ella lem

di­
reito.
Por
essa
razão
apontaremos

o
guarda
civil

n.°

28, como

policia
modelo
Pessoas
fidedignas
nos

aííiançam
que

o
guarda

civil

n.°

28
é

dos
mais
zelosos,
intelligentes
e

delicados
d

aquelle

corpo,


o

que
lem

mostrado

constantemente
em todo
o
serviço

de que é incumbido.
Oxalá

que

nós

podessemos

dizer
outro

tanto

de

bom
numero dos restantes.
O guarda

civil

n.°

28,

pelo que nos

asseveram,
é

um empregado
digníssimo.
Louvando-o,

cumprimos

um

dever.
Palleeimento

e disposições tes-
tanifiitarius.

Additâmos

á noticia

do

fallecimento

da
ex.
ma
snr.
a
D.

Maria
Mar­
garida
de
Lima
Lobo,
viuva

de
Fernando
de Lima Lobo,

governador
que

foi
da
praça

de
Melgaço,

capitão

dhnfanteria,
e

senhor

do

morgado
dos
fidalgos da
quinta
do

Fojo em
Serdal
do

Minho,

junto
a

Valença,

as

seguintes
disposições

lesta-
menta

rias:
Quer

que

por

sua
alma se digam

400

missas,

50
por

alma

de
seu

marido,
e
outras

a

santos

da
devoção

da

tesladora.
Instilue
por sua
universal

herdeira

a
sua

creada

Custodia
Rodrigues,

a
quem
igualmetile

deixa

o
usufructo

da

casa

n.°

61,

sita

na
rua

da

Cruz

de

Pedra;

n

este

u
ufruclo

é

lambem

contemplada

a outra

sua
creada

Joaquina,

á

qual

lambem
dei
­
xa

30$000
reis

e

algumas

roupas.
Deixa
a

raiz
da
dita casa
á Real

Ir
­
mandade

de

Santa
Cruz,

d
esta
cidade,
com
obrigação

de
lhe

mandar

dizer

an-
nualmente
uma

missa
por sua alma,

e

tomar

a

seu

cuidado

a reparação e

con
­
servação

do

seu
jazigo no
cemilerio

pu­
blico.
Deixa

lambem
ao nosso illustrado
ami­
go

o

snr.

Luiz

do Valle Campos
Barie-
to

e

esposa,

o

usufructo

vitalício

da

casa

em

que
ella

vivia,
n.°
62, sita
na mesma

rua

da
Cruz

de Pedra;

a

raiz,

porém,
d’esta
casa, a nomeia

em
D.

Maria Augusta

do

Valle,

menor, filha
mais
velha

do

refe­
rido
nosso

bom
amigo Luiz

do

Valle,
com

a condição de,

á

morte

de

seus
paes,
conferir

o
valor
das

ditas

casas

com

lodos
os

seus irmãos
que então ti­
ver

vivos.
Deixa
mais
ao
dito
nosso
amigo
Luiz
do

Valle uma
cadeia
d
’ouro

para
relo-

gio,
e aos
seus

filhos
50$000

reis
a

cada

um,

além

de

outras lembranças
de

antri-

sade.
Tem

outras

muitas deixas

de

lembran
­
ças

a
pessoas
de sua

amisade.
O

enterro

da finada, o

qual

ficou

a

cargo
do
snr.
Luiz
do

Valle,
foi

feito
com

a

maxima

pompa.
Jornal «le
Vingeiís. —
O
n.° 30
d’
esle

magnifico

semanario

contém
o
se­
guinte:
Texto:
Digressões

e
phaníasias: Os

cães
do
Monte de S. Bernardo



Costumes

e

religiões

dos

diversos
povos:
As

festas
do
Natal

em

todos
os
paizes:

As
tradi­
ções
pagãs,

o Natal

na
Inglaterra,

o

Na­
tal
em
a
Noruega,
o
Natal

na

Rússia

e

nos
paizes

slavos,
o
Natal

na
Allemanha,
o
Natal

na lialia,
o

Natal

em
Hespanha,
o Natal
na

BelgLa,

o
Natal

em
França,
o Natal

em
Portugal—
Viagens

Celebres:

As
regiões

polares

Aventuras
de

terra

e





mar:
0
vulcão
nos
gelos—
Estudos
geo-
graphicos:

Os
Estados-Unidos
da

Ame­
rica.
Chronica:

Ataque

dos

luinas

contra

o

explorador

Serpa

Pinto


Serpente
do
mar

População

de
Paris
em

diversas

épo­
cas.
Illuslr

ações:
Digressões

e

pliantasias:
Os cães
do

Monte

de
S.

Bernardo


O
Natal—Ataque

dos

luinas
contra
o

expio

rador

Serpa Pinto.
Nova empreza
editora.—
Consti-

tuiu-se

no

Porto
uma

nova

empreza

edi

tora,

que se
denomina

Bibliolheca

In-
strucliva

Portuense.
Vae
publicar

o
romance

Um

corsário

no
tempo
do

Terror,
de
G. de

la

Lan

ielle.
O
escriptorio
é

na rua

da
Alegria, n.°

466,

Porto.
tts
niltiliatas. —

O
correspondente
do
«Daily
News» em

Berlim
recebeu
de
S.
Petersburgo
e

copia
de
uma
procla­
mação
publicada

peia
junta

revoluciona
­
ria no

mesmo

dia

do
regresso

do czar

á

capital

da Rússia.

Eis

a
proclamação
dos
nihilistas:
Da

junta
executiva
A
19
do
corrente,
na

linha

de Mo-

scow

e

Kursh, e
de
ordem

da

junta
executiva,

attentou-se
contra

a

existên­
cia
de

Alexandre
II
por

meio
de

uma

mina.
O

attenlado

gorou.
Por

emquanlo,
não

convém

publicar

os motivos

que
o

mallograram.

Estamos

convencidos
de

que
os

nossos

agentes

e

o nosso

partido
não

desanimaram

com
este

novo

revez,

antes

colheram
utna

lição
de

prudência,
uma

persuasão

mais ardente do seu
poder

e

das

probabilidades
da
peripecia
íinal.
Ap-

pellando
para

lodos
os

russos

honrados
qne

apreciam

a
liberdade,

e

para

quem

a

vontade

nacional
e

os interesses

nacio-
naes
são

sagrados,

mostramos-lhes
de
no­
vo'Alexandre

II

como a

personificação
de

um despotismo

desprezível
e

de

tudo

o

que

é

covarde
e
sanguinário.

O
reina­
do

de
Alexandre
II
não
lem

sido
senão
uma

serie
de

embustes

em
que
a

famo
­
sa

emancipação

dos
servos
veio

affluir
á
circular

de Makoff.
Alexandre

II

lem
vi
­
vido

constantemenle empenhado
em

dar
força

a
todas
as

classes

hostis
ao
povo,

na

destruição
de
tudo o
que dá

vida

ao

povo
e
de
que

o

povo

aspira

lhe
pro­
venha

a
vida.
A
vontade

popular nunca
foi
tão

ignomin

osamente
espesinhada.

O
reinado

actual

tem
defendido

por
todos
os
meios
aquelles que
roubam
e
oppri-
mem

o

povo,

e
ao

me'tno

tempo

exter­
minado
systematicamenle

os
cidadãos

ho
­
nestos
e
dedicados

á

nação.
Não

ha

uma

aldeia
sequer

que

não
tenha fornecido
marlyres;
teem

sido exilados
por

have
­
rem
propugnado
os

interesses commu-
naes.

protestando
contra

a
administração.
As

classes

inlelligentes
teem

contribuído

com
milhares

dos
seus
membros,
qne

se

arrastam

em

filas

Intermináveis
até
ás
mi
­
nas

da
Sibéria,

e
isto
por

terem
ser­
vido
a

causa
do

povo

na
causa
da li
­
berdade

e

anciado

por

um
nivel mais

alto

de

civilisação.
A
obra
de

extermínio

de

todo o

ele­
mento independente

simpliticou-se
emfim.

Alexandre
II

é

o

usurpador
dos

direitos

da

Rússia,

o

principal

sustentáculo

da
reacção

e

o

verdadeiro

auctor

dos
assas­
sínios

judiciários.

Pesam-lhe

quinze
exe
­
cuções
na

çonsciencia. Centenares
de
in­
felizes
gritam por

vingança.
Merece
a
morte

por

todo
o

sangue

que
tem

der
ramado,

por

todos

os
tormentos

que
tem

infligido.
O nosso
alvo
é

o bem-estar
da
nação.
A
nossa
tarefa é
emancipar

o

po
­
vo

e
lornal-o

senhor

dos

seus
destinos

Se
Alexandre
II

se

dispozer

a

reconhe­
cer
quanto

é

horrorosa

a desgraça

a
que
submette a
Rússia, e quanto é injusta

e

criminosa
a

oppressão que

sobre

ella

exer­
ce;

se

delegar
a
sua anctoridade

n’
uma

assembleia

livremente eleita

pelo
suflragio
universal

e

recebendo
instrucções

dos
seus
eleitores,
então

e

só então

deixaremos
em

paz Alexandre II,
perdoando-lhe

todos
os
seus
ultrages.
Até

lá,

uma

lucta

sem

tréguas, uma

lucta
implacável,
truculenta,
emquanlo

nos

pulsar

nas

veias
uma

gotta

de
sangue,
emquanlo se

não

desfralde
^obre
os

es
­
combros

do
absolutismo

o estandarte

da

liberdade russa,

e

a
vontade nacional se
não

volva em

lei

do

império.

Fazemos
appello a

todos

os cidadãos
russos
para
que

nos

sustentem
n’esta

lucta

de

mor­
te.

Não
é
facil

supportar todo
o
pezo
das
forças
do

governo.

O

mallogro
da
tentativa

de
19
de
novembro
é

um
exem­
plo
das

diíficuldades
que
acompanham

ca­
da

um

dos

episodios

da

lucta,
inclusive
aquelles que

são
relaiivamente

os
menos

importantes.

Precisamos

do
auxilio
de to
­
dos
para

aniquilar

o despotismo

e
resti
­
tuir

ao

povo
os

seus
direitos
e

a
sua

auctoridade.
S.
Petersburgo,

22

nov.

1879.

Um
telegramma

de
Vienna

recebi­
do
pelo
«Standard»,
relativo

ao

ultimo

tentamen
de assassínio

cõnlra o

czar,
noticia

que

a
troca
operada nos

trens

não

foi

accidental,
senão

que
tivera
em

vista
frustrar

qualquer tentativa d

aquella
ordem.

Outro
telegramma de

S.
Pelersbur-

go



conta
do

apparecimento

de
uma

nova

folha
revolucionaria: —
«Narodina

Vol-

ga»

(a «Vontade do
povo»). Começou a
publicar-se

n

aquella
capital
e

n

oulras

lo­
calidades
da
Rússia

seguidamenle

ao

pro­
cesso

de

Miraki.
Os

primeiros
numeros

continham

muitos
commentarios sobre

o

mesmo
processo.

Chama-se

Tscheniken
o indivíduo

prezo

ha
dias

em Moscow, como

sup-

posto

auctor
do
ultimo
attenlado
contra

o
czar.

Em
sira
casa
encontraram-se

cin
­
co

pessoas,

que
foram

também
capturadas,

grande

numero d

armas de
fogo,

alguns
kilos

de

polvora

e
muitas

proclamações
re
­
volucionarias. '
Quando

se

deu o
attentado,
havia

dois

mezes

que tinham
logar
frequentes
reu
­
niões
em

casa

de

Tscheniken,
aflluindo

em

carro

a
maior

parle

dos

concorren­
tes.
Desgraça

—Deu-se

ha

dias

em
Villa
do

Conde,

uma
desgraça.

Uma

creança

de
18 mezes,
trepou

á

chaminé,
que

era
muito
baixa,

para

se

aproximar

do
lume.
Aconteceu

que

n

essa occasião
rebentou

uma
panella, que se
achava
ao
lume,
com

agua,

e

escaldou

a

pobre

creança,
que

morreu

pouco depois

com
as mais
hor­
ríveis
agonias.
Observatório

notável.—O
obser-

valorio

hespanhol
de S.

Fernando

é
um

dos
mais

celebres
do
mundo

pela

sua
admiravel

posição

meteorologica
e

topo-
graphica

e

por
causa
dos

notáveis

in­
strumentos

que
possue.

Depois

do
de

Malta
é

o

que está situado
na

parte

mais

meridional

da
Europa.
Mede
de
altitude
25

melros.
O

seu
magnifico

circulo

me­
ridiano,

construído

por

Tranghton,

é
igual
ao
de

que
se

faz

uso

no
observatorio
de Greenwich

O famoso

barometro de
Torres

é

juslamenle
admirado
pelos
ho­
mens

competentes,

bem
como a biblio-

theca
especial.
Porlufluezes

fallecidos. —

Desde

21.
a

25

de novembro,

falleceram
no

Rio

de
Janeiro,

os
seguintes súbditos
portugue-
zes:
Antonio

José
Pedro,

57 annos,
casa

do,

Manoel
José

Vieira.

46,

c.;

Anto
­
nio
Moreira

da

Silva

Maia,

31, s.;
Ben
­
to
José

da
Costa,

51,
s.;

Joaquim

Do-
mingúes
Ramos,

26,

s.;

Anlonio Gon­
çalves

da

Costa

Lima. 25.
s.;
Maria

Rosa
da
Conceição,

25,
s.;
Manoel

Teixeira
Olaio,

65, s.;

Maria Francisca
da
Con­
ceição, 40,
s.;

Manoel

Ignacio
Ferreira,

44,

c.;

Joaquim

Teixeira, 70, v.;

Braz
da
Silva,
24,

s.;
José

Francisco
Pereira,

38,
c.;
José

Anlonio

da

Silva
Pinto,

49, c.;
Maria José
Vieira
Borges,
28, c.; An
tonio

Martins

de

Carvalho,

49,
c.;

Fran­
cisco José
Machado,

34,

c,; Manoel

An
­
lonio

Alves,

30,
s.;
José
de

Mendonça,

48,

s.;
Manoel

d
’Azevedo

Maia,

22,
s.;

Josepha
Rosa,

54,

s.;

José

Fauslino

Fur
­
tado,

49,
v.

Por

informação

do

cônsul
de
Por
­
tugal

em Pernambuco sabe-se
que

duran­
te
o
mez
d
’outubro proximo passado

fal-

lecefam

no
districio
d

aquelle

consulado

os

seguintes:
Antonio
de

Almeida,
42

annos,
soltei
­
ro;

Álvaro

José
Teixeira,
43,
s.;
Celesti
­
no

Diniz da Motta,

17,

s.
Melhoramento

postal. —
Em

21
de novembro

passado
foi
concluído

um

accordo

entre

os

governos
belga
e

francez
para
determinar

a

intervenção

do correio

nas
assignaturas
para

os

jornaes e
re
­
vistas

periódicas
que
se

publicam
nos

dous

paizes.
Segundo
os

lermos
d
’esse

accor
­
do,

os
belgas
pódem
aproveitar-se dos

empregados

do

correio
para

fazerem

a
assignatura

dos
jornaes e outras
revistas

publicadas

em

França
e

na

Argélia,

e
o
mesmo

poderão
fazer

os
francezes,

com
respeito
a
publicações

belgas.
As

assignaturas

assim

feitas auctori-
sam

a
percepção

de

direito,

que
não póde
ser
maior

que
3

p.
c.

nem
póde
ser
in
­
ferior

a
25
cêntimos.

O
preço

da

assigna­
tura

é
convertido
em um valle do
cor­
reio,
transmitido

ao
editor

do

jornal,
e

cuja
importância

este
poderá
haver
nas

repartições

do

correio do

paiz

do

desiino.
Grande
roubo.—
Refere

um

corres
­
pondente

do

Rio

de
Janeiro:
«No

dia

28
de

novembro, ás
3

horas

da

madrugada,

foram

encontrados

na
rua
da
Conceição,

do

Rio de
Janeiro,
dois

indivíduos

sobraçando
uma
mala
de

via
­
gem, que

parecia

conter
objectos
de
ba
­
stante

peso.
Os
rondanles

desconfiaram

da

carga

e,

ao
pedirem

explicações

aos
conductores.

um
d

elles
deitou

a fugir,

conseguindo

desapparecer.
O

que

ficou com
a

mala
foi
condu
­
zido

á
estação

do
l.°

districto,

e

alli

de
­
clarou
chamar-se

Sassi
Giulio

e
ser

ita
­
liano,

não
dizendo,

porém,
o

logar
de

onde

vinha
a

essa
hora

e
para

onde

se
dirigia.
Aberta

a

mala
apprehendida,

verificou-

se
que

ella
continha
o
seguinte:
73
re­
lógios de

metal

branco,
26
ditos

de dito

amarello,
4

caixas
contendo

4

relogios
do

mesmo
metal,

36
caixas
com brincos,

12

caixas

com

medalhas,
4.

pulseiras,

1
caixa contendo

12

anneis,
12

correntes
de

metal
branco,

22
ditas

de
dito

ama
­
rello

com

medalhas, 7
ditas sem

meda
­
lhas, 3

traocelins,
2

pince-nez,

96

anneis
do
mesmo
metal,

17

medalhas,

I

collar
de

metal

amarello

e

coral,

1
dito com

cruz,
1

pulseira,

1
tampa

de

relogio
de

crystal,
2
lapiseiras,

27 cartões
com

74
pares

de

bichas,

I
dito
com
3

ditos

de

bichas

de

coral,
2

cartões

com

4

pares
de

botões
de
metal
amarello.

12

figas

de

coral, encastoadas,

162 bichas
de

metal

amarello,

6

botões
para punhos,
34
ditos

pequenos,

1

alfinete,
2
figas
de

coral,

1
corrente

de

metal
branco,

2

fios
de

co
­
ral,

1
lapizeira,
1
laterna
de
furta

fogo,

1

formão,

1

chave
de parafuso,
1 púa
com

4
brocas

e 2 chaves

de

trinco.
Pouco

depois
compareceu
na mesma

estação
José

Frederico
Paissegeir,

esta­
belecido

com
relojoaria

á
rua
dos Andra-

das

n.°
8

0,

e
declarou

que
o seu esta
­
belecimento

havia

sido

aberto

com

chave
falsa
e

que

haviam
roubado

todas
as

joias
que

linha

no

mesmo,
bem

como

600$000

em

dinheiro.
O

prejudicado reconheceu o
italiano

Giulio,

e
declarou que
este
estivera

na

vespera

no
seu estabelecimento
em

com
­
panhia

de

uma

mulher,
que levára

todo
o tempo

a
examinar
as

fechaduras.
Giulio

diz
não
conhecer

o
companheiro

que
se

evadiu,
ao

qual,

segundo diz, per­
tencia
a

mala».
Monumento.

O
monumento
aos
Restauradores

de

1640

deve

estar

con­
cluído

no
meado
do

anno

proximo. A
FOLHETIM
TERRinOTO IH,
LISHtOl,
No.
século
passado,

quando
já ninguém

na
Europa
pensava

em
Portugal,

quando
o
longínquo
rumor

das nossas
victorias,
das nossas
conquistas,

dos

nossos

desco­
brimentos

se
extingiu com

o
decorrer
dos
tempos,

veio

um

acontecimento
de
­
sastroso

chamar de

novo
para

este

pe
­
queno
canto da península hispanica a

at-
tenção
do
mundo

civilisado.
Esse acontecimento
foi
o
terramoto
de
Lisboa

de
I

de

novembro

de

1755.
A

noticia
da
catastrophe
correu

a

Eu
­
ropa

de
extremo
a

extremo,
e
foi
espa­
lhar
um

terror
indescriptivel

nos
grandes

centros

de

civilisação. Mais
sombrio

pa
­
vor

não podia

ter
gelado

os

cidadãos

agrupados
no
fòro
de

Roma,
quando

um
correio,
sulcando

do

galope

do
seu

caval-

lo

a

magnifica

via

Appia,

entrou

na

ci
­
dade eterna

a

dar
noticia

do cataclysmo

que

sepullára n
’um
tumulo de
lava
ar
­
dente,
envolta
em

mortalha

de
cinzas,
a
ridemissima

Pompeia.
O

terramoto

de

Lisboa

foi,
durante
muito

tempo,

o

assumpto das conversa­
ções
da
Europa;

a

nossa capital

comple-

lamente
destruída obteve
uma

populari
­
dade,

que Vollaire

ratificou

escrevendo

com

a

sua
penna

reverenciada

um

poema

tão
applaudido
quanto

sem

sabor.
Mas

as
cousas
não
pararam

em tão

pouco;
o terramoto de
Lisboa
tinha de
dar

de
si

graves

acontecimentos
no
mun
­
do

lilterario,
sem

fallar

nas
elegias

e

syl

vas

que
por
aqui ferveram. Foi
o

caso
que

Voltaire

e
Rousseau,

os

dois
dieta-

dores

da

philosophia
do

século

XVIII,

vi
­
viam
até

essa
occasião
em

muito
boas

relações,
quer
dizer, não

se

apunhalavam

senão

com

sorrisos. Vem
o
terramoto

de
Lisboa
Voltaire a
proposito

d’
isso,
ri

se

da
Providencia,

Rousseau ainda a vê
inais

clara no
céu
portuguez.

avermelhado
pe
­
los

reflexos
do incêndio
qne

rematou

a
catastrophe.

Voltaire
pucha

os

punhos

de
rendas

e

responde
com
um

epigramma;

Rousseau

arregaça

as
mangas

do
sen
fa­
to

de
arménio

e

vibia-lhe

uma
brutali­
dade,

zás

iras,
questão

foi

esta

de Pro
­
videncia

e

de
terramoto,

que
,d

ahi

co­
meçou,
para

nunca

mais se
extinguir,
a
celebre

inimizade
que

durou
até
á
morte
dos
dois
escriplores,

e

qne
povoou

os

so
­
nhos

do
desconfiado Rousseau
de

pavores

e

de
phanUsmas,

porque

suspeitava

que
Voltaire

o

queria
malar, ou espionar,

ou

plagiar,

e

lhe amargurou por

conseguinte

os últimos

annos

de

sua vida.
Tudo

por causa
do terramoto

de
Lis
"boa.
Ainda a coisa

não
fica

por

aqui.

Vi
­
via
n’
essa

epoca

em
Francfort,
sobre

o

Meno,

uma

creança

de

seis
annos que se
chamava
João
Woifgang

Goethe.
Ora

essa

creança,

d
ahi

a

uns setenta

annos,
era

um

velho,

como
podem
imaginar, e

um
velho

illustre
e

laureado,

como

todos
sa
­
bem.
Escreveu as
suas
Memórias,

e

ahi
par­
ticipou

aos leitores

que

a
sua

infancia
foi
prodigiosa.
Parece

que
aos

seis
annos,

quando

os

outros

rapazes
entravam

ainda

a
meio
caminho

de

perfeição completa no
jogo

do

pião,
estava

elle



a

meio
caminho

da

sciencia
universal.
Aos

seis
annos
este

Faustosito

pro­
fundava

uma

grande
parte dos conheci
­
mentos
humanos,
sem
fallar

nos

boiões
de
marmelada.

Em

1755,

J. VV.
Goethe,

que
nascera

1749, meditava
em

Deus,
e

«Não

podendo,

diz
elle,
formar

uma

ideia
d
’esse

ente
supremo,

procurei-o

nas

suas

obras,

e

quiz,
á maneira dos

pa-

triarchas.
erigir-lhe
um

altar;
producções

da natureza deviam servir-me

para

re­
presentar

o
mundo,

e

uma
chamma
ac-
cesa

podia

figurar
a alma

do
homem

ele-
vando-se

para

o

Creador. Escolhi
por

conseguinte
os

objectos

mais
preciosos

na

collecção
das
raViJades naturaes que
eu

tinha
á
mão;

a
difficuldade

era

dis-

pol

as

de modo
que
formassem um
pe
­
queno

edifício
Meu

pae tinha uma

for­
mosa

estante

de
musica,

de

laca
verme­
lha,
ornada

de

flôres de

ouro,
construída

em

fórma

de

pyramide

quadrangular,

cora
rebordos

para
execução
de

quartettos;
havia
algum
tempo
que

se

serviam
pouco

d

essa
estante;

apoderei-me
d

ella.
Dis-

puz

em
gradação,
uns

por cima

dos

ou
­
tros,

os
meus

objectos

de
historia
natu
­
ral,

de

modo que

lhes
désse

uma

ordem

clara

e

significativa

Era

ao

nascer do
sol

qne eu
queria

olferlar

o

meu

primei

ro
acto

de

adoração.
Não estava ainda

decidido sobre

o

modo

como

havia
de
produzir

a

symbo-
lica
chamma
que

devia

exhalar
um
per­
fume

fragrante;

consegui
emfim
cumprir

as
duas
condições
do

meu

sacrifício.

Ti
­
nha
á minJia
disposição
pequenos

grãos
de
incenso;
podiam,

senão

lançar
uma

chamma,

pelo

menos
luzir

quando ardes­
sem
e

espalhar
um

aroma
agradavel;
es­
se
doce

clarão

de
um

perfume
incendido

até

exprimir

melhor,

segundo
a

minha
ideia,
o

que
em

tal
momento

se
passava
no

meu

espirito.
O
sol
nascera



havia
muito tempo,
mas

as

casas

visinhas
ain
­
da
lhe interceptavam

os

raios.

Elevou-se
erafitn

bastante

para
que eu
podesse,
cora

auxilio

de

um
vidro
ustorio,
accen-

der
os
meus
grãos
de

incenso,

artistica­
mente
dispostos n

umá

bella

chavena
de

porcellana.

Tudo saiu

segundo

os

meus
desejos;
a

minha
devoção
foi

satisfeita;
o

meu altar
lornou-se o

principal

orna
­
mento

do
meu

quarto».
Goethe

não

nos
falia

na

surriada

de

açoites
que

provavelmente
apanhou
por

applicar
a
estante

do papá
a
estes

usos

patriarchaes.

O

que
nos

diz logo
é
que

n
’esta

occasião chegou

a

Francfort

a

no
­
ticia

do

terramoto

de
Lisboa:

«Duvidei

da

bondade

de

Deus»!
O

pequerucho,

que não
era

de

meias

medidas,
rompeu

as

suas relaçõés
com

o

Omnipotente,
e
supprimiu
o

altar.
Tudo

por

causa
do
terramoto
que
le­
ve,
além
de
muitas

outras
coisas,

de
dar
contas

a

Deus
da

inirnisade entre
Vol­
laire

e
Rousseau,
e

do
sceptiç,isniO

áô
Goethe.
PINHEIRO
CHAGAS.



















commissão

contratou

com

os distinctos

esculptores
Simões
de
Ahneida

e

Alberto

Nunes,
os modelos

das
estatuas

que de­
vem

decorar

o monumento

e

representar
a

Victoria

e
a

Independencia.
Os

modelos


estão
feitos

no terço

e

até

a
abril

devem

estar
promptos

para
se

poder
fazer a

fundicção.
Seria

bom
que a
commissão

podesse
completar
o monumento
até
junho,
por
­
que

tendo de
ser

a
inauguração uma

grande

festa

nacional,

poderia
effectuar-

se
no dia

em

que se
festejar

o
centena-
rio

de

Camões,

prestando-se

assim

ho­
menagem ao

grande epico que não
poude

sobreviver
ás
desgraças
da
patria.
A
’« almas
bemfazrjaM.

Pede-se
por

caridade

uma

esmola
para

o

infeliz

José

Maria,

morador defronte

da

capella

de
S.

Miguel-O-Anjo,
casa

n.°

3,

empre­
gado

que
foi
no

Seminário
de
S. Cae
­
tano,
e
hoje

se acha paralítico
sem

po
­
der

articular palavra, e
impossibilitado

de
lodo
o trabalho.
A*
enriddde publica.—
Muito

re-
commendamos

ás
pessoas
caridosas
o
in
­
feliz Antonio

Marques
da

Costa,
morador
na
rua

de
S.

Miguel-O-Anjo,
casa

n.°

4,
3

0

andar,

que se
acha

na

maior
neces
­
sidade
e

doente,
vivendo

da

caridade
das pessoas que o
soccorrem

com

alguma

esmola.
A

b
almas

caritativas.—
Recom-

mendamos

e

muito

ás
pessoas
caritativas

a

desventurada
Maria
José

da

Silva,

mo­
radora
na rua
dos
Sapateiros,
n.°

7.

Vive

e.m

extrema

penúria,

e

padece

de
doen­
ça

incurável.
SUBSCRIPÇAO.
Nunca

nos

dirigimos
com
mais
acerba

mágoa
aos

nossos

leitores,
como

ao

escrevermos
estas

linhas.
Como
por
vezes

temos

dicto,

o
snr.
Francisco

Pereira

d

Azevedo,

antigo

proprietário e redactor
do
«Direito»
e

d’outros

jornaes
catho­
licos,

e

actualmente da
«Propagan
­
da
Catholica»

e
«Libertador

das
Al
­
mas

do
Purgatório»,

acha-se

muito

doente
no
Porto,
e

sem meios

para

se
tractar!
Este

respeitável

cavalheiro

vê-se

reduzido
a

tão

triste

estado,

por
­
que
sempre

sacrificou

todos
os
seus

haveres
e

forças
na propaganda das

mais

sãs

doutrinas.

Alguns amigos do

snr.
Francis
­
co

Pereira

de
Azevedo,

fervoroso
apostolo

dos
verdadeiros princípios

religiosos
e
sociaes,

abrem

uma
sub-
scripção

em

seu

favor,

e

pedem
o

concurso

de
todos os
catholicos

para

suavisar

a

penúria

d
’aquelle
infeliz

quão
benemerito

cavalheiro.
A
subscrição

fica

aberta
em
casa
do
snr.

Manoel José
Vieira
da
Ro­
cha,
na
rua
do Souto,
n’
esta

cidade.
APPELLO

AOS
CATHOLICOS
s
A

Associação
de
jesus
,

maria

e

josé
,

erecta na
cidade

do

Porto,
com

o

fim
de

abrir
escolas
gratuitas

para edu­
cação

de meninos pobres, de ambos
os
sexos,

vendo-se

obrigada

a

deixar o
edi
­
fício

onde

se

acham fonccionando,
em

Villa

Nova
de
Gaya,
as
duas

escolas,

uma

de
meninos

e

outra de
meninas,

resolveu,

em

sessão

de

14
de

setembro do

corrente

anno

de
1879,

mandar construir
uma

casa

apta

para
receber

as

duas
mencio
­
nadas

escolas.
Já lhe
foi
dado,
para

esto

fim,'terreno
por

pessoa

caritativa;
mas

fallecem
lhe
meios

pecuniários

para
levar
ao

cabo obra

tão

util

á

humanidade.
A
Associação contia muito

nos

senti
­
mentos

generosos

dos
snrs.
associados

e

mais
pessoas
amantes
da

humanidade que
a coadjuvarão de

bom
grado
em uma

empreza
que

tem
por
fim

arrancar

da

ignorância

e
do

vicio

a
tantas
creanças

que,

sendo
bem

educadas,
podem

vir
a
ser
bons

cidadãos
e

prestar

relevantes

serviços

á
sociedade».
A

subscripção
fica aberta
na

redacção

d
’este

jornal.
ULTIMAS NOTICIAS
Lisboa

23
—Na

bolsa venderam:

10

ac-

ções
do
Banco
Ultramarino

a

540800;
2
contos
em
inscripções
a

52; 8
ditos
a
51,92
e

51,86.
A

alfandega

rendeu
a

quantia

de

reis

15:9860174.
Paris
20

Os periódicos

confirmam
que
o

gabinete

dará
collectivamente

a

demis
­
são,
e
que

o

snr.

Freycinet
será
encarrega
­
do

de

formar

o

novo

ministério.
Os

ministros

reunirão
ámanhà

em casa

do

snr.
Waddington.
A

Rússia
resolveu

conceder
instituições
municipaes

ás
grandes cidades
da
Polonia,
e

authorisar
o

uso
da
lingua

nacional
polaca.
Londres

20

Os peruanos

reivindicam
para

as
suas

armas

a
victoria
de
Tapayo.
Versailles

21

Foi
eleito

deputado
por

Maze
um
republicano moderado,

contra
Buferenoir,
radical.
Em
Grand foi
eleito

Gent,

contra

Hum-
bert.
Londres

22—
Sir S.

Northecote

decla­
rou

que

a

Inglaterra

insistirá

pelas
re
­
formas da
Turquia;
não
quer

annexar
o
Afghanislan,

mas sómente

defendel-o

con
­
tra
o

perigo

exterior.
Paris

22
—Todos

os
ministros
reuni­
dos,
em

casa de
Waddington,

assignaram

o
pedido
de

demissão,

que foi

entregue
ao

presidente
Grévy.
Freycinet
foi
encarregado

de

formar

o

gabinete.
Calcutta

21

Por

ordem
do

general

Roberts,

Gough

deixou

Cabnl

e
marchou
com

as

forças

ligeiras,

com munições

e

viveres

para
seis
dias.

Nenhum
inimigo

enlre
Cabnl
e

Jaydalack. Melhorou
a si
­
tuação de
Cabul.
Cidade

de

Cabo 30—
No

dia

28

foi
tomada Dradl.
O

inimigo

teve
grandes
perdas.
Dous

officiaes
inglezes

mortos.
Paris

23

O

snr.

Freycinet
recusou

acceitar

o
encarga
de

formar
o
novo
ga
binete.

O
snr. Grévy

instou
com
o

snr.
Wad
­
dington

para

continuar
com
a
presidên
­
cia

de
ministros,
mas
o

snr.
Waddin-

glon

pediu
o
praso

de

24
horas

para
re-

fíectir.
Aconselhou
porém

o

presidente

da re
­
publica

a

encarregar

Léon

Say

de

formar

o

ministério.
Londres
22

Os
chilenos
declararam-

se
possuidores

do

território
de
Tarapaça,
que contém guano

e
nitrato.
Paris

22

Diz

o «Temps» que

o snr.

Grévy
ainda não acceitou
a

demissão
do

gabinete;

também
ainda
não
se
sabe

se

o

snr.
Freycinet

aeceitará

a
missão
de

formar
o
novo
gabinete.
Londres
22—Conlinúa
a

anarchia
na

Birmania.
Fo

am

decapitadas
cinco
princesas.
O
general Goregh

foi
atacado

pelos
chil-
zaes,
tribus

hostis

do

Dokka.
DESPEDIDA
Luiz
José

Dias,
tendo

de

se
retirar

para Lisboa
e
não
podendo
despedir-se

pessoalmeute
de
todas

as pessoas

da
sua
amisade,
-o

faz

por

este

meio,

protestan
­
do

a

todas
a

maior estima,
e

offerecendo-
se

na
capital

para

tudo
em que

podér ser
prestável.
À&BADECIMOTOS
Os abaixo

assignados

agradecem

por

esta

fórma,
na

impossibilidade

de

o

fa­
zer pessoalmente,

a

todas

as
pessoas

que
os

obsequiaram

com
as
suas
visitas,

e

que
se
dignaram
assistir
aos

responsos

e
ofiicio

fúnebre,

que
tiveram

logar

no

dia

12
do

corrente

mez na
egreja

do

Martyr
S.

Vicente, d

esla
cidade,

por
al
­
ma

de
seu

sempre
chorado

e
presado

pae

e

sogro
Conslantino
José
da Silva; a
to­
dos

protestam

a sua

gratidão
Braga
18
de

dezembro

de

1879.
Custodia
Maria

da

Silva
Francisca

Rosa da Silva
Maria

do

O


e

Silva
Maria
José

das Angustias

e
Silva
Urbano
Antonio

de

Sousa
e

Silva
José
Carlos
Machado

d'Almeida.

(2718)
ANNUNCIOS
SOCIEDADE DEMOCRÁTICA RECREATIVA
São

convidados

os

snrs.

socios
e
suas

exm.


familias
para
assistir

á

Conferen
­
cia

Familiar

pelo
exm.°
snr.
Alfredo

Cam­
pos,

a

qual
terá

logar
no

salão

da
Socie­
dade
pelas
6

horas

da

noite

de
26

do

corrente,
cujo

programaia

é
o seguinte:
Confereneia

Familiar
sobre o
Trabalho:
suas
evoluções e vanta­
gem
moraeo
e materiaes
TOPICOS
DISCURSIVOS:
-Lei

universal;
Paitilha
do homem

no

cumprimento
d

esla

lei;
Consolações e
doçuras do
trabalho;
O
trabalho como conquista
de

fidalguia

e

nobreza;
O

trabalho

como
capital

e

riqueza

per­
manente;
O

amor
do
trabalho;
Conclusões.

(2755)
EDITAL
A

Camara

Municipal
d
’esta

Cidade

e Con
­
celho

de

braga.
Faz

saber,
que

no

dia

2
de janeiro

proximo

futuro

pela

uma
hora
da

tarde,
no
Paço
do
Concelho,
se
ha

de
arrema­
tar
a
obra

de reconstrucção de
calceta­
mento

da
rua
Nova

de

Sousa,

sob

a

base

de
licitação
de

6640000
rs.
As
peças

escriptas
e

condições

corre­
spondentes

acham-se
patentes

na
secreta­
ria

da

Camara
para

poderem

ser

exami­
nadas

pelos

licitantes
que
o
desejarem.
Braga

13

de

dezembro

de
1879

E

eu

Antonio

Manoel
Alves
Costa,

Escrivão da
Camara, o

subscrevi.
O

Presidente
Joaquim

José Malheiro
da
Silva.
ÉDITOS DL
40 DIAS
Pelo

juiso

de

direito

da

comarca

de

Braga

e

cartorio
de

Ribeiro,

correm
édi­
tos
de

40
dias

a requerimento

de
Hele­
na
Teixeira

Barbosa,

e

antes

Helena
An-
lonia
Teixeira
de
Carvalho,

viuva
que ficou
de

Francisco
Boavenlura

Ferreira,

c

sua
filha

D.
Maria

Augusta
Ferreira

de

Carva­
lho,

solteira,
menor
púbere,
esta residente
em em Villa
Real,

e

aqueila na

cidade
de

Benguella,

na

África,

a

citar

todas
as pessoas

incertas

que

se

julguem
com

algum

direito
á
herança

e

espolio
de

seu

fallecidn marido
e

pae
Francisco

Boaven-

tura

Ferreira,
d

esta
cidade,

e
que

se

achava

ausente

em

Afric»,
para

fallarem
aos

artigos

de
habilitação
que
as
mesmas
requerentes

promovem

por
este

juiso
e

cartorio

do

predito

escrivão,
cuji citação
edital
tem de ser

accusada na
segunda
audiência,
findo que

seja
o
mesmo
praso,

que tem de
correr

logo

que
publicado se­
ja
o

segundo annuncio

na

folha

oíficial,
e

isto
no Tribunal

Judicial
sito

no

largo

de

Santo
Agostinho,
d

esta

mesma

cidade,

não

sendo
dia
santificado
ou
feiiado,
porque
sendo-o

se

farão

nos
dias

immediatos
não

santificados

ou

feriados;
e

verem

ahi in-

slallar

a
acção

e

marcarse-lhes

o

praso
de tres audiências para

opporem
o
que
tiverem,

sob

pena

de

revelia

e
lançamento.
Braga
4

de

dezembro

de 1879.
O

escrivão
João
Marcos

d’
Araújo

Ribeiro.
Verifiquei

a exactidão.
(2751)
Adriano

Carneiro de

Sampaio.
Arrematação voluntária.
No

dia

21
do

prezenle

mez
xie
dezem­
bro, pelas 10 horas

da manhã,

tem

de

arrematar-se parlicularmenle
uma
morada
de

casas

com

seu
eido

junto, que

pro­
duz
pão,
vinho, e

frucla,
sito
do

logar

do
Souto,

por
delraz

da

egreja

de

S.

João

de Semelhe,

pertencente
a

D.

Adria
­
na

Rosa
de
Mello,
da
Cidade

de

Braga.

Os
pretendentes

pódein

comparecer
no
local
da mesma
freguezia,
no
dia

e

hora
acima

indicada,
e

se entregará,

se

o
ulti­
mo

lanço
convier
á

vendedora.
Braga

1 de

Dezembro

de 1879.
(2725)
D.

Adriana

Rosa

de

Mello.
EDITAL
A

Camara

Municipal

d
’esta

Cidade

e

Con­
celho

de

Braga.
Faz

saber,

que
no

dia

2

de

janeiro
proximo

futuro

pelas 2
horas

da

tarde»

no

Paço

do Concelho,

se

ha

de

arrema­
tar

a

obra

do

pavimento

da

Arcada

da

Lapa,

confórme

o

projecto

reformado
sob
a
base
de

licitação

de
1220000 rs.
O

dito

projecto

e condições

correspon­
dentes
acham-se

patentes

na

secretaria

da
Camara,
para

poderem

ser

examinadas

pe­
los

licitantes

que

o

desejarem.
Braga
13
de

dezembro
de
1879—E

eu

Antonio
Manoel
Alves
Costa,

Escrivão

da

Camara,
o

subscrevi.
O

Presidente
Joaquim
José
Malheiro
da

Silva.
BANCO
(OnnUHCHL
l>E 5111
ifit
i:n liquibição
Em

virtude
da
omissão
no

pagamen
­
to

das
lettras

n.os

3984,
4016. 3985
e
4017,
na

importância
de 16:9995000

reis,
saccadas
por

José
Ignacio
Ferreira

Roriz,

a favor de

João
Vieira da Silva,
da

cidade
do
Porto,
e

por

este

endossadas á
Caixa
Filial

do

Banco

Commercial

de

Bra­
ga,
se
tem

de proceder

á venda

das
me
­
smas

em

leilão
á

porta

do

mesmo

Banco,
por

preço
que

convenha,

no

dia
29

do
corrente

pelas

11
horas
da manhã,

para
o

que
se convidam

todos
os

interessa­
dos.
Braga

19
de

dezembro

de

1879.
O

liquidatário

eífectivo,
Manoel

Duarte

Goja.
ÉDITOS
BE 30 »ÍAS.
Pelo

juízo

de

direit^

d

esta
cidade

e
comarca
de

Braga
e

cartorio

do

4.°

ofii-

cio
de

que
é
escrivão
o

abaixo

assigna-

do,
correm
éditos
de 30

dias

citando,

chamando

e

requerendo

todas as
pessoas
incertas
e quaesquer
credores

e

legatá
­
rios

desconhecidos

e

residentes

fóra
da,

comarca

que se julguem
com

algum

di­
reito

ao
casal

da

finada

Anna

Joaquina
de

Faria,

viuva,

moradora que
foi
na

rua
do
Poço,
d

esla
cidade, para

ficarem
scien-

tes

de

que
por

este

juízo e

cartorio
do

referido

escrivão

corre

seus

lermos

um
inventario

por

fallecimento

da mesma,

e

virem

naquelle

prazo,

que
se

começará
a

contar
na
fórma

da

lei,

deduzir e

al-

legar

seus
direitos

assistindo

aos
lermos
do

mesmo

inventario,
sob

pena

de
reve­
lia

e

lançamento.
Braga l.°

de

dezembro

de 1879
e

nove.
O
escrivão

do

processo
Gaspar

Augusto

d’
Oliveira
Faria Bastos^

Verifiquei

a
exactidão,
(2754)

Adriano Carneiro
de Sampaio.
EDITAL
A

Camara
Municipal

d

esla Cidade e

Con
­
celho

de

Braga
Faz

saber, que

no dia
27
do

corren
­
te
pelas
11
horas
da
manhã,
no
Paço
do

Concelho,

se
ha
de

arrematar
a

con­
dução

dos
cadaveres

dos
pobres

ao

cemi
­
terio

publico

com

todas as
condições

da

ultima

arrematação,

e

que
se

acha

pa­
tente

na

secretaria
da

Camara para
ser
examinada
pelos
licitantes
que o
dese­
jarem.
Braga

15
de

dezembro
de

1879.
O

Presidente
Joaquim

José Malheiro

da
Silva.
VENDE-SE
A

casa

n.


21
da

rua
do
Souto,

d

esta
cidade
de

Braga.

(2722)

*
HW
»
»
»
»
»
»
ssnpé

meio

grosso, botes

de 250
grs.
Kapé

vinagrmijo
Kapé
secco
Kapé

Rosa
240
250
250
250
SE
CLNk

te

.-W
RUA
DO
CARVALHAL

N.°
(27
50
BRAGA.



















ARMAÇÃO

DE
LOJA
Vende-se

uma

boa

armação
de loja,

com

o respectivo

balcão,

na
rua
do
Sou­
to,
antiga

Livraria

Catholica.

Trata-se
com

o

solicitador

Torres.
(2750)
Caixa penhorista
Braearense na
Travessa
de
D.

Gualdim d’
esta
eidade.
Continua

a emprestar

dinheiro

sobre

penhores

todos os dias

desde

as

8

horas

da

manhã

até

ás

9

da

noute

na

mesma
caixa.
Vende-se
roupas
Pede-se

a
todos

os
mutuários

que

ti­
verem
objeetos
empenhados

na

mesma
caixa
com
atrazo
de

juros

de
tres
mezes

os

venham

pagar

ou resgastar,
senão se­
rão
vendidos.
PEDIDO
A
Meza
do
Real

Sancluario do
Bom

Jesus

do

Monte
roga a
todas
as
pessoas
amadoras
e
possuidoras
de
jardins,

que
te
­
nham
superabundância

d’
arvores
de

ador
­
no,

arbustos,
Camélias

ou
outras

quaesquer
plantas,

se
dignem
íavorecer
com

ellas

o

mesmo
Sancluario, para
embellezar este

tão

piltoresco

local;
dando
parte

ao
the-

soureiro

o
snr.
Manoel

José

Rodrigues

de
Macedo,
rua
do
Souto,
n.°
42,
n

esta
ci­
dade

de

Braga,
para
a

Meza

enviar pes­
soa
competente

que

do
sitio
que

lhe
fôr

indicado
as
traga

com o

necessário
re­
sguardo.

A
Meza,
esperando
que

este
pe
­
dido

será allendido, fica desde
já agra
­
decendo
qualquer offerla

que
n’este

gene­
ro
lhe

fôr

dada.
Em

nome

da

Meza

O
procurador
Anlonio

Alves

dos
Santos
Cosia.
BREVE
COMPENDIO
DE
ORAÇÕES
E
DEVOÇÕES
ADOPTADAS
PELOS
MISSIONÁRIOS
QUARTA
EDIÇÃO
Novamente
correcta

e
muito

augmentada
com
novas

orações

e

devoções

indul-
genciadas,
e

concedidas

posterior-

mente

á
ultima Raccolta.
Com

approvação
de

S.

Exc.
a
Revm.
a
o

Snr.
D.
João

Chrysoslomo

d’
Amorirn
Pessoa,

Arcebispo

Primaz.
Vende-se

em

Braga,
na

typographia
Lusitana,

rua Nova
n.°

4, e
nas
livra
­
rias
de
Manoel Malheiro,
rua
do
Almada,

Porlo,
e

Catholica,

de

Lisboa.
Preço-=160

em

brochura,

e
240 enca­
dernado.
PEDIDO
A
Meza
da
Santa

Casa

da

Misericór
­
dia,

de
Braga,
tendo

em consideração

a
avultadissima

despeza

que

está
custan
­
do
o

fornecimento
de

pannos

e fios
para

o
curativo

de
feridas
no

Hospital de S.
Marcos,

empenha
n

esle
aclo
de
caridade

a
devoção
de

seus

concidadãos.
O
escrivão
Lourenço
da

Cosia
G.

Pereira

Remardes.
mi
M
VIMES
DO
ALTO DOURO
DA

CASA
BE VILLA PDIJCA
RUA

DO SOUTO

N.°

15-Braga.
N
’este

armazém

se
encontram

a retalho

as
seguintes
qualidades
de vinhos engar-

afados:
Vmho
tinto

de meza.

(sem
garrafa)
150
>
> > »
.
190
>
Lagrima....................................
200
>

Branco

de

meza........................
210
»

tinto

de

meza

fino.
.

.
.
240
> de

prova

secca. .

.

,

.
300
«

Malvasia
de
2.
a
........................
360
»

»

velho
................................
400
»

Malvasia
Bastardo
e

Moscatel

a
500
>

Roncão

........
700
>

Velho
de

1854
.

.
.



.
600
>
a
retalho

para meza

60

e

f
10,

o
quartilho
tinto,

e
branco

120.
Responde-se e
garante-se

a
pureza

e

boa

qualidade
de
lodos

estes vinhos,
po
­
dendo

lodo
e
qualquer

consumidor

man-

dal-o

experimentar por meio
de

qualquer
processo

chymico.
Unlm.nt.

BOYER-MICHEL
para caval-
los,
fazendo as
vezes
de fogo e nío deixando
vestígios

do seu emprego M
ichbl
, pharma-
ceutico
em
Aix (na Provença) França. —
Preço
1,000 reis.—Em
Lbisoa,
onnr
Bnrreto, Lcreto, n.” 8—30. (225j
V

ende

papeis

pinta
­
dos

para
guarnecer

saPas,
lindíssimos
gostos, a
prin­
cipiar
ern

80

reis

a

peça.
Vende

olio, tintas
e

vernizes

para

pinturas

de
casas,

tudo

de
boa

quali-
H

dade.e
preços
muito resu-

g
midos.
Vende
cimento
roma-

S no

para
vedar
aguas, ges-
so

para

estuques
de ca-
5

sas,

tudo
de
primeira qua-
i*

S

iidade.

B
FOLHINHA
ROMANA


se

acha
á

venda

para
o

anno

de

1880;

em

Braga
no
escriptorio
da

Typo­
graphia

Lusitana,

rua

Nova
n.°

4,

e

em

casa

do

snr.

Bernardino
José

da

Cruz.

Vestimenlaria
Rocha

e

Viuva
Germano,

rua

do

Souto,
e
na
loja

do snr.

Clemente

José
Fernandes
Carneiro, rua

de

S.

Vi-
clor.

e

em
todas

as
mais localidades do
costume:

preço

140

rs.
Nas

mesmas

casas
e localidades

de­
vem
achar-se

opportunamente as

folhinhas

Bracarenses,

e Almanach
Civil
ou

de
al­
gibeira.
SYSTEMA
FELIZARDO
LIMA
C
áíí
IILII
ã

I.VÚTIl
Arte

de

aprender

a
escrever

e

ler

em
vinte

lições,
tanto
menores

como

adultos;

experimentado
.

em
muitas

localidades
do
paiz

com

oplimos
resultados,

e
a

par4

dos

últimos

progressos

da

filologia

e

linguística.
Preço 500

rs.
Aos

snrs. professores

dá-se
a
commis­
são

de
15

p.
c.

fazendo
seus

pedidos

aos
editores

do SYSTEMA
FELIZARDO LIMA"
=Fafe.
A

venda

nas
principaes
livrarias
do

Porlo,

Lisboa,
Vianna,
Coimbra,

e em
Bra­
ga
na
Typographia

Lusitana

e

em

casa
de
Julio
Mattos,

rua

Nova
de

Sousa
n.°
44.
Precisa-se
de

empregados

de

ambos

os

sexos
que
tenham

reconhecido
bom

com­
portamento,

aos quaes

se

dará
ordenado
não

inferior

a

120£000

reis,

depois
d’
uma

pratica

de

dez

dias.
Dirigirem-se
a Fafe,

casa

de

Sá,

a

Felizardo
Lima.
JOSE’
DA SILVA FUNDÃO
Com
loja
<le
fato feito
13

Largo
do

Barão

de
S.
Marlinho
—13
Participa
aos
seus amigos e
fre-

guezes,
tanto
d’
esta cidade

como
das
provinciasque

tem
um
bonito
e

variado
sortimento
de

fato

fei­
to,

casimiras
para
fato
muito
baratas,

cortes
de

calça
a
l$500,
2$000

e

2$500

reis;

tudo
fazendas

modernas.
Guarda

pós

de

casimira

e
de

alpa-

ques
inglezes,
roupa

branca,

assim

como

camisas
de
600
reis

para

cima,
ceroulas

de

400

reis

até
800,

de

panno
familiar,
e
meoles,
boueis

de

gorgurão

de

seda

e

de

casimira
de

todas
as
qualidades,
de

500

rs.
até
800
;

mantas

de
seda
de
to­
dos

os

feitios.
Encarrega-se

de

fazer
qualquer

obra

que

lhe
seja

eocommendada,

e

prompli-

fica-se

a

hcar
com
ella

quando

não

fique

á

vontade
do

freguez.

(2249)
Thesouro do cosinheiro, confeiteiro e
copeiro
ou
collecção
de
varias

receitas
com applicação á

arte
de

cosinha,
con
­
feitaria
e
copa, e
geralmente

util
para
uso

de

todas

as
famílias

Precedido

das

regras

que

se devem
observar

em

pôr
a
meza
e

servir

a
ella.
ainda

nos

banquetes

de

mais

etiqueta,
e

ampliado
com
o

methodo

de

trinchar
e

fazer

conservas,
fatias

douradas,

vulgo,

rabanadas—
3.
3
edição

muito

augmentada.
Um'
volume

de
319 paginas,
com
gra
­
vuras
intercaladas
no

texto, 500 reis
bro­
chado,

ou

800

reis

com
uma

linda
en­
cadernação

de

paninho.
E


o

mais util
brinde

que

por

occasião
das
festas
do

Natal

e
anno
Bom se
póde

offerlar ás
familias.
Para

a

mocidade
também
lembramos

o

resumo
da
HISTORIA
BÍBLICA

ou
narrativas

do

Velho
e
Novo
Testamento,
pelo Bispo
do

Pará,

illustrada

com

200
estampas

e um

mappa

da
Terra
Santa.
Esta

uiilissima
publicação,

que

explica

com

clareza
todos
os
uechos
da

Bíblia,
está

approvada

por

todos
os

snrs.
bispos

da

Suissa, França, Italia,
Brazil,

e
pelo
exem.
0

D.

Américo,
cardeal
bispo

do
Porlo.
E

um
elegante

volume

de 290

pagi
­
nas
nitidamente
impresso

em

papel

su­
perior.
Preço:
Cartonado
400
reis;

encaderna
­
do

em

paninho
com
o
titulo
dourado
na
pasta

700

reis;
a
mesma encadernação,
dourado

pela
folha,

1$0()0

rs.
Todas
estas

encadernações

são
de

bo
­
nito

gosto.
Qualquer
d

estas

obras
será
remetlida
pelo

correio,
franco

de porte,

a quem en
­
viar

a

sua

importância
em

estampilhas

de

25
reis

á

livraria
dos

editores

Viuva
Ja-
cintho
Silva
&
C.*,

134, rua
do

Almada,
138,

Porto.
Empreza
editora de Francisco

Ãrtliur da
Silva—
Lisboa.
BRINDE
A

TODOS

OS

ASSIGNANTES
,
DA
HISTORIA
UNIVERSAL
POR
Cernir
Cantil
Desde
a

creação do
mundo
até

1862

con
­
tinuada

até
1879
por
D.

NEMESIO FERNANDEZ CUESTA;
Com
a

noticia dos
factos

mais

notáveis

relativos
a PORTUGAL
2

BRAZIL
Traduzida
da edição

franceza
de

1867
e
acompanhada

da

versão

das
citaçõçs

gregas
e

latinas,

e
annotada

por
Manoel

Bernardrg Branco
Da

Academia

Real
das Sciencias
de
Lisboa;
professor

das
linguas grega
e
latina,

etc.
2.a
edição,

illustrada

com

81
gravuras

primorosamente
executadas.
13 volumes
in-l.° grande.
O

editor
proprietário
d’
esta

publicação,

grato aos
favores

do

publico,

e
compre-

hendendo

a

necessidade
,

de

publicar

um

13.°
volume
para

que
esta

2.
a

edição da
HISTORIA

UNIVERSAL
fique
mais

com
­
pleta,
resolveu
offerecer
aos
snrs. assignan-
les
que

o
auxiliaram
n
’esla

empreza
e áquel-

les

que

de

hoje em diante

o continuarem

a
coadjuvar,
como

BHINDE

o

deeinin
terceiro
volume,
contendo

trinta e

cin­
co
capítulos,

seis
gravuras
e
dois indices,
sendo

o primeiro

chronologico e

remissi­
vo

de

toda

a

Historia
Universal,

servindo
para
a
procura

dos

íaclos
que
n
’ella vem

exarados,
e
o

segundo

alphabelico,

con
­
tendo
os
nomes
de

todos
os

homens
no
­
táveis

.
que
figuram
na

historia,
e
os
títu
­
los geraes de
todas
as
matérias,

servin
­
do

de auxilio
ao

primeiro
Comprehendendo

a
narração

desenvol
­
vida

dos

acontecimentos

históricos
occor-

ridos

desde
1851
até

1879,
escriplos

em

hespanhol

por D.
Nemesio

Fernandes
Cues-

ta,

e
accrescentados
na

parte
que

diz,res
­
peito
a

Portugal

e

Brazil,

por

Manuel

Ber
­
nardes

Branco.
Fica
portanto

completa

a
segunda edi
­
ção

da

HISTORIA
UNIVERSAL, em
treze
volumes

in-4.°

grande
e

custará:
Brochada

....
20$G00

reis

fortes
Encadernada
.
.

.

27$000 »
»
Para

facilitar
a

âequisição
d

esta

tão

importante

obra
ás
pessoas

menos

abasta
­
das
que

a
não

possam

comprar

de

uma


vez,

o
editor

deliberou
conservar

aber­
ta

a

assignatura

em

Portugal

e no Brasil.
Cada

folha
de
16
paginas

a
duas colum-
nas,

50
rs.

Cada

gravura

primorosamen
­
te

executada.
40

rs.
Condições da
assignatura

:

A

assigna­
tura

póde

fazer-se
por

entregas

de

duas

folhas,
e as

gravuras

como

convier

por
fascículos

de
cinco
folhas

e
uma
gravura,

e

por
volumes
brochados.
—Cada

entrega
de

32

paginas

e
1

gravura,

140

rs.—
Cada

fascículo
de
80

paginas

e
1
gravura,
290 rs.
CADA
VOLUME:
l.°
vol. br. orn. de

9

grav.
1$870
2.°
>
>
>
»
6
>
1^665
3.°
»
>
>
7
>
1^605
4.°
>
»
>
>
O
>
U525
5.°
>
>
0
>
6
>
1$615
6.°
D
>
6
>
1$690
7.»
>
>
»
D
6
1^640
8

0
D
>
>
6
D
1^615
9.°
p
»
>
6
»
1$565
10.°
>
>
>
6
>
M615
11.°
>
>
>
>
6
»
1(5610
12.°
))
>
»
6
»
15815
13.®

K

ULTIMO,

ornado
de
6

gravu
­
ras,
brinde

a
todos
os
assignantes,
no

pre­
lo,

GRÁTIS.
Das
81
gravuras de

que
consta

a
obra
estão
tiradas 45,
pertencentes

aos

vol.
1 a
7.
Este

decimo terceiro
volume

será dis­
tribuído
depois
de

completo

e
brochado

a

todos

os

assignantes
que

tenham

pago
o

decimo
segundo
volume
Os

assignantes
teem as

seguintes
van­
tagens:

*
Garantia

e

certeza

do

complemento

da

obra,
e
poder

receber
como
e

quando
qui-
zerem,
por entregas, por
fascículos ou

por
volumes.
LISBOA:—
A

assignatura póde
fazer-se

por

entregas,

fascículos,
e

por

volumes.

O
assignante

receberá

uma

entrega
de
duas

folhas
por

semana,
pelo

menos,
e
as
gra
­
vuras
que

lhe
convier,

pelos

preços
acima

marcados,

pagando

ao distribuidor

no

acto
da

entrega
a
sua

importância.
PROVÍNCIAS
E

ILHAS:
—A
assignatu
­
ra póde
fazer-se
por

fascículos

e

por

vo­
lumes.
O assignante

receberá

o

primeiro

fascículo
ou

volume
franco

de
porte,

e


depois

de

recebidos
mandará

satisfazer

a

sua
importância

em
estampilhas,

valles
do

correio
ou

ordens, na certeza
que não

re­
ceberá

o

segundo

sem
que

tenha
satisfeito

o

primeiro,

e
assim
successivamente.
As

pessoas tanto
de
Lisboa

como

das
províncias

e
ilhas
que

angariarem
DEZ

AS-
S1GNATURAS
REAUSÁVEIS

terão

UMA

GRATUITA,
dirigindo-se direclamente

ao

editor.
Assigna-se

no

escriptorio

do
editor—

rua

dos Douradores,
72,

LISBOA ; me

BRAGA,

na

livraria

Internacional
de
Eu­
gênio
Chardron,

e
nas
principaes

livrarias
do

reino, ilhas
e

Brazil.
Franeiseo
Artliur da Silva—editor
72,

rua
dos
Douradores,

72—
LISBOA.
lIffiEUO
1MSM.
Esta

maravilhosa

injecção,
como

cal
­
mante,
é

a
unica
que

não

causa
apertos

d
’uretra,
curando

todas as

purgações ainda
as

mais

rebeldes

como

muitas

pessoas

o

podem

altestar.
Deposito
em
Braga
na
pharmacia
Bra
­
ga
—Esquina

de Santa

Cruz
—40.
Porlo

Cardoso

Praça
de
D.

Pedro
—■

113.
(2631)
Ceremontal segundo
o

rito
Romano

que

deve

observar-se na Tercia

e
missa
conventual
cantada

na
capella do

Seminário

Conciliar Bracarense.
Escripto

pelo
Presbytero
JOÃO
REBELLO
CARDOSO DE MENEZES,
Vice-Reilor

do

mesmo

Seminário.
Vende-se no
mesmo

Seminário,
e

no

escriptorio

d
’este
jornal.
Preço
..............................
120

rs.
RESPONSÁVEL—
Luiz Baptista da Silva. •
j
BRAGA, TYPOGRAPHIA LUSITANA —1879