Que se faça justiça.

Descrição
Quando os industriais de Guimarães puseram à disposição do Ministério da Educação Nacional a importante verba de 1200 contos para que fosse criado nesta terra um Instituto Politécnico, demonstraram, de maneira inequívoca, a consciência dum problema que não devemos esquecer, nem a sua gravidade: a falta de técnicos. Temos de nos convencer desta verdade irrefutável, se acaso ainda não estivermos convencidos: a técnica fundamenta o progresso económico dos povos e das nações. Guimarães tem uma potencialidade industrial e económica de invulgares dimensões. O seu contributo para o desenvolvimento produtivo e económico do país é dos mais importantes. Trata-se duma zona industrial de estuante atividade e o seu desenvolvimento, o seu progresso, a prosperidade do futuro assentam na evolução técnica em que totalmente tem de apoiar-se. Todos nós nos batemos pelo Instituto Politécnico porque a formação e os técnicos que amanhã hão-de trabalhar nas indústrias, são as forças ou elementos de garantia da sua sobrevivência e do seu progresso, da sua prosperidade e do seu prestígio.Parece-nos que em devido tempo prometeram a Guimarães um Instituto Politécnico. Os ânimos serenaram, mas existiram sempre umas dúvidas e apreensões. É que se sabia de manobras na sombra que podiam deitar tudo a perder, embora com promessas de tudo salvar…Braga, «industrialmente» falando, pouco vale ao lado de Guimarães. Mas já lhe «deram» um Instituto Politécnico – e nós ficamos a pensar porque o não deram ainda à terra que mais precisa dele, que mais o justifica, que mais o merece? E não lho prometeram? Pois então vamos esperar. Mas já desconfiados como os saloios lá da minha aldeola…”
Abrangência espacial
Guimarães
É parte de
O Comércio de Guimarães