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Descrição
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Comunicado. Publicou o «PRIMEIRO DE JANEIRO», na sua edição de 5 de fevereiro, um requerimento apresentado na Assembleia Constituinte, sobre a implantação dos Cursos de Tecnologia da Universidade do Minho. A infantilidade de que o documento enferma não merecia resposta. No entanto, e considerando que o mesmo pode induzir em erro os cidadãos mais desprevenidos, entende esta Comissão Administrativa ser seu dever esclarecer o seguinte:1. A Universidade de Braga nunca chegou a ter existência real; Não passou de um sonho! O Decreto Lei n.º 402|73, de 11 de agosto, publicado no Diário do Governo, I Série, número 188, no seu capítulo II, artigo 8.º, cria a Universidade do Minho, do Minho e não de Braga;2. Daqui se infere, também, sem necessidade de grande esforço analítico, que a Universidade do Minho foi criada pelo Governo e nunca pelos bracarenses, por muito que isso os desgoste;3. Quanto à «pouca expressiva importância e variedade industrial de Guimarães», é tal a miopia demonstrada que dispensa qualquer comentário. Os números são suficientes e falam por si;4. Quanto à instalação, em Guimarães, dos Cursos de Tecnologia e do alegado aniquilamento, será bom lembrar o que, [?] transato, a Câmara de Braga tornou público:«Tendo conhecimento que, apesar do repúdio da população bracarense, já mais de uma vez manifestada publicamente, continua a Comissão Instaladora da Universidade do Minho a conduzir todos os seus trabalhos no sentido de a implantar nas Taipas, subúrbios de Guimarães, com prejuízo de quase toda a população minhota, proponho:Que seja feita uma exposição por esta Edilidade ao Senhor Ministro da Educação e Cultura, transmitindo esse repúdio a semelhante situação, por constituir solução reprovável. Na realidade, as únicas hipóteses consideradas de aceitação generalizada e de acordo com as finalidades em vista, expressas na própria designação da nova Universidade a criar, seriam:a) Dispersão dos Institutos Superiores ou Faculdades pelas mais importantes povoações da região em causa, embora obedecendo a uma centralização diretiva como forma económica mais eficiente e mais útil sob todos os aspetos;b) Ou mantendo a ideia, que se considera errada, de unificar as instalações, formando um campo universitário, que tal campo se situe no lugar geométrico a servir com a maior equidade toda a Província a que se destina, e não um canto dessa mesma Província, como teimosamente alguns pretendem, em detrimento dos interesses de todos os outros – e mesmo em detrimento do interesse nacional, por criar benefícios muito restritos.Ainda também, se a Universidade do Minho não é para todo o Minho, mas para instalar numa sua cidade, como parece ter-se em vista, embora sub-repticiamente, então deveria situar-se na respetiva Capital, como é lógico.Mais proponho que se dê conhecimento público dessa diligência camarária, caso seja aceite.»Mais comentários para quê?Paços do Concelho de Guimarães, 9 de março de 1976Pela Comissão Administrativa, Abílio Manuel Gonçalves da Costa”
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Abrangência espacial
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Guimarães
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É parte de
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O Comércio de Guimarães