Incrível.

Descrição
Chega a ser impressionante o que se tem passado com os cursos tecnológicos da Universidade do Minho, tudo provocado pela cisma inconcebível, pelo orgulho intolerável, pelo despeito impossível de responsáveis bracarenses. Depois, vem o insulto a entidades oficiais que nada mais têm feito que definir uma atitude de coerência e interpretar a Verdade e o Direito, sem se incomodarem com uma espécie de reação que só é compreensível em massas arruaceiras.Os cursos tecnológicos pertencem a Guimarães. Sempre pertenceram. Portanto, esta cidade não pretende defraudar ninguém, mas também não consente que a esbulhem dum direito que é indiscutível. Já se disse aqui que o tempo do «açambarcamento» passou. E, com ele, certos homens que só demagogicamente falavam em «direitos da população vimaranense». E todos nós sabemos como sub-repticiamente procuravam contrariar e prejudicar esta população e esta terra. Não é admissível que se ande agora a tentar impor uma reivindicação que se esboroa facilmente perante a verdade dos factos, a razão e o direito dos vimaranenses. Mais uma vez, a gente de Guimarães manifestou publicamente o seu desagrado ante atitudes que outro nome não têm senão o de autênticas afrontas. E isto não pode ser. E isto não pode continuar.Os cursos tecnológicos são de Guimarães e ninguém lhos pode tirar para satisfazer utópicas supremacias e vaidades balofas. Guimarães luta pela sua sobrevivência, pelo seu trabalho e pelos seus direitos.”“Breves reflexões. Tem sido largamente debatido o «problema» da Universidade do Minho – digamos, mais propriamente, dos cursos de tecnologias. Por que existe esse «problema»? Aqui é que a questão começa a tomar aspetos de enervamento para todos nós. O «problema» existe porque o Governo não tem dado firme resposta a certas veleidades – confirmando no campo das realidades, uma lógica decisão sua – ou melhor, não tem dado uma resposta pronta e decisiva para acabar com as investidas, manhas e pretensiosismos de certos amigos bracarenses, que já aborrecem.A lei tem de cumprir-se, os direitos têm de ser respeitados, os interesses do país são para se defenderem – e pronto. O açambarcamento que Braga quer fazer, com argumentos de que a Universidade é um «todo» e não deve ser desmembrada, não é aceitável. A argumentação é pueril. Sacrificar os direitos e interesses dos outros para se atender apenas aos próprios era a velha «política» que tantas injustiças causou. Isso acabou. Os direitos de Guimarães e da sua população à própria sobrevivência não devem continuar a ser coisa vulgar para as «perrices» da vizinha cidade, lá porque foi a «cidade santa» da «revolução nacional» - de antanho…Por decisão do M. E. I. C., os cursos tecnológicos da Universidade do Minho serão implantados em Guimarães. Para quê continuarem a fazer ondas? Para quê tentar defraudar os direitos de quem os tem e merece? Ora, uma espécie de «política… de Falperra» em coisas tão sérias não é para o nosso tempo. O seu a seu dono. A era das jactâncias passou.”“A falsa oposição aos cursos tecnológicos de Guimarães. Uma das teclas mais batidas sobre a colocação em Guimarães dos cursos tecnológicos é a de que a indústria têxtil algodoeira tem um futuro duvidoso, como se o consumo de tecidos desta fibra natural estivesse condenado a desaparecer. Ora isto não passa de sentenças erradas para não as denominar de termos mais severos. (…) Não é, portanto, por esse lado que a oposição à instalação dos cursos tecnológicos em Guimarães convence.”
Abrangência espacial
Guimarães
É parte de
O Comércio de Guimarães