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Descrição
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Os Cursos Tecnológicos (Engenharia Têxtil, Metalomecânica Ligeira e outros) pertencem a Guimarães e nesta cidade instituídos. Eis o que reza essa importante deliberação:Universidade do Minho: Bipolar1. Manter para a Universidade do Minho o tipo bipolar, já anteriormente definido, localizando-se um polo no concelho de Braga e outro no concelho de Guimarães;2. Acionar o desenvolvimento do polo de Braga, onde deverão funcionar os cursos já aprovados por aquela Universidade, incluindo a lecionação das disciplinas próprias à formação de base dos cursos tecnológicos, cujo ciclo complementar é ministrado no polo de Guimarães, sendo, ainda, instalados naquele as correspondentes unidades pedagógicas de investigação e apoio;3. Impulsionar o arranque, no polo de Guimarães, dos ciclos complementares dos Cursos Tecnológicos (Engenharia Têxtil, Metalomecânica Ligeira e outras), cuja formação básica inicial e comum é assegurada no polo de Braga, sendo igualmente naquele criadas as necessárias unidades pedagógicas de investigação e de apoio;4. Recomendar aos Ministérios responsáveis que deverão apoiar as diligências próprias ao cumprimento desta resolução, nomeadamente as que digam respeito às providências legais necessárias à satisfação da urgência das instalações imprescindíveis para o funcionamento dos dois referidos polos da Universidade do Minho, considerando-se, desde já, que quaisquer expropriações que seja aconselhável realizar são de interesse e utilidade pública e utentes [urgentes?]. (De «O Comércio do Porto»).Os vimaranenses devem convencer-se de que têm de defender vivamente os seus interesses e os seus direitos. Nesta defesa, não há cor política, nem partidarismos. Há a vida da Nossa Terra, o seu progresso e desenvolvimento, que só os não defendem os perjuros e aqueles que venderam a alma ao diabo… Contudo, muitos desses arvoram-se depois da batalha ser vencida em heróis do triunfo… São assim em tudo, tanto nos casos da Terra como na política.Louvemos o Governo pela sua atitude e solicite-se que as instalações desses Cursos Universitários sejam feitas o mais rapidamente possível. É a indústria que os espera, são os estudantes que os aguardam para se inscreverem. Podemos afirmar com a maior alegria que hoje Guimarães não está só. O Governo compreendeu que esta cidade, encabeçando uma grande região industrial, o Vale do Ave, pode contar com ela para fazer progredir o País, tanto pela ação do seu trabalho, da sua iniciativa e do seu valor económico, como pela dedicação e portuguesismo da sua gente. O exemplo desse espírito é a serenidade e a ordem das suas atitudes, que tem evitado a eclosão de conflitos laborais e sociais. Pode-se até apontar casos extraordinários de mútuo entendimento, que são autênticas lições de virtudes. Há rejeições de aumento de salários por parte dos trabalhadores de unidades fabris, para evitar que as gerências não possam cumprir as encomendas em exceção. Há horas de trabalho suplementares sem retribuição alguma, para compensar os patrões na efetivação de importantes contratos de exportação. Ora, isto são exemplos que os trabalhadores vimaranenses se podem orgulhar e fazer respeitar. Não merecem estes operários que tudo se faça para lhes garantir trabalho e bem-estar? Não é a instalação em Guimarães desses Cursos Tecnológicos a base sólida dessa garantia e a certeza do seu labor futuro?A todos aqueles que [ilegível] a C. A. Da Câmara Municipal, a Unidade Vimaranense, Sindicato Têxtil, Associação Comercial e outros, assim como aos que exprimiram o que pensam ao falarem nessa manifestação, como Joaquim Martins, Abílio Costa, Alberto Meireles Pinto Graça, Sebastião de Freitas Rodrigues, Francisco Teixeira de Oliveira, Francisco Soares Teixeira, o estudante-trabalhador Casimiro Gonçalves F. Ferreira, Serafim de Sousa Pinto e Manuel Vieira da Cunha Machado, todos merecem incondicional reconhecimento. Foi uma jornada vencedora – podem os vimaranenses orgulharem-se disso. Viva Guimarães!”
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Abrangência espacial
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Guimarães
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É parte de
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O Comércio de Guimarães