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Descrição
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Fortes e confirmadas razões têm as populações da maior e mais importante região do Minho, a região de Guimarães, de seriamente encararem como única solução para os seus problemas o pedido solene de autonomia administrativa e liberdade de ação para esta região, em relação ao distrito a que pertence.A atividade da pseudoassociação dinamizadora dos interesses do Minho é uma constante defesa dos interesses da Braga. E daí, várias perguntas se impõem: quem a compõe? Quem a apoia? Quem a financia? Onde funciona? Os seus estatutos são do conhecimento público? Qual a data da sua aprovação? Desde quando a sua existência é jurídica e legal? Estas perguntas têm razão de ser, apenas para interrogar:Será que os concelhos de Fafe, Celorico de Basto, Cabeceiras de Basto, Amares, Póvoa de Lanhoso, Vila Nova de Famalicão, Viana do Castelo, Barcelos, Esposende, Guimarães, Terras de Bouro, Vieira do Minho, Vila Verde, Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença e Vila Nova de Cerveira lhe passaram procuração nas costas das suas populações? Ou será que tão pomposo e representativo (?) nome não é mais que um ludíbrio a todo o Minho, para essa pseudoassociação ocultar os seus verdadeiros desígnios?Como minhoto de raiz, rejeito energicamente esta usurpação; como vimaranense, repudio as suas provocações. Leva-nos, pois, essa pseudoassociação a solicitar ao Ministério da Administração Interna a melhor atenção para dois assuntos merecedores de urgente solução: apreciação da atuação da pseudoassociação dinamizadora dos interesses do Minho; e imediato reconhecimento de autonomia e independência administrativa para a maior e mais importante região do Minho – a Região de Guimarães – certos de que essa pseudoassociação será coerente com os seus reais (ou aparentes?) objetivos e, necessariamente, uma acérrima e pertinaz defensora de tão justa e já demorada decisão governamental, para bem da dinamização dos interesses do Minho. Tem a palavra o Governo. Tem a palavra o Ministério da Administração Interna. Manuel Joaquim da Cunha Machado.”“Movimento de Pais e Encarregados de Educação de apoio às Tecnológicas de Guimarães. Com a aprovação, em Conselho de Ministros de 28 de setembro último, duma resolução em que se decide manter para a Universidade do Minho o tipo bipolar, já anteriormente definido pelos despachos do Ministro da Educação e Investigação Científica n.º 497-75 e 61-76, localizando-se um polo no concelho de Braga e outro no concelho de Guimarães, foram alcançados os nossos objetivos, que naturalmente convergiam para a defesa intransigente da confirmação integral dos despachos acima citados.Ultrapassada esta fase do nosso movimento, mas continuando-o, se possível, ainda mais atento e atuando publicamente, sugerimos à Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Guimarães que permanentemente se mantenha em contato com as populações das Regiões de Guimarães e Vale do Ave, informando-as da posição do impulsionamento e arranque do polo de Guimarães, através da imprensa regional e nacional, a fim de que, muito especialmente o andamento do ponto 4 (quatro) da referida resolução não seja dificultado, não sofra atropelos, não sofra desvios.Não pode este Movimento deixar de salientar a adesão extraordinária que os trabalhadores, operários, empregados e empresários das diversas [?] empresas comerciais e industriais, bem como os estudantes, professores, funcionalismo público, bancário e hospitalar da Região de Guimarães dispensaram à recolha das suas assinaturas nas listas de apoio às Tecnológicas de Guimarães.Sensibilizou-nos, e de que maneira, o apoio popular que nos nossos contatos de rua, de porta em porta, frente a frente com o verdadeiro Povo, recolhendo as suas assinaturas de apoio, nos foi transmitido pelos seus desabafos, pelas suas expressões de dor e mágoa, reflexo das consequências de casos de injustiças, passadas e recentes, mas, ao mesmo tempo, transformando-se em manifestações de jubilo e esperança, por verificarem que de forma realista, os pais e encarregados de educação desta cidade de Guimarães, descendo à rua, tomaram a iniciativa de procurarem o seu apoio para defesa do futuro dos seus filhos.Por último, os últimos são os primeiros, não pode este Movimento ignorar e deixar de salientar a adesão recebida de vários trabalhadores, operários, empregados e empresários de diversas regiões, muito especialmente dos concelhos vizinhos e amigos de Fafe, Felgueiras, Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão, confinantes à região do Vale do Ave, que numa demonstração inequívoca e imparcial nos trouxeram o seu apoio em defesa duma justa causa.Aproveitamos, pois, esta oportunidade para publicamente endereçarmos a toda a população em geral o nosso caloroso OBRIGADO e manifestarmos, dum modo muito especial, o nosso agradecimento a todos aqueles que, não pertencendo à Região de Guimarães, nos apoiaram incondicionalmente, a cujo agradecimento, estamos certos, se nos associa a população vimaranense. Continuam a chegar ao nosso poder listas de apoio, assinadas pelos trabalhadores das mais variadas profissões, pelo que resolvemos, pela segunda vez, pôr à disposição da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Guimarães as milhares de assinaturas que neste momento temos em nosso poder. Ficaremos, no entanto, a dar a melhor recetividade a todas as listas que ainda se encontram distribuídas, pois todos os apoios nos merecem o melhor acolhimento.Finalmente, deseja este Movimento manifestar aos Vimaranenses a sua firme determinação de continuar vigilante na defesa dos seus próprios interesses, com a total adesão do Povo da Região de Guimarães. A todos o nosso obrigado sincero. Do Movimento de Pais e Encarregados de Educação.”
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Abrangência espacial
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Guimarães
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É parte de
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O Comércio de Guimarães