Anta da Pera do Moço

Protecção: Imóvel de interesse público, Dec. nº 39 175, DG 77 de 17 Abril 1953.

Descrição: Em 1881 Martins Sarmento visitou este dólmen, que descreveu assim: "Está no meio de um campo cultivado e serve, ora de cozinha, ora de abrigo aos guardas do campo ou aos rapazes que pastoreiam gado. O interior da câmara tem sido por vezes revolvido. A mesa tem 2,50 m; os suportes medem de altura 2 metros. É uma construção pequena, mas sofrivelmente conservada." Trata-se de de um monumento constituído por uma câmara poligonal composto por cinco esteios trapezoidais inclinados para o centro, desprovida de corredor; apresenta duas aberturas,encontrando-se um esteio fragmentado no lado Norte; coberto por chapéu de forma ovalada com cerca de 2,5 m. de diâmetro e assente em três esteios. Na gravura publicada por Sarmento aparecem sete esteios (devem-se ter perdido dois, fazendo cxom que o monumento passassse a ter duas aberturas). Dimensões médias dos esteiros: altura, 2 metros ; largura, 1 metro. Não se encontram vestígios de mamoa.

Utilização: Funerária.

Cronologia: Pré-História.

Observações:
Martins Sarmento, no relatório sobre a expedição científica à Serra da Estrela de 1881, chamou a este monumento Anta do Carvalhal de Gouveias. Serviu de abrigo e cozinha a pastores e agricultores, apresentando-se a pedra negra no interior da câmara, que foi revolvido. Em 1892 foi adquirido o monumento e a porção do terreno onde está inserido por um grupo de amigos dirigido pelo vimaranense António Ferreira dos Santos, a que se seguiu a doação à Sociedade Martins Sarmento (embora sob a figura de uma venda).

Bibliografia:
SARMENTO, Francisco Martins, Expedição Científica à Serra da Estrela, Lisboa, 1883; CORREIA, Joaquim Manuel, Antiguidades do Concelho do Sabugal, Lisboa, 19O5;

VASCONCELOS, Leite de, Monumentos Arqueológicos, Lisboa; CARDOSO, Mário, Monumentos Arqueológicos da Sociedade Martins Sarmento, "Revista de Guimarães", n.º 60, Guimarães, 1950, pp. 445-447;

MOITA, Lirisalva, Características Predominantes do Grupo Dolménico da Beira Alta, Lisboa, 1966.

Direção-Geral do Património Cultural

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