Forno dos Mouros
Protecção: Imóvel de interesse público, classificado por proposta do Coronel Mário Cardozo. Dec. nº 38 147, DG 4 de 5 Janeiro 1951.
Descrição: O monumento apresenta a configuração característica dos balneários castrejos, sendo composto pelo átrio, pela antecâmara, por uma câmara e pelo forno que lhe dá o nome. O átrio, a antecâmara e a câmara são de Planta rectangular. No átrio observam-se vestígios de piso com lajeado irregular. A antecâmara encontra-se bastante arruinada; paredes laterais da câmara são construídas em alvenaria composta por pequenas pedras bem aparelhadas com troços em fiadas horizontais, denunciando reconstrução. O forno tem uma forma semicircular, desenvolvendo-se em falsa cúpula até uma altura que ultrapassava os 2 metros, comunicando com a câmara por uma passagem com 1,15 metros de largura. O terreno onde o monumento está implatado e que é propriedade da SMS tem a forma trapezoidal, com as seguintes dimensões: norte, 7,95 metros; sul, 12 metros; este, 15,60 metros; oeste, 15,60 metros.
Utilização: Balneário.
Cronologia: Construção dos primeiros tempos da romanização (séc. 1 d.C.) .
Observações:
Nos seus apontamentos de arqueologia, Martins Sarmento escreveu a propósito destas ruínas: "Vê-se a importância deste monumento que tem seu pendant no de Sabroso, e há-de tê-lo noutros, e são decerto a origem das famosas fontes de mouros, etc.". Duas pedras esculpidas que foram recolhidas por F. Martins Sarmento e que se encontram no Museu da Sociedade Martins Sarmento em Guimarães, poderiam fazer parte de uma caleira bífida por onde caía a água no tanque que se localizaria no lado esquerdo do átrio. Adquirido em 1898.
Bibliografia:
SARMENTO, F. M., Antiqua - Apontamentos de Arqueologia, Guimarães, 1999, pp. 56-58 e 204-205;
SARMENTO, F. M., Os Inéditos de Martins Sarmento, Revista de Guimarães, 80 (1-2), Guimarães, 1970, pp. 58 - 62;
CARDOZO, Mário, Monumentos Arqueológicos da Sociedade Martins Sarmento, Revista de Guimarães n.º 61, Guimarães, 1951, pp. 5-28;
CARDOZO, M., Catálogo do Museu Martins Sarmento, 1ª parte: Secção lapidar e de escultura, Guimarães, 1985;
SILVA, Armando Coelho Ferreira da Silva, A Cultura Castreja no Noroeste de Portugal, Paços de Ferreira, 1986, p. 56 e Est. XXXVII).
Documentos:
Título de aquisição do «Forno dos Mouros», situado no Monte da Saia, em Barcelos, de 14 de Junho de 1898.
SARMENTO, F. M., Antiqua - Apontamentos de Arqueologia, Guimarães, 1999, pp. 56-58.
SARMENTO, F. M., Antiqua - Apontamentos de Arqueologia, Guimarães, 1999, pp. 204-205.
CARDOZO, Mário, Monumentos Arqueológicos da Sociedade Martins Sarmento, Revista de Guimarães n.º 61, Guimarães, 1951, pp. 5-28.