Escultura antropomórfica/ Estátua sedente

Descrição
Escultura antropomórfica representando uma figura sentada, com as mãos colocadas sobre o ventre. Distingue-se parte de um torques (colar rígido aberto) no pescoço, bem como vírias num dos braços. As duas saliências visíveis no peito foram interpretadas como os seios de uma personagem feminina, mas podem também tratar-se de apliques de armadura. É portanto relativo tratar-se de uma representação feminina, como parece mostrar a representação possível dos seios, ou masculina, como parece ser o caso da generalidade das estátuas sedentes da Idade do Ferro nesta região. Parece, em todo o caso, representar uma divindade, que estaria localizada num espaço ritual.
Foi recolhida por Francisco Martins Sarmento, em Maio de 1876, não muito longe das casas reconstruídas da Citânia. Sarmento identificou-a como uma estátua de uma Mater, ou divindade feminina propiciadora da abundância e da fertilidade. É, até à data, a única escultura com representação humana recolhida na Citânia de Briteiros.
É parte de
Escultura
Formato
Tem de altura 46 cm.
Abrangência espacial
Citânia de Briteiros, Guimarães.
Encontra-se atualmente exposta no Museu da Cultura Castreja, Guimarães.
Identificador
84
Referências
Revista de Guimarães, XXI, p. 5, 104, 106 e 107; Mário Cardozo, Citânia e Sabroso, Guimarães, 1965, p. 41, Est. XIX, n.º 1 e A Capela de S. Romão da Citânia de Briteiros, in RG, 1968, vol. 78, p. 107; E. Cartailhac, Ages prêhist. de l’Espagne et du Portugal - p. 291, fig. 418; P. Paris, Essai sur l’Art et l’Industrie de l’Espagne primitive, Paris, 1903 -1, p. 79 e fig. 57; Ignacio Calvo, Monte de Santa Tecla en Galicia, Mem. n.º 62 de la Junta Sup. de Excav. y Antiguedades, Madrid, 1924, p. 10 e lam. IV; J. Lopez Garcia, La Citania de Santa Tecla, La Guardia, 1927, p. 93, fig. 55. Sobre o culto das «deusas - mães» vide Religiões da Lusitânia, de J. L. Vasconcelos, II, p. 175 e III, p. 196; R. Cagnat, Manuel D’Arch. Romaine, Paris, 1917 - I, p. 457; Reinach, Catalogue illustré du Musée des Antiq. Nat., Paris, 2.me ed., 1926, I, p. 103.