Descrição

Duas estelas verticais com esculturas em baixo-relevo, recolhidas no Forno dos Mouros, Carvalhas, Barcelos, por Martins Sarmento. O Forno dos Mouros era um balneário castrejo associado ao povoado existente no topo do Monte da Saia. Estes dois elementos parecem ter estado integrados no muro do tanque existente no pátio do balneário, como indicam as cavidades boleadas no topo das duas estelas, semelhantes a outros tanques de balneários castrejos.
Os baixos-relevos mostram duas figuras humanas, inscritas em nichos: uma delas segura uma faca ou punhal numa mão, e uma cabeça de animal na outra, tratando-se de uma provável representação de um sacrificante; a outra é uma figura togada, portanto uma individualidade importante. O aspeto, particularmente da figura com toga, sugere uma cronologia romana para estas esculturas, embora o balneário corresponda, em todos os aspetos, a uma estrutura de banhos da última fase da Idade do Ferro, porventura utilizado ainda na época Alto-imperial.

É parte de

Escultura

Formato

Mede a primeira 0,95 x 0,40, e a segunda 0,90 x 0,52.

Abrangência espacial

Monte da Saia, em Barcelos, e são conhecidos pela designação de «Forno dos Mouros».
Encontra-se atualmente exposta no claustro do Museu Arqueológico da SMS.

Identificador

98

Referências

Religiões da Lusitânia, de J. L. vasconcelos, III, p. 510, 511 e figs. 273 - 274; O Archeologo Português, XII, p. 280; Mário Cardozo, A última descoberta arqueológica na Citânia de Briteiros - e a interpretação da Pedra Formosa, Guimarães, 1931 - p. 46 a 52; Dispersos, de F. M. Sarmento, p. 139 e 162; Revista de Guimarães, XIII, 84, LVII, 46, LXI, 126; Subsídios para um catálogo da Escultura luso - romana, de J. L. M. Matos, 171; sobre figuras togadas, ver A. Garcia y Bellido, Esculturas romanas… cit., p. 184 ss.