Pedra ornamentada

Descrição
Pedra de forma rectangular, tendo em cada extremidade uma rosácea sexfólia inscrita num círculo. É proveniente da Citânia de Briteiros, onde foi descoberta por Martins Sarmento, em 1876. Tem 1,05 de comprido, por 0,35 de largura. Sarmento supunha-a a padieira de uma janela. | A rosácea sexfólia é um motivo muito frequente na arte ornamental primitiva, quer em arquitectura, quer na joalharia, na cerâmica, etc. Sobreviveu até aos nossos dias na arte popular, sendo vulgar encontrar-se este desenho esculpido nos jugos dos bois da lavoura minhota, e em vários utensílios rústicos. Num fragmento de cerâmica lusitano-romana, proveniente da Cividade de Terroso, exposto no Museu Municipal do Porto, encontra-se, impressa a matriz, a rosácea do mesmo tipo das esculpidas nesta pedra citaniense. O arqueólogo Kendrick dá notícia de uma pedra semelhante a esta da Citânia, procedente de Gallen Priory (Irlanda). | A frequência do emprego ornamental desta rosácea na arte primitiva e popular, provém talvez do facto de ser a mais fácil de traçar geometricamente, por isso que o raio da circunferência envolvente é a própria medida para a divisão da mesma circunferência em seis partes iguais, obtendo-se assim, imediatamente, os centros dos arcos que limitam as folhas da rosácea.
É parte de
Pedras ornamentadas
Formato
Tem 1,05 de comprido, por 0,35 de largura.
Abrangência espacial
É proveniente da Citânia de Briteiros.
Encontra-se atualmente exposta no Museu da Cultura Castreja, Guimarães.
Identificador
110
Referências
Revista de Guimarães, XXI, p. 100 e 101; Dispersos, de F. M. Sarmento, p. 436; Kendrick «Gallen Priory Excavations, 1934, 35», The Journal of .Royal Society of Antiquaries of Ireland, 1939, p. 19, fig. 12; Xaquim L. Fernandez, «A arte popular nos xugos da Galiza», Trabalhos da. Soc. Port. Antrop. e Etnologia. Porto, 1935.