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Descrição
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Talvez o mais notável monumento arqueológico do Museu, conhecido desde longa data pela designação de «Pedra Formosa». Mede 2,90 de largo, por 2,28 de altura e 0,24 de espessura. Pertencia a uma edificação de carácter funerário, do séc. I-II de J. C., que existiu na Citânia de Briteiros, e cujos restos ainda se conservavam no começo do século XVIII. Em 1718 foi removida para o adro da Igreja de Santo Estêvão de Briteiros; em 1876 mandada reconduzir por Martins Sarmento novamente para a Citânia, e em 1897 deu entrada no Museu de Guimarães. Por muito tempo vários arqueólogos, entre os quais Martins Sarmento, perfilharam a hipótese de que esta grande pedra ornamentada fosse uma ara de sacrifícios, ou sacra mensa; mas, em 1930, a descoberta na Citânia de outro monumento, que ali pode hoje analisar-se, congénere daquele a que a «Pedra formosa» pertenceu, e aproximadamente de idênticas dimensões, veio esclarecer definitivamente o problema e demonstrar que se tratava do frontispício de um mausoléu, do mesmo carácter das estelas de origem céltica designadas «em forma de casa». Este monumento tem actualmente uma extensa bibliografia.
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É parte de
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Escultura
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Formato
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Mede 2,90 de largo, por 2,28 de altura e 0,24 de espessura.
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Abrangência espacial
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Proveniente da Citânia de Briteiros?
Encontra-se atualmente exposta no Museu da Cultura Castreja, Guimarães.
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Identificador
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112
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Referências
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Mário Cardozo, «A Pedra Formosa do Museu Arqueológico da Sociedade Martins Sarmento», Guimarães, 1929, contém, no final, uma extensa bibliografia deste monumento; «A última descoberta arqueológica na Citânia de Briteiros e a Interpretação da Pedra Formosa», Guimarães, 1931; «A Pedra Formosa da Citânia de Briteiros e a sua interpretação arqueológica», Separata da rev. Brotéria, Lisboa, 1934; «O monumento funerário da Citânia», Revista de Guimarães, 1946, vol. 56, p. 289; «Nova estela funerária do tipo da Pedra Formosa», Revista de Guimarães, 1949, vol. 59, p. 487; «O acesso ao interior da Câmara funerária hipogea da Citânia de Briteiros», Arch. Esp. de Arq., Madrid, 1969, vol. 42, p. 204 - 208; Confira- se mais: G. Cotteau, «Le Préhistorique en Europe», in Gongrés - Musées - Excursions, Paris, 1889, p. 273 - 75, fig. 75; J. Déchelette, «Essai sur la chronologie préhistorique de la Péninsule Ibérique», in Rev. Archéologique, vol. XIII, 1909; p. 28; E. Jalhay, «Las piedras sepulcrales romanas de La Bureba (Burgos)», in Iberica, Tortosa, 1923, ano X - p. 13 - 14; E. Linckenheld, «Les stèles funéraires en forme de maison chez les Médiomatriques et en Gaule», Paris, 1927 - p. 111; J. Cabré, «Las necrépolis de los castros del Bajo Duero e del Norte de Portugal», in Archivo Español de Arte y Arqueología, Madrid, 1930 - p. 259; J. Martinez Santa - Olalla, «Las estelas funerárias en forma de casa en España», in Investigación Progreso, 1932, ano VI - p. 148; «Monumentos funerários célticos. «As «pedras formosas», e as estelas em forma de casa», in Homenagem a Martins Sarmento, Guimarães, 1933 - p. 226, e versão francesa do mesmo artigo nos Cahiers d'Histoire et D’Archéologie, Nimes, 1935 - p. 103 e ss.; Francesco Peliati, «Le due pietre di Briteiros», in Bolletino del Associazione internazionale studi Mediterranei, Roma, 1932, ano II, n.º 5 - p. 5 e 6; Florentino L. Cuevillas e Rui de Serpa Pinto, «Estudos sobre a edade do Ferro no NW. da Peninsula», in Arquivos do Seminário de Estudos Galegos, Compostela, 1933 - 34 - t. VI, p. 63 - 64; Luis Pericot Garcia, Historia de España, Barcelona, 1934, t. I (Épocas primitiva y romana), p. 354, 356 e 357; C. D. Palmer, «Citania and Sabroso - Prehistoric Hill Cities of the Iberian Peninsula», in The Sphere, Londres, 1935 - vol. CXLI, n.º 1937, p. 16; E. Hübner, «Citania», Porto, 1879 (versão port. de Joaquim de Vasconcelos); Martins Sarmento, Observações à Citânia do Sr. D. Emilio Hébner, Porto, 1879, p. 16 ss; A. Garcia y Bellido, «Camaras funerárias de la Cultura castreña», Archivo Español de Arqueologia, Madrid, 1968, vol, 41, p. 16 - 44; Esculturas romanas de España y Portugal, cit. p. 348 e figs. de págs. 346 - 347; Correspondência entre E. Hübner e M. Sarmento, p. 22 - 25; Religiões da Lusitânia, de J. L. Vasconcelos, III, 82; Octávio da Veiga Ferreira, «Uma estela do tipo «Pedra Formosa» encontrada no Castro de Fontalva (Elvas)», R. G., vol. 76 (1966), p. 359; Juan Maluquer de Motes, «Las Citanias galaico - portuguesas», História de España, ed. Espasa - Calpe, Madrid, tomo I do vol. III (1954), p. 41 - 81, especialmente 60 - 66.