Descrição

Fragmento de letreiro que se encontrava ao lado do portão do antigo cemitério de Guimarães, então conhecido pela designação de Campo Santo Velho, ao cimo da antiga rua dos Palheiros (hoje rua Dr. Joaquim de Meira), no terreno actualmente ocupado pelo quintal da casa da família Meneses. A legenda alude ao facto de o Prior da Colegiada, D. Domingos de Portugal e Gama (cujas armas ostentavam as quinas do brasão nacional-vid. nº 141, pág. 212 do catálogo do Museu da Sociedade M. Sarmento), ter interferido em que se efectuasse a mudança, para aquele local, do cemitério da cidade, que então era no centro da vila, contrariamente às exigências da higiene, junto ao adro da igreja de S. Sebastião, mais tarde demolida. Esta igreja ficava do lado poente do actual Jardim Público (vid. Planta topográfica de Guimarães em meados do século XVII, in «Rev. de Guim.», vol. 32º, p. 420). Inscrição oferecida pela Câmara Municipal, quando foi demolida a capela do Campo Santo Velho, em 1916.
Interpretação: Aqui ostenta Gama o seu brasão e o de Portugal, e com eles vela pela vida e afugenta da cidade a morte: com os túmulos foge da cidade a morte: permanece a vida incólume: os brasões dominam a morte e a vida. 1770.
Leitura: [Hic Gama hic sua Portugalia] figit et arma/ [Queis vitae invigi]lat queis fugat urbe necem:/ [Cum tumulis mors] urbe fugit: stat vita superstes:/ [Arma necem e]t vitam [sub] dit[ione] t[e] n [ent] / [M]DCCLXX.

É parte de

Epigrafia

Formato

Dimensões: da lápide: 0,64x0,90x0,30.
Altura das letras: 0,05.

Abrangência espacial

Proveniente do antigo cemitério de Guimarães. Rua Dr. Joaquim de Meira, Guimarães. Encontra-se atualmente exposta no jardim do Museu Arqueológico da SMS.

Identificador

126

Referências

Padre António Caldas, Guimarães-vol. II, 51 e p. 165.