O Jornal “Tesoura de Guimarães”, de 28/01/1859, publica uma curiosa notícia intitulada “Lá se vão as pulgas”.
Escrevem à «Opinião» que um artista de Villa Nova de Gaya, o snr. João Nunes Esteves acaba de inventar uma espécie de ratoeira para apanhar pulgas.
O apparelho é simples; consiste em uma caixa de madeira, crivada de muitos buracos mais largos à entrada que no interior; no meio da caixa, ha um pedaço de folha de ferro untado com mel ou melaço, podendo em caso d’urgencia, ser substituido pelo pêz.
Estes detestaveis e incommodos animaes, que, ao que parece, gostam tanto do sangue como do mel, precipitando-se na caixa, lá ficam agarrados; a exiguidade dos furos não os deixa sahir. (…)
Dizem-nos mais, que no Porto o apparelho tem colhido optimos resultados. Calcula-se em um milhão de pulgas e o dobro de picadas de que os portuguezes se teem visto livres depois que o apparelho do snr. Esteves foi posto em serviço.
A humanidade deve-lhe estar bem reconhecida!